Humanização do enfermeiro na unidade do Centro Cirúrgico do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), Feira de Santana-Ba, com os familiares de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos

Caroline Cerqueira Moura1
Cecília Silva Santos2
Crislayne Guimarães da Silva Araújo3
Daiane Fernandes Ribeiro4
Denize da Silva Almeida5

RESUMO: O estudo teve como objetivo identificar a existência da humanização dos profissionais de enfermagem na unidade do Centro Cirúrgico do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) de Feira de Santana-BA, com os familiares de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Foi aplicado um questionário pré-estruturado a um grupo de cinco enfermeiras que trabalham no Centro-Cirúrgico, onde foi constatado que a maioria das enfermeiras entrevistadas se preocupam com a assistência prestada aos familiares dos pacientes apesar das dificuldades estruturais existentes.

Palavra chave: Humanização, profissionais de enfermagem, centro-cirúrgico, familiares.

ABSTRACT: The study had as objective identifies the existence of the nursing professionals' humanization in the unit of the Surgical Center of the Geral Hospital Clériston Andrade (GHCA) of Feira de Santana-BA, with the patients' relatives submitted to surgical procedures. A questionnaire pré was applied - structured her/it a group of five nurses that you/they work in the Center-surgical, where it was verified that most of the interviewed nurses if they worry with the attendance rendered the patients' relatives in spite of the existent structural difficulties. 

Keywords: Humanization, surgical center, nursing, family.

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¹ Graduando o 7º semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana – Ba. E-mail: [email protected]

² Graduando o 7º semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana – Ba. E-mail: [email protected]

³ Graduando o 7º semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana – Ba. Cuidadora em Saúde Mental no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III).  E-mail: crislayne_guimarã[email protected]

4 Graduando o 7º semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana – Ba. E-mail: [email protected]

5 Graduando o 7º semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana – Ba. Técnica de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta do Hospital Geral Clériston Andrade. E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos, mantendo uma estreita relação com a história da civilização. Neste contexto, tem um papel preponderante por ser uma profissão que busca promover o bem estar do ser humano, considerando sua liberdade, unicidade e dignidade, atuando na promoção da saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos, nas incapacidades e no processo de morrer.

Ao longo de mais de duas décadas atuando na enfermagem, percebemos que a prática mecanizada e as decisões unilaterais é que têm prevalecido nas instituições de saúde e em particular em ambientes como Centro Cirúrgico. O centro cirúrgico é um "setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada" (RIBEIRO; SOUZA 1997 p. 09).

A conduta impessoal dos profissionais que atuam no centro cirúrgico pode ser decorrência da grande demanda por serviços, cujos clientes não raras vezes se encontram em situação eminente de morte. Esses fatores, sem dúvida, geram estresse, desgaste físico e psicológico tanto para a família do paciente como para a enfermagem, o que reduz as interações.

A internação do paciente em centro cirúrgico é um momento quase sempre difícil para a família, que pode experimentar sentimentos de incerteza quanto ao presente e ao futuro de seu familiar, sentimentos que, também, envolvem as suas próprias perspectivas de vida. Muitos questionamentos emergem por parte da família: "a cura será completa?", "haverá seqüelas?", "a morte poderá ocorrer?", "ele consegue nos compreender?", "sente dor?".

WALDOW (1998, p.62), salienta a importância de conciliar e harmonizar as diversas funções do enfermeiro, quando afirma:

"O cuidado humanístico não é rejeição aos aspectos técnicos, tão pouco aos aspectos científicos, o que se pretende ao revelar o cuidado é enfatizar a característica do processo interativo e de fruição de energia criativa, emocional e intuitiva, que compõe o lado artístico além do aspecto moral."

Na amplitude de sua assistência, a enfermagem, assim como as demais profissões de saúde, se subdividem em várias áreas, neste momento, voltamos nossa atenção à humanização da assistência de enfermagem em centro cirúrgico.

