RESUMO: Este artigo tem por finalidade analisar as atuações do Pedagogo no Ambiente de Classe Hospitalar. Verificamos que nos últimos anos, os aparecimentos de espaços educacionais não formais, que estão trazendo para este profissional novas oportunidades de atuação. Objetivamos apresentar aos futuros Pedagogos o espaço de classe hospitalar, visando contribuir para que haja a percepção de que as atividades educativas não podem estar restritas ao espaço escolar formal e como o Pedagogo pode atuar na coordenação, supervisão, planejamento e execução das atividades neste ambiente. Palavras-chave: Atuações do Pedagogo, Classe Hospitalar, Espaço Escolar não Formal.

INTRODUÇÃO

Partindo-se do pressuposto, que a ação do pedagogo antes era uma tarefa limitada ao espaço escolar, e que, com o avanço de estudos na área da educação, sua prática se expandiu e está relacionada à educação em geral, propusemo-nos, através de pesquisas bibliográficas relacionadas à temática defendida, detectar como se legitima a ação do pedagogo no cotidiano de um espaço não-escolar; no caso, o ambiente hospitalar. Assim, estamos também procurando conhecer melhor a ação do supervisor em um espaço que não é a escola e analisar a atuação legítima desses profissionais nessa nova estrutura.

A prática do pedagogo na Pedagogia Hospitalar poderá ocorrer em ações inseridas nos projetos e programas nas seguintes modalidades de cunho pedagógico e formativo: nas unidades de internação; na ala de recreação do hospital; para as crianças que necessitarem de estimulação essencial; com classe hospitalar de escolarização para continuidade dos estudos e também no atendimento ambulatorial. A Pedagogia Hospitalar busca modificar situações e atitudes junto ao enfermo, as quais não podem ser confundidas com o atendimento à sua enfermidade. Isso exige cuidado especial no desenvolvimento das atividades.

Quanto à Pedagogia Hospitalar caberá: o efetivo envolvimento com o doente; modificação no ambiente em que está envolvido; modalidades de ação e intervenção; programas adaptados às capacidades e disponibilidades do enfermo. Essa prática não só é possível na atualidade, como é importantíssima, de acordo com os teóricos apresentaremos. Segundo Pimenta (2001) faz se necessário apresentar alguns indicativos para a formação do pedagogo como sendo um profissional que:

"Atue como gestor/ pesquisador/ coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da escola: pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONGs; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas,editoras, tornando mais pedagógicas campanhassociais educativas sobre violência, drogas, AIDS, dengue;que esteja habilitado à criação e elaboração de brinquedos,materiais de auto-estudo, programas de educação distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins.

Para realização desta atividade, utilizamos como eixo norteador uma monografia que fala sobre á temática aqui abordada, entre outras referências bibliográficas para complementar nosso embasamento teórico. O Hospital que usamos como referencia para este artigo, é o Hospital Municipal Jesus, que fica localizado na rua 8 de Dezembro 717,Maracanã200550-200, onde veremos como se dáá atuação do pedagogo neste ambiente.

BREVE HISTORICO SOBRE CLASSE HOSPITALAR

O surgimento da Classe Hospitalar no Brasil e em alguns paises de grande desenvolvimento industrial e econômico, como Inglaterra, o Canadá e os Estados Unidos, foi resultado de estudos acadêmicos que desde o inicio deste século se ocuparam em direcionar atenção devida á preocupação com as crianças hospitalizadas.

A Segunda Guerra Mundial foi de grande importância à presença da escola dentro dos hospitais, pois o grande número de crianças e adolescentes atingidos, mutilados e impossibilitados de ir às escolas fez criar um engajamento dos médicos, incentivando a escola em seu hospital. No entanto, foi com a ajuda de religiosos e voluntários que essa escola ganhou espaço na sociedade, sendo difundido por toda a Europa.

No Brasil, em 1950 na cidade do Rio de Janeiro, o Hospital Municipal Jesus foi o primeiro a desenvolver atividades em classe hospitalar, que está em funcionamento até os dias de hoje. Mas foi somente com a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) que houve o reconhecimento oficial e o aumento significativo desta atividade dentro das instituições de saúde pública em nossos pais.

