Comparando diferentes empreendimentos realizados nos últimos anos no Estado de Goiás, percebe-se que os principais impactos ao patrimônio cultural estão relacionados também aqueles empreendimentos levados a cabo por empresas do segmento sucroalcooleiro. O avanço da Arqueologia de Contrato no Brasil tem trazido à luz um grave problema relacionado à preservação do patrimônio arqueológico e cultural, ou seja, a destruição sistemática de sítios arqueológicos. Tal destruição tem demonstrado a necessidade do desenvolvimento de uma política educacional que conduza a conscientização e a preservação do patrimônio arqueológico. Mudar essa mentalidade em curto prazo só é possível com o cumprimento rigoroso da legislação. Em longo prazo, a proposta é criar uma política educacional em escolas e universidades que levem a formação de agentes difusores de conhecimento que auxiliem na preservação e na conservação do patrimônio arqueológico cultural. As atuais propostas de educação patrimonial associadas a projetos de resgate têm cumprido parte deste papel. Sendo assim, apresentaremos aqui o resultado do Programa de Educação Patrimonial executado na exposição agropecuária de Quirinópolis -GO. Neste trabalho desenvolveram-se uma exposição de objetos arqueológicos que contou com a participação de empreendedores, e comunidade em geral.

Introdução

Qualquer trabalho que tenha como objeto de ação o Patrimônio Cultural deve abranger aspectos particulares relacionados às significâncias culturais de determinada região.

Conhecer e entender os símbolos e significados dados a esses aspectos históricos culturais que particularizam um determinado grupo social torna-se importante para o direcionamento das atividades educacionais relacionadas ao patrimônio cultural que venha abranger de forma prática a relação das pessoas com sua herança cultural. Sendo que, tais práticas educacionais devem despertar os sentidos de valor e importância da preservação desse legado na formação de cidades livres e conhecedoras de suas raízes culturais.

A educação cuja meta é a valorização do patrimônio cultural deve preencher lacunas que preconceituosamente permeiam nosso povo graças à nossa formação histórico cultural é que permaneceram perpetuadas durante nosso desenvolvimento educacional. O não entendimento do valor e do significado de pertencimento ao patrimônio cultural exerce uma formação negativa na construção de nossa cidadania.

Sendo assim, buscou-se através da educação patrimonial agregada as atividades de resgate do patrimônio arqueológico realizado na Usina Boa Vista estabelecida no município de Quirinopólis estado de Goiás levar ao conhecimento de sua população conceitos sobre o valor e importância do patrimônio arqueológico cultural.

Desta maneira, as atividades educacionais foram desenvolvidas nos mais diferenciados projetos arqueológicos, propiciando a grupos sociais distintos à descoberta do significado e valor da palavra patrimônio para o desenvolvimento cultural de uma nação e como já foi dito de sua cidadania.

As ações de Educação Patrimonial desenvolvidas pela equipe de educação da Griphus consultoria que integrou os trabalhos em vários e diversificados projetos, iniciaram-se nas atividades que foram desenvolvidas durante os dias 25 a 29 do mês de Junho de 2008 na cidade de Quirinópolis-GO, na IV Feira de Exposição Agropecuária e IV Rodeio Show.

As atividades estiveram limitadas à apresentação de vestígios arqueológicos em expositores localizados no stand montado pela empresa Sucro-alcooleira Boa Vista.

A exposição permitiu que fosse apresentado aos visitantes um pequeno conhecimento e noções básicas a respeito da cultural material e do trabalho de arqueologia realizados em sua região, e desta forma, ampliar junto ao público participante um conhecimento maior sobre e em relação ao patrimônio cultural que os cercam.

1 - Entendimento Sobre Educação e Arqueologia Pública

A educação como um processo contínuo de aprendizado é de fundamental importância para a formação da cidadania e para a construção de um vínculo das pessoas com sua cultura. Ela (educação) exerce fundamentalmente o papel de formar sujeitos conscientes da necessidade de se apropriar e valorizar sua herança cultural.

No entanto, a educação possui incontáveis funções enquanto formadora, exercendo um papel basilar na ordem social vigente, o despertar do sentimento de cidadania e de apreço cultural está agregado às necessidades capitaneadas pelo valor dado pela sociedade a determinado bem cultural que em muitos casos não e estimado pelo todo.

