Durante quatrocentos anos, os hebreus foram o pilar da economia egípcia onde o povo eleito contribuiu consideravelmente com o desenvolvimento urbano, econômico e social do Egito Antigo. Durante o cativeiro egípcio, os hebreus mantiveram sua cultura e sua unidade como povo, mas a vida difícil de escravo foi determinante para que o povo pudesse acreditar em uma promessa vinda da época dos patriarcas onde todos ao longo dos séculos guardaram uma importante promessa que Yahweh, o todo poderoso Deus dos hebreus, que daria uma terra prometida.

A presença dos hebreus no Egito Antigo rendeu diversos problemas sociais que afetaram sensivelmente os egípcios. As dez pragas foram responsáveis em desestabilizar a economia, a religião e as famílias, quando os primogênitos morreram rapidamente Faraó e seus conselheiros foram responsáveis em decidir a libertação dos hebreus, onde eles acreditavam que eram os únicos responsáveis em irar os deuses do Egito causando catástrofes e muita dor na sociedade egípcia.

Os egípcios acreditavam que todos os problemas sociais acontecidos no Egito eram provenientes dos Hebreus. As dez pragas foram responsáveis em desestabilizar a sociedade egípcia. Segundo os hebreus, Yahweh determina a Moises que o sangue do animal sacrificado na páscoa fosse colocado nos umbrais das portas das casas dos hebreus, por isso que a palavra “páscoa” no hebraico significa “passagem” isto é a passagem do anjo da “morte” que poupou a vida dos hebreus. Os hebreus acreditavam fervorosamente em seres espirituais que eram comandados por sua divindade maior Yahweh, portanto o povo predestinado por Deus atribuía todos os fatos relevantes a história do seu povo a milagres operados pela sua poderosa divindade, a Páscoa tornou a viga-mestra de todo o cerimonial hebraico.

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Segundo Freitas, 2003 Pag. 15. Fortalecido pela liderança de Moisés e já sem-terra, não foi fácil. Deus intervém mandando dez pragas. O governo do Egito se viu acuado e acabou deixando o povo voltar para as suas terras. Resistindo, o povo se liberta. Uma etapa importante é escrita nos anais: a libertação do Egito, chamado de Êxodo.

Com a morte de todos os primogênitos do Egito não era possível reter o povo hebreu, só restava, ao povo acolher o pedido de Moises. Celebrada a Páscoa, tudo estava pronto para a grande saída. Retiraram- se do Egito certa de 600.000 homens sem contar com as mulheres, crianças e idosos. Calculavam-se cerca de 2.400,000 pessoas, sem contar com alguns estrangeiros que se aproveitaram do tumulto da ocasião para também se juntar ao povo hebreu. O povo era para sair em direção á Palestina, entrando pelo oeste, porém por esse caminho eles se encontrariam com os filisteus que era um povo guerreiro e terrível. Então Moises profundo conhecedor da ciência da época, geografia, história, matemática e profundo entendedor de relações públicas dos Reinos da época, encaminhou o povo pelo Sul, em direção ao Sinai, por eles não terem habilidades militares, e não se esqueceram de levar o corpo de José, que antes de morrer pediu que fosse enterrado na terra prometida.

Após deixarem as terras de Gosém e Sucote e também (wadi-Tumilate) até o lago de (crocodilo) o moderno lago Tinsá e o ramo Pelúsico oi Tânico do Nilo, movimentaram- se rumo ao Mar Vermelho. As cidades de Zigazigue a nordeste de Belbis e ao sul de Abu-Ammad no principio do vale a leste eram considerado território estrangeiro pela evidencia da presença dos orientais no Egito, durante um determinado período os egípcios sofreram intensas invasões de povos orientais conhecidos como hicsos, os asiáticos se alojaram em diversas áreas do Egito Antigo, migrando com o passar dos anos para o lado oriental egípcio caracterizando uma região com uma cultura predominantemente dos hicsos.

A maneira de vida dos orientais, criando gado e seu uso comum. Os Egípcios detestavam porque com a entrada dos povos hicsos, que tinham grandes criações de cavalos, por isso foi criado uma área de segregação estrangeiras. Existia uma muralha chamada “Muralha do Príncipe” para conter os povos de outra nacionalidade distante do Egito, havia ali grande fartura nesta área, e a entrada dos estrangeiros poderia ter outra invasão a maneira hicsa. Os Hebreus com todo seu sofrimento saíram abastecidos de todos os provimentos para sua caminhada, porque os egípcios queriam vê-los bem longe das suas terras. Depois de algum tempo o governo Egípcio que tinha dado uma ordem absurda e voltou atrás, deu uma contra ordem ao seu exército que fizesse os hebreus retornarem.

