Manejo de Frango de Corte


Haymery Salardani da Silva¹; Laiani Destefani Bergamin¹; Michele Buzatto de Almeida¹; Sophia Paris Rodrigues¹; Fausto Moreira da Silva Carmo²³.

¹- Graduando de medicina veterinária - FACASTELO
²- Professor da faculdade de castelo - FACASTELO
³- D.Sc em zootecnia

Manejo de Frango de Corte



A evolução da avicultura brasileira deu-se principalmente a partir da década de 60 com a introdução de materiais genéticos importados, especializados em produção de carne e ovos. Além do melhoramento genético, as áreas de sanidade, nutrição, ambiência e manejo contribuíram significativamente para que resultados positivos fossem alcançados (ROSÁRIO et al., 2004).
O manejo na avicultura é de suma importância para o sucesso na criação de frangos, muitos aspectos também são levados em consideração como melhoramento genético, nutrição e sanidade, mas, nenhum desses teria sucesso se não fosse um manejo bem feito (LOBO, 2010).

Fonte: criação de animais.blogspot.com/2008/12/manejo
Como citado por Ferreira, (1993), o manejo é um dos pontos críticos na avicultura tendo o avicultor importante papel na qualidade de frangos de corte. Na saída do lote deve-se realizar a desinfecção do aviário. Portanto, o manejo pré-abate deve ser realizado de maneira correta para se ter uma otimização do produto final, diminuindo assim as perdas econômicas (LOBO, 2010).
Conforme Sato apud Almeida (2003) as empresas avícolas além de terem que buscar eficiência através de fusões, aquisições, associações e parcerias, ainda tem a necessidade de obter economia de escala e diversificar, para diminuir riscos entre outros aspectos (LOBO, 2010).
As necessidades citadas a cima levaram a avicultura industrial brasileira, a passar por grande transformação, a partir da década de 1970, mostrando como reflexo os aumentos contínuos do consumo de carne de frango no país (ALMEIDA, 2004).
É importante que se faça a remoção de todos os equipamentos, utensílios e quaisquer outros materiais depositados no aviário. Durante esta remoção fazer uma completa lavagem, com água, sabão, detergente e escova, para remover toda poeira e crostas antes de serem desinfetados o ideal é proceder a limpeza úmida com água sob pressão. Tomar cuidado com equipamentos como campânulas que não devem ser lavados com água corrente e sim serem limpos com pano úmido e detergente (BASSI, 2006).


Utilização do "lava jato" para limpeza úmida dos aviários e equipamentos Foto: João A. Pissaia
Fonte: www.cnpsa.embrapa.br
Deve-se fazer um manejo sanitário básico onde, imediatamente após a retirada do lote do galpão deve-se: desmontar os equipamentos e retirar a cama de frango velha; varrer o galpão e passar o lança-chamas no piso, muretas e em torno do galpão; lavar pisos, paredes, vigas, tetos e cortinas com água sob pressão e detergente; limpar e desinfetar a caixa d'água; deixar o galpão secar e varrer novamente usando uma vassoura limpa e desinfetada; desinfetar todo o galpão, inclusive os equipamentos. Manter o galpão fechado (cortinas levantadas) com solução desinfetante durante 24 horas. É importante para que o mesmo permaneça vazio e desinfetado por pelo menos uma semana antes de receber o novo lote. Devem ser adotadas medidas preventivas para o controle de insetos e roedores (ALBANEZ, J. R.; 2000).

Fonte: criação de animais.blogspot.com/2008/12/instalações

O primeiro passo a seguir está a qualidade dos pintinhos, estes serem de boa procedência livre de doenças, que tenham sido transportado de maneira adequada onde o tempo de viagem não ultrapasse 12(doze) horas (FERREIRA,1993).
Ainda segundo Ferreira, (1993) antes da chegada dos pintinhos as campânulas devem estar acessas para aquecer o ambiente, a temperatura varia de acordo com a idade. A temperatura começa de 33ºC a 35ºC e vai abaixando 3ºC por semana até que a temperatura chegue a mesma do ambiente.
Os bebedouros devem ser desinfetados e também fazer a observação se existe algum vazamento, furos ou acúmulo de ração que podem provocar fermentação como também o desenvolvimento de algas tóxicas para as aves. O manejo das cortinas é um cuidado essencial durante toda a criação dos frangos, como a ventilação, temperatura, umidade e exaustão de vapores de amônia (ENGLERT, 1998 apud FERREIRA, 1993).
Os bebedouros devem ser desinfetados e também fazer a observação se existe algum vazamento, furos ou acúmulo de ração que podem provocar fermentação como também o desenvolvimento de algas tóxicas para as aves. O manejo das cortinas é um cuidado essencial durante toda a criação dos frangos, como a ventilação, temperatura, umidade e exaustão de vapores de amônia (ENGLERT, 1998 apud FERREIRA, 1993).