Conforme Scatamacchia, et ali (1992) Souza (2001) e De Menezes (1984), a educação deve motivar a conscientização e o esclarecimento para a população apresentado-lhes diretamente os bens culturais, transformando-os cada vez mais em pessoas capazes de construir novos conhecimentos, formando no brasileiro um senso especial, que é o da perspectiva histórica.

Nessa perspectiva educacional, o município e a escola possuem um papel essencial na construção do sentimento de valorização do patrimônio cultural em que esses grupos muitas vezes excluídos podem se ver reconhecido como herdeiros de uma cultural única e presente. Conform Souza (2001), a educação acontece nos mais variados lugares e condições, porém, é nas relações íntimas e cotidianas de uma sala de aula do contato dos cidadãos é que a educação formal pode chamar a atenção para os acontecimentos de sua comunidade local resultando em uma integração com a vida comunitária e a preservação daquilo que se conhece.

Nesse processo, a educação é entendida como o elemento fundamental para a auto-estima das populações, conforme salientado por Horta, Grunberg & Monteiro (1999), a educação deve ser libertaria em todos os sentidos constituindo assim cidadãos comprometidos com seus valores e cientes do seu papel na vida social.

Portanto, a educação em seu processo contínuo de formação estabelece no indivíduo uma consciência de que valorizar os bens culturais é de extrema importância para a transformação do meio em que se vive.

Entretanto, delegar a educação escolar e ao município o papel incontestável como os únicos responsáveis pela formação de sentimentos a cerca do patrimônio cultural é perpetuarmos nossa constante formação bancária (Freire, apud Souza, 2001), que não tem como prioridade o despertamento de emoções e valores culturais enraizados em nossas vidas, em parte graças ao grande desconhecimento de nossos educadores e legisladores sobre o tema patrimônio cultural.

Desta feita, o principal trabalho educacional relacionado à valorização da cultura está em desenvolver alternativas para que as comunidades se apropriem dessa herança se beneficiando de forma que os leve a criar mecanismo de auto-sustentabilidade gerando assim, uma maior importância para que esses patrimônios sejam preservados. Para Fernandes (2007), Funari (2007), isso aproximaria os arqueólogos para as questões sociais, desenvolvendo projetos e ações para o benefício do público, agindo com a comunidade e dando a ela uma maior compreensão do passado e do mundo.

Talvez esse sim seja um dos caminhos a ser tomado para uma ação mais efetiva da arqueologia e a questão pública começa-se a perceber que a proteção dos sítios requer o envolvimento da sociedade, que deve também usufruir dos benefícios da pesquisa arqueológica. (Barbosa, Mello & Viana, 2004)

“Archaeology in the 21st century will be exciting if we are prepared to integrate wholly the public in research agendas and projects. Archaeological interpretation hás the advantage of changing as a result of new ideas, new discoveries and new scientific techniques. History is continuously being refashioned. The public, young and old, have a role to play in this process of history writing. As one archaeologist put it: “… the dialogueof archaeologists with the public should warn us when our principal research asset isbecoming exhausted. That asset is not money, but curiosity.” (Vella, 2008)[1]

O diálogo entre o pesquisador e o público deve ser um dos caminhos para a maior inteiração entre o que deve ser valorizado para o propósito de concepção de elementos cujo significado demonstre um anseio maior desse público, mesmo que essas pretensões se esbarrem na delimitação impostas por cronogramas tanto relacionados ao tempo de pesquisa especificamente e aos de recursos financeiros e das especificidades técnicas aos tipos de empreendimento, devera ser aberto um parênteses onde esse tema deve ser agregado à pesquisa, visando o benefício maior do público.

Sendo assim, esse parêntese aberto trará benefícios na construção de uma identidade nacional, da valorização da cultura material e imaterial das comunidades e, consequentemente dando os significados educacionais da produção das memórias nos locais de ensino. (Silva, 2008)[2]

Desta forma, os benefícios ao público se estenderiam para o que hoje estão restritos as pesquisas arqueológicas, usando o sítio e os artefatos para as propostas de educação de auto-afirmação comunitária, entretenimento e desenvolvimento econômico. Propostas desenvolvidas no contexto da arqueologia pública Anglo-Saxão como abordagens de interesse público e interpretação. (Little apud Fernandes, 2007)[3]

“A partir daí as produções culturais de diferentes contextos são valorizadas como temas de referencia e ressignificadas em ferramentas de trabalho, já que estão carregadas de significados construídos socialmente. O aumento da auto-estima e o sentimento de que foi possível conquistar algumas metas no plano pessoal e social pode nos levar a reconhecer que o programa cumpre uma função social ampliada nos projetos individuais” (Silva, 2008)[4].

