Humanização da Assistência Prestada as Crianças na Clínica Pediátrica no Hospital do Oeste Barreiras ? BA
Publicado em 07 de outubro de 2009 por Maria Ilma Aves Ramalho Honorato
Denise da Silva Rego Pinto
Lúcia Araujo de Oliveira
Maria Ilma Alves Ramalho Honorato
1.0 TEMA
Humanização
da Assistência Prestada as Crianças na
Clínica Pediátrica no Hospital do Oeste Barreiras
– BA.
2.0 JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento da
criança representa a interação da
hereditariedade e do ambiente no cérebro em
maturação. A hereditariedade determina o
potencial da criança, enquanto o ambiente influencia a
extensão na qual ela realiza aquele potencial. Para um
desenvolvimento ideal, o ambiente tem de satisfazer as necessidades
físicas e psicológicas da criança
(LISSAUER & CLAYDEN, 2003).
No cotidiano de nossas atividades
como estagiárias de Enfermagem na Clínica
Pediátrica do Hospital do Oeste, pode-se observar uma
resistência dos acompanhantes no que se refere às
normas e rotinas da unidade, a partir dessa problemática
procuramos meios de solucionar o problema através de
ações voltadas para a
educação em saúde por meio de
distribuição de folhetos educativos e protocolo
de admissão; além disso, detectamos a necessidade
da instalação de cortinas nas enfermarias
objetivando a privacidade do paciente na
realização de procedimentos invasivos e ainda a
decoração de toda a clínica com temas
infantis visando um ambiente receptivo e alegre.
O sucesso da
prestação da assistência ao paciente e
família se faz com profissionais que estejam preparados
globalmente, isto é, no sentido de conhecimentos,
emoções e atuação com
estrutura adequada, uma vez que esses fatores influenciam na
assistência prestada. Neste contexto é de grande
relevância a atuação ativa do
enfermeiro no sentido de direcionar, orientar e acolher, visando
melhorias da assistência prestada pela equipe de enfermagem.
3.0 OBJETIVOS
3.1 GERAL:
Orientar
aos acompanhantes sobre as normas e rotinas a serem seguidas na
unidade, proporcionando uma melhoria do atendimento na
clínica pediátrica no Hospital do Oeste Barreiras
- BA.
3.2 ESPECÍFICOS:
•Informar aos acompanhantes as normas e rotinas da unidade.
•Conscientizar a importância das normas e rotinas.
•Manter a organização da unidade.
•Minimizar
os eventuais problemas que a não
utilização dessas normas e rotinas acarretam.
•Reduzir
a exposição do paciente durante a
execução dos procedimentos realizados nas
enfermarias.
•Manter o ambiente reservado para a realização dos procedimentos invasivos.
•Diminuir
o medo e a ansiedade causados em outras crianças, devido aos
procedimentos executados dentro das enfermarias.
4.0 REFERENCIAL TEÓRICO
A temática humanização do atendimento em saúde mostra-se relevante no contexto atual, uma vez que a constituição de um atendimento calcado em princípios como a integralidade da assistência, a eqüidade, a participação social do usuário, dentre outros, demanda a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na criação de espaços de trabalho menos alienantes que valorizem a dignidade do trabalhador e do usuário. Nessa aproximação, se faz primordial, inicialmente, a análise do conhecimento já produzido acerca dessa temática (ARONE; CUNHA, 2007).
A humanização depende da capacidade de falar e de ouvir, pois as coisas do mundo só se tornam humanas quando passam pelo diálogo com os semelhantes, ou seja, viabilizar nas relações e interações humanas o diálogo, não apenas como uma técnica de comunicação verbal que possui um objetivo pré-determinado, mas sim como forma de conhecer o outro, compreendê-lo e atingir o estabelecimento de metas conjuntas que possam propiciar o bem-estar recíproco (OLIVEIRA; COLLET; VIEIRA, 2006).
A proposta da Política Nacional de Humanização (PNH) coincide com os próprios princípios do SUS, enfatizando a necessidade de assegurar atenção integral à população e estratégias de ampliar a condição de direitos e de cidadania das pessoas. Avançando na perspectiva da transdisciplinaridade, propõe uma atuação que leve à ampliação da garantia de direitos e o aprimoramento da vida em sociedade (SANTOS, 2007).
O propósito ou meta de humanizar, em todos os sentidos apontados, mais objetivamente no caso da saúde, implica aceitar e reconhecer que nessa área e nas suas práticas, em especial, subsistem sérios problemas e carências de muitas das condições exigidas pela definição da concepção, organização e implementação do cuidado da saúde da humanidade, tanto por parte dos organismos e práticas estatais, como da sociedade civil (OLIVEIRA; COLLET; VIEIRA, 2006).
