A saga da Caetana
Publicado em 25 de novembro de 2010 por LEANDRO SILVEIRA TAVARES
Quando de boca em boca as historias são contadas, ao pé do fogo, na quentura do fogão a lenha, elas se tornam mais que historias, com o passar dos anos, elas tomam corpo e forma de lendas, todo povo tem as lendas passadas de pai para filho e assim seguidamente.
Contam os mais antigos que quando em Matinhos tudo ainda era mato, quando tudo ainda era verde, o mar era para pesca e os rios pra matar a sede das pessoas, que pras bandas de Caiobá, morava uma professora de nome Caetana, que vinha todos os dias dar aula onde hoje é o centro de Matinhos, para sua locomoção, se utilizava de um cavalo, não muito veloz nem muito forte, mas que atendia aos anseios da jovem professora, levando e a trazendo nas aulas diárias.
Era medo de 1900, a cidade como a conhecemos hoje nem passava na mente dos moradores, não havia estradas regulares, os trajetos eram feitos a beira mar e quando muito, por pequenos caminhos traçados pelo uso diário do caboclo.
Dona Caetana como era conhecida dentre todos, fazia esse trajeto diário, quase sempre solitária, uma vez que o único perigo que se tinha de morte violenta era cair do cavalo ou mesmo se afogar no mar, dessa forma, dia após dia, Professora Caetana montada em seu cavalo e com seu material a tira colo, ia e vinha de Matinhos com a naturalidade de que vai ao mercado comprar pão.
Numa dessas vindas, dona Caetana já chegava perto da sua casa, pelo avançar da hora deveria ser umas 8 da noite, o céu estrelado e quente, mostravam que o verão já estava a porta tomando lugar de mais um frio inverno que se passara.
Havia ali um riacho, onde vez ou outra dona Caetana parava para dar de beber o animal, sedento devido ao longo percurso e a noite quente que fazia, então ao se aproximar das águas puras do riacho, o cavalo para de imediato como que assombrado, dona Caetana ainda esporeia o animal que não sai do lugar, mau dizendo o animal, que mantinha pernas presas ao chão como que encantado, nesse instante, como que brotada da terra, uma onça da o bote no cavalo jogando Caetana longe, com a queda ela fica jogada ao chão como se a queda lhe tivesse tirado a vida.
A onça, querendo se aproveitar da ocasião, se lança na direção de dona Caetana que se tornara presa fácil ao animal em busca de alimento, quando estava a um passo da vitima, o cavalo, fiel companheiro se lança contra o animal num gesto heróico para salvar sua dona, dizem que o relincho do cavalo era semelhante a uma voz humana que no momento de medo e pavor gritava o nome da sua dona, "Caetana, Caetana".
Ouvindo aqueles berros a onça de imediato sai em disparada, sem ao menos olhar para trás, deixando atrás de si um rastro de folhas e galhos erguidos com a sua fuga.
Dona Caetana, recobra os sentidos e não vendo mais a onça, monta em seu protetor e parte rumo a sua casa.
Dizem que Caetana no dialeto dos animais significa onça, e que para os caçadores Caetana também é onça, então, ao ouvir alguém gritar "Caetana" a onça se afastava, pois temia o assedio dos caçadores, e que foi isso que aconteceu, mas cavalo não fala, isso todos se perguntam ainda hoje, bem, como um milagre de Deus, dizem os mais crentes, que foi Deus que deu o poder da fala para que o animal pudesse falar, e salvar a vida da sua dona.
Pode ser que isso nem tenha realmente acontecido, que o cavalo assustado tenha derrubado sua dona, que não houvesse onça, nem perigo algum, mas o que torna a historia uma lenda é o fato de fascinar as pessoas com a facilidade que se fascina uma criança pelo brinquedo novo.
Já se passaram mais de 100 anos desde o fato com Dona Caetana, historia que foi passada de boca em boca, que foi passada de geração em geração, que se torna a cada vez que é falada, uma lenda ainda mais forte e presente na vida das pessoas, no coração dos Matinhenses.