Por Fim, tal tarefa requer que entre educação, arqueologia e a integração da população sejam realizadas de forma coerente atendendo as especificidades de cada componente em estudo. Sendo assim, a educação patrimonial é o caminho em que as ações podem ser decididas de comum acordo entre pesquisadores, empreendedores e público em geral, amenizando a negligência populacional em relação ao Patrimônio. Através da educação podem-se fomentar política visando o crescimento da relação de pertencimento da comunidade com o patrimônio, garantindo, por sua ação a valorização do espaço e uma melhor qualidade de vida. (Menezes, apud Gazzola, 2007)

2 - Entendimento Sobre Educação Patrimonial

“ Mais pra que tanto sofrimento se o meu pensamento e livre na noite” Manuel Bandeira.

Memória não é algo do passado, é um fenômeno que traz em si um sentimento de continuidade e de coerência, seja ele processado individualmente ou em grupo, torna-se o fator preponderante para o entendimento de sentimento de identidade. Segundo Batista (2007) memória é de suma importância para a construção de uma identidade consistente de um determinado povo. Para isso é necessário que não deixe de rememorar, ir à busca das raízes, das origens, do âmago da sua história, etc. Buscar as raízes, esse é um dos fatores determinantes para um desenvolvimento de educação patrimonial na construção de obras impactantes.

A relação entre a obra e a responsabilidade de preservação do patrimônio cultural não pode se restringir ao simples e burocráticos trâmites de licenciamentos de operacionalidade, o empreendimento é uma obra modificadora não só do meio ambiente em que ela será implantada, mais percussora de uma grande e complexa relação cultural. (Mamede, 2008)

A ação educativa realizada por meio de objetos culturais exige o uso de encaminhamentos metodológicos e de referenciais teóricos específicos, que permitam a decodificação de seus significados pelos atores sociais.

Desta forma;

“A Educação Patrimonial, centrada no objeto cultural, também preconiza a cultura viva, pois lida com a evidência material da cultura e apela mais para o concreto, o sensível, o visual e o emocional do que para palavras e idéias. A tarefa da Educação Patrimonial se refere a transmitir ao indivíduo a consciência do patrimônio cultural e essa consciência implica na consciência de que ele é produtor. Ele recebe, se utiliza (é portanto consumidor) e produz ou cria esse patrimônio. Ele se insere numa trajetória”. (Alencar, 1989).

Neste caso, os sítios e objetos arqueológicos, além da sua materialidade concreta, possuem significados simbólicos que se acumularam ao longo de sua existência e que envolvem os motivos pelos quais foi criada, sua função para as sociedades que deles usufruíram e as formas como foram ou não preservados até o presente momento. (Lima, 2003)

Conforme Horta (1999), Educação Patrimonial pode ser aplicada a qualquer evidência material ou manifestação da cultura, seja um objeto, conjunto de bens, um monumento, um sítio histórico e arqueológico, uma paisagem natural, um parque, uma área de proteção ambiental, um centro histórico urbano ou uma comunidade rural, uma manifestação popular de caráter folclórico ou ritual, um processo de produção industrial ou artesanal, tecnologias e saberes populares, e qualquer outra expressão resultante da relação entre os indivíduos e seu meio ambiente.

A Educação Patrimonial torna-se, um processo constante de ensino/aprendizagem que tem por objetivo central e foco de ações o Patrimônio (Horta,1999). É nesse tópico que se encontra a fonte primária de atuação que vem enriquecer e fortalecer o conhecimento individual e coletivo de uma nação sobre sua cultura, memória e identidade. Através de ações voltadas à preservação e compreensão do Patrimônio Cultural, a Educação Patrimonial torna-se um veículo de aproximação, conhecimento, integração e aprendizagem de crianças, jovens, adultos e idosos, objetivando que os mesmos (re) conheçam, (re) valorizem e se (re) apropriem de toda uma herança cultural a eles pertencente, proporcionando aos mesmos uma postura mais crítica e atuante na (re) construção de sua identidade e cidadania. Identidade essa que, cada vez mais, urge por uma atenção especial dos diversos setores da nossa sociedade.(Queiroz, 1989. Horta, 1999)

