Existiu um certo João Lopes que recebeu armas ( Brasão ) de D. Afonso V em 1466. O ramo da família Lopes vivia num lugar chamado Ervideira desde final do século, povoado que pertence ao atual concelho de Vila Nova de Poiares, distrito de Coimbra, Portugal. O português Lopo e o espanhol Lope seriam o aportuguesamento do catalão Llop, forma do latim Lupus, "lobo".
Seu uso na Idade Média designava o filho de pai Lopo, e não era um sobrenome de família. Exemplificando, um Martinho filho de um Lopo da Silva seria Martinho Lopes da Silva, enquanto um João filho deste Martinho seria João Martins da Silva. Com o tempo, o uso foi generalizando-se, com os filhos simplesmente repetindo o patronímico até que este "congelou-se" como um sobrenome, passando a designar diversas famílias.
Na pequena aldeia de Ervideira, em Portugal, distante alguns quilômetros do centro de Poiares, nasceram José Lopes e Joaquina Henriques. Por volta do ano de 1810 esse casal teve um filho que também se chamou José Lopes. Este se casou com Maria de Jesus e desse casamento nasceu Antonino Lopes, em 19 de novembro de 1849. Antonino não escolheu uma noiva do próprio lugar da Ervideira, mas foi buscá-la mais longe, numa aldeia chamada Zorro, que fica muito perto de Coimbra. Ele e Maria das Dores, da família Cortez, casaram-se na Igreja de Santo Antônio dos Olivais em 23 de abril de 1876 e ficaram morando ali mesmo, no Zorro. Foi também ali que nasceram os primeiros filhos: José, Manuel e Abílio. Mais tarde voltaram para a Ervideira, onde nasceram outros filhos: Abel, Virgílio, Maria, Antonino, Ana Rosa, Joaquim e Clementina. Três filhos de Antonino e Maria das Dores mudaram-se para o Brasil: José, Abílio e Joaquim. Também dois netos, filhos de Manuel, foram para o Brasil: Carlos e Armando (que também levou seu filho Armindo). Consta que os outros filhos permaneceram em Portugal.
Uma família Lopes que veio para o sul do Brasil foi a de João Simões Lopes, português, 36 anos de idade, filho de José Lopes e Teresa Maria (de Sousa), casou-se no Oratório da Fazenda Pelotas, em 16 de julho de 1815, com Isabel Dorotéia da Fontoura, com 20 anos de idade, brasileira, filha do coronel José Carneiro da Fontoura e Dorotéia Francisca Isabel da Silveira. O casamento foi registrado na igreja de São Francisco de Paula, em Pelotas/RS.Deste casamento nasceram oito filhos: João Simões Lopes Filho,Vicência Maria da Fontoura, Isabel Dorotéia Clara da Fontoura, Antônia (1.ª de nome), José Ildefonso Simões Lopes, Antônia (2.ª de nome) Cândida Clara da Fontoura.
No Brasil, desde o período de capitanias que tem entrado pessoas com sobrenome Lopes, mas primeiro com Pero Lopes de Sousa e seus aliados, mas o auge da imigração foi a partir de Tomé de Sousa com a ação dos bandeirantes portugueses, paulistas e mineiros já descendentes de donatários e senhores de fazendas de gado, a maioria ligados ao plano estratégico da Casa da Torre que administrava as propriedades do sertão. Em Pernambuco, a família Lopes seguiu o mesmo procedimento de abrir fazenda, criar gado e dedicar-se à agricultura, ações comuns dos que arrendavam terras no sertão. Logo essa família prosperou, ao lado do desenvolvimento da capitania de Pernambuco, com a plantação de cana, de algodão e comércio de gado em feiras e exposições, atividades que continuam exercendo, sem descuidar da participação na política e na prestação de serviços públicos. Os municípios vizinhos: Cabrobó, Bodocó, Belém do São Francisco, Salgueiro e Petrolina tiveram a contribuição da família Lopes desde as primeiras formações de fazendas e o município de Parnamirim, após sua emancipação recebeu a contribuição dos Lopes em todas as atividades econômicas que até hoje são desenvolvidas na região: agricultura, comércio, pecuária e serviços públicos.