Backes; Lunardi Filho; Lunardi (2006), consideram que a humanização do ambiente hospitalar e da assistência à saúde não se concretiza se estiver centrada unicamente em fatores motivacionais externos ou somente no usuário. O hospital humanizado é aquele que contempla, em sua estrutura física, tecnológica, humana e administrativa, a valoração e o respeito à dignidade da pessoa humana, seja ela paciente, familiar ou o próprio profissional que nele trabalha, garantindo condições para um atendimento de qualidade.
Se houvesse a possibilidade de resumir a missão de humanização num sentido amplo, além da melhora do tratamento intersubjetivo, dir-se-ia que se trata de incentivar, por todos os meios possíveis, a união e colaboração interdisciplinar de todos os envolvidos, dos gestores, dos técnicos e dos funcionários, assim como a organização para a participação ativa e militante dos usuários nos processos de prevenção, cura e reabilitação. Humanizar não é apenas amenizar a convivência hospitalar, senão, uma grande ocasião para organizar-se na luta contra a inumanidade, quaisquer que sejam as formas que a mesma adote (OLIVEIRA; COLLET; VIEIRA, 2006).
A falta de condições técnicas e materiais também podem induzir à desumanização na medida em que profissionais e usuários se relacionem de forma desrespeitosa, impessoal e agressiva, piorando uma situação que já é precária (OLIVEIRA; COLLET; VIEIRA, 2006).
A hospitalização é uma situação crítica e delicada na vida de qualquer ser humano, e tem contornos especiais quando se trata de um acontecimento na vida de uma criança, pois implica na mudança de rotina de toda a família (FAQUINELLO; HIGARASHI; MARCON, 2007).
A hospitalização realiza-se, normalmente, numa atmosfera de tensão e insegurança para a criança e seus acompanhantes, acarretando outras situações desagradáveis: novos horários, exames dolorosos, afastamento do ambiente familiar, abandono da atividade escolar, falta de estímulos sociais, dentre outras alterações no cotidiano das crianças e familiares. Essas modificações podem ocasionar agitação, gritos, choros, retrocesso, regressão, depressão, ausência no controle dos esfíncteres, entre outros (LIMA; JORGE; MOREIRA, 2006).
No Brasil, a visão humanística que muitos hospitais procuram enfatizar, na sua prática vem demonstrando que, não é só o corpo que deve ser visto, mas o ser integral, suas necessidades físicas, psíquicas e sociais (SILVA, 2008).
O serviço hospitalar se caracteriza por trabalho intensivo, onde exige dos funcionários alta produtividade em tempo limitado, porém em condições inadequadas; com problemas de ambiente, equipamentos entre outros fatores que interferem no processo. Tais condições culminam com a insatisfação, cansaço excessivo com conseqüente queda da produtividade, problemas de saúde e acidentes de trabalho. (NÓIA et al., 2000).
A humanização da assistência envolve o hospital, equipe de saúde e o próprio paciente. De todos os profissionais da saúde envolvidos na assistência, o enfermeiro é o que tem maior responsabilidade nesta humanização, uma vez que mantém sob sua responsabilidade um grande número de profissionais de enfermagem que deverão estar comprometidos com esta assistência e que, por outro lado, permanecem longos períodos com a criança hospitalizada. (GUARESCHI & MARTINS, 1997).
O enfermeiro é o profissional da equipe multidisciplinar que permanece mais tempo junto ao paciente, devendo desempenhar o papel de orientador quanto ao preparo psicossomático, assistindo ao ser humano e prestando o cuidado individualizado (CARVALHO & BIAMCHI, 2007).
Corrêa e Casate (2006), questionam-se sobre até que ponto a formação dos trabalhadores em saúde, especificamente em enfermagem, vem dando conta de propiciar o desenvolvimento de competências que favoreçam uma atuação que contemple o homem em sua integralidade, complexidade e singularidade, valorização essa fundamental para a constituição de um fazer humano em saúde.
Conforme Miranda (2006), estas relações interpessoais entre os profissionais, paciente e família, podem ser conflituosas em conseqüência do desgaste emocional.
O cuidar humanizado implica, por parte do cuidador, a compreensão e a valorização da pessoa humana enquanto sujeito histórico e social. Para isso, deve-se considerar acima de tudo que para desencadear um processo de humanização no ambiente hospitalar, não são necessários grandes investimentos ou adaptações no ambiente físico. É primordial que haja sensibilização com relação à problematização da realidade concreta, a partir da equipe multidisciplinar (FAQUINELLO & MARCON, 2007).