2.1 - O Patrimônio Cultural no processo educacional: Ações que podem ser alcançadas com as práticas de Educação Patrimonial

A necessidade de trabalhar o Patrimônio Cultural nas escolas ou em eventos fortalece a relação das pessoas com suas heranças cultural, estabelecendo um melhor relacionamento destas com estes bens, percebendo sua responsabilidade pela valorização e preservação do Patrimônio, fortalecendo a vivência real com a cidadania, num processo de inclusão social. (Moraes, 2007)

Patrimônio refere-se, originalmente, à herança paterna, ou seja, aos bens materiais transmitidos de pai para filho. Daí o termo, ainda hoje, referir-se à herança familiar. A extensão do uso do termo como herança social aparece na França pós-Revolucionária, quando o Estado decide tutelar e proteger as antiguidades nacionais às quais era atribuído significado para a história da nação. Os conjuntos de bens entendidos como heranças do povo de uma nação foram então designados como Patrimônio Histórico. Importante observar que em sua acepção original, incluía não apenas os bens imóveis, mas também os bens móveis, tais como acervos de museus e documentos textuais (Teixeira, et alli, 2004).

O processo educativo, em qualquer área de ensino/aprendizagem, tem como objetivo levar os alunos a utilizarem suas capacidades intelectuais para a aquisição e o uso de conceitos e habilidades, na prática, em sua vida diária e no próprio processo educacional. O uso leva à aquisição de novas habilidades e conceitos (Horta, 2004)

A Educação Patrimonial consiste em provocar situações de aprendizado sobre o processo cultural e, a partir de suas manifestações, despertarem no aluno o interesse em resolver questões significativas para sua própria vida pessoal e coletiva. O patrimônio histórico e o meio ambiente em que está inserido oferecem oportunidades de provocar nos alunos sentimentos de surpresa e curiosidade, levando-os a querer conhecer mais sobre eles. Nesse sentido podemos falar na “necessidade do passado”, para compreendermos melhor o “presente” e projetarmos o “futuro”.

Os estudos dos remanescentes do passado motivam-nos a compreender e avaliar o modo de vida e os problemas enfrentados pelos que nos antecederam, as soluções que encontraram para enfrentar esses problemas e desafios, e a compará-las com as soluções que encontramos para os mesmos problemas (moradia, saneamento, abastecimento de água, etc). (Horta, 2004).

As escolas são fundamentais e devem participar deste processo de apropriação, através de visitas a museus, arquivos e bibliotecas públicas. Educar é um ato de busca de troca e de apropriação do conhecimento. O ser humano inicia seu processo de conhecimento a cerca do mundo desde a hora que nasce, quando passa a conviver com o ambiente natural e com os outros seres humanos.

Porém, nós, seres humanos, vivemos coletivamente, e essa produção ocorre no meio social, estando, portanto completamente envolvida no processo cultural, uma vez que a cultura e tudo o que está relacionado com o ser humano, tanto no seu conjunto de humanidade como a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos que a compõem. (Lima, 2005)

Assim, a educação caracteriza-se por dois aspectos fundamentais aprender e ensinar. A educação para o patrimônio arqueológico é, portanto o ato de aprender, ensinar sobre o passado e suas relações com o presente. [5]

As comunidades que participaram do projeto de educação patrimonial tem muitas semelhanças culturais, talvez por suas proximidades físicas e condições ambientais.

“ A importância da cultura reside no fato da capacidade de manter os integrantes de um grupo ou sociedade coesos, o que de certa forma reforça a crença da cultura como elemento estruturador da sociedade, a cultura e a identidade de um povo.” ( Carneiro, 1998)

3- Metodologia para uma Educação Patrimonial Crítica

Dada a especificidade das ações associadas aos programas de Educação Patrimonial, se faz necessário desenvolver um conjunto de atividades que objetivaram inserir os indivíduos no processo de recuperação e construção da memória cultural.

Conforme Horta, Grunberg, Monteiro (1999), Lima (2003), a metodologia de educação patrimonial tem seu desenvolvimento em etapas sucessivas de percepção, análise e compreensão interpretativa dessas expressões culturais. Ainda segundo os autores, o desenvolvimento dessas etapas requer ações de observação, registro (percepção), exploração (análise) e apropriação (interpretação).

