CORREÇÃO CIRÚRGICA DA COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA) EM PEDIATRIA: A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS- OPERATÓRIO.

Surgical Correction of Septal Defect (ASD) in Pediatricians: A Nursing Care Postoperative 

 CARDOSO, T.S.M;

NICÁCIO, N.S.B;

NITÃO, F.F1;

TORRES, L.Q.M2;

1. Mestre em Administração Hospitalar, Docente da Faculdade Santa Emilia de Rodat. ([email protected]).

2. Discentes do curso da graduação em Enfermagem da FASER. ([email protected]; [email protected]; [email protected]).  

RESUMO:  A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita que raramente é diagnosticada. A enfermagem visa integrar os cuidados às crianças recém-operadas, contribuindo desta forma para a melhoria da qualidade de sua assistência. A prática diária junto às crianças internadas na cardiopediatria apresenta respostas únicas, que precisam ser melhoradas e trabalhadas com um caráter científico, através das intervenções de enfermagem, de maneira sistematizada. O objetivo deste estudo buscou agrupar e atualizar os conhecimentos assistenciais do enfermeiro prestados no pós-operatório de uma cirurgia de correção da comunicação interatrial (CIA). A metodologia deste trabalho foi realizado a partir de um estudo bibliográfico nas quais as bibliografias de autores conceituados foram lidas e posteriormente redigidas sob outros conceitos. A correção cirúrgica da comunicação interatrial em pacientes pediátricos é segura, desde que todos os cuidados necessários para uma boa recuperação, sejam proporcionados pela equipe responsável. Unitermos: Assistência; Pós-operatório; Pediatria; CIA; Enfermagem.  

ABSTRACT:  The septal defect (ASD) is a congenital heart disease that is rarely diagnosed. Nursing aims to integrate the care of children newly operated, thus contributing to improving the quality of nursing care. The daily practice with children hospitalized in Cardiopediatrics presents unique responses, which need to be improved and worked with a scientific, through nursing interventions in a systematic way. This study sought to collate and update knowledge of nursing care provided in the postoperative period of a surgical repair of atrial septal defect (ASD). The methodology of this study was conducted from a bibliographic study in which the bibliographies of reputable authors were read and then written under other concepts. Surgical correction of atrial septal defects in pediatric patients is safe, provided that all necessary precautions for a good recovery, are provided by the team responsible. Keywords: Health; Postoperative; Pediatrics; CIA; Nursing.                       

   INTRODUÇÃO:  A comunicação interatrial tem maior probabilidade de ocorrência, em crianças do sexo feminino. Consideram-se quatro tipos anatômicos principais, são eles: ostium secundum ou fossa oval, ostium primum, sinus venosus e o mais raro que é o seio coronariano. A correção mais eficiente é através da incisão percutânea, através de um cateter, por meio da veia cava inferior, pois é menos traumática, pequena e minimamente invasiva. Há também a cirurgia com incisão no esterno (esternotomia) Os cuidados no pós operatório aos pacientes submetidos a esta correção, são de extrema necessidade e é prioridade da enfermagem garantir manutenção adequada do suporte ventilatório e do equilíbrio hemodinâmico, garantindo conforto durante a estadia na unidade de tratamento intensivo.  O defeito do septo interatrial geralmente são assintomáticos no inicio da vida, embora existam relatos ocasionais de insuficiência cardíaca congestiva e pneumonia recorrente nos primeiros anos de vida. As crianças com defeito no septo atrial podem sentir fadiga facilmente e dispneia ao exercício. Tendem a ser fisicamente hipodesenvolvidas e propensas a infecção respiratória. O diagnostico frequentemente é suspeitado após detecção de um sopro cardíaco ao exame de rotina, exigindo uma avaliação cardíaca mais completa. Edema periférico surge nos estágios mais avançados da doença. Cianose e baqueteamento dos dedos acompanham o desenvolvimento de um shunt direito-esquerda.10  Muitas crianças parecem saudáveis e não têm sintomas, porem, se o forame for grande, permitindo uma grande quantidade de sangue para passar para o lado direito do coração, consequentemente o coração e os pulmões se tornarão sobrecarregados, e a partir dai os sintomas podem ser notados. No entanto, cada criança pode experimentar sintomas de forma diferente, são eles: cansaço facilmente fadiga; sudorese; respiração rápida; falta de ar; deficiência no crescimento; infecções respiratórias frequentes. É importante um diagnóstico diferencial, pois os sintomas de um defeito do septo atrial podem assemelhar-se outras /doenças médicas ou problemas cardíacos.   Os cuidados prestados ao pediatra é uma abordagem que aprimora a qualidade de vida dos pacientes e famílias que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras da vida, através da prevenção e alivio do sofrimento, por meios de identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual.7  A enfermagem visa integrar os cuidados às crianças recém-operadas, contribuindo desta forma para a melhoria da qualidade de sua assistência. A prática diária junto às crianças internadas na cardiopediatria apresenta respostas únicas, que precisam ser melhoradas e trabalhadas com um caráter científico, através das intervenções de enfermagem, de maneira sistematizada. Porém, percebesse que essa assistência é realizada baseada na experiência e vivência profissionais, desta forma não se obtém êxito na assistência individualizada, e não estimula os enfermeiros no aperfeiçoamento de seus conhecimentos.   A pesquisa consiste na coleta de fontes de literatura que dizem respeito ao tema, onde foram lidos, analisados e posteriormente redigidos. Tais fontes foram coletadas em bibliotecas de faculdades e em artigos atualizados disponíveis na internet. A fim de averiguar e entender os cuidados de enfermagem prestados aos pacientes pediátricos submetidos a uma correção Interatrial (CIA), onde será exposta toda a ação fundamental para estes pacientes apresentaram uma boa reabilitação, com o intuito de aprimorar o conhecimento a cerca do assunto abordado, através de um embasamento teórico.   A escolha do tema foi sugerido por uma das integrantes do grupo, que na sua infância vivenciou a patologia a qual foi corrigida através da cirurgia, obtendo êxito no procedimento, surgindo assim interesse em aprofundar-se mais no tema, já que este é pouco esclarecido e de difícil diagnóstico na sociedade.  Desta forma, a pergunta da pesquisa é: Quais os principais cuidados de enfermagem, necessários para uma boa recuperação de pacientes pediátricos cardíacos no pós-operatório de uma correção da comunicação interatrial?  

