Existem inúmeras definições sobre o que é educar. Inúmeros estudiosos sobre educação publicam teses, trabalhos e projetos educacionais na tentativa de captar o sentido da educação, tanto familiar quanto escolar, que nos dois sentidos vão resultar na educação social. Quero ater-me primeiramente sobre o contexto escolar, onde centro minhas observações cotidianas. O espaço das unidades educacionais que temos e que chamamos de escolas nada mais é de que um misto de organização curricular e seus conteúdos desenvolvidos em ambientes fechados, que obedecem à mesma engenharia ao longo dos tempos. Para ensinar “educar,” nós educadores valemo-nos de conhecimentos específicos utilizando dinâmicas de trabalho planejado a partir de elementos inovadores ou não.

Os conteúdos selecionados para cada ano escolar são comumente trabalhados em aulas expositivas, lousa, giz, livros didáticos, cadernos, lápis, borracha, canetas, réguas. Também se utiliza como recursos o uso de data shows, vídeos e internet. Todos estes esforços ocorrem no sentido de educar da melhor forma possível os nossos alunos. Para a educação escolar são válidos e tem garantido a absorção dos conhecimentos necessários para o prosseguimento dos estudos em outros níveis de ensino. Tem garantido também, através do conhecimento cientifico o respeito pela vida. A educação familiar é imediatamente reconhecida no espaço escolar, pois a criança naturalmente mostra através de seu comportamento os hábitos, costumes e valores de cada família. Esta percepção se faz ainda mais clara nos encontros e reuniões de pais. Muitas vezes, chamamos de “reuniões de avós”. Mas este não é o foco dos meus questionamentos. A educação integral e total de uma criança, adolescente ou adulto requer a reunião de todos os segmentos da sociedade num esforço conjunto de todas as pessoas que se preocupam com educação no mundo.

A educação tem que promover o conhecimento sim, mas acima de tudo deve servir para plantar a paz, arrancar as raízes da violência e promover o amor entre todos os seres vivos. O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender o mundo; nele é inerente à compreensão sobre a vida dos animais. O episódio do sacrifício de cães de uma determinada raça vem depondo contra todas as formas de se promover esta educação que o mundo necessita urgentemente busca encontrar sentido. Enquanto, como educadores buscamos incansavelmente encontrar o caminho do conhecimento de todas as ciências e do aperfeiçoamento social mais justo humanamente, trabalhando com conteúdos, atitudes e valores antiviolência, fomos bombardeados pelos jornais locais, internet, sites de relacionamentos que clamam pela vida destes animais em Campinas, que mesmo caracterizados como violentos, são inocentes.

O poder público necessita cumprir também o papel de educador social e implantar programas educativos quanto à posse responsável, a importância da esterilização como meio de combate ao abandono de qualquer raça de animais. O poder público e os responsáveis pelos órgãos não governamentais devem ser nossos parceiros na educação contra a injustiça e todas as formas de violência. Devem proteger os animais e serem parceiros na educação integral de um povo. Em tempo: Não compartilho das últimas notícias de que são as comunidades, especialmente as carentes, abandonam seus animais. Isto ocorre em qualquer classe social e em qualquer local do mundo, por mais desenvolvido que seja. Acredito que atitudes desumanas e violentas têm suas razões pautadas nos objetivos que temos e que queremos para a educação de um povo.