Portanto, para minimizar ou evitar os traumas da hospitalização, o ambiente hospitalar para as crianças não pode se limitar ao leito, devendo a unidade pediátrica fornecer condições que atendam às necessidades físicas, emocionais, culturais, sociais, educacionais e de desenvolvimento da criança. Daí, a necessidade de criar um ambiente recreativo, contendo livros, jogos e brinquedos seguros para estimular a auto-expressão da criança. Além disso, é necessário que os profissionais que assistem essas crianças estejam satisfeitos com suas condições de trabalho, fornecendo um atendimento humanizado às crianças e seus acompanhantes, reduzindo o período de hospitalização e os traumas decorrentes do mesmo (LIMA; JORGE; MOREIRA, 2006).
Quando a interação e a comunicação estabelecidas são consideradas como necessidade da equipe cuidadora, possibilitam a aproximação entre os envolvidos na relação, a qual é manifestada através do afeto e de palavras que se constituem em estímulos verbais. A comunicação é um dos principais meios para favorecer as interações entre a equipe, pacientes e familiares. Porém, essa interação não ocorre ao acaso; necessita ser conscientemente planejada pela equipe de enfermagem, a partir das observações realizadas, das necessidades evidenciadas e das interpretações dos significados atribuídos pelo paciente e seus familiares a sua nova situação de vida. (SILVEIRA et al , 2005).
Nesse sentido, humanizar a assistência em saúde implica dar lugar tanto à palavra do usuário quanto à palavra dos profissionais da saúde, de forma que possam fazer parte de uma rede de diálogo, que pense e promova as ações, campanhas, programas e políticas assistenciais a partir da dignidade ética da palavra, do respeito, do reconhecimento mútuo e da solidariedade (OLIVEIRA; COLLET; VIEIRA, 2006).
A equipe multiprofissional pode tornar os procedimentos invasivos menos traumáticos para a criança se forem criado um vínculo com a mesma, assim ela sentirá segurança ao lado de quem confia (GUARESCHI & MARTINS, 1997)
No período de internação da criança o apoio psicológico a família é de fundamental importância. A equipe multiprofissional deve ser coesa e estar psicologicamente preparada para prestar esta assistência, gerando um ambiente de trabalho agradável e facilitando o convívio e o restabelecimento da saúde (FAQUINELLO; MARCON, 2007).
A internação hospitalar, apesar de ter por como objetivo principal estabelecer o diagnóstico e a terapêutica, em muitos casos pode desencadear quadros de transtornos físicos, emocionais e sociais ao cliente, muitas vezes, ocasionados pelo afastamento e isolamento de sua vida cotidiana e também pela convivência com um ambiente desconhecido, deixando-o inseguro e ansioso (SQUASSANTE & ALVIM, 2009).
Quando a família permanece com a criança, as ações de enfermagem junto à ela são a observação, para identificar necessidades e detectar problemas, e a orientação aos pais para estimulá-los na participação mais efetiva nos cuidados ao filho hospitalizado (GUARESCHI & MARTINS, 1997).
Os pais exercem papel fundamental no contexto da hospitalização infantil, na medida em que representam a referência fundamental da criança, enquanto mediadores da relação terapêutica, fonte principal de segurança e de carinho, além de apoio imprescindível ao enfrentamento desta situação desafiadora que é a doença e o internamento (FAQUINELLO & MARCON, 2007).
Uma das formas de aceitar e participar da integração da família na assistência à criança hospitalizada é permitir que a mãe preste alguns cuidados previamente orientados a seu filho. Vale lembrar que não existe somente um modo de fazer as coisas: um cuidado executado pela mãe pode ser tão bom quanto o determinado pela própria rotina do hospital (GUARESCHI & MARTINS, 1997).
A valorização da presença materna e um processo educativo, informativo, de mão dupla, entre acompanhante e equipe, é condição essencial ao alcance de uma prática assistencial realmente humanizada e humanizadora (FAQUINELLO & MARCON, 2007).
Ainda segundo o mesmo autor, os pais de crianças hospitalizadas, ao agirem como seus representantes legais, podem oferecer importante contribuição na identificação de falhas cometidas pelo sistema hospitalar, e que, invariavelmente, acabam por ocasionar um atendimento menos eficaz e errôneo. Tais situações exigem em sua maioria, mudanças ou reformulações de conduta; nem sempre reconhecíveis pelos profissionais de saúde.
A promoção da saúde representa uma forma de objetivação dos direitos humanos fundamentais, visto que estes se manifestam na autodeterminação consciente e responsável da própria vida.Sob esta definição, encontra-se uma das mais importantes, fundamentais e, ao mesmo tempo, complexas ações humanas: a comunicação; e, sobretudo, ações educativas em saúde. (SHIRATORI, 2004).
O mesmo autor refere que educar em saúde significa dirigir o trabalho no sentido de atuar sobre o conhecimento das pessoas, para que elas desenvolvam um juízo crítico e capacidade de intervenção sobre suas vidas e sobre o ambiente com o qual interagem, de forma que elas tenham condições de apropriar-se de sua própria existência.
