Correção: Eu havia dito que meu livro teológico que está disponível em anexo a este artigo para download gratuito no formato PDF possui 97 páginas, mas, ao todo, possui 84 páginas; o qual, já está registrado na Biblioteca Naional. Contudo, eu ainda não fiz a correção ortográfica, ok? Espero que apreciem a leitura! 

PREFÁCIO DO LIVRO TEOLÓGICO:  "O FILHO DE DEUS ANALISADO À LUZ DAS SAGRADAS ESCRITURAS".

Quando eu era pequena me ensinaram que Jesus é Deus e, perguntas do tipo: “Como Ele pode ser Deus e ainda assim ser o Filho de Deus?”, fervilhavam em minha mente de menina, que queria entender o porquê das coisas.

Com o passar dos anos, quando eu já estava no  4º Período do Curso de Teologia, essas mesmas dúvidas voltaram a me incomodar e então eu não pude mais calar esses meus questionamentos e, por isso, eu os externei.

Primeiramente, a fim de saber se existem ou não razões para crer, questionei a Bíblia à luz dos argumentos de estudiosos que se dedicaram à pesquisa e ao estudo das evidências históricas e arqueológicas e, tendo ponderado acerca de seus argumentos, percebi que sim!

Então, o próximo passo foi uma espécie de prova dos nove: “Há contradições na Bíblia?”.  E esse era o ponto-chave a ser investigado, visto que, uma aparente contradição bíblica foi a causa de minha dúvida de criança e que veio à tona já na idade adulta.  E para que essa “prova dos nove” fosse possível de ser feita, era preciso deixar a Bíblia falar por si mesma, a fim de que eu pudesse verificar a confiabilidade ou não do relato bíblico.

Tendo feito isso, à primeira vista, pareceu-me haver muitas contradições! Mas, por mais incrível que pareça, descobri que é justamente nessas aparentes contradições que estão as respostas aos questionamentos que deram origem a este livro. E foi aí que eu percebi que não se tratam de contradições!

Acerca desses paradoxos bíblicos, percebi que eles, na verdade, funcionam como uma espécie de pedras de um quebra-cabeça, que quando juntadas revelam toda a coerência do relato bíblico. Uma coerência que só pode ser percebida quando esses paradoxos são levados em consideração, e não, em detrimento deles.

Nessas aparentes contradições, trilhei o caminho que me levou às respostas que calaram de uma vez por todas os meus questionamentos acerca da Divindade de Jesus. E este livro é o resultado dessa minha peregrinação por respostas! E assim, partindo da dúvida e analisando de fora a fé, pude descobrir que a minha fé resiste a um franco questionamento e tem razão de ser; ou seja, não se trata de um suicídio intelectual.

Como se pode perceber, este livro surgiu em razão de questionamentos que eu tinha acerca da Divindade do Filho de Deus. Fui à caça de respostas e o que encontrei, para minha surpresa, veio fortalecer ainda mais a fé que eu tinha nEle. Contudo, eu não escrevi este livro porque eu tinha as respostas! Antes, eu o escrevi porque tinha as perguntas!

Proponho-me a tratar da questão da geração do Filho de Deus, que se deu antes da criação do mundo e a tratar também das implicações desta afirmação ao viver cristão.

Este livro mostra a Jesus, o Filho de Deus, como sendo Deus de fato e de direito e à luz das Sagradas Escrituras, mostra ainda em que momento e o que foi preciso para que assim fosse.

Deus de fato e, portanto, coigual, coeterno e consubstancial com o Pai! À exceção da autoexistência, o Filho de Deus é tudo o que o Pai é.

Continue lendo este livro e verá o que fez com que Ele Deus de fato, viesse a se tornar Deus também de direito; verá ainda, de que forma isso o tornou o maior exemplo para toda a humanidade e como Ele cumpriu aqui na terra todo o seu ministério: vida, morte e ressurreição.

É de se ressaltar, que este livro não nega que Jesus é eterno! Contudo, irá mostrar de que forma se dá sua eternidade. Irá mostrar ainda, o porquê de o Filho ser plenamente Divino e ter se tornado a causa da salvação de todo aquele que crer - o único caminho que leva a Deus, como o próprio Jesus afirmou acerca de si mesmo. Irá mostrar, inclusive porque Jesus, embora sendo Deus, alegou não saber a que dia e hora se daria sua vinda.

Jesus é pré-existente e tudo o que existe foi feito por Ele e para Ele! E isso meu livro não nega! Porém, este livro procura mostrar que existe diferença entre ser pré-existente e ser auto-existente. E irá mostrar, inclusive, que não são os milagres que Jesus realizou que testificam de sua Divindade. Lendo este livro, o leitor poderá ver o que realmente testifica acerca da Divindade de Jesus.

Fato é que este livro não nega nada o que a Bíblia afirma a respeito de Jesus! Nega apenas aquilo que ela não afirma a Seu respeito!