Deste modo busca-se construir em parceria com os atores sociais um processo educativo voltado para o conhecimento e a valorização da memória e da identidade local. A preservação do patrimônio cultural é fundamental para a manutenção e o encontro da identidade social e cultural permitindo a identificação da dinâmica das ações humanas individual e coletivamente. (Mamede, 2008)

A metodologia da Educação Patrimonial é materializada através do estudo de objetos comunitários como estratégia de aprendizagem do contexto sociocultural. Neste sentido a educação patrimonial pretende ser um programa que busca a conscientização das comunidades acerca da importância da criação, valorização e da preservação dos patrimônios locais. Tal conscientização é construída por meio da interação da população com os patrimônios da região onde vivem.

3.1- Propostas Metodológica para Ações Diretas de Educação Patrimonial

Como dissemos acima a necessidade de integrar as comunidades locais dentro da história viva do município e da região requer fundamentalmente a aproximação desta comunidade com o patrimônio a ela associado. Neste sentido foram pensadas atividades interativas que buscam o despertar da consciência cultural, para que a valorização do Patrimônio Cultural venha não apenas instigar e fomentar a valorização da identidade local como um todo, para que principalmente venha a criar agentes multiplicadores e difusores de conhecimento. A idéia é que tais atividades gerem redes de integração que venham a culminar no pleno exercício da cidadania e da responsabilidade frente ao patrimônio cultural.

Essa atividade foi pensada dentro dos diferentes contextos sociais e locais, tentando maximizar o processo de criação do conhecimento. Assim na,

►Feiras Agropecuárias; atividade educacional direcionada pelo meio de exposição de artefatos arqueológicos expostos em vitrines, banners, panfletos explicativos, projeção de filmes e fotos, aproveitando o público diversificado de visitantes da feira.

► Comunidade diretamente associada ao empreendimento: Trabalhadores, executivos, técnicos, etc.

► De modo geral estes procedimentos educacionais objetivam:

● incentivar a auto-sustentabilidade por meio da criação de produtos artesanais associados aos bens arqueológicos locais.

● desenvolvimento de mídias pedagógicas como revistas em quadrinhos, vídeos, banners e folders.

● desenvolvimento de oficinas e kits arqueológicos a serem utilizados nos processos de educação formal.

● exposição de fotos sobre a memória local, incluindo fotos produzidas por moradores e que retratem a cultura, a ambiência e a memória local.

Os recursos de multimídias foram utilizados na ampla divulgação das atividades levando em conta a especificidade dessa ação e o tipo de público envolvido nas atividades educacionais. Foram inseridos na internet fotos e textos, não só para a divulgação dos eventos, como também para a discussão dos temas propostos durante as atividades educacionais.

Tais iniciativas cumpriram as propostas de uma educação patrimonial que visou inserir a comunidade local dentro de sua própria história regional.

4- Educação Patrimonial – Exposição Agropecuária de Quirinópolis - GO

Esta ação de Educação Patrimonial integrou o Projeto de Resgate do Patrimônio Arqueológico e Cultural da área da Usina Boa Vista, desenvolvido pela equipe de educação patrimonial da empresa Griphus Consultoria em Arqueologia.

As atividades educacionais foram limitadas à uma exposição de vestígios arqueológicos apresentado no stand montado pela empresa Sucro-alcooleira Boa Vista, na feira agropecuária da cidade.

A exposição permitiu aos visitantes interagir, conhecer e aprender sobre noções básicas de cultural material e de como são realizados os trabalhos de arqueologia e desta forma, possibilitar ao público participante um conhecimento mais amplo sobre e em relação ao patrimônio cultural que os cercam.

Educação é um processo contínuo de aprendizagem. Essa aprendizagem requer a união de vários tipos de informações associadas a etapas de nossa formação educacional e social.

A educação formal escolar é social em conjunto contribuem para a formação do sujeito enquanto participante de uma sociedade competitiva que objetiva uma formação educacional voltada ao mercado de trabalho e as exigências desse mercado.