Até alguns anos atrás a função do enfermeiro na unidade de centro cirúrgico era dirigida para os aspectos gerenciais, o que o afastava do contato com o paciente e seus familiares, mas com algumas modificações na sistematização da assistência, o enfermeiro de centro cirúrgico sentiu a necessidade de prestar assistência mais direta ao paciente e seus familiares em todas as etapas do processo cirúrgico, destacando a importância desta para o sucesso do tratamento e o pronto restabelecimento do paciente. VILA & ROSSI (2002, p.17) referem que:

"Humanização deve fazer parte da filosofia de enfermagem. O ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos não são mais significativos do que a essência humana. Esta sim irá conduzir o pensamento e as ações da equipe de enfermagem, principalmente do enfermeiro, tornando-o capaz de criticar e construir uma realidade mais humana (...)".

Não é apenas uma questão de mudança do espaço físico, mas principalmente uma mudança nas ações e comportamento dos profissionais frente ao paciente e seus familiares.

A temática humanização do atendimento em saúde mostra-se relevante no contexto atual, uma vez que a constituição de um atendimento calcado em princípios como a integralidade da assistência, a eqüidade, a participação social do usuário, dentre outros, demanda a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na criação de espaços de trabalho menos alienantes que valorizem a dignidade do trabalhador e do usuário.

Este estudo tem como objetivo identificar a existência da humanização dos enfermeiros na unidade do Centro Cirúrgico do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) com os familiares de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Sendo assim é de fundamental importância para os profissionais de saúde compreender o quanto é necessário um atendimento humanizado com familiares de pacientes.

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO

O centro cirúrgico é uma área física do hospital, com uma equipe multiprofissional equipamento e material de consumo adequado à execução do processo cirúrgico, sendo que a sua finalidade é fornecer subsídios que propiciem o desenrolar do processo do ato terapêutico - a cirurgia - oferecendo condições para que a equipe médica e de enfermagem possam planejar as necessidades dos pacientes antes, durante e após a cirurgia.

O trabalho no centro cirúrgico faz parte do trabalho em saúde e tem como característica o trabalho coletivo, realizado por vários profissionais como os cirurgiões, anestesistas, técnicos de raio X e de laboratório, dentre outros e também a equipe de enfermagem subdividida em quatro categorias: enfermeiras, técnicos, auxiliares e atendentes de enfermagem, todos ocupando o mesmo espaço, mas com uma divisão técnica de trabalho onde cada um exerce uma determinada tarefa.

Para ALMEIDA (1985,1986), a prática de enfermagem é entendida como o "conhecimento (saber da enfermagem) corporificado em um nível técnico (instrumentos e condutas) e relações sociais específicas, visando ao atendimento de necessidades humanas, que podem ser definidas biológica, psicológica e socialmente."

ALMEIDA e cols. (1989) ainda concebem a prática de enfermagem como prática social e, portanto, historicamente estruturada e socialmente articulada. Ela é constitutiva das práticas sociais em geral e das práticas de saúde em particular.

Para desempenhar o seu trabalho no centro cirúrgico,o enfermeiro deve saber conduzir a equipe de enfermagem para obter o melhor resultado na assistência como um todo. Para o bom funcionamento do centro cirúrgico, o trabalho em equipe é primordial, pois, em situações que exigem a combinação em tempo real de múltiplos conhecimentos, experiências e julgamentos, inevitavelmente uma equipe alcança resultados melhores do que um conjunto de indivíduos atuando de acordo com as suas competências e responsabilidades.

O enfermeiro deve gerenciar a assistência do paciente no período pré-operatório, devendo para isto desenvolver e utilizar um recurso fundamental: a liderança.

ATENDIMENTO HUMANIZADO DO ENFERMEIRO AOS FAMILIARES

A enfermagem deve manter um contato com a família de forma clara, com informações acessíveis e ponderadas, diminuindo a angustia provocada nos familiares. Conforme Molter, a hospitalização de um membro da família no centro cirúrgico, freqüentemente, produz mudanças nas atividades cotidianas, de modo a afetar a rotina de vida familiar, alterar sua dinâmica, pois a família poderá estar envolvida em uma situação totalmente diferente do seu cotidiano.

O estado emocional da família é fortemente alterado, já que o medo da morte está constantemente presente, e, diversas vezes, a situação de doença de um familiar faz com que haja maiores união e companheirismo entre os membros da família, pois passam a ter o mesmo objetivo.