OBJETIVO:  Este estudo tem por objetivo descrever os principais cuidados assistenciais prestados no pós-operatório de uma cirurgia de correção da comunicação interatrial (CIA). 

METODOLOGIA:  Este trabalho foi realizado a partir de um estudo bibliográfico realizado de caráter exploratório e descritiva, nas bibliotecas das instituições Santa Emilia de Rodat, UNIPB e FPB, as bibliografias de autores conceituados foram lidas e posteriormente redigidas sob outros conceitos. Foi também utilizado o acesso a artigos em revistas eletrônicas com temática pertinentes ao tema. A pesquisa foi executada dentre o período de março de 2012 à maio do mesmo ano.  Entende-se por pesquisa bibliográfica, a pesquisa a qual é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas.5  O presente artigo foi realizado a partir de um levantamento de bibliográfico atual, com base em registros literários sobre o tema Cirurgia Cardíaca em Pediatras, enfocando a CIA – Correção interatrial, as quais foram lidas, analisadas e posteriormente redigidas textualmente sob novos conceitos.  

ANALISE E DISCUSSÃO:  COMUNICAÇÕES INTERATRIAIS  As comunicações interatriais são consideradas anomalias do septo interarterial é definido como um defeito cardíaco congênito acianótico, caracterizando-se por uma abertura entre os átrios esquerdo e direito, formando um forame, na qual permite que o sangue flua da esquerda para a direita, interferindo assim na circulação cardíaca, resultando num bombeamento ineficaz do coração, o que aumenta o risco para uma insuficiência cardíaca. Este tipo de anomalia está representado como cerca de 10% dos defeitos cardíacos congênitos. Epidemiologicamente é mais comum em meninas, sendo muito rara, onde de 100.000 nascidos vivos, 4 apresentarão algum dos tipos. Existem três tipos: o mais comum nas crianças é o tipo Óstio Secundário (do latim ostium – entrada, abertura, porta), ocorre, portanto na região da fossa oval e, ocasionalmente, estende-se inferiormente perto da veia cava; os outros tipos são o defeito do seio venoso, este que ocorre na parte póstero-superior do septo interatrial, as vezes estendendo-se para a veia cava e quase sempre associada a drenagem anormal das veias pulmonares para o átrio direito; defeito do óstio primário, ocorre na parte inferior do septo primário e em geral está associado a anormalidades da valva atrioventricular (valva mitral segmentada) e a defeitos de condução.6  Nesta anomalia, o sangue é desviado do átrio esquerdo para o direito porque a pressão arterial esquerda, normalmente é um pouco maior que a direita. Este desvio resulta em sobrecarga de volume, afetando o átrio direito, o ventrículo direito e as artérias pulmonares, tornando-se dilatados para acomodar o aumento do volume sanguíneo. Podendo ocorrer hipertensão arterial pulmonar e consequentemente causar reversão da direção do desvio, resultando em sangue desoxigenado entrando na circulação sistêmica, o que acaba causando cianose.1  A CIA – Comunicação Interatrial é uma importante anomalia congênita que resulta da falência do desenvolvimento do septo que separa ambas as cavidades atriais. É uma anomalia relativamente frequente e facilmente corrigida, com excelentes resultados a curto e longo prazo.9  “O diagnostico de CIA pode ser difícil e frequentemente não ocorre suspeita do defeito no lactante e na infância. A ausência de sintomas e a pobreza dos achados auscultatórios tendem a retardar o diagnóstico até a idade adulta. Atualmente, com o crescente numero de pediatrias que tem tido acesso a cursos especialistas, tem crescido o número de diagnósticos precoces nesse tipo de defeito. Quando assintomáticos, os pacientes referem intolerância aos esforços maiores,palpitações e maior tendência a resfriados ou processos bronco pulmonares.  Nos lactantes que apresenta comunicação interatrial mal tolerada, a sintomatologia e sinais clínicos de insuficiência cardíaca nos casos sem hipertensão pulmonar é típica e se caracteriza por sopro sistólico efetivo em foco pulmonar, em geral, sem frêmitos, com segunda bulha desdobrada constante e fixa e componente normal”.8 