Neste sentido, o Comitê de Especialistas em Planejamento e Avaliação dos Serviços de Educação em Saúde, da Organização Mundial de Saúde - OMS pontua como objetivos para a educação em saúde, encorajar as pessoas a adotar padrões de vida sadios; usar de forma judiciosa e cuidadosa os serviços de saúde colocados a sua disposição; e tomar sua próprias decisões, tanto individual como coletivamente, visando melhorar suas condições de saúde e as condições do meio ambiente. (SHIRATORI, 2004).
Tendo como base esta afirmação, Shiratori (2004), acredita ser indispensável o conhecimento por parte dos profissionais de saúde, do contexto cultural de onde advêm os sujeitos com os quais se quer estabelecer um laço educativo, bem como do modo como vivenciam o processo saúde-doença, ou seja, o processo educativo deve ser sempre dialógico, através da troca de conhecimentos entre educador e educando, de modo que se torne impossível discernir, rigidamente, quem desempenha um e outro papel.
Muitos acompanhantes, além de fornecerem cuidados aos seus filhos, tentavam ajudar as crianças desacompanhadas. Neste contexto, sabe-se a importância da lavagem de mãos para a prevenção de infecção cruzada, sendo este item abordado pela equipe de enfermagem e assimilado pelos acompanhantes. (GUARESCHI & MARTINS, 1997).
Assim, educar em saúde de forma dialógica é respeitar os direitos humanos fundamentais e, conseqüentemente, contribuir para a proteção da dignidade das pessoas humanas envolvidas no processo. Além disso, recordamos a necessidade da compreensão dos direitos humanos fundamentais para o cuidado de enfermagem, respeitar a dignidade de seu semelhante significa, também, que lhe respeitem a própria (SHIRATORI, 2004).
5.0 METODOLOGIA
Esse projeto de intervenção tem como recursos metodológicos o uso de folhetos educativos abordando as normas e rotinas que devem ser respeitadas pelos acompanhantes das crianças internadas na clínica pediátrica, visto que os mesmos no ato da admissão assinarão um protocolo de normas e rotinas emitido em duas vias, uma via ficará anexada no prontuário e a outra ficará com o acompanhante. Outro recurso será a utilização de cortinas nas enfermarias, sendo as mesmas de material lavável facilitando assim a limpeza, decoração da clínica com temas infantis.
O projeto será desenvolvido na Clínica Pediátrica do Hospital do Oeste, no município de Barreiras-BA. O setor é constituído de uma área física comporta por nove enfermarias, cada uma com três leitos e um banheiro, o lactário com cinco leitos e um isolamento com um leito, totalizando então 34 leitos, o posto de Enfermagem, um banheiro para os funcionários, um banheiro masculino e outro feminino para os pais e acompanhantes.
A intervenção realizar-se-á no dia 07 de maio de 2009 onde serão distribuídos folhetos explicativos para o nosso público alvo (acompanhantes dos menores admitidos na clínica pediátrica) e também serão dadas orientações aos mesmos, em cada enfermaria da Unidade.
6.0 RECURSOS
6.1 Humanos
·Acadêmicas de Enfermagem;
·Supervisoras de Estágio;
·Enfermeiro Principal;
·Enfermeiros Assistenciais;
·Acompanhantes.
6.2 Materiais
Item |
Quantidade |
Subtotal |
Papel Ofício |
100 |
3,90 |
Emborrachado |
02 |
2,00 |
Adesivo dupla face |
01 |
2,50 |
Emborrachados com figurativas infantis |
15 |
25,00 |
Cartucho |
01 |
10,00 |
Coffee Breack |
_ |
50,00 |
Cartão Telefônico |
01 |
3,40 |
Credito de Celular |
_ |
11,00 |
Combustível |
10 l |
19,00 |
Total: 126,80 |
7.0 RESULTADOS ESPERADOS
De fato, esperamos alcançar por meio deste projeto de intervenção as metas e objetivos propostos anteriormente, mediante as orientações dadas por nós acadêmicos de enfermagem, esperamos desta forma que os acompanhantes assim como os menores possam sensibilizar-se quanto às informações passadas, contribuindo para a organização da clínica pediátrica.
Que esse projeto possa chamar atenção não só dos acompanhantes, pais ou as próprias crianças internadas, mas também dos funcionários, pois fica claro que o não cumprimento dessas normas e rotinas proporciona um desgaste no ambiente de trabalho.
8.0 REFERÊNCIAS
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SQUASSANTE, Nilcéia Dadalto; ALVIM, Neide Aparecida Titonelli. Relação equipe de enfermagem e acompanhantes de clientes hospitalizados: implicações para o cuidado. Rev. bras. enferm.,Brasília, 2009 .Disponível em <http://www.scielo.br/scielo>. Acesso em15 maio 2009.