Adriana Bueno dos Santos Menegelli

Rodrigo Leandro Barbosa Menegelli 

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de estabelecer uma relação entre teoria e prática na avaliação escolar. Buscar melhor compreensão da forma de avaliar nossos alunos , relacionando a prática diária como forma de avaliação contínua no processo avaliativo para uma aprendizagem significativa, bem como sua preparação para o mercado de trabalho e implicações futuras.

PALAVRAS-CHAVE: avaliação, habilidades, competências.

 

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como escopo ampliar o conhecimento dos educadores, por meio de reflexões e teorias  buscando melhor compreensão ao executar a avaliação por competência  na prática da sala de aula.

Para Philippe Perrenoud, sociólogo suíço especialista em práticas pedagógicas, competência em educação é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos — como saberes, habilidades e informações — para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações.      Por exemplo, orientar-se em uma cidade desconhecida ,ler  mapas, pedir informações etc, percebemos a função da escola de ensinar a pessoa a aprender e a desenvolver esse processo de aprendizagem.

Segundo LUCKESI (2002) avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória nem seletiva, ao contrário, é diagnóstica e inclusiva. O ato de examinar, por outro lado, é classificatório e seletivo e, por isso mesmo, excludente, já que não se destina à construção do melhor resultado possível; tem a ver, sim, com a classificação estática do que é examinado. O ato de avaliar tem seu foco na construção dos melhores resultados possíveis, enquanto o ato de examinar está centrado no julgamento de aprovação ou reprovação. Por suas características e modos de ser, são atos praticamente opostos; no entanto, professores e professoras, em sua prática escolar cotidiana, não fazem essa distinção e, deste modo, praticam exames como se estivessem praticando avaliação.

Percebe-se , então  que avaliar é importante para verificar em que medida o aprendizado está de acordo com o planejado. É um processo utilizado como um instrumento que visa libertar e emancipar os sujeitos procurando  resgatar aqueles que precisam de estímulos para a construção de novos conhecimentos, a fim de serem críticos,  criativos, contribuindo para a avaliação investigativa, que permeia diversos setores.

Para tal além de pesquisas bibliográficas ,participamos e buscamos reflexões no curso Planejamento interdisciplinar das práticas de ensino e a avaliação por competências, realizado na modalidade on-line, por professores da Etec Sylvio de Mattos Carvalho da cidade de Matão .

 

OBJETIVO

     O artigo tem por finalidade ratificar e respaldar o método avaliativo (avaliação por competências)  baseado nas correntes contemporâneas e também em situações decorrentes de nossa  prática pedagógica , pois Segundo LUCKESI, a avaliação exige uma postura democrática do sistema de ensino e do professor, ou seja, para proceder a melhoria do ensino-aprendizagem, não basta avaliar somente o desempenho do aluno, mas toda a atuação do sistema.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

Os métodos utilizados para elaborar o estudo são Pesquisa bibliográfica com o objetivo de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre avaliação por competências e coleta de dados com base em relatos de professores da Etec Sylvio de Mattos Carvalho –Unidade 103, da cidade de Matão ,que fizeram o curso on-line- moodle:  “Planejamento interdisciplinar das práticas de ensino e a avaliação por competências”,sob  orientação da professora Ana Claudia Câmara Pereira, no período de 22/08 a 30/09/2015. 

CONCEITO DE HABILIDADE E COMPETÊNCIA 

Muitas dúvidas se tem a cerca do o real significado de termos tão usados por nós educadores "habilidades e competências".

Considerando várias interpretações podemos dizer que o termo  competência está relacionado à capacidade de bem realizar uma tarefa, ou seja, de resolver uma situação complexa. Educar para competências é, então, ajudar o sujeito a adquirir e desenvolver as condições e/ou recursos que deverão ser mobilizados para resolver a situação complexa. 

A pessoa que realmente adquiriu uma competência tem condições de resolver este tipo de situação com criatividade. Assim, a metodologia com relação a competências precisa dar conta de situações novas visto que  competências pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos

Porém, para os educadores o entrave é trabalhar com as deficiências que os alunos trazem, independentemente do que eles têm de saber e de não  conseguirmos  separar a ideia de competência de conteúdo.

Para conseguir desenvolver tais competências, Freire (2008) defende que “é preciso que o formando, desde o princípio da sua experiência formadora, se assuma como um sujeito da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.

Quanto às habilidades , estas são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. Estão relacionadas ao saber fazer. são exemplos de habilidades: identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

          Sabemos que a abordagem por competências não vai resolver imediatamente os   problemas de aprendizado, mas  são tantas as inquietações , no que diz respeito à forma de  avaliação, por isso através desta proposta de estudo podemos aprofundar nossos conhecimentos e entender que a renovação das práticas da avaliação serão sempre importantes.

         Os critérios deverão ser fundamentados na eficiência da avaliação, que de certa forma deve ser  o princípio para tomada de decisão. Conclui-se que os critérios avaliativos fornecem fundamentos para tomadas de decisão.

       A observação contínua do desempenho escolar ao longo do ano letivo, considerando os aspectos cognitivos, afetivos e sociais  do aluno é tão importante quanto à avaliação concentrada nos momentos de provas, trabalhos individuais ou em grupo, visando durante este processo, alcançar o benefício de  desenvolver habilidades e competências do sujeito como um todo.

           É acertado integrar  abordagens por competências desde à formação  e à identidade profissional dos professores já que o objetivo principal é democratizar o acesso ao saber e às competências.

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