1 INTRODUÇÃO

O mal de Alzheimer é uma doença que se caracteriza por uma diminuição das atividades mentais em especial da memória.O risco de contrair Alzheimer aumenta com a idade, acredita-se que afeta aproximadamente 4% das pessoas com idade entre 65 e 75anos, 10% das que tem entre 75 e 85 anos e 17% de todas as pessoas com mais de 85anos. (MARINHO,1997).

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De acordo com CORRÊA (1996) a doença de Alzheimer é a patologia mais comum no grupo das demências e é a quarta causa de morte de adultos e em 2050 pode atingir 14 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que 10 á 30% das pessoascom a doença tenha o tipo de doença degenerativa primaria de etiologia desconhecida com aspecto neuropatológico e neuroquímicos característicos, essa doença se instala usualmente de modo insidioso e desenvolve-se lentamente, mais continua por um período de anos pode ser curto de 2 a 3 anos.

Coloca-se como uma das maiores causas de morbidade entre os idosos, e sua prevalência está entre 2% a 5% dos pacientes com mais de 65 anos de idade ( MANFRIM & SCHMIDT, 2006).

Dados demográficos e epidemiológicos indicam que o envelhecimento populacional em todo o mundo trouxe o aumento da prevalência de doenças degenerativas em geral; contudo, a demência do tipo Alzheimer (DTA) é considerada a causa mais comum e a forma mais freqüente de demência nos idosos. A sua prevalência vem aumentando expressivamente entre as diversas faixas etárias. Acomete pelo menos 5% dos idosos com mais de 65 anos, 15% a 20% após os 80 anos e 40% a 50% após os 90 anos de idade (MACHADO, 2006; PITELLA, 2006). É responsável pela maior parte das síndromes demenciais, atingindo 50% a 60% dos casos na Europa e na América do Norte. Entretanto, no Brasil não há dados estatísticos concretos; estima-se, porém, que essa demência atinge por volta de 500 mil pessoas (MACHADO, 2006).

De início insidioso, lento e de declínio evolutivo, o comprometimento da memória é a manifestação clínica mais marcante da demência do tipo Alzheimer (DTA). Nos estágios iniciais também se observam perdas episódicas de memória, desorientação espacial e temporal, dificuldades e perda de autonomia em atividades complexas e no aprendizado de novas informações. Alterações comportamentais costumam acompanhar essa evolução (MANFRIM & SCHMIDT, 2006; SAYEG et al., 1993).

O diagnóstico da demência do tipo Alzheimer (DTA) baseia-se no quadro clínico e na exclusão de outras eventuais causas de demência, apresentando, contudo, dificuldades devido à aceitação da demência como conseqüência normal do processo de envelhecimento. O diagnóstico precoce é fundamental no retardamento do aparecimento de complicações (NITRINI, 2000; MACIEL Jr., 2006).

2 OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

O Objetivo que pretendemos atingir com esta pesquisa é ampliar nossos conhecimentos sobre a Doença Mal de Alzheimer no idoso devido ao aumento da incidência dos números de casos e a falta de conhecimentos em relação a doença, com a finalidade de proporcionar uma assistência de enfermagem sistemática.

2.2 Objetivo Específico

O Objetivo específico deste trabalho é identificar e analisar trabalhos científicos, literaturas, artigos que abordem sobre a demência do tipo Alzheimer (DTA), para que possamos aprimorar nossos conhecimentos, prestando assim uma assistência de enfermagem atualizada e de boa qualidade ao doente.

3 METODOLOGIA

Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, que tem como finalidade conhecer, identificar e analisar de forma sistematizada a literatura selecionada. Para o desenvolvimento desta pesquisaseguimos algumas etapas:

·definição do tema

·estabelecimento dos objetivos do trabalho;

·levantamento das bibliografias;

·leitura e fichamento das bibliografias relacionadas;

Utilizamos alguns critérios para que pudéssemos ir de encontro com o nosso objetivo; tais critérios foram:

·Sites disponíveis na Internet, acessados em 2008;

·Livros, artigos e manuais publicados entre 1990 e 2007, procurados através de palavras-chave como: doença do tipo Alzheimer, demência, assistência de enfermagem para o mal de Alzheimer.

·Participação em palestra oferecida pela Secretária Municipal de Saúde de Marília, com o tema "Alzheimer por que Eu".

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com os levantamentos bibliográficos podemos observar que a maior quantidade de materiais literários encontrados são atualizados, de fácil acesso. É visível a preocupação das autoridades de saúde em transmitir informações sobre a doença, dessa maneira percebemos que mesmo diante de todos esses recursos ainda falta o conhecimento das pessoas sobre o assunto.