Atualmente são os trabalhos de arqueologia nas áreas onde serão implantadas usinas sucroálcooleiras os responsáveis por chamar a atenção das autoridades e empreendedores para a responsabilidade de cada um na preservação do patrimônio e valorização do mesmo. E é graças aos resultados científicos obtidos nos trabalhos de resgate a sítios arqueológicos nas áreas de usina de beneficiamento de álcool que uma parcela do patrimônio cultural esta sendo preservada. (Mamede, 2008)

E desta maneira que o trabalho da Educação Patrimonial aqui pensado foi uma tentativa de levar os indivíduos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para uma melhor utilização destes bens (Itaqui, 1998).

As atividades de Educação Patrimonial realizadas durante a feira agropecuária da cidade de Quirinópolis - GO consistiu em uma exposição com vestígios arqueológicos encontrados na região e de várias outras localidades do estado de Goiás onde foram desenvolvidas pesquisas cientificas pela empresa Griphus.

Para tanto, um trabalho de informação e divulgação dessas atividades foi encaminhado às instituições de ensino do município e as autoridades ligadas à secretária de educação e secretária de cultura e administração, a respeito do trabalho que seria exposto.

Seguiram-se posteriormente visitas em escolas municipais e estaduais onde foi comunicado a diretores e alunos do valor e importância da exposição, e a necessidade da participação e informação dessa natureza na formação educacional desses alunos. Na unidade da Universidade Estadual – UEG foram notificados aos departamentos e alunos dos cursos de graduação em Geografia, História, Letras, Pedagogia e Matemática sobre o caráter informativo e educacional da exposição na feira agropecuária.

A exposição durante 5 dias de festa apresentou aos seus visitantes vários stands de empresas que exibia os mais diversos produtos, foram expostos carros, máquinas agrícolas, animais, e houve apresentação de shows com cantores e rodeios.

Sendo assim, uma atividade voltada para a Cultura mostrou-se ser diferente do papel proposto pela feira. Não obstante, o que poderia ser contraditório se tornou relevante, pois o ensino sobre e a conscientização de se preservar o patrimônio cultural foi levado a um público bastante heterogêneo o que possibilitou esclarecimentos aos mais diversos tipos de agentes patrimoniais.

No stand disponibilizado pela empresa Boa Vista para a atividade de Educação Patrimonial foram expostos em três vitrines fragmentos e instrumentos (Lesmas, Pontas de Flecha (Projétil), Raspadores) lítico de matéria-prima variada, artefatos de origem histórica (Louça, Moeda, Vidros) e indícios de origem Quilombolas, como a cerâmica Kalunga e Cachimbos, além da cerâmica pré-histórica de origem tupi-guarani do litoral brasileiro. Esses elementos expostos objetivaram apresentar informações ao visitante sobre a diversidade da cultura material de povos pretéritos que viveram na região e no Brasil.

Em conjunto com os vestígios expostos foram utilizados Banners com fotos e textos explicativos sobre os materiais nos mostruários, visando uma maior compreensão dos visitantes sobre as peças e as atividades relacionadas ao trabalho de pesquisa da arqueologia. A confecção de folders e material gráfico didático se encontravam disponibilizados aos visitantes, apresentando de forma ilustrativa a história da ocupação humana e de artefatos da região. Tal iniciativa cumpre as propostas de uma educação patrimonial que tende a inserir a comunidade local dentro de sua própria história regional.

Desta maneira, utilizou-se de imagens sobre arqueologia e fotos de pesquisas realizadas que foram apresentadas ao público mediante a projeção em data show e TV. Ainda buscando interagir com o público participante, artefatos como, machados (Lâminas), fóssil de peixe foram expostos para que as pessoas pudessem manuseá-las.

Através de um questionário com perguntas sobre a exposição, pode-se avaliar a capacidade de conhecimento e de interesse dos visitantes a propósito da arqueologia e de ações educativas desenvolvidas por empresas do segmento sucro-álcooleiras. O fluxo contínuo de visitante foi dimensionado com a assinatura em cadernos disponibilizados para os visitantes que comprovaram a diversidade de profissionais e a quantidade de público que visitou a exposição de arqueologia.

O atendimento foi realizado por três membros do departamento de educação da empresa Griphus consultoria e por dois agentes de campo disponibilizados pela empresa Boa Vista para auxiliar no trabalho de recepção do público.

Nesse primeiro contato os visitantes recebiam as primeiras informações sobre a atividade exposta e a forma como deveriam proceder em sua visita e a modo como deveriam entender os indícios arqueológicos nos expositores e a sua relação com a leitura dos banners.