Com essa nova modalidade de atendimento, surge a necessidade de formular propostas para uma política voltada para as necessidades pedagógico-educacionais e os direitos à educação e à saúde deste público nesta fase transitória de suas vidas.

A proposta da Classe Hospitalar é dar continuidade às atividades escolares das crianças e adolescentes internados, da educação infantil ao ensino médio, de maneira que haja interação harmoniosa entre as ações educativas a serem realizadas de acordo com a realidade hospitalar.

A legislação Brasileira reconheceu, por meio da resolução nº41 de 31 de Outubro de 1995, do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente, os Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizado. A Secretaria de Educação Especial do Mec denominou Classe Hospitalar como uma das modalidades de atendimento especial conceituando-a como: "ambiente Hospitalar que possibilita o atendimento educacional de crianças e jovens internados, que necessitam de educação especial ou que estejam em tratamento." (MEC/SEEESP, 1994). Segundo Ceccim(1999) :

"Apesar de ser na Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEEESP, 1994/1995) que a educação em hospital aparece como modalidade de ensino e de onde decorre a nomenclatura, conclui-se que: esta oferta educacional não se resume ás crianças com transtornos do desenvolvimento, como já nos foi passado (anos 50 e 80), mas também ás crianças em situação de risco ao desenvolvimento, como é o caso da internação Hospitalar".

Considera-se o perfil de compromisso que a educação assume com a proposta de resgatar a possibilidade do educando em dar continuidade aos seus estudos conforme expresso no parágrafo 2º, art. 58 na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº9. 394/96:"O atendimento será feito em classes, escolas, ou serviços especializados sempre que, em função das condições especificas do aluno não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular".

Nem todos os hospitais dispõem de um espaço exclusivo como salas de aula, para que possam desenvolver esse atendimento pedagógico afim de que os pacientes possam ter suas necessidades educacionais atendidas. Para cada criança o tempo de permanência no hospital é diferente duração, o que não altera o seu objetivo.

A seriação escolar e/ou aproveitamento na aprendizagem apresentados pelos pacientes sofrem alguma variação. Assim, por exemplo, podem-se ter dois pacientes, ambos da 4º série do ensino fundamental e encontrar-se um deles bastante defasado em relação ao outro. Por conta disso, a Classe Hospitalar na batalha da obrigatoriedade e da evasão escolar, uma vez que passa por esse atendimento de ensino há uma contribuição ou para reingresso desta criança na sua escola de origem ou o seu encaminhamento para matricula após a alta. Segundo Barros (1999):"A trajetória acadêmica de muitos pacientes é permeada pela evasão, pelo ingresso tardio, ou pela exclusão promovida pelo próprio sistema educacional".

O objetivo de oferecer acompanhamento curricular deve prever que todas as áreas do conhecimento sejam contempladas. Por conta disto, o processo de ensino-aprendizagem de conteúdos promovidos nas enfermarias e classes, possuem um caráter individualizante. Para Ortiz(1999):"A classe hospitalar é uma abordagem de educação ressignificada como prioridade, ao lado do tratamento terapêutico".

Trabalhar junto a crianças e adolescentes hospitalizados é um desafio que implica em descobrir estratégias diferenciadas e adaptáveis à realidade e necessidade de cada um, por exemplo, como abordar e provocar neles interesse em aprender, diante de uma doença grave.

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM CLASSE HOSPITALAR

O Hospital Municipal Jesus, atende com classe hospitalar desde 14 de Agosto de 1950, um exemplo deste trabalho é o caso de um aluno portador de doença renal, precisando se submeter à diálise, três vezes por semana, num hospital distante de sua residência por não ter condições financeiras para se deslocar sempre que necessário, consegue residir por um tempo no próprio no próprio hospital. A partir deste exemplo pode-se caracterizar a proposta escolar ocorrida neste hospital. Em geral as classes hospitalares decorrem de convênio entre as Secretarias Estaduais ou Municipais de Educação é Saúde.

Neste Hospital, atende-se o segmento da Ed.infantil e o primeiro segmento do Ensino Fundamental, os professores recebem orientação e treinamento pelo Instituto Helena Antipoff.

