JACIARA FERREIRA VALADARES

RESUMO

A escola adotou uma postura equivocada durante muito tempo, em relação ao ensino da língua Portuguesa, usando práticas de ensino, aonde a regra era falar dentro das normas e os textos tratados como conteúdos em si . Na última década através do Parâmetros Curriculares Nacionais(pcns), verifica-se que houve uma grande mudança nas aulas de português na maneira de trabalhar-se com gêneros. Essa nova proposta que os pcns trouxeram para a escola, viabilizaram o acesso do aluno a um universo de textos, que circulam dentro da sociedade. Porém percebe-se uma confusão na forma de trabalhar-se esses gêneros nas salas de aulas. Observa-se que está havendo preocupação em ensinar ao aluno somente a estrutura formal dos textos, sem perceber que o texto é uma importante ferramenta para a interação social. Portanto cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral e escrita nas diversas situações comunicativas.

Palavras-Chave: Gêneros Textuais. Produção Textual. Escola.

RESUMEN

La escuela adapto una postura equivocada durante mucho tiempo con relación a la enseñanza de la lengua portuguesa, usando prácticas de enseñanza, donde la regla era hablar dentro de las normas y los textos tratados como contenidos en si. En la última decada através de los parámentros curriculares nacionales (pcns), se verifica que hubo una mudanza muy grande en las clases de portuguésen la manera de trabajar con géneros. Esa nueva propuesta que trajeron los pcns para la escuela, vialibizaron el acceso del alumno a un univeerso de textos, que circulan dentro de la sociedad. Sin embargo se percíbe una confusión en la forma de trabajarse esos generos en las aulas de clases. Se observa que está habiendo preocupación en enseñar a los alumnos solamente la extrutura formal de los textos, sin percíbir que el texto es una herramienta importante para la interación social. Por tanto cabe a la escuela enseñar al alumno a utilizar el lenguage oral y escrita en las diversas situaciones comunicatívas.

Palabra - llave: Géneros. Textuales. Producción Textual. Escuela.
INTRODUÇÃO

De acordo com Marcuschi, o ensino da língua deva dar-se através de textos, sabidamente, essa é, também, uma orientação central dos pcns. Pautados no interesse de destacar e apresentar o texto não apenas como um mero instrumento normativo, evidenciado principalmente dentro do âmbito escolar, postulado em uma concepção tradicional referendado como decodificador de símbolos lingüísticos ou elemento de extração de informações. Neste artigo, será efetuada uma abordagem suscinta sobre como os gêneros textuais estão sendo trabalhados na escola. Partindo dessa visão, ressaltamos a relevância da escolha do tema em proposta, como contribuição para professores, acadêmicos e estudantes em geral, ao levantar-se a discussão e a possibilidade de entender os gêneros como materialização dos textos. Portanto, o artigo tem a intenção de despertar e abrir caminhos para uma compreensão mais reflexiva sobre a real funcionalidade dos textos.

1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A linguagem é uma forma de ação interindividual orientada por uma finalidade específica, um processo de interlocução que se realliza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos de sua história.
A educação, verdadeiramente comprometida com a cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça as necessidades pessoais que podem estar relacionadas às ações efetivas do cotidiano, á transmissão e busca de informação, que proporcione a reflexão. Desse modo, os textos são produzidos, lidos e ouvidos. São os textos que favorecem a imaginação crítica e imaginativa.
De acordo com o pressuposto de Marchuschi, o estudo do gêneros textuais não é novo, já tem pelo menos vinte e cinco séculos, se considerarmos que sua observação sitemática iniciou-se em Platão. O que hoje se tem é uma visão do mesmo tema. Portanto, uma dificuldade natural no tratamento desse tema acha-se na abundância e na diversidade das fontes e perpesctivas de análise. Atualmente a noção de gênero não se vincula apenas a literatura, como lembra Swales, ao dizer que: " hoje, gênero é facilmente usado para referir uma categoria distinta de discurso de qualquer tipo, falado ou escrito, com ou sem as apirações literárias". (1990:33)
Portanto, a escola, como espaço institucional de acesso ao conhecimento, a necessidade de atender a essa demanda, implica uma revisão substantivas das práticas de ensino que tratam a língua como algo sem vida e os textos como conjunto de regras, bem como a constituição de práticas que possibilitem ao aluno aprender linguagem a partir da diversidade de textos. Diante desta proposta, dos Parâmentros Curriculares Nacionais(PCN), de Língua Portuguesa apresentam a necessidade de enfocar atenção para o ensino da língua materna centrado na perspectiva dialógica da linguagem, a fim de que atenda ás expectativas de formação escolar dos alunos para o mundo.
Essa nova abordagem imprime uma metodologia pautada no texto, o qual, de acordo com os PCNs (1999, p.38) deve ser compreendido como "produto de uma história social e cultural, único em cada contexto, porque marca o diálogo entre interlocutores que produzem e os outros textos que o compõem". A aprendizagem de procedimentos eficazes tanto de fala como de escuta, em contextos mais formais, dificilmente ocorrerá se a escola não tomar para sí a tarefa de promovê-la.
Esse novo repensar, viabiliza nortear o ensino da língua através dos textos, sejam estes falados ou escritos. Segundo Marcuschi (2008, pp 71-72) o texto é "o resultado de uma ação linguística cujas fronteiras são em geral definidas por seus vínculos com o mundo no qual ele surge e funciona". Quando se ensina alguém a lidar com textos, ensina-se mais do que usos linguísticos. Ensinam-se operações discursivas de produção de sentidos dentro de uma dada cultura com determinados gêneros como forma de ação linguística. Sendo assim, a atenção ou o processo de leitura evidenciado no âmbito escolar deve assumir um novo propósito, no qual a leituraDevemos também não seja pontuada como mecanismo de decodificação de letras ou palavras, mas sim como um processo permanente. Ao referendarmos a leitura como o elo de interação, cabe ressaltar a contribuição de Kock (20082, p.11) quando afirma que "o sentido de um texto é construido na interação texto-sujeitos e não algo que preexista essa interação".
Observa-se que o texto tem sido tratado de forma inadequada, para não dizer, desastrosa. Os textos escolares revelam ignorância e descompasso em relação à complexidade da produção oral dos alunos, e acabam ignorando o que o aluno já fala, quando entra na escola. Considerando os objetivos básicos da escola no trato da língua, é oportuno levantar a questão de se a escola deve trabalhar apenas o texto escrito ou envolver-se também com o texto oral.

