Coréia do Sul e Coréia do Norte : Paz impossível, Guerra improvável.
Publicado em 27 de novembro de 2010 por Ivan Santiago
Coréia do Sul e Coréia do Norte : Paz impossível, Guerra improvável.
Prof. Ivan Santiago Silva
Para que o leitor possa compreender melhor a dinâmica da região das Coréias, que na verdade é uma Coréia que foi dividida ao meio e transformada em duas, devemos recorrer a História, mas vamos traçar um balanço geográfico.
A Guerra é improvável, pelo fato daquela região ser hoje uma das principais em desenvolvimento econômico do mundo : trata-se de "quase" o principal centro do mundo capitalista. A região, didaticamente denominada Bacia do Pacífico, abriga poderosas potências econômicas como Japão e China, os Tigres Asiáticos e os Novos Tigres, possui parte da Rússia e um emaranhado de interesses econômicos e geopolíticos.
A Guerra é muito improvável pelo fato geopolítico. A Coréia do Norte, com seu fechamento, ditadura e socialismo seguiu a cartilha sino-soviética em tempos de Guerra Fria e possui agora na pós-modernidade a proteção geopolítica da Rússia e China. Este é o fato, mesmo que as duas potências condenem os exageros da Coréia do Norte.
A Coréia do Sul, que entrou para o clube de países ricos ao seguir a cartilha nipo-americana, possui a proteção geopolítica de Estados Unidos e Japão, poderosas potências econômicas, sendo o primeiro a principal potência militar do planeta.
Diante destes interesses cenários, a questão econômica pesa ainda mais. Existe um imenso fluxo de mercadorias na Bacia do Pacífico, sendo muito intenso entre os países membros, que não formam um bloco econômico ou algo do tipo. Uma guerra vai interromper este fluxo e em um mundo ainda em crise econômica, tal interrupção pode levar o planeta a um colapso econômico mundial. Estados Unidos, Japão China e Rússia, potências envolvidas não farão esta " contribuição" ao mundo.
A paz entre as duas Coréias é improvável, bem como a relação China ?Taiwan. Ambas as questões são resquícios da Guerra Fria. Raimond Aron, cientista político francês do século XX, brilhantemente definiu tal "guerra" como Paz impossível, Guerra Improvável.
A afirmação de Aron se referia a eventual Guerra entre Estados Unidos e ex- União Soviética. Uma guerra entre os dois países geraria a destruição do mundo e conseqüentemente do país envolvido.
A frase aplica-se perfeitamente a questão atual : trata-se de uma questão ainda dos tempos da Guerra Fria; os países que eram socialistas, são potências nucleares e concedem respaldo a Coréia do Norte.
Os Estados Unidos, maior economia do mundo e maior potência militar do planeta não podem disparar um simples tiro na região, pelo fato de não querer e não poder vencer uma guerra contra Rússia ou China, muito menos com as duas juntas. Paz impossível, Guerra improvável.
Prof. Ivan Santiago Silva
Para que o leitor possa compreender melhor a dinâmica da região das Coréias, que na verdade é uma Coréia que foi dividida ao meio e transformada em duas, devemos recorrer a História, mas vamos traçar um balanço geográfico.
A Guerra é improvável, pelo fato daquela região ser hoje uma das principais em desenvolvimento econômico do mundo : trata-se de "quase" o principal centro do mundo capitalista. A região, didaticamente denominada Bacia do Pacífico, abriga poderosas potências econômicas como Japão e China, os Tigres Asiáticos e os Novos Tigres, possui parte da Rússia e um emaranhado de interesses econômicos e geopolíticos.
A Guerra é muito improvável pelo fato geopolítico. A Coréia do Norte, com seu fechamento, ditadura e socialismo seguiu a cartilha sino-soviética em tempos de Guerra Fria e possui agora na pós-modernidade a proteção geopolítica da Rússia e China. Este é o fato, mesmo que as duas potências condenem os exageros da Coréia do Norte.
A Coréia do Sul, que entrou para o clube de países ricos ao seguir a cartilha nipo-americana, possui a proteção geopolítica de Estados Unidos e Japão, poderosas potências econômicas, sendo o primeiro a principal potência militar do planeta.
Diante destes interesses cenários, a questão econômica pesa ainda mais. Existe um imenso fluxo de mercadorias na Bacia do Pacífico, sendo muito intenso entre os países membros, que não formam um bloco econômico ou algo do tipo. Uma guerra vai interromper este fluxo e em um mundo ainda em crise econômica, tal interrupção pode levar o planeta a um colapso econômico mundial. Estados Unidos, Japão China e Rússia, potências envolvidas não farão esta " contribuição" ao mundo.
A paz entre as duas Coréias é improvável, bem como a relação China ?Taiwan. Ambas as questões são resquícios da Guerra Fria. Raimond Aron, cientista político francês do século XX, brilhantemente definiu tal "guerra" como Paz impossível, Guerra Improvável.
A afirmação de Aron se referia a eventual Guerra entre Estados Unidos e ex- União Soviética. Uma guerra entre os dois países geraria a destruição do mundo e conseqüentemente do país envolvido.
A frase aplica-se perfeitamente a questão atual : trata-se de uma questão ainda dos tempos da Guerra Fria; os países que eram socialistas, são potências nucleares e concedem respaldo a Coréia do Norte.
Os Estados Unidos, maior economia do mundo e maior potência militar do planeta não podem disparar um simples tiro na região, pelo fato de não querer e não poder vencer uma guerra contra Rússia ou China, muito menos com as duas juntas. Paz impossível, Guerra improvável.