Os hebreus por estarem juntos ao Yam Suf (Mar Vermelho) do lado da montanha, atrás vindo Faraó, entraram em pânico e Moisés pediu a Yahweh uma resposta, ele mandou que seguissem em frente, obedeceram, ao tocar na água do Yam Surf (Mar Vermelho) por determinação do divino as águas abriram de um lado para o outro e os hebreus passaram todos até o último, e faraó com o seu exercito seguia a persegui-los, estava quase alcançando quando o último hebreu acabou de atravessar o mar voltou ao normal e consumiu todo o exército de Faraó.

Com a morte de Moisés, Josué sendo ministro de Moisés e filho de Hun, assumiu o comando do povo e tomou medidas para invadir a terra prometida, chamou o povo para organizar o seu exército para a travessia do rio Jordão. Depois de passar quarenta anos no deserto enfrentando guerras, o povo adquiriu experiências militares. Josué na época de Moisés observou que Jericó ficava no centro da estrada que ia para o sul e para o norte e também para o interior de Canaã, chamou as tribos de Rubem e de Godes e a meia tribo de manasses que atenderam imediatamente. Destacado o exército de Josué como um grande general que poderia ser comparado a Napoleão nos tempos de hoje como um grande estrategista militar.

Durante parte da caminhada ao entrar em Canaã, Josué temeu por sua vida e todos os hebreus que iriam entra na terra prometida. Nos quarenta anos de jornada pelo deserto Sinai, os hebreus perderam vidas preciosas com doenças contraídas no deserto, o ambiente hostil gerou divisibilidade entre o povo, os recursos eram limitados e muitos do conhecido “povo eleito” pretendia retornar para o Egito por que em terras faraônicas não lhe faltavam nada, mediante a alimentação e segurança. Muitos ataques surpresas foram feitos pelos amalequitas, provocando baixas entre eles e pânico no povo de Yahweh.

Moises seria o futuro Faraó egípcio, o jovem monarca estudou na Corte do Egito sendo altamente preparado para ocupar a posição de Chefe de Estado. A nobreza egípcia ensinava ao póstumo Faraó noções de História dos povos oriundos do mundo da época, Geografia da região para provavelmente liderar tropas na região que pudessem defender o Reino egípcio, também foi ensinada a ele a cultura dos povos vizinhos. Esse conhecimento foi decisivo para Moises decifrar a rota que os hebreus deveriam seguir no deserto do Sinai, os pobres escravos não possuía o mínimo de conhecimento, devido a isso quando surgiam dificuldades, logo grupos de pessoas desfavorecidas se levantavam para solicitar o retorno do povo ao Egito, o então ex Faraó seguia verificando o melhor caminho para o seu povo seguir na longa jornada.

Josué na sua jornada de líder do povo hebreu sofreu enormes perdas de companheiros que lutaram para defender a jornada do seu povo. Amigos, parentes, importantes, guerreiros foram mortos em combates com amalequitas e ao longo da jornada próximo de se planejar as invasões das cidades de Jericó e Ai, Josué teve medo, talvez houvesse até um desejo de desistir e abandonar toda a sua trajetória, no livro do Antigo

Testamento onde claramente o livro bíblico demonstra insegurança e medo do líder hebreu.

Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.

“Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares”.

Bíblia Sagrada Josué 1:6-7.