INTERVENÇÕES DO ENFERMEIRO NO PÓS OPERATÓRIO DA CIRURGIA CARDIACA PEDIATRICA         Após o procedimento cirúrgico, o paciente é encaminhado para a unidade de terapia intensiva (UTI), para a recuperação anestésica e permanência sob observação da equipe de enfermagem. O tempo de permanência nestas unidades varia de acordo com a rotina dos serviços, mas existe o consenso de manter o cliente por pelo menos 24 a 48 horas.é prioridade da enfermagem garantir a manutenção adequada do suporte ventilatório, da oxigenação e do equilíbrio hemodinâmico, sem esquecer de garantir o conforto durante a estadia nesta unidade.3  A unidade de recuperação pós-anestésica (URPA) deve oferecer condições de assepsia, limpeza e materiais para o atendimento ao paciente após a cirurgia, estes materiais consiste em: fármacos para profilaxia e/ou tratamento de náusea e vômitos, proteção gástrica, broncoespasmo, dor e outros; carro de emergência equipado para atendimento de parada cardiorrespiratória; armário com chave para guardar entorpecentes; painel de gases (oxigênio, ar comprimido e vácuo); cardioscópio, cardioversor, oximetro, estetoscópio e esfignomanômetro; equipamento e manta térmica; termômetro; jogo de nebulizador com traqueia; jogo de umidificador com borracha para O2; baraka (sistema para anestesia); balão respiratório para reinalação ½ e 2 litros e máscara; inaladores com extensão para O2; suporte para soro; soluções para infusões intravenosas (ringer lactato, soro glicosado e fisiológico, plasmasteril, água destilada); compressas; suporte para algodão; luvas de procedimentos estéreis; frasco para aspiração; hamper e suporte; soluções anti-sépticas conforme CCIH; maca com grades e travas; lençóis e cobertores; cesto de lixo; fralda descartáveis.2  A principal ferramenta do enfermeiro no cuidado com o individuo em qualquer que seja o setor, é a observação no pós-operatório imediato, nas primeiras 3 horas do cliente na unidade, a cada 15 minutos deve ser feito registros em formulários próprios, chamado de folha de controle hídrico, na qual contem informações que demonstrarão a performance fisiológica do cliente. É necessário compreender que o paciente em situação critica, o enfermeiro deve estar preparado para agir conforme o desenrolar dos fatos, eles fornecem uma radiografia do desempenho dos sistemas orgânicos. Quanto mais bem preparado estiver o profissional de enfermagem para as complicações que porventura surgirem, melhor será o resultado desse atendimento.3  A observação direcionada ao cliente, permite ao enfermeiro agir rapidamente em caso de urgência clínica, em função da instabilidade que uma cirurgia cardíaca impõe ao cliente como consequência da circulação extracorpórea e da irritabilidade miocárdica por manipulação cardíaca. As alterações hidroelétricas serão corrigidas à medida que os valores forem dosados; o mesmo ocorrerá com a pressão arterial, nos casos de hipotensão. A temperatura corporal é um dado importante, pois a hipotermia produz vasoconstrição periférica e desvio á esquerda da curva de dissociação oxigênio-hemoglobina, de modo que menos oxigênio seja liberado da hemoglobina para os tecidos. A ventilação por suporte será manuseada de acordo com o desempenho ventilatório do cliente diante dos parâmetros estabelecidos, bem como dos resultados gasométricos, este que irá se o cliente responde positivamente a ventilação autônoma, estando, portanto, pronto para ser extubado.3  A drenagem é outro aspecto que merece atenção, pois o volume de sangramento pode determinar se há complicação passível de recuperação imediata, como no caso do tamponamento cardíaco.3  Alguns cuidados da enfermagem devem ser seguidos rigorosamente, como: Avaliar os sinais e sintomas vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, ritmo cardíaco e saturação periférica de O2); observar, avaliar e comunicar sinais de hipertensão, taquicardia, bradicardia, aparecimento de arritmias ventriculares e desnaturações; sinais de cianose e palidez cutâneo mucosa; alteração do ritmo cardíaco; hipocalemia; evolução de debito cardíaco; taquicardia, desconforto retroesternal, náusea, vômito, dor abdominal, cefaleia, vertigem, fraqueza, rubor, sudorese e espasmos musculares; controle do balanço hídrico e comunicar alterações do débito urinário; confusão mental, euforia e excitação; miose; sangramentos excessivos em drenos; aparecimento de petéquias e púrpuras (sinais de distúrbios de coagulação em regiões cutaneomucosas); fatores de coagulação (coagulograma). Promover reposição hipocalemia; monitorização eletrocardiográfica continua; aquecimento de extremidades dos membros superiores e inferiores; em casos de clientes inconscientes, observar aparecimento de acidose metabólica, convulsões, arreflexia, midríase e hipotensão profunda; Controlar peso diariamente; Promover dosagem laboratorial de níveis séricos de eletrólitos.4  