De acordo com Rennick apud SOUZA, as necessidades das famílias são: conhecer, serem respeitadas, conforto, serem confortadas e ter confiança.

Os profissionais de enfermagem devem estar mais atentos para ouvir o que os familiares têm para dizer, o que lhes permite expressar suas dúvidas, medos, anseios e obter mais informações sobre o tratamento de seu enfermo.

A enfermagem deve, ainda, trabalhar as dificuldades de cada família, além de lembrar que as orientações e informações devem ser de fácil compreensão. Por isso é necessário um perfeito alinhamento de fluxo de informações que vão da enfermagem para os familiares, a fim de eliminar o fator confusão como elemento de estresse.

De um lado, uma equipe que pode estar apenas interessada no tratamento propriamente dito; do outro lado, um grupo de pessoas ansiosas, desconfiadas, angustiadas, sofrendo com o momento pelo qual estão passando. É desejável que a enfermagem tenha iniciativa de orientar as famílias a respeito do estado geral do paciente e do procedimento cirúrgico.

METODOLOGIA

Segundo Marconi e Lakatos (1991, p. 64): "a pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais."

Este estudo é do tipo qualitativo, descritivo e explorativo, pois respondeu as indagações propostas. Para Sellitz (1990, p.82): "a pesquisa qualitativa coleta informações sem instrumentos formais e estruturados, analisa informações de uma forma organizada e intuitiva."

Sendo assim, utilizaremos estas metodologias por considerarmos o caminho ideal para compreendermos o significado e a intencionalidade das falas e vivências dos (as) enfermeiros (as).

Segundo Minayo (1992, p.10):

A metodologia qualitativa é aquela que incorpora a questão do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações e às estruturas sociais. O estudo qualitativo pretende apreender a totalidade coletada visando, atingir o conhecimento de um fenômeno histórico que é significante em sua singularidade.

A pesquisa exploratória visa a proporcionar ao pesquisador uma maior familiaridade com o problema em estudo. Este esforço tem como meta tornar um problema complexo mais explícito ou mesmo construir hipóteses mais adequadas. Para MALHOTRA (2001), o objetivo principal é possibilitar a compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador.

Esta é usada em casos nos quais é necessário definir o problema com maior precisão e identificar cursos relevantes de ação ou obter dados adicionais antes que se possa desenvolver uma abordagem. Como o nome sugere, a pesquisa exploratória procura explorar um problema ou uma situação para prover critérios e compreensão. Segundo BOONE e KURTZ (1998) ela simplesmente é utilizada para descobrir a causa de um problema.

A pesquisa exploratória utiliza métodos bastante amplos e versáteis. Os métodos empregados compreendem: levantamentos em fontes secundárias (bibliográficas, documentais, etc.), levantamentos de experiência, estudos de casos selecionados e observação informal (a olho nu ou mecânica).

A pesquisa descritiva objetiva conhecer e interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la (CHURCHILL, 1987). Muitas das pesquisas de marketing realizadas são de caráter conclusivo descritivo (PERIN et al., 2000). Pode-se dizer que ela está interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los. Além disso, ela pode se interessar pelas relações entre variáveis e, desta forma, aproximar-se das pesquisas experimentais.

A pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou de determinado fenômeno, mas não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Normalmente ela se baseia em amostras grandes e representativas. O formato básico de trabalho é o levantamento (survey).

Os estudos mais utilizados nesse tipo de pesquisa são: o longitudinal (coleta de informações ao longo do tempo) e o transversal (coleta de informações somente uma vez no tempo). As pesquisas descritivas compreendem grande número de métodos de coleta de dados, os quais compreendem: entrevistas pessoais, entrevistas por telefone, questionários pelo correio, questionários pessoais e observação.

O espaço empírico da pesquisa foi o Hospital Geral Clériston Andrade local escolhido pela equipe e de atuação desses profissionais, em seu período de atividade ou segundo disponibilidade, pautada em relatos livres, direcionadas individualmente. Localizado no município de Feira de Santana-Bahia, é uma instituição pública estadual, de referência no município, que serve de campo de estágio para diversos cursos de nível superior e médio, e desenvolve curso de residência em medicina. A citada instituição possui vários setores como: Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta, UTI Pediátrica, UTI Neonatal, Emergência e Centro Cirúrgico.