4.1 Categorias Temáticas

Passaremos a descrever alguns aspectos importantes para a relevância desta pesquisa:

·definição e prevalência da demência do tipo Alzheimer (DTA);

·etiologia;

·fisiopatologia;

·manifestações clínicas e estágios da demência;

·diagnóstico;

·tratamento;

·assistência de enfermagem

4.2 Definição

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa protática e caracterizada por varias anormalidade no encéfalo que ira afetar os neurônios de regiões especificas que estão associados com anormalidades do citoesqueleto e resultam na produção de proteína sináptica na região do encéfalo. Em todos estes pacientes as funções mentais e atividade da vida diária vão se tornando progressivamente prejudicadas e nos estágios tardios esses indivíduos ficam mudos ou acamados e normalmente morrem de outra doença. KANDEL; SCHWARTZ; JESSEL (2003)

O termo doença de Alzheimer em sentido amplo corresponde a uma síndrome clínica caracterizada pela alteração progressiva e irreversível das funções cognitivas, acompanhada de modificações neuro-histológicas particulares, compreendendo degenerência neurofibrilar e placas senis. Esta afecção pode se exprimir clinicamente antes ou depois dos 65 anos (MAGNIÉ, 1998).

Para Corrêa (1996), a demência do tipo Alzheimer é definida pela CID-10 como uma doença cerebral degenerativa primária de etiologia desconhecida, com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. Usualmente é de natureza crônica ou progressiva, na qual há perturbação de múltiplas funções corticais superiores, incluindo memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento. Os comprometimentos de função cognitiva são normalmente acompanhados, e casualmente precedidos, por deterioração no controle emocional, comportamento social ou motivação.

De acordo com (CORRÊA, 1996), a demência do tipo Alzheimer (DTA), caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer (1907), é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda de memória e diversos distúrbios cognitivos. Em geral de acometimento tardio, com incidência ao redor dos 60 anos de idade, ocorre de forma esporádica, enquanto que de acontecimento precoce, ao redor dos 40 anos, mostra recorrência familiar. Contudo, em ambas as situações, é uma mesma e indistinguível unidade clínica neurológica.

Manfrim e Schmidt (2006) conceituam a demência do tipo Alzheimer como uma síndrome clínica caracterizada pelo declínio progressivo em múltiplos domínios cognitivos como memória, linguagem, agnosia, praxia e funções executivas, comprometendo o funcionamento social e ocupacional do indivíduo. O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo e evolução da doença. Porém, na fase final este se torna totalmente dependente de cuidados.

4.3 Prevalência da Demência do Tipo Alzheimer (DTA)

A prevalência de uma doença é a proporção de uma população que, em um dado momento, é acometida por essa doença. É o número de casos que existem, não importando se novos ou antigos, expressos em taxa para cem (100) habitantes, por exemplo. (MAGNIÉ & THOMAS, 1998). No contexto das demências, a do tipo Alzheimer se coloca como a principal causa de demência no idoso e sua prevalência aumenta especialmente entre os 65–95 anos, correspondendo a 60% de todas as demências. (MANFRIM, 2006).

Afirma Pitella (2006) que a prevalência da demência do tipo Alzheimer (DTA) aumenta consideravelmente entre 65–95 anos, e sua ocorrência é de 1% na população entre 65–69 anos. Após os 80 anos, atinge de 15% a 20%, e de 40% a 50% após os 95 anos. Predomina em mulheres de idade mais avançada.

Segundo Ávila (2003), o envelhecimento populacional trouxe o aumento da prevalência de doenças neurodegenerativas e, entre elas, destaca-se a demência do tipo Alzheimer (DTA), que é o tipo de demência cuja prevalência e incidência progridem dramaticamente com a idade, sendo, portanto, mais estudada.

Estima-se que supere 15 milhões o número de indivíduos acometidos pela demência do tipo Alzheimer (DTA) em todo o mundo. Nos Estados Unidos é a quarta causa de óbito na faixa etária entre 75 e 84 anos. É responsável por cerca de 50% a 60% dos casos na Europa e nos Estados Unidos (MACHADO, 2006).

Projeções já indicavam que no ano 2000 haveria em torno de 150 milhões de pessoas com algum tipo de distúrbio mental no mundo, e mais da metade delas seria vítima da demência do tipo Alzheimer (DTA). Ela responde por 70% das demências senis e é depois da depressão, o distúrbio mais freqüente (SHIMMA, 1995).

Corrêa (1996) salienta que em alguns estudos de prevalência o maior coeficiente da demência do tipo Alzheimer (DTA) é encontrado em mulheres, porém, não é um dado confirmado por outros estudos. Corrêa (1996) afirma que a maior predominância masculina é até os 75 anos e após, mas a prevalência é maior nas mulheres.

Magnié (1998) afirmam que em quase todos os estudos relata-se uma prevalência duplicada nas mulheres. Contudo, considerando a expectativa de vida das mulheres de pelo menos 5 anos maior que dos homens, essa correlação precisa ser estatisticamente ajustada e melhor esclarecida.

4.4 Etiologia

A demência do tipo Alzheimer (DTA) possui causa ainda desconhecida, tratando-se basicamente de hipóteses geradas por inúmeras pistas, alguns estudos apontam como fatores de risco genéticos (não-modificáveis) a idade, o gênero feminino (após os 80 anos), a história familiar positiva (predisposição genética, não necessariamente hereditária) e a síndrome de Down. Entre os possíveis fatores ambientais são destacados o baixo nível sócio-econômico e educacional, trauma craniano, tabagismo, alcoolismo, hipotensão e hipertensão arteriais, diminuição de substâncias neuroquímicas (acetilcolina, seratonina), insuficiência cardíaca, aterosclerose, AVC, estresse psicológico e depressão (MACHADO, 2006; ENGELHARDT, 2004).

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