Fonte: cidadesaopaulo.olx.com.br/comedouro-automatico
A ração é um fator de grande importância econômica, pois é responsável pelo desempenho dos frangos e representa o maior custo da atividade. Para manter a qualidade da ração é necessário que o criador observe o local de armazenamento ( limpo, seco, arejado ); o tempo de armazenamento (menor que 30 dias) e a qualidade da ração. Normalmente são mais utilizadas para frangos de corte, três tipos de rações: inicial, crescimento e final (ALBANEZ, J. R; 2000).
A pressão da água deve ser regulada de acordo com a idade da ave com auxilio da régua fornecida pelo fabricante. No inverno as aves consomem menos água, portanto as pressões normalmente utilizadas no inverno devem ser menores do que as do verão. Em qualquer fase da criação, deve ser abundante, limpa, fresca, de boa qualidade e isenta de microorganismos patogênicos. A fonte de água deve ser protegida para evitar contato com o meio, caso contrário, poderá atuar como vetor de doenças (ALBANEZ, J. R.; 2000).
A água constitui 60 a 70% do peso do pintinho. A perda de 10% do peso por desidratação causará queda no desenvolvimento da ave e, se a perda chegar a 20% da água corporal, pode levar à morte (ALBANEZ, J. R.; 2000).
Quadro 1 ? Consumo médio de água para 1000 frangos
Semanas 1 2 3 4 5 6 7
Litros/Dia 38 57 76 99 129 160 186
Fonte: ALBANEZ, 2000
As cortinas devem ser abaixadas ou levantadas sempre que necessário (MALAVAZZI,1999).
As sobrecortinas são utilizadas para diminuir o gasto energético,onde não teremos a entrada de corrente de ar frio no interior das instalações a onde auxilia no isolamento dos galpões. No aquecimento dos galpões podem ser usados também os tanques de Gás Liquefeito de petróleo (GLP) ou aquecedores a lenha sempre analisando a viabilidade da utilização desses equipamentos. O GLP tem sido utilizado na maioria das regiões por causa da segurança e sua praticidade sendo usado nos primeiros dias de criação (LOBO, 2010).

Fonte: www.agrolink.com.br/culturas/milho/noticia/pr
A alimentação do frango de corte consiste no principal item de ganho de peso e também aliado a um bom manejo o fornecimento de ração com um excelente valor nutricional e água de qualidade para se ter a hidratação dos pintinhos (FERREIRA,1993).
A higiene é essencial para um bom funcionamento da granja onde devemos ser cautelosos para evitar danos (MALAVAZZI, 1999 apud FERREIRA, 1993).
Na determinação de um programa de vacinação, o avicultor deve consultar um técnico. No entanto, deve certificar se os pintinhos foram vacinados, no incubatório, contra as seguintes doenças: marek, bouba aviária, gumboro e bronquite (ALBANEZ, J. R.; 2000).


Fonte: www.aviculturaindustrial.com.br/PortalGessull
Melhoramento Genético

Um frango de corte que levava 120 dias para atingir 1.500g em 1920, em 1980 levava 44 dias e, em 1998, apenas 33 dias para atingir o mesmo peso (ALBERS, 1998 apud ROSÁRIO et al., 2004).
Com o passar dos anos, a demanda provocada pela exigência do consumidor e transferida para toda a cadeia de produção avícola, evoluiu para animais com menor teor de gordura e mais carne, exigindo das empresas e dos criadores maiores cuidados na seleção dos reprodutores e na criação dos frangos de corte (SAUVEUR, 1991; REFFAY, 1998 apud ROSÁRIO et al., 2004).
Dessa forma, os programas de melhoramento genético, na busca por máxima velocidade de ganho de peso, alta eficiência alimentar, alta viabilidade, maior rendimento de carcaça e menor deposição de gordura desencadearam também síndromes fisiológicas, dentre as quais se destacam o estresse calórico, a morte súbita e a ascite (SANCHEZ et al.,2000 apud ROSÁRIO et al., 2004).

























Referências:

ALMEIDA, L. da S. Competitividade de empresas de abate e processamento
de frangos da cadeia avícola do oeste do Paraná: uma análise sob a ótica
da Swto. Lavras:UFLA, 2004. 91p.

ALBANEZ, J. R. Avicultura Frango de Corte. 2000. Disponível em: http://www. Emater.mg.gov.br/doc%5Csite%5Cserevicoseprodutos%5Clivraria%5CAvicultura%5CFrango%20de%20Corte.pdf; Acesso em: 13 de Abril de 2011.

BASSI, Levino José. ALBINO, Jacir José. ÁVILA, Valdir Silveira. SCHMIDT, Gilberto Silber. JAENISCH, Fátima R. F. Recomendações Básicas para Manejo de Frangos de Corte Colonial. Santa Catarina, ed. 107, 2006. Disponível em: <http//:www.cnpsa.embrapa.br. Acesso em: 13 abr 2011>.

FERREIRA, M. G. Produção de aves ?corte e postura. 2. ed. Guaíba, RS: Editora Agropecuária, 1993. p. 32-56.

FERREIRA, L. H. Alimentação e Manejo de Frangos de Corte Numa Empresa Avícola de Santa Catarina. 2006. Disponível em: <http://www.cca.ufsc.br/Projetos/ Leonardo% 20Ferreira%20Heinzen%202005-2.pdf >. Acesso em 13 de abril de 2011

LOBO, R. R.; GARCIA, R. G.; BELLONI, M.; FRANCISCO, N. S; LIMA, N. D. S., FELIX, G. A. Manejo das Instalações para Frangos de Corte. 2010. Disponível em: <http://www.dracena.unesp.br/eventos/sicud_2010/anais/monogastricos/094 _ 2010.pdf> . Acesso em: 13 de abril de 2011

MALAVAZZI, G. Avicultura: manual prático. São Paulo: Livraria Nobel, 1999. p. 75-85.

ROSÁRIO, Millor Fernandes do; SILVA, Marco Aurélio Neves da; COELHO, Antonio Augusto Domingos; SAVINO, Vicente José Maria Savino. Síndrome ascítica em frangos de corte: uma revisão sobre a fisiologia, avaliação e perspectivas, Ciência Rural, Santa Maria, 2004, v. 34, n. 6, p. 1987-1996. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0D/cr/v34n6/ a51v34n6.pdf>. Acesso em: 20 abr 2011.