Dizem que em certas noites de verão, quando se silencia o barulho dos carros, se ficar quietinho, só ouvindo, ainda pode-se ouvir a onça correndo desvairada, o cavalo que ainda sussurra em meio ao choro do mar, CAETANA, CAETANA!
Contam os mais antigos que quando em Matinhos tudo ainda era mato, quando tudo ainda era verde, o mar era para pesca e os rios pra matar a sede das pessoas, que pras bandas de Caiobá, morava uma professora de nome Caetana, que vinha todos os dias dar aula onde hoje é o centro de Matinhos, para sua locomoção, se utilizava de um cavalo, não muito veloz nem muito forte, mas que atendia aos anseios da jovem professora, levando e a trazendo nas aulas diárias.
Era medo de 1900, a cidade como a conhecemos hoje nem passava na mente dos moradores, não havia estradas regulares, os trajetos eram feitos a beira mar e quando muito, por pequenos caminhos traçados pelo uso diário do caboclo.
Dona Caetana como era conhecida dentre todos, fazia esse trajeto diário, quase sempre solitária, uma vez que o único perigo que se tinha de morte violenta era cair do cavalo ou mesmo se afogar no mar, dessa forma, dia após dia, Professora Caetana montada em seu cavalo e com seu material a tira colo, ia e vinha de Matinhos com a naturalidade de que vai ao mercado comprar pão.
Numa dessas vindas, dona Caetana já chegava perto da sua casa, pelo avançar da hora deveria ser umas 8 da noite, o céu estrelado e quente, mostravam que o verão já estava a porta tomando lugar de mais um frio inverno que se passara.
Havia ali um riacho, onde vez ou outra dona Caetana parava para dar de beber o animal, sedento devido ao longo percurso e a noite quente que fazia, então ao se aproximar das águas puras do riacho, o cavalo para de imediato como que assombrado, dona Caetana ainda esporeia o animal que não sai do lugar, mau dizendo o animal, que mantinha pernas presas ao chão como que encantado, nesse instante, como que brotada da terra, uma onça da o bote no cavalo jogando Caetana longe, com a queda ela fica jogada ao chão como se a queda lhe tivesse tirado a vida.
A onça, querendo se aproveitar da ocasião, se lança na direção de dona Caetana que se tornara presa fácil ao animal em busca de alimento, quando estava a um passo da vitima, o cavalo, fiel companheiro se lança contra o animal num gesto heróico para salvar sua dona, dizem que o relincho do cavalo era semelhante a uma voz humana que no momento de medo e pavor gritava o nome da sua dona, "Caetana, Caetana".
Ouvindo aqueles berros a onça de imediato sai em disparada, sem ao menos olhar para trás, deixando atrás de si um rastro de folhas e galhos erguidos com a sua fuga.
Dona Caetana, recobra os sentidos e não vendo mais a onça, monta em seu protetor e parte rumo a sua casa.
Dizem que Caetana no dialeto dos animais significa onça, e que para os caçadores Caetana também é onça, então, ao ouvir alguém gritar "Caetana" a onça se afastava, pois temia o assedio dos caçadores, e que foi isso que aconteceu, mas cavalo não fala, isso todos se perguntam ainda hoje, bem, como um milagre de Deus, dizem os mais crentes, que foi Deus que deu o poder da fala para que o animal pudesse falar, e salvar a vida da sua dona.
Pode ser que isso nem tenha realmente acontecido, que o cavalo assustado tenha derrubado sua dona, que não houvesse onça, nem perigo algum, mas o que torna a historia uma lenda é o fato de fascinar as pessoas com a facilidade que se fascina uma criança pelo brinquedo novo.
Já se passaram mais de 100 anos desde o fato com Dona Caetana, historia que foi passada de boca em boca, que foi passada de geração em geração, que se torna a cada vez que é falada, uma lenda ainda mais forte e presente na vida das pessoas, no coração dos Matinhenses.
Dizem que em certas noites de verão, quando se silencia o barulho dos carros, se ficar quietinho, só ouvindo, ainda pode-se ouvir a onça correndo desvairada, o cavalo que ainda sussurra em meio ao choro do mar, CAETANA, CAETANA!