Todos os anos os professores são recebidos nas escolas com reuniões de planejamento anual que duram vários dias, momento em que devem ser estabelecidas as metas para o trabalho educacional da instituição.

Uma reunião proveitosa deve ser pautada em aspectos humanos e operacionais. É importante o acolhimento da equipe, dando-se as boas vindas e motivando os profissionais ao início de uma nova jornada, enfatizando as competências já adquiridas pelo grupo, demonstrando respeito pelo trabalho docente.

A reunião deve ser elaborada com expectativas claras, com o objetivo de traçar metas e planejar a forma de trabalho, porém, não se pode criar metas sem antes analisar resultados do ano precedente. Para tanto, deve-se elaborar um perfil da clientela recebida, da hipótese de aprendizagem em que se encontram, das dificuldades apontadas e de avanços e fracassos.

Conhecer as novas turmas, compreender as defasagens, analisar práticas pedagógicas fazem parte desse processo.

Uma avaliação de desempenho profissional pode ser uma das ferramentas utilizadas pela equipe gestora para avaliar o grupo e poderá ser retomada no Replanejamento de agosto.

Os registros são imprescindíveis, pois testificam todo o processo de planejamento, e selam um acordo entre os participantes, portanto, a reunião deve ser lavrada em ata e assinada por todos.

As análises também devem seguir parâmetros, para isso, o coordenador poderá optar por planilhas que norteiem o discurso dos profissionais a cerca das análises necessárias para a elaboração do Plano de Gestão e dos Planos de Curso, utilizando também, quando a escola possuir, os índices obtidos nas avaliações externas (SARESP, SAEB, Prova Brasil, ENEM, etc).

Os resultados indicam as ações que deverão ser tomadas, e essas ações trarão novos resultados, criando uma linha progressiva. O objetivo central da reunião é focado na aprendizagem, no aluno, nas práticas pedagógicas, no currículo escolar.

A interação dos docentes e demais funcionários é primordial para que o trabalho educacional perpetue e prospere.

Seria interessante se a escola pudesse convidar alguns pais para participar desse processo, pois o envolvimento da comunidade fortalece o vínculo escolar e favorece a aprendizagem.

O calendário escolar também pode ganhar espaço nessas reuniões e os docentes devem fazer parte das decisões sobre datas de festas, reuniões de pais e mestres, conselhos de classe e série, datas de entrega de notas, feriados, pontes e sábados em que se deve trabalhar, entre outras informações contidas nesse documento, que será homologado pela supervisão e dirigente regional. Essa ação faz com que a equipe trabalhe com transparência e compromisso, pois não sente que as decisões são impostas, mas sim debatidas democraticamente, evitando confrontos durante o ano. O professor valoriza tais ações, pois ele necessita expor seus pontos de vista de maneira a se sentir objeto do processo educativo da instituição em que leciona.

As normas de convivência e a revisão e elaboração do Projeto Político Pedagógico (Plano Gestor) também devem ter espaço no Planejamento, pois nortearão o trabalho da escola através de metas e objetivos que deverão ser buscados por todos os profissionais. Avaliar se metas de anos anteriores foram alcançadas, seus motivos de fracassos e triunfos são importantes para a supressão de obstáculos para o ano que se inicia.

As reuniões de Planejamento devem possuir um caráter sério, pois serão a primeira imagem do processo pedagógico da instituição e será lembrado durante todo o ano letivo. Sendo proveitoso, trará benefícios durante os 200 dias, sendo desperdiçado poderá fazer a equipe perder a credibilidade nos gestores.