2-A HISTORICIDADE DOS GÊNEROS TEXTUAIS

O estudo dos gêneros textuais é um empreeendimento cada vez mais multiciplinar. Assim, a análise de gêneros engloba uma análise do texto e do discurso e uma descrição da língua e visão da sociedade, e ainda tenta responder a questões de natureza sociocultural no uso da língua de maneira geral. O trato dos gêneros diz respeito ao trato da língua em seu cotidiano nas diversas formas. De acordo com a posição de Carolyn Miller(1984), podemos dizer que os gêneros são uma "forma de ação social", eles são um artefato cultural".
O que se tem notado no Brasil foi uma enorme proliferação de trabalhos, inicialmente na linha de Swales e depois da escola de Genebra com influências de Bakhtin e hoje com a influência de norte-americanos e da análise do discurso crítica. Bakhtin representa uma espécie de bom-senso teórico em relação à concepção de linguagem.

3- A NOÇÃO DE TEXO, E PORCESSOS DE TEXTUALIZAÇÃO

Todos nos sabemos que a comunicação linguística, e a produção discursiva em geral, não se dá em unidades isoladas, tais como, morfemas ou palavras soltas, mas sim, em unidades maiores, ou seja, por textos. E os textos são a rigo, o único material linguístico observável que vai além da frase e constitui uma unidade de sentido. De certo modo, pode-se afirmar que o texto é uma reconstrução do mundo e não uma simples refração ou reflexo. Como Bakhtin dizia da linguagem que ela "refrata" o mundo, pois a oralidade e a escrita são duas modalidades discursivas, igualmente relevantes e fundamentais. Beaugrande(1997:10) desenvolveu uma noção de texto que diz: "O texto é um evento comunicativo em que convergem ações linguísticas, sociais e cognitivas.

4- PROCESSOS DE TEXTUALIZAÇÃO

Do ponto de vista sociointerativo, produzir um texto assemelha-se a jogar um jogo. Assim se dá com os textos, produtores e receptores de texto (ouvinte/leitor - falante/escritor) todos devem colaborar para um mesmo fim e dentro de um conjunto de normas iguais. A produção textual, assim como um jogo coletivo, não é uma unidade unilateral, envolve decisões conjuntas. Isso caracteriza de maneira bastante essencial a produção textual como uma ferramenta sociointerativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos problemas encontrados nas redações escolares é principalmente este: não se define para quem o aluno deva se dirigir. Os textos escolares revelam a ignorãncia e o descompasso em relação à coplexidade da produção oral. Portanto, cabe à escola, ensinar a esses alunos a produzir os textos e interpretá-los, e isso inclui os textos das diferentes disciplinas, com as quais o aluno se defronta no cotidiano escolar.
Vale destacar que quando os gêneros são ensinados como instrumento para a compreensão da língua, não importa quantos ou quais você trabalha, desde que o seu objetivo seja formar alunos que aprendam a ler e escrever. Ressaltando que o conhecimento deve ser elaborado a partir de trocas de experiências, fazendo com que haja a interação social.
Neste sentido os parâmentros Curriculares tem sido de grande relevãncia para auxiliar o professor na execusão de seu trabalho. Fazendo com que os mesmos possam formar cidadões conscientes em relação ao papel que devem desenvolver na sociedade.

REFERÊNCIAS

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Paarábola Editorial, 2008.

Parâmentros curriculares nacionais: língua portuguesa/ Secretária de Educação Fundamental - Brasília: 144p.

KOCK, Ingedore Vilaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008.