A pesquisa de campo utiliza técnicas de observação direta extensiva (questionário, formulário, medidas de opinião e atitudes técnicas mercadológicas), no caso o instrumento de pesquisa será o questionário que é realizado através de perguntas ou formulários, de medidas de opinião e atitudes.

A pesquisa de campo do intencional, ou seja, "o pesquisador está interessado na opinião (ação, intenção) de determinados elementos da população, mas não representativos da mesma." (MARCONI; LAKATOS, 1996, p.47).

Conforme Minayo (1996), a análise de conteúdo caracteriza-se em três fases:

1)           Ordenação dos dados: Os dados coletados no campo de investigação são transcritos e mapeados, realizando uma leitura flutuante das questões levantadas.

2)           Estudados, são identificados os núcleos de sentido dos dados transcritos, permitindo assim, a categorização dos mesmos.

3)           Análise final: Agrupadas em categorias, as entrevistas e os dados obtidos através da observação foram analisados por meio de convergências, divergências e diferenças articulando os dados, os referenciais teóricos e os objetivos.

Esse questionário foi conduzido e analisado pelas estudantes de enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) do 7º semestre do turno matutino. Onde foi aplicado um questionário com um grupo de cinco enfermeiras do Centro Cirúrgico de todos os turnos de trabalho (matutino, vespertino e noturno) do HGCA no município de Feira de Santana - BA.

A temática humanização do atendimento em saúde mostra-se relevante no contexto atual. Na percepção das estudantes no campo de estágio, notou-se a deficiência de uma humanização dos profissionais em relação aos familiares de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos da unidade do Centro Cirúrgico do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

ANÁLISE DOS RELATOS

O diagnóstico sobre a humanização de enfermagem com os familiares de pacientes do centro cirúrgico do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana-BA, resultou do questionário aplicado no mês de junho de 2007, direcionado a cinco enfermeiras deste setor.

Compreendemos como família, a unidade social proximamente conectada ao paciente através do amor, podendo ou não haver laços legais ou de consangüinidade. Acreditando que o paciente é um segmento da família e que está é de vital importância para a recuperação do paciente, é necessário atender às reais necessidades dos familiares.

A enfermagem é o ponto de equilíbrio e de sustentação do Centro Cirúrgico. É ela que está mais próxima e por mais tempo do paciente e da família.

De acordo ao questionário desenvolvido e aplicado, percebemos que a maioria das entrevistadas informam prestar uma assistência humanizada. Porém referem-se a algumas dificuldades que às vezes interferem na humanização. Como o Centro Cirúrgico é um ambiente restrito e não possui uma sala de espera para os familiares, dificulta a assistência mais humanizada.

O que pode ser observado nas falas das enfermeiras entrevistadas:

"Aqui no HGCA, os enfermeiros costumam prestar este serviço na maneira do possível, devido ao quadro funcional ser limitado e o ambiente não dispor de uma sala de espera, que seria o ideal para um melhor acolhimento." Enfermeira 1

"(...) porque não temos uma sala de espera para familiares, o que tornaria o serviço mais humano para todos." Enfermeira 3

 "Por ser um setor fechado e restrito, nos limita em algumas atitudes visto que o familiar ou acompanhante não tem preparo pelo serviço social para esclarecimento das limitações do setor, sendo na maioria das vezes não aceitando as normas previamente estabelecidas e com isso passa ater postura de cobrança." Enfermeira 4

Segundo Duarte & Lautert:

O centro cirúrgico é um setor com características próprias, por ser um ambiente fechado e de acesso restrito, onde todos os profissionais usam o mesmo uniforme e onde todos os atores vivem situações de estresse. Os pacientes, na maioria das vezes, usam somente camisolas, todas iguais, sem objetos pessoais e sem familiares.

Foi constatado também que a maioria das enfermeiras se preocupam com o estado dos familiares, orientando e informando sobre o procedimento cirúrgico, pois percebem a necessidade de um conforto para diminuírem a ansiedade, nervosismo e angústia.