 Por conhecer bem a região não começou a invasão pelo Sul, invadiu primeiro o centro para enfraquecer a cidade e se tornar um ponto de apoio importante na captura das outras cidades. Antes de invadir Jericó enviou dois espias para observar o povo e sua defesa, eles foram a uma taberna que pertencia a Raabe uma prostituta da época que se localizava próxima a saída da cidade em um ponto que facilitaria a fuga caso fosse necessário, a casa de Raabe se localizava no alto das muralhas. Lá eles observaram o medo do povo, a rotina da cidade, a troca da guarda, as defesas do muro, armamento, transportes, entradas e saídas da cidade. O rei de Jericó já sabendo dos acontecimentos que o povo hebreu tinha atravessado o mar vermelho a seco, derrotado o exército de Faraó, e ganhado já a batalha contra Seon e Og, temeu acontecer isso com Jericó, chegou ao ouvido do rei de Jericó que havia espias na cidade a mando de Josué, mandou guardas a prenderem os espias, quando os guardas chegaram à casa de Raabe ela escondeu os espias no seu terraço em meio a canas de linho enganando os guardas do rei, depois que eles foram embora os fez descer por uma corda pela janela e que se escondessem nas montanhas por três dias sabendo que os guardas estavam atrás deles, assim eles fizeram e depois de três dias eles retornaram a Josué. Ela em troca pediu proteção pela hospedagem. Apesar de Raabe ser natural de Jericó e ter um passado imoral para os hebreus ela foi salva. Mais tarde Raabe se casa com um hebreu chamado Salmom (MT: 1:5) entrando assim na lista do antepassado do grande Rei Davi e do próprio Messias.  

O caminho percorrido no deserto que havia sido sugerido pelo ex futuro Faraó Moises, foi determinante para os hebreus não se encontrassem com os filisteus, o povo hebreu ainda não estava em condições de lutar com um exercito inimigo tão forte belicamente e preparado, surgiram mudanças de percurso no Sinai prolongando o tempo e evitando um conflito antes do tempo que poderia dar fim ao povo hebreu antes mesmo de entrarem em Canaã. No mapa acima encontramos com detalhes, um desvio claro na rota para que o povo não se deparasse antes da hora com um forte e preparado povo que também se encontrava na Palestina.

Preparativos para a entrada em Canaã, a travessia do rio Jordão.

A liderança do general estrategista Josué, foi responsável pela formação de uma nação, um povo altamente desfavorecido sem perspectivas conheceu uma formação nacional sendo aos poucos arquitetada pelo esplendido estrategista, guerreiro e líder do seu povo. Ao se aproximar da entrada de Canaã, é importantíssimo ressaltar que uma nova geração acompanhava Josué, novos soldados agora experientes em táticas de guerras. Ao longo do Êxodo, jovens foram obrigados a desenvolverem técnicas de defesa para se defenderem dos amalequitas, cada vitória conquistada por Josué era direcionado à principal divindade hebréia nominado segundo eles por inúmeros milagres que foram responsáveis por vitórias em diversas batalhas.

A cada missão dos guerreiros hebreus o líder e general Josué seguia um ritual religioso que foi elaborado ao longo dos quarenta anos percorridos no deserto do Sinai, uma espécie de lei religiosa foi redigida pelo líder da época Moises tendo certo aperfeiçoamento do código de leis. A liderança hebréia acompanhava e conduzia o povo a seguir todos os rituais que as leis mosaicas determinavam a uma motivação, obediência e purificação das suas vidas.

Um belo discurso de ânimo seria a alma para incentivar os guerreiros a travar duríssimas batalhas na terra prometida, como haveria dificuldades nas conquistas o então líder Josué, orienta fielmente as leis da Torá para que todos seguissem com presteza os mandamentos de Yahweh. Assim as tropas hebréias sentiriam enorme confiança no ato do combate, todos acreditariam que o todo poderoso Deus dos hebreus estava presente com as tropas de Josué. A fé e a valentia iriam estar unidas nos sentimentos dos soldados, a figura de um Deus protetor e pai seria uma ótima injeção de ânimo para os soldados não tivessem medo, mas sim o único objetivo comum de derrotar o inimigo e invadir as terras da Palestina.

Segundo Deissler, 1984 pág 97. É muito freqüente o recurso à idéia de paternidade para representar a relação entre Yahweh e Israel. Oséias, abrindo caminho para todos os outros profetas, em Os 11, 1-9 (oráculo em que o próprio Deus quem fala) proclamou o amor de Yaweh, como pai, com uma linguagem tão intensa e íntima que não se encontra em nenhuma outra página da bíblia: ‘ Quando Israel era jovem, dediquei-lhe carinho e do Egito chamei meu filho (...)` (Os 11, 1).

A travessia do rio Jordão seria um enorme obstáculo para Josué e seu povo, o estrategista general desperta a fé dos seus homens com rituais sagrados a divindade hebréia Yahweh, o símbolo máximo do poder do Deus dos hebreus estava junto com as tropas, sendo carregada pelos sacerdotes a arca da aliança, os hebreus acreditavam que o poder de Deus o todo poderoso, estava presente com o povo na travessia do rio Jordão.