O espaço físico constitui-se de 02 salas de aula (inclusive uma secretaria), 01 salão adaptado em dois espaços e 03 enfermarias. O perfil discente da clientela atendida tem entre 06 e 15 anos é o número de crianças atendidas por mês é de aproximadamente (60 alunos). Em geral as crianças assistem de três a quatro horas diárias de aula e chegam a ter uma media de 10 aulas durante o período de internação.

A classe é composta por 4 professoras,01 pedagoga que coordena as atividade,01 professor de apoio.Estes professores possuem graduação na área de pedagogia e pós graduação na área da saúde e educação infantil,a pedagoga também tem graduação em Pedagogia e pós graduação na área da saúde.

A pedagoga é oriunda da rede Municipal onde atuava como profº de Educação Infantil e Ensino Fundamental, e foi convidada para coordenar a classe hospitalar, ela aceitou este convite em detrimento de um fato que ocorreu em sua vida: teve uma experiência ligada a questão da hospitalização, pois perdeu um ente querido, e quando ocorreu o convite, fez a opção de enfrentar de novo o ambiente hospitalar, e deixar seus 12 de magistério em escolas, para se dedicar a esta nova situação. Já esta neste hospital á 14 anos, 10 como coordenadora.

A presença do pedagogo no hospital, ressalta ela, auxilia na continuidade das atividades educativas e faz lembrar dos outros aspectos do paciente, voltando se para uma visão global da criança.A pedagoga considera que existe a necessidade de contemplar estudos nos cursos de Pedagogia sobre a área hospitalar, pois constatou através de suas vivências , que há profissionais despreparados atuando em classes hospitalares. Segundo Barbosa (1991).

"Quando se vêem numa enfermaria pediátrica (são raros, mas existem), a solução que encontram é improvisar, deixar-se levar pela intuição e o senso comum. O resultado é a impossibilidade de refletir criticamente sobre a realidade com que se defrontam e os procedimentos que adotam".

O planejamento é feito mensalmente em conjunto com toda a equipe, procura-se seguir o calendário escolar do currículo básico, e segundo a proposta da pedagoga, também são realizados passeios externos, pois acredita contribuir na melhoria dos pacientes internados. Este planejamento é feito de modo flexível, mas devem se ajustar as necessidades das crianças. Fazem-se reuniões mensais para discutir e planejar as atividades que serão dadas às crianças, assim como discute com os professores questões especificas relacionadas ao atendimento das crianças,a pedagoga preza a autonomia em relação ao trabalho dos professores, promovendo sempre discussões internas, mobilizando e energizando o que acontece em classe.

Nas atividades da classe utiliza-se muito jornal, pois toda equipe acredita que o jornal é um instrumento que esta sempre apresentando conhecimentos de novas descobertas e avanços. Um dos princípios do trabalho da equipe é o espírito de harmonia, a proposta pedagógica é buscar o lúdico para contribuir na formação e recuperação da criança, defende a pedagoga que "quem não se ajusta não consegue ficar, por que tem que ter dom" para lecionar nestas classes.

Toda a ação educativa desenvolvida no planejamento tem a leitura como eixo condutor e é através da leitura que norteiam suas ações. Isso porque se considera que a leitura no ambiente hospitalar é uma atividade agradável que, não só preenche o tempo ocioso, mas também propicia e dinamiza a compreensão e atribuição de sentido sobre o conteúdo a ser desenvolvido. Outro papel importante da leitura, principalmente da literatura infanto-juvenil, é a capacidade de despertar, estimular a fantasia, a imaginação, a criatividade e envolver emocionalmente a criança hospitalizada a ponto de amenizar o estado de ansiedade em que muitas se encontram.

As dificuldades apresentadas pela pedagoga, são em relação aos pais, que acreditam que seus filhos vão ter muita dificuldade em voltar á escola após sua recuperação, segundo ela, principalmente os da Ortopedia. Sendo assim o trabalho é voltado para conscientização dos pais e valorização das crianças, outra dificuldade é a alta rotatividade com que as crianças vão e vem,pois as mesmas vem com muitas diferenças, e deve ser ajustadas em pouco tempo.Tambémsalienta para outro fato, que é a morte da criança ,pois muitas não resistem a enfermidade e cada vez que há uma morte de seus alunos, se sente muito tristee explica que é muito difícil lidar com estas situações.