O trabalho de educação patrimonial na feira agropecuária possibilitou levar a um público heterogêneo informações sobre um passado que de certa forma foi materializado pelas peças exposta com intuito de transmitir o que parecia pertencer a uma realidade distante e desconhecida, para um fato presente em alguns casos atual na vida de muitos visitantes. As peças em pedra lascada e polida, as louças e vasilhames cerâmicos proporcionaram um ar de nostalgia e referência em alguns visitantes que relacionaram a presença desses objetos a algum momento de sua vida.

A educação patrimonial relaciona-se com a cultura e a memória de um povo, sendo os principais fatores de sua coesão e identidade, os responsáveis pela conexão que prende as pessoas em torno de uma noção comum de compartilhamento e identidade, noção básica para o senso de cidadania.

Neste sentido, verifica-se, pois, que os “restos do passado”, que possibilitam seu conhecimento multifacetado, são escassos, e os que ainda existentes correm o risco de serem perdidos por falta de meios adequados a sua conservação (Garaeis, 2004).

“Understanding the past gives us a sense of identity. We can better appreciate who we are as individuals and as members of our community. Archaeology is the key to the past. It provides physical evidence to complement or refute theories of cultural evolution, and gives us an understanding of how we are all truly interrelated. Archaeology unearths tangible evidence upon which we base our histories”. (Public Archaeology Program – University or Galgary)

O papel da educação patrimonial na feira agropecuária foi buscar o entendimento das pessoas sobre o seu patrimônio cultural tendo como suporte a arqueologia. Em relação à dinâmica da exposição ela buscou atender via material arqueológico exposto, a compreensão do visitante a respeito da importância da educação e a fundamentação de uma preocupação com a identidade e com a herança cultural.

A Educação Patrimonial se encontra restrita a projetos isolados, geralmente como experiências-pilotos com pouca continuidade e pouca profundidade temporal. Colocando de outra forma, existe um ‘vazio’ a ser preenchido no que se refere ao retorno social direto da Universidade às comunidades direta ou indiretamente ligadas a ela quanto à educação e valorização da memória. (Haigert et al, 2008)

As atividades de educação patrimonial e de arqueologia, desenvolvidas pela empresa Boa Vista foram responsáveis por desconstruir uma visão existente de que a preocupação de empreendedores com a preservação do patrimônio cultural e normalmente nula. A feira demonstrou que se preocupam com a preservação e a valorização do patrimônio cultural e promovem atividades educacionais objetivando proporcionar uma gama enorme de informação para as pessoas a respeito e sobre o valor desse patrimônio contribuindo para que se pense de uma outra forma.

4.1 - Desenvolvimento das Atividades de Educação Patrimonial

A arqueologia tem uma responsabilidade especial de promover benefícios ao público que pode ser atendido pela prática da arqueologia e de seus recursos investigativos.

O desenvolvimento da ação de educação patrimonial na exposição agropecuária buscou inicialmente transmitir para os visitantes da feira uma noção sobre o que é Patrimônio Arqueológico. Partindo da idéia de que o público pela sua diversidade não possuía nenhum conhecimento a respeito do tema, a não ser o adquirido nas escolas e em reportagens televisivas, a exposição procurou elucidar possíveis dúvidas e ampliar não só o conhecimento sobre arqueologia mais sobre o patrimônio cultural de forma geral.

Desta Forma, com o objetivo determinado, o primeiro passo foi iniciar o processo educacional com as visitas realizadas as instituições de ensino do município.

Nesse primeiro contato foram explicadas a diretores e alunos as primeiras noções sobre o patrimonio cultural e sobre arqueologia, é o que estaria sendo apresentado a eles na exposição. Esse trabalho inicial mostrou-se fundamental, pois a intenção de visitantes de feiras agropecuárias são as barracas e o parque de diversão e shows musicais de artistas famosos e o que esperam dos stands das empresas não é nada parecido com uma exposição sobre arqueologia.

Desta maneira, os dados demonstram como resultado que dentre todos os visitantes o número de estudantes (Ens. Médio, fundamental e universitário) foi o mais expressivo entre os demais. Os estudantes serão percussores de um novo conhecimento e de uma nova relação sobre o quanto é importante preservar a história e o patrimônio cultural que nos pertence.