Arca da Aliança

O inacreditável aconteceu segundo estudiosos do assunto à região palestina foi acometida por fenômeno natural, provavelmente um intenso degelo fora de época havia ocorrido juntamente com a travessia do povo liderado por Josué. Os relatos bíblicos nos informam que todos passaram pelo rio com o chão “seco”, novamente seriam associadas duas vertentes importantes para os hebreus: a primeira vertente seria a total obediência as leis mosaicas, pois o fenômeno foi imediatamente relacionado a um milagre de Yahweh, prontamente o hábil estrategista reuniu seus homens para mencionar que, o poder do todo poderoso Deus dos hebreus estava com eles. A segunda vertente foi usada de maneira inteligente por Josué, dar a condição de povo imbatível, assim todos os homens obedeceriam incondicionalmente as suas ordens sem qualquer tipo de questionamento, a nova geração de hebreus era valente e destemida de perigos que uma determinada batalha fosse oferecer, estava então presente um forte elo responsável em gerar disciplina e fidelidade a Josué, em nome do todo poderoso Deus Yahweh.  

           

Segundo Gusso, 2003 pag 34.          

Mas, parece importante mencionar que no ano de 1927 em nossa era, na localidade de Adã, atualmente identificada pelo nome de Damieh, situada a 24 km de distância do local da travessia, o rio Jordão, que nesta parte é ladeado por penhascos de pedra calcária, teve seu curso interrompido durante 21 horas e meia, com o resultado da queda de um grande bloco de pedra, com cerca de 45 metros de altura, me seu leito.

Prontamente a cada vitória hebréia, Josué reunia seus homens e realizava de imediato ritual sagrados a Yahweh, estreitava os laços entre o povo, o Deus hebreu e o general estrategista. Josué entendeu que era muito importante ter os homens sob seu total controle, assim foi associado que a obediência total a Yahweh e a ele seria de suma importância para as vitórias nas batalhas, quando uma determinada vitória era conduzida com um fenômeno natural, o discurso de Josué sublimava provocando uma maior aceitação dos seus homens, com isso ele ganhava disciplina, respeito, liderança e ordem.

A queda do intransponível muro de Jericó, sua conquista e destruição.

Josué já desde o começo mostrando toda sua sabedoria e liderança que tinha, havia estudado a melhor maneira de conquistar as terras de Canaã, se dividia em ao sul e montanhas ficavam os amoritas e ao norte e planícies de Jezreel os cananeus. Ele chegou à conclusão que a divisão seria a melhor forma de conquista da região, e assim teria que começar por Jericó por se situar ao norte ao mar morto. Também sabia que a cidade fazia parte da rota mais importante para o interior e sensato que se deixasse a cidade intacta se tornaria um refúgio da resistência para o povo de Israel.

Depois de atravessar o Jordão levando os sacerdotes sete trombetas de chifre de carneiros junto com a arca da aliança, alcançando toda a rotina da cidade, Josué montou toda uma estratégia rodeando a cidade por sete dias uma vez por dia, no sétimo dia, rodeou a cidade sete vezes e junto com o tocar das trombetas ordenou ao povo a gritar, paralelamente com o grito do povo hebreu ocorreu cientificamente provado um abalo sísmico que provocou a queda do muro intransponível do Jericó, com a queda do muro boa parte dos militares da guarda foram mortos, bloqueando as entradas e saídas da cidade conseguiram destruir toda a população, a cidade foi consagrada ao Deus dos hebreus Yahweh por ser considerada imoral e impura, e se tornou ponto de apoio do exército de Josué sendo usada como ponto de estratégia.

“Todos os gritos e sons de trombetas do mundo não vão destruir 4,5 metros de espessas muralhas. Histórias como estas das muralhas de Jericó caindo ao som de trombetas são a razão de não se acreditar em tudo na bíblia.

Temos muitas evidências, evidência científica, que um terremoto destruiu as muralhas de Jericó exatamente como consta na bíblia. Mesmo sendo Jericó uma das mais antigas cidades no mundo, não há nada no local que possa relacioná-la a história da conquista de Josué. “Embora Jericó seja uma das cidades mais antigas do mundo, com muitas cidades construídas umas sobre as outras, podemos precisar a data em que a cidade foi destruída pelos israelitas como descrito na bíblia”.

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