Segundo a pedagoga, na classe hospitalar, dá-se mais atenção à criança, tendo por objetivos o potencial das mesmas, sem codificá-los ou classifica-los.

As educadoras da Classe Hospitalar mostram-se sempre preocupadas com as dificuldades de seus alunos, tentando adequá-los o mais próximo possível dos conteúdos e do ambiente escolar em que estavam inseridos. Para uma melhor atuação pedagógica, faz-se uma avaliação diagnóstica dos seus alunos logo no início de sua internação, o que vai nortear suas ações nos desenvolvimentos das atividades em seu plano de aula.

Além disso, procuram desenvolver na sua prática diária atividades de acordo com o nível do aluno, levando em conta as dificuldades encontradas no momento. Nesse contexto trabalham com projetos pedagógicos, que estão sempre em consonância com os projetos que são desenvolvidos na escola de origem da criança, ou seja, na escola em que ela está matriculada. Os projetos vão direcionar os conteúdos, as metodologias como também as atividades, sempre de acordo com o nível de aprendizagem que se encontra aluno. A Classe Hospitalar trabalha com os mini - projetos, que se adaptam aos ambientes hospitalares e às condições de saúde do aluno.

Sobre as intervenções realizadas, a pedagoga cita as seguintes atividades que desempenham com as crianças internadas: leitura, dramatizações, teatro de fantoches, brincadeiras, desenho, pintura, recorte e colagem, montagem, música, jogos educativos, jogos recreativos, projeção de filmes, festas comemorativas, em algumas atividades extras ofertadas por outros profissionais que não pertencem ao quadro de funcionários do hospital, como projetos pedagógicos, teatros, coral e brincadeiras diversas.

Segundo a pedagoga, os resultados apresentados são sempre compensadores, as crianças reagem bem frente às atividades que lhes são ofertadas, assim como os pais e/ou acompanhantes, pois é comum pais e filhos brincarem juntos Considera que a realização de atividades recreativas favorece a recuperação da criança e a aceitabilidade do tratamento, a criança fica mais alegre e encara o hospital de uma outra maneira, aliviando sua ansiedade.

CONCLUSÃO

A classe hospitalar é uma modalidade de ensino cuja oferta está assegurada por lei, conforme demonstrado. No entanto, muitos alunos internados ou em tratamento de saúde estão sendo privados desse direito. Faz-se necessário uma política pública educacional voltada aos interesses desse público, pois eles sofrem pelas patologias e pelo afastamento de seus familiares e da escola.

Os atendimentos pedagógicos oferecidos aos alunos em hospitais ou até mesmo em domicílio devem ter o conhecimento da sociedade, para os que eventualmente necessitarem se afastar da escola por motivos de patologias possam usufruir desse benefício. O atendimento pedagógico hospitalar oferece recursos para a aprendizagem e para o desenvolvimento de crianças e adolescentes internados, minimizando as suas condições adversas potencializadas pela doença ou pelo tratamento, tais como insegurança e baixa auto-estima.

Considerando os objetivos deste artigo, concluímos que a função do pedagogo dentro das instituições hospitalares é mediar às relações entre a escola e a criança ou o adolescente internado, ensinando e dando continuidade aos conteúdos. Através deste estudo, percebemos que o pedagogo tem em seu âmbito também as funções de: participação no planejamento das atividades, a orientação aos professores e pais, e participação no desenvolvimento das atividades, ou seja, neste ambiente que é a classe hospitalar, observa-se a participação continua do pedagogo em todos os processos no qual esta inserido.

O pedagogo tem um grande trabalho a ser desenvolvido no hospital em conjunto com outros profissionais, pois se salienta que a criança enferma precisa de cuidados que vão além dos aspectos físicos e biológicos e, por este motivo, diversas áreas do conhecimento se integram em prol da continuidade do desenvolvimento global dos pequenos pacientes.

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