O papel da filosofia é o de transformadora da realidade, a fuga ou a quebra do status quo, em Silva (2008), a filosofia da essência é a participação ativa do homem na produção do seu pensar, do seu ser crítico e o resultado como sua realidade simbólica, a razão, matéria base para o pensamento filosófico, é o principio constitutivo da ideia, e essa relação ideia x razão é a premissa da filosofia da essência. Na perspectiva de Silva (2008), a filosofia da essência teve sua temática controlada pelas perspectivas escolásticas e patrísticas da idade média, a metafísica dos costumes, onde o ensino é a transmissão do professor ao aluno através da linguagem, mas que se pode aprender sem a linguagem através de um processo de comunicação não verbal por exemplo, e que ensinar é apresentar a essência das coisas aos nossos sentidos. Essa reflexão agostiniana nos remete ao fato de que não é através dos objetos que aprendemos, mas através da razão, é num processo de lógica que se chega ao seu entendimento, assim como no pensamento cartesiano. Em são tomas de Aquino, a razão é um instrumento da fé, e que existe a antagonia entre essência (transcendente) e a existência (transcendental). Suas contribuições para a educação se findam na efetiva superação do dualismo platônico.
A filosofia da existência, como explica Silva (2008), é a relação existente entre o homem e sua realidade. Como Sartre em suas teorias de que o homem é responsável pela sua "existência" ou seja, dono de suas características subjetivas que o lavariam a escolhas, sempre escolhendo, e as escolhas ou a liberdade das escolhas levaria o individuo a se construir e definir seu próprio destino. A existência é o ser, ou modo de ser.
Através das perspectivas construídas neste sucinto texto, podemos ter uma visão superficial de suas relações com a educação. Mas essencialmente, a filosofia constrói um qualidade crítica e existencial para entendermos a realidade educacional, ou seja, se percebemos a nossa essência e nossa existência, poderemos nos conhecer, podemos conhecer nossas realidades, podemos, a partir do nosso conhecimento, ou do conhecimento de nós mesmos, partis para uma percepção mais crítica e lógica dos problemas educacionais. Tudo isso é apenas o inicio da construção de uma possível perspectiva de solução dos problemas educacionais.

Referencias

SILVA, Marcelo D. Filosofia e educação, Batatais: CEUCLAR, 2008