Este livro é dividido em três partes: Na primeira parte entre outras coisas, aborda o "x" da questão, seguido de uma análise da perspectiva Divina de tudo o que existe e acontece e traz uma análise dos argumentos do teólogo Louis Berkhof acerca do assunto, finalizando com uma explanação que visa demonstrar, à luz do Antigo e do Novo Testamento, que a Bíblia não afirma a auto-existência de Jesus! Na segunda parte há uma aplicação mais prática, pois, visa demonstrar as implicações de tudo isso no viver cristão, finalizando com o porquê de Jesus ser Deus de fato e também de direito. A terceira parte trata da questão da Trindade e, entre outras coisas, mostra o porquê desta autora não concordar com os argumentos defendidos pelos Pais da Igreja do 3º século d.C. por ocasião dos Concílios que tratou sobre a controvérsia teológica levantada por Ário. Traz ainda, o credo à luz das Sagradas Escrituras, finalizando com meu depoimento pessoal.

Dentre os que tiveram acesso a este livro, há padres, pastores, judeus, professores de faculdade, alguns colegas de faculdade, alguns colegas de trabalho e etc. E tem sido bastante elogiado pela grande maioria dos que tiveram esse prévio acesso a este livro.

Trata-se de um livro fortemente embasado nas  Sagradas Escrituras como um todo (e, quando digo isso, refiro-me aos textos bíblicos que tratam do assunto em questão). É um livro de alguém que ousou questionar dois mil anos de história, e isso por que precisava de respostas a um franco questionamento.

Este livro não é uma autobiografia! Também não é um livro de caráter devocional e nem de auto-ajuda! É um livro de cunho teológico e como o próprio título sugere, trata-se de uma análise do Filho de Deus à luz das Sagradas Escrituras. Tudo o que eu fiz foi deixar a Bíblia falar por si mesma (sim, a bíblia, cujas características tão singulares foram citadas por Josh McDowell em seu Livro “Evidências que exigem um veredito – volumes I).

Lendo este meu livro, o leitor se sentirá familiarizado com os muitos textos bíblicos que são citados, até por que, o objetivo é mostrar o que sempre esteve lá e não percebíamos.

C. S. Lewis, autor de “As crônicas de Nárnia”, em seu livro "Cristianismo Puro e Simples", faz o seguinte comentário: "Todos me aconselharam a não lhes dizer o que vou dizer... Afirmam: ‘O leitor comum não quer saber de Teologia; dê-lhe somente a religião simples e prática. ’. Rejeitei o conselho. Não acho que o leitor comum seja um tolo. Teologia significa ‘a Ciência de Deus’, e creio que todo homem que pensa sobre Deus gostaria de ter sobre ele a noção mais clara e mais precisa possível. Vocês não são crianças: por que então lhes tratar como tal?".

A verdade é que muitas vezes nos colocamos na defensiva quando diante de supostos ataques aquilo que cremos e não paramos para pensar, em quão benéficos tais questionamentos podem ser ao nosso crescimento e amadurecimento na fé. E essa atitude defensiva acontece por não nos darmos conta, que uma pequena dúvida não sanada hoje, pode ser a causadora de um abismo de incredulidade amanhã.

Porém, se analisarmos mais atentamente a Bíblia, veremos que em nenhum momento ela nos convida a abrir mão de nosso intelecto, a fim de abraçarmos uma fé cega. Até por que fé por fé, há muitas “fés”, não é mesmo? E eu não estava disposta a abraçar uma fé que não se revelasse digna de ser abraçada e, por isso, ousei questionar. No final das contas, o mais interessante de tudo, foi descobrir que a minha fé resiste a um franco questionamento.

E, não obstante, ser a fé um fator importante, mais importante ainda é o “objeto de fé” a quem ela é dirigida! Até por que, há os que pregam: “creiam em qualquer coisa, mas, creiam”, como se a fé fosse um mero amuleto no qual pudessem se recostar. Há os que creem em Buda, etc. Os muçulmanos mais radicais, por sua vez, estão dispostos a se auto-explodirem por aquilo que creem. Diante disso, chego à conclusão de que, embora, a fé tenha um papel fundamental em nossas vidas, ela só nos dá garantias se dirigida a um “objeto de fé” que realmente seja digno de crédito.

Temos na Bíblia o exemplo de Lucas. Por seus escritos, percebe-se que ele tinha essa compreensão e cuidado. Observe o que ele diz:

Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra, também a mim, depois de haver investigado tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma narração em ordem, para que conheças plenamente a verdade das coisas em que foste instruído. (Lucas 1:1-4).

Lucas sabia a importância de se ter esse cuidado investigativo dos fatos, até por que, nos primórdios da igreja, os cristãos foram muito perseguidos, primeiramente, pelos líderes judeus e depois pelo império romano. Na ocasião, muitos cristãos foram mortos por amor ao Evangelho; E diante desse quadro, Lucas percebeu ser necessário fazer uma narrativa mais apurada dos fatos. E, vale lembrar, que os evangelistas, muitas vezes, procuraram lembrar aos novos cristãos, que eles mesmos haviam sido testemunhas oculares das coisas que eles lhes escreviam.

 “Provai e vede que o Senhor é bom”, dizem as Sagradas Escrituras! E prosseguem, dizendo: “antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai preparados a responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da fé que há em vós” (I Pedro 3:15) - coisa que eu não teria condições de fazer hoje se eu não tivesse sido sincera comigo mesma na ocasião em que esta dúvida me incomodava. E como diz Philip Yancey: “A invisibilidade de Deus é a garantia de que experimentarei momentos de dúvidas... Por que então, a igreja encara a dúvida como inimiga? A dúvida sempre anda com a fé; afinal, na certeza, quem precisaria de fé?”.