Nota-se nas falas das enfermeiras questionadas:

"Na medida do possível, tentamos ser humanos, informamos o que podemos, pois um dia pode ser um de nós que esteja nesta situação: ansiosos por notícias de parente em sala cirúrgica." Enfermeira 3

"São informadas e orientadas do quadro com as necessidades apresentadas e encaminhadas a outros setores se necessário." Enfermeira 2

"Tentamos apóia-lo, orientando, tranqüilizando-o, e aproveitando-o o momento para esclarecimentos necessários." Enfermeira 5

"(...) diante de tanta ansiedade e nervosismo, a família merece uma assistência humanizada por parte de toda equipe, transmitindo a esta: tranqüilidade e confiança." Enfermeira 1

Os profissionais de enfermagem devem ser cortês, educados e compreensivos, buscar sempre entender e considerar as necessidades dos familiares que acompanham os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Os familiares têm o direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas a sua condição cultural sobre o diagnóstico e terapêutica aplicada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A humanização de enfermagem fundamenta-se no conceito de integridade do ser, de modo que a família seja acolhida em todos seus aspectos. Essa humanização deve resultar de uma sensibilização comportamental dos segmentos envolvidos e não de uma imposição de direitos e deveres; e como se trata de inter-relação de pessoas, só pode haver humanização se houver uma postura de respeito ao ser humano, de cordialidade e constante diálogo.

Para que a humanização no centro cirúrgico aconteça, os profissionais de saúde devem desempenhar a sua função com sensibilidade, boa vontade, criatividade e eficiência, buscando não só a recuperação da saúde física do paciente, preservação da saúde mental e satisfação, como também da sua família e da equipe que lhe assiste. Desta forma, o projeto de humanização deve estar em constante aprimoramento através das pesquisas de necessidades, satisfação e outras questões relacionadas ao paciente, familiares e equipe.

REFERÊNCIAS

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ALMEIDA, M.C.P. et. al. A situação da  enfermagem nos anos  90.  In:  Congresso

Brasileiro de enfermagem, 41., 1989. Florianópolis. Anais. Florianópolis, Associação

Brasileira de Enfermagem, 1989. p 43.

BEDIN, Eliana; RIBEIRO, Luciana Barcelos Miranda; BARRETO, Regiane Ap. Santos Soares Barreto. Humanização da assistência de enfermagem em centro cirúrgico. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 03, p. 400-409, 2004. Disponível em: www.fen.ufg.br

 

DUARTE, Liliane Espinosa. LAUTERT, Liana. Conflitos e dilemas de enfermeiros que trabalham em centros cirúrgicos de hospitais macro-regionais. Rev. gaúcha enferm. v.27 n.2 Porto Alegre jun. 2006

MINAYO, Maria Cecília S, SUELY, Deslandes Ferreira, Cruz, Otávio Neto, Gomes       Romeu. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis; Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

RODRIGUES, Rosalina Aparecida. SOUZA, Fátima Aparecida. O trabalho de enfermagem em centro cirúrgico - análise de depoimentos. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v1n2/v1n2a03.pgf

SILVA, Marcos. GALVÃO, Cristina. Aplicação da Liderança Situacional na enfermagem de centro cirúrgico. Disponível em: http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/1178241106_62_0.pdf

VIEIRA, Valter Afonso. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing. Disponível em:

<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v5_n1/as_tipologias_variacoes_.pdf>. Acesso em: 14 mai 2007.

WALDOW, V. R. Cuidado Humano: o resgate necessário. Porto Alegre. Ed. Sagra Luzzatto, 204 p. 1998. Cuidado: uma revisão teórica. Porto Alegre. Rev. Gaúcha de Enfermagem, v. 13, n.º 02, p. 29-35, 1992. Disponível em:

http://www.fen.ufg.br/revista/revista6_3/pdf/13_Revisao3.pdf

ANEXO

                                                                                                                                            

QUESTIONÁRIO

A rotina diária e complexa que envolve ambiente do Centro Cirúrgico faz com que o profissional enfermeiro, na maioria das vezes, esqueçam de tocar, conversar e ouvir o ser humano que está a sua frente, o que acontece com os familiares de pacientes internados em um Centro Cirúrgico.

            Com base no que fora brevemente descrito.

Qual o seu comportamento diante dos familiares dos pacientes submetidos á procedimentos cirúrgico no Hospital Geral Clériston Andrade.

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