A REVITALIZAÇÃO DO ALTO CURSO DO RIO MAMANGUAPE-PB: UMA ANALISE SOCIOAMBIENTAL A PARTIR DA RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR.

Marcelo Cavalcante Nunes Morgado

Graduando Licenciatura Plena em Geografia – UEPB.

RESUMO

Em tempos de escassez de água na microrregião do litoral norte da Paraíba. Em uma área denominada Barra de Mamanguape, no litoral paraibano setentrional. Este trabalho procura analisar de forma socioambiental a revitalização do Rio Mamanguape, através da recuperação da mata ciliar que foi destruída no manancial, que tem mais de 170 km de extensão. Visando recuperar as áreas degradadas da nascente do rio em favorecer o acesso a comunidade de equipamentos de captação e armazenamento de água de chuva. Pelo fato, de mesmo na nascente é difícil encontrar vestígios dele, muito destruído pelo homem. No qual o rio se encontra com uma área bastante degradada com a inexistência de matas ciliares, provocando o assoreamento crescente e conseqüentemente, naquelas áreas onde tinha maior absorção da água em quantidade ascendente, ficou extremamente limitada para o consumo pela comunidade ribeirinha. Neste aspecto, analisando a necessidade de prover os recursos naturais da região de maneira sustentável, sem agredir o meio ambiente em questão. Procurando metas geográficas e educacionais para a revitalização do Rio Mamanguape, buscando acondicionar a região de estudo em revigorar as suas áreas de nascente com o reflorestamento. Fazendo com que a educação ambiental ensine a população como utilizar os benefícios que o Rio Mamanguape, precisando e podendo proporcionar o ambiente captado, sem estar degradando o seu meio físico. Exercitando com a população e passando a ter um uso consciente do rio pela auto-sustentabilidade na região cogitada. Em que a sua participação efetiva juntamente com o poder público e dos órgãos responsáveis pela gestão ambiental e urbana, se intensifique numa implementação política, de educação ambiental e na elaboração de um plano diretor que sempre priorize o controle de inundação no meio rural e urbano, para que deve ser imprescindível em suas vidas.

 

Palavras chave: Revitalização Socioambiental, Desenvolvimento Sustentável, Educação         Ambiental.

 

INTRODUÇÃO

 

Sabemos que o homem participa da natureza desde o seu surgimento na Terra e sempre precisou do alimento, da água e do abrigo que é de fundamental importância para sua sobrevivência. Segundo, Milton Santos.

Esse meio natural generalizado era utilizado pelo homem sem grandes transformações. As técnicas e o trabalho se casavam com as dádivas da natureza, com a qual se relacionavam sem outra mediação. (SANTOS, 2009.p. 235)

 

Assim, em todas as etapas históricas da humanidade fez uso da natureza, primeiramente para o seu próprio sustento e mais tarde para produzir excedentes, especialmente após a Revolução Industrial.

De fato, os recursos naturais que se encontram no planeta são de vital valor para o seu meio de consumo sócio econômico e ambiental como: o solo, a água, o oxigênio, a energia oriunda do Sol, as florestas, os animais, dentre outros. E compreendendo também, que os recursos naturais podem ser recomposto depois de extraído pelas atividades antrópicas, através da reposição que ocorre de tempos em tempos com as grandes diversidades de recursos naturais renováveis como: a energia eólica (ventos), a energia solar (radiação solar), ondas do mar, hidroeletricidade, biomassa e energia geotérmica.  Permitindo deste modo, a reposição dos recursos aproveitados no lugar, capacitando ser feita pelo homem ou naturalmente, pelo próprio ambiente.

 Por outro lado, sabemos que os recursos naturais não-renováveis são aqueles que acabam após intensa exploração realizada pelas atividades do homem, demandando muito tempo para se regenerar. E entendendo que todo recurso natural deve e pode ser governado de uma