A disposição dos expositores e dos Banners proporcionaram aos participantes entender o que era os objetos expostos e sua utilização pelos grupos humanos pretéritos. Curiosamente, os instrumentos em pedra lascada foram os que mais chamaram a atenção das pessoas. Mesmo chamando-as de “pedra”, demonstraram grandes interesses e curiosidade sobre o tipo da matéria-prima de sua fabricação e a sua utilização prática. Conforme resposta da estudante do 6º ano (Ens. Fundamental) Giovanna O. Brenaccia, sobre o que lhe chamou mais atenção na exposição, ela respondeu “ O tipo de cada peça e sua utilização e também a variedade...” Luis Henrique outro visitante e também estudante relata o que mais lhe chamou atenção ‘ ..... o que mais me chamou atenção foram as pedras usadas como ferramenta de agricultura e cultivo” depoimento sobre os machados.

Conforme Flávio Barbosa Alves (Serviços Gerais)” eu achei muito bom isso ensina muitas coisas para as pessoas tinha coisa que eu não conhecia hoje eu pude conhecer” ou ainda, “ eu achei bom, porque eu fiquei sabendo mais sobre a região em que moro a mais de 20 anos, gostei de ver algumas pedras”.......

Os depoimentos demonstram a necessidade que as pessoas têm em conhecer mais sobre elas, ou seja, sobre sua pré-história, história e seu patrimônio cultural. Sendo assim, o trabalho de educação patrimonial realizado proporcionou essa parcela de conhecimento querido por essas pessoas, não importando o seu o grau de estudo ou o tipo de profissão que elas exercem.

A educação patrimonial e um dos veículos educacionais mais democráticos existentes, pois conhecer um pouco sobre herança cultural e de interesse do executivo ao trabalhador rural, do papa ao sacristão, afinal patrimônio e de todos. “Muito bom algumas pessoas trabalham no campo e não tem conhecimento como se preocupar com alguma coisa muito importante como o meio ambiente e arqueologia” (depoimento de Luis Barbosa Martins, trabalhador rural).

Conclusão

Com o desenvolvimento da arqueologia no Brasil agregada as obras de infraestrutura e ao licenciamento ambiental, (a chamada arqueologia de contrato) os trabalhos educacionais estão sendo desenvolvidos em conjunto com os trabalhos de resgate dos sítios arqueológicos.

Desta forma, os trabalhos educacionais em arqueologia a chamada educação patrimonial tem como objetivo despertar nas pessoas o conhecimento e a importância de se preservar o patrimônio cultural para a nação e sua região. O que se apresentou de forma original na feira agropecuária do município de Quirinopólis estado de Goiás.

A exposição de artigos arqueológicos em uma feira agropecuária demonstrou que a Educação Patrimonial pode-se utilizar dos eventos festivos de um município para levar o conhecimento e o sentimento de pertencimento cultural a um determinado e especifico público que muitas vezes não tem a informação necessária e a respeito do que estava sendo exposto.

Enfim, o trabalho de Educação Patrimonial desenvolvido demonstrou que, o principal objetivo dessa atividade e levar ao maior número de indivíduo a conhecer o seu legado cultural, a partir desse conhecimento as pessoas se envolvem buscando mecanismos para que seu legado cultural não venha a se perder. Uma das principais dificuldades da arqueologia nesse momento e envolver a população das regiões onde são encontrados sítios arqueológicos para a necessidade de se preservar esse patrimônio usufruindo de alguma forma dele. A feira agropecuária foi uma forma de apresentar à cidade as riquezas arqueológicas e culturais de seu entorno e em conjunto com os cidadãos lutar para que se mantenha resguardado esse bem cultural.

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[1] Dr. Vella is a Lecturer in the Department of Classics and Archaeology. He is Assistant Director of theUniversity's excavations at Tas-Silg, Marsaxlokk. IN; Whose Past? The Public and Archaeology in the 21st Century

[2] Silva, F.A.O.R. – O Contributo do Patrimônio Material na formação do Educador de Jovens e Adultos: Relato da Universidade Federal de Ouro Preto –MG.

[3] Op.cit

[4] Op.cit.

[5] Lima, Janice Shirley Souza. 2005. Relações Interculturais: Apresentação do projeto de educação para o patrimônio Arqueológico em comunidades ribeirinhas dos municípios de Abatetuba e Moju. In; Mídias Pedagógicas para o projeto de Educação Patrimonial na área do projeto Bauxita de Paragominas – PA. Belém: MPEG/CVRD/FIDESA