CONSIDERAÇÕES FINAIS  De acordo com os resultados obtidos, a correção cirúrgica da comunicação interatrial em pacientes pediátricos é segura, desde que todos os cuidados necessários para uma boa recuperação, sejam proporcionados pela equipe responsável. Desta forma, este artigo demonstrou de maneira clara e sucinta, quais cuidados devem ser aplicados aos pacientes pediátricos submetidos a esta correção, afim de que sejam extintas quaisquer complicações em um pós-operado.  Concluímos no decorrer da pesquisa que apesar da CIA ser uma anomalia congênita rara e de difícil diagnóstico, o procedimento cirúrgico, na maioria das vezes obtém-se uma resposta satisfatória ao paciente, sendo que as intervenções de enfermagem, de maneira sistematizada está extremamente ligadas a boa recuperação do paciente,                            

REFERÊNCIAS  1. AZEVEDO, M., F.; GOMES, I., L.; et.al. Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.  2. CONTIM, D.; ABE, E., E.; AZEVEDO, R. et.al. Manual de Procedimentos em Pediatria.São Caetano do Sul-SP: Yendis Editora, 2008.  3. FIGUEIREDO, N.M.A.; STIPP, M.A.C; LEITE, J.L. Cardiopatias: Avaliação e Intervenções de Enfermagem. São Caetano do Sul- SP: Yends Editora; 2ª Ed; 2009.   4. FONTES, S.R.E.; FONTES, V.F. Comunicação Interatrial do Tipo ostium secundum. Do tratamento cirúrgico ao percutâneo e os dinossauros do futuro. São Paulo-SP. Disponível em:  http;//publicações.cardio.br/abc/2003/8006/80060010.pdf. Acesso em: 08 de junho de 2011; as 23h:05min.;  2003.  5. MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia cientifica. São Paulo: Atlas, 2006.  6. NETO, M.M.S.; LOURENCO, R.R.A. Circulação Fetal.  Disponível em:http//misodor.com/APRESENTA/circulacaofetal.pdf. Acesso em 08 de junho de 2011; as 22h:22min.; 2007.  7.  OMS-Organização mundial de saúde. Cuidados paliativos em pediatria. 2009; Disponível em: http//portal.saude.gov.br. Acesso em: 03 de maio de 2011 as 22h:41min.  8. SANTANA, M.V.T; ALVRS, J.G.B.; FERREIRA, O.S.; et.al. Pediatria - Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (IMIP). Rio de janeiro: Guanabara Koogan; 3ªEd; 2004.  9. SILVA, R., R.; CANÊO, L., F.; FILHO, D., D., L. Correção de comunicação interatrial com cirurgia minimamente invasiva em pacientes pediátricos. São Paulo: Revista brasileira de cirurgia cardiovascular; vol.14n°1; 1999.  10. TIMERMAN, A; CÉSAR, L.A.M. Manual de cardiologia. Sociedade de cardiologia do estado de são Paulo (SOCESP). São Paulo: Atheneu; 2000.