INTRODUÇÃO

A periodização é a formulação de um projeto detalhado de preparação, embasado nos princípios científicos do treinamento desportivo, levando em consideração o desporto e as diferentes qualidades ou capacidades físicas nele implícitas e a serem treinadas, o sexo e a idade dos praticantes bem como seu nível anterior de preparação, para de acordo com objetivos preestabelecidos obter o melhor rendimento desportivo.

O principal objetivo do treinamento é fazer com que o atleta atinja um alto nível de desempenho em dada circunstância, especialmente durante a principal competição do ano com uma boa forma atlética (Bompa, 2001).

Considerando que as faixas etárias entre 14 e 15 anos, que é considerada categoria "Cadete", e 16 e 17 anos, considerada categoria "Juvenil" pela Confederação Brasileira de Handebol, devemos observar as características destes atletas, que ainda se encontram em idade escolar, onde muitas vezes acumulam funções como freqüência em cursos, jornada de trabalho, entre outras condições que possam intervir em um programa de treinamento. Não havendo, portanto, um direcionamento metodológico quanto à periodização de treinamento desportivo para a idade escolar ou não profissionalizado, permitindo o surgimento de metodologias aleatórias, segregadas e, muitas vezes, inadequada para esta realidade. A proposta de periodização aqui descrita tem a pretensão de assegurar uma planificação que possa ser adaptadas ainda, às situações mais comuns na nossa sociedade, e mais especificamente a realidade da Educação Física e do desporto no Brasil, visto que as principais pesquisas científicas que tratam do assunto, apresentam uma proposta de periodização apenas em nível de alto rendimento, com microciclos semanais de domingo a domingo.

MACROCICLOS, MESOCICLOS E MICROCICLOS:

A forma geralmente concentrada da preparação dos atletas é a organização do treinamento através de períodos e etapas. A periodização é um dos mais importantes conceitos do planejamento do treinamento. Esse termo origina-se da palavra período, que é uma porção ou divisão do tempo em pequenos segmentos, mais fáceis de controlar denominados fases (Bompa, 2001). Esta forma de estrutura do treinamento desportivo tem como seu idealizador o russo Matveiev, sendo criada nos anos 60 durante até nossos dias, e se divide em macrociclo, mesociclo e microciclo de treinamento:

Macrociclo: Representa a organização de todo o treinamento que será desenvolvido em um determinado período de tempo. A estruturação desse período de treinamento obedece a um plano de expectativas e, geralmente, encerra-se num ponto máximo de performance (peak) do individuo.  

Mesociclo: Um macrociclo é composto de vários mesociclos (no mínimo quatro). Um mesociclo é formado por vários microciclos – normalmente de três a seis (Dantas, 1985).  

Microciclo: É o menor ciclo de treinamento. Normalmente possui a duração de sete dias, coincidindo com o período de uma semana. 

A montagem de nosso macrociclo foi idealizada em função do semestre escolar, ou cinco meses, não se incluindo o período de férias escolares de um mês, atingindo seu "peak" no último mesociclo, onde aconteceria a competição mais importante.

ESTRUTURAÇÃO DOS MESOCICLOS

Um conceito alternativo de classificação dos mesociclos que é proposto por Issurin y Kaverin (1986) que diferenciam três tipos: acumulação, transformação e de realização. Sua essência radica na periodicidade e a troca da orientação preferencial do treinamento, estas trocas se conseguem alternando esses três tipos de mesociclos (Navarro, 1994). Vejamos quadro abaixo:

PERIODIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE APRENDIZAGEM

Nível de treinamento ou estado de treinamento é o estado aumentado da capacidade de rendimento; compreende: aptidão física, psicológica e intelectual, técnica desportiva, preparação tática e certas qualidades psíquicas; desenvolve-se de forma contínua, enquanto o processo de treinamento não sofrer interrupções e as exigências do treino respeitarem a capacidade individual do atleta. No intuito de valorizar a importância da heterogeneidade no nível de aprendizagem presente no treinamento do handebol, podemos dividir quatro níveis básicos de aprendizagem:

1.Iniciantes

2.Iniciados

3.Intermediários

4.Alto nível (Não abordado em nossa pesquisa)

A existência desses diferentes níveis indica a necessidade de direcionar a uma metodologia também diferenciada. Assim sendo, os meios utilizados foram divididos em três campos de ação e assim adaptados para o handebol:

a)Meios de caráter geral – exercícios básicos e fundamentais: São os que procuram desenvolver o potencial do atleta, formando base para futura especialização.

b)Meios de caráter direcionado – exercícios direcionados: Caracteriza-se por atividades voltadas à especificidade dos movimentos, e visam a realização dos comportamentos executados em jogos e competições.

c)Meios de caráter especial – exercícios especiais: Reproduz uma forma específica, com o objetivo de obter a união de todo o acervo motor, para o desenvolvimento de movimentos técnicos presentes em circunstancia de competição.

FUNDAMENTOS BÁSICOS DO HANDEBOL

Para se projetar o treinamento, deve-se ter conhecimento do desporto, principalmente das qualidades técnicas e físicas envolvidas e metabolismo energético correspondente a modalidade, este conhecimento é determinado pelajogabilidade e pelos fundamentos básicos, para direcionar nosso estudo, enumeramos de forma pedagogicamente hierarquizada os principais fundamentos básicos no handebol:

  1. Recepção - é a ação específica de receber, amortecer e reter a bola de forma adequada nas diferentes posições e situações em que o jogador for solicitado.
  2. Passe - é a ação de enviar e dirigir a bola ao companheiro, de forma correta, para facilitar a próxima ação. O passe e a recepção são técnicas utilizadas pelos jogadores na preparação da finalização, ou seja, na colocação de um companheiro em condições favoráveis de arremessar a bola em direção ao gol adversário.
  3. Arremesso - é a ação de enviar a bola em direção ao gol adversário, aplicando um forte impulso (força) na mesma, para dificultar a ação do goleiro, procurando que ela adentre ao gol, tendo como objetivo, assim, a marcação de um gol.
  4. Progressão - é a ação de deslocar-se na quadra, movimentando-se de um lugar a outro, de posse da bola, obedecendo as regras do jogo no que diz respeito ao manejo da bola.
  5. Drible - é a ação de impulsionar e dirigir a bola em direção ao solo, uma ou mais vezes, sem perder o controle da mesma. O drible serve para progredir na quadra ou reter a bola em situação especial.
  6. Finta - é a ação que o jogador realiza, de posse de bola, para dirigir os movimentos do defensor numa direção falsa, desviando a sua atenção da própria real intenção, causando-lhe o desequilíbrio. A finta tem como objetivo enganar e passar pelo adversário além de desorganizar a defesa.

Relacionando o nível de treinamento do atleta aos campos de ação e aos fundamentos básicos, poderemos dizer que a prioridade do treinamento deve seguir esta progressão:

QUADRO 1: Ordem de prioridade de treinamento dos fundamentos básicos

ORDEM

NÍVEL DE

TREINAMENTO

CAMPO DE AÇÃO

FUNDAMENTO A SER PRIORIZADO

Iniciantes

Exercícios Básicos e Fundamentais

Passe

Recepção

Iniciados

Exercícios Direcionados

Arremesso

Progressão

Intermediários

Exercícios especiais

Drible

Finta

QUALIDADES FISICAS EXIGIDAS EM UM JOGO DE HANDEBOL

Resistência

§Resistência Muscular: Existem dois tipos de resistência muscular: a muscular geral e a muscular localizada.

§A resistência muscular geral: refere-se a mais de um sétimo a um sexto da musculatura esquelética total, e é limitada pela capacidade dos sistemas respiratório e cardiovascular e pelo fornecimento de oxigênio. Esta resistência muscular geral é expressa em função do consumo máximo de oxigênio.

§A resistência muscular localizada: refere-se a menos de um sétimo ou um sexto da musculatura esquelética total e é, paralelamente à resistência geral, determinada em grande parte pela força específica, pela capacidade anaeróbica e pelas formas limitantes da força como resistência de velocidade, resistência de força e resistência de força rápida, bem como pela especificidade das disciplinas para a coordenação neuromuscular. Em suma, a resistência muscular localizada é a capacidade que um músculo tem de realizar o maior número possível de movimentos em uma unidade de tempo.

§Resistência aeróbica : Atua sob o ponto de vista da mobilização energética para o músculo. Na resistência aeróbica há oxigênio suficiente para a queima oxidativa de substâncias energéticas. São estímulos de média (2 a 8 minutos) e de longa duração (acima de 8 minutos) utilizando energia da glicose e dos ácidos graxos.

§Resistência anaeróbica alática:  Mobilização energética sem utilização do oxigênio, em um espaço de tempo de 0 a 10 segundos, utilizando o fosfogênio como fonte de energia imediatamente disponível para o músculo.

§Resistência anaeróbica lática: São estímulos de 10 segundos a 2 minutos, utilizando a quebra do glicogênio muscular com rapidez com uma taxa respectivamente alta de formação de lactato.

Força

§Força dinâmica: Força que o sistema neuromuscular pode desenvolver por uma contração voluntária dentro de uma determinada seqüência de movimentos.

§
Força explosiva: Definição: Capacidade de desenvolver uma força num curto intervalo de tempo. A força explosiva depende da velocidade de contração das unidades motoras das fibras musculares. (f. exp. força X velocidade)


Velocidade:

§Velocidade de movimento: É a capacidade de efetuar ações motoras num espaço de tempo mínimo; depende da mobilização dos processos nervosos, da explosão, elasticidade e relaxamento musculares, qualidade da técnica desportiva, força de vontade e mecanismos bioquímicos.

§Velocidade de reação: Capacidade de reagir a um estímulo num menor espaço de tempo. É uma forma de velocidade pura e depende do sistema nervoso central e de fatores genéticos.

§Coordenação: Também ligada diretamente ao sistema nervoso central, capacitam o atleta para ações motoras em situações previsíveis (estereótipos) e imprevisíveis (adaptação) e para o rápido aprendizado e domínio de movimentos no esporte, fazendo com que os mesmos sejam executados com economia e precisão.

§Agilidade: Capacidade que o atleta tem em mudar de direção e sentido o mais rápido possível.

Flexibilidade

§Flexibilidade: Capacidade de um atleta em executar movimentos de grande amplitude, ou sob forças externas, ou ainda que requeiram a movimentação de muitas articulações.

PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO

Todo o trabalho desenvolvido na periodização do treinamento deve encontrar-se enquadrado nos Princípios do treinamento desportivo. Sendo assim, o valor dessa periodização assume dois papéis de grande relevância: organização de todos os estímulos de forma apropriada, em consonância com todos os objetivos previamente determinados; e proporcionar a otimização da performance através de um equilíbrio entre os esforços de treinamento e o tempo de recuperação necessário para o restabelecimento das reservas orgânicas.

O respeito a esses princípios, proporcionará o desenvolvimento de um treinamento seguro, rápido (não confundir com rapidez, aceleração do processo; é o "tempo", correto do treinamento), e eficiente.

Princípio da Individualidade biológica:

Onde se baseia o principio das diferenças individuais, ou seja, somos resultado da associação do genótipo - nossa carga genética, adquirida de nossos ancestrais, principalmente dos pais - com o fenótipo - as influências que o meio-ambiente exerce sobre nós.

Segundo Dantas (1985,24), o princípio da adaptação no treinamento tem por objetivo "quebrar", através de stresses físicos, a homeostase do organismo (estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e o existente entre este e o meio ambiente), desencadeando um processo denominado de Síndrome de Adaptação Geral (SAG). Os agentes estressantes (esforços físicos) desencadeiam a SAG em três etapas: fase de excitação, fase de resistência (que provoca adaptações ao organismo), e fase de exaustão (que provoca danos ao organismo). A periodização tem por objetivo desencadear essa SAG até a sua segunda etapa, evitando os processos de "over training", ou seja, os excessos do treinamento.

Princípio da sobrecarga:

Também conhecido como o principio da elevação progressiva da carga. Este principio relaciona-se às adaptações sofridas pelo organismo em conseqüência aos estímulos de treinamento (esforço físico). O aumento regular e progressivo da carga (total) de trabalho é que possibilitará a almejada melhoria de rendimento. Observa-se que essa reação do organismo é muito rápida inicialmente, tornando-se mais lenta à medida que o indivíduo atinge níveis de performance cada vez maiores e melhores.

Dosar bem todo esse processo é fundamental, pois um período de recuperação demasiadamente longo não levará a modificações da performance, já um período de recuperação insuficiente fatalmente levará a um estado de strain(Carlyle 1967, por Tubino 1984) ou supertreinamento (Weineck 1989), evidenciando conseqüentemente sintomas de exaustão. Segundo Dantas (1985) "o processo de exaustão possui um caráter progressivo e exponencial".

Sobre o tempo médio desse intervalo de recuperação, que inclui uma perfeita interação ente o sono (descanso) e a nutrição (alimentação), Matveíev (1981 por Gomes/ Araújo Filho 1992) preconiza um intervalo médio de 48 horas para estímulos de treinamento com altas intensidades.

Princípio da continuidade:

O treinamento baseia-se na aplicação de cargas crescentes, progressivamente assimiladas pelo organismo. O fator que não só proporciona como também, e principalmente, assegura essa melhora de rendimento é a continuidade do processo de treinamento, caracterizado pela alternância entre os stress crescentes (esforços físicos) e o período proporcional de recuperação.

Princípio da interdependência volume-intensidade:

Este princípio aborda os diferentes tipos de sobrecargas, ou seja, quando há um aumento no volume de treino ou quando o aumento se dá na intensidade o treinamento.

 Na periodização de um treinamento, a ênfase no volume (quantidade) da carga de trabalho desempenha uma função de base para aquisição de futuros resultados, por outro lado, o incremento na intensidade (qualidade) assume como propósito alcançar o "peak" (ápice do condicionamento físico).

Princípio da especificidade:

Este princípio, como a própria terminologia propõe, baseia-se nas particularidades, nas características específicas da atividade. Assim, todo o treinamento deve ser direcionado em função dos requisitos específicos da própria atividade escolhida, levando-se em consideração principalmente às qualidades físicas, o sistema energético predominante e a coordenação motora exigida (técnicas específicas).

Princípio da variabilidade:

Este princípio encontra-se fundamentado na idéia do treinamento total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais completo possível, do indivíduo. Para isso deve-se utilizar das mais variadas formas de treinamento que incluem o estímulo de diferentes métodos, estratégias, exercícios, intensidades, tudo de acordo com os objetivos previamente estabelecidos. Quanto maior for a diversificação desses estímulos - é óbvio que estes devem estar em conformidade com todos os conceitos de segurança e eficiência que regem a atividade - maiores serão as possibilidades de se atingir uma melhor performance.

MACROCICLOS, MESOCICLOS E MICROCICLOS:

A forma geralmente concentrada da preparação dos atletas é a organização do treinamento através de períodos e etapas. A periodização é um dos mais importantes conceitos do planejamento do treinamento. Esse termo origina-se da palavra período, que é uma porção ou divisão do tempo em pequenos segmentos, mais fáceis de controlar denominados fases (Bompa, 2001). Esta forma de estrutura do treinamento desportivo tem como seu idealizador o russo Matveiev, sendo criada nos anos 60 durante até nossos dias, e se divide em macrociclo, mesociclo e microciclo de treinamento:

Macrociclo: Representa a organização de todo o treinamento que será desenvolvido em um determinado período de tempo. A estruturação desse período de treinamento obedece a um plano de expectativas e, geralmente, encerra-se num ponto máximo de performance (peak) do individuo.  

Mesociclo: Um macrociclo é composto de vários mesociclos (no mínimo quatro). Um mesociclo é formado por vários microciclos – normalmente de três a seis (Dantas, 1985).  

Microciclo: É o menor ciclo de treinamento. Normalmente possui a duração de sete dias, coincidindo com o período de uma semana. 

A montagem de nosso macrociclo foi idealizada em função do semestre escolar, ou cinco meses, não se incluindo o período de férias escolares de um mês, atingindo seu "peak" no último mesociclo, onde aconteceria a competição mais importante.

ESTRUTURAÇÃO DOS MESOCICLOS

Um conceito alternativo de classificação dos mesociclos que é proposto por Issurin y Kaverin (1986) que diferenciam três tipos: acumulação, transformação e de realização. Sua essência radica na periodicidade e a troca da orientação preferencial do treinamento, estas trocas se conseguem alternando esses três tipos de mesociclos (Navarro, 1994). Vejamos quadro explicativo abaixo:

QUADRO 2: Classificação dos mesociclos de treinamento

TIPOS DE MESOCICLOS

OBJETIVOS E TAREFAS PRINCIPAIS

CONTEÚDOS

Acumulação

Elevação do potencial técnico e motor.

Treinamento com volumes relativamente altos e intensidade moderada para a capacidade de força, resistência aeróbica, formação técnica básica e correção de erros.

Transferência

Transformação das capacidades técnica e motoras na preparação específica.

Treinamento com volume ótimo e intensidade moderada, exercícios concentrados de força dentro da estrutura da técnica básica.

Realização

Alcances dos melhores resultados dentro da margem de preparação.

Modelamento da atividade competitiva, intensidade máxima.

PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO DO HANDEBOL

Os conhecimentos investigados nesta pesquisa estão sintetizados numa planificação de treinamento, o modelo proposto pode ser utilizado na preparação de equipes de handebol nas categorias cadete e juvenil, direcionando a uma metodologia que contempla ao andamento paralelo do aprendizado das qualidades motoras e das qualidades físicas exigidas na prática do handebol.

GRÁFICO 1: PERIODIZAÇÃO SEMESTRAL DE TREINAMENTO DE HANDEBOL


 

Referências Bibliográficas:

Bompa, T. Periodização: Teoria e Metodologia do Treinamento. , São Paulo. Phorte ed, 2001.

Forteza, A. Entrenar para ganar. Metodologia del entrenamiento deportivo, , Ed. Pila Teleña, Madrid, 1997.

GOMES, Antonio Carlos e ARAÚJO FILHO,  Ney Pereira de. Cross Training – Uma Abordagem Metodológica. Londrina, Paraná. Ed. A.P.E.F., 1992.

POLLOCK, Michael L. e WILMORE, Jack H. Exercícios na Saúde e na Doença – Avaliação e Prescrição para Prevenção e Reabilitação. Rio de Janeiro. Medsi, 1993.

McARDLE, William D.; KATCH, Frank I. e KATCH, Victor I. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1992.

Matveiev,L. El entrenamiento deportivo y su organizacíon. , Roma. Escuela de deportes.1990

Navarro, Fernando V. La Resistencia., Madrid, Ed. Gymnos, 1998.

Forteza, A. Y. A. Ranzola Bases Metodológicos del Entrenamiento Deportivo. , La Havana. Ed. Científica Técnica, 1988.

DANTAS, Estélio Henrique M. A Prática da Preparação Física, Rio de Janeiro. Sprint. 1985.

TUBINO, Manoel José G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo.  São Paulo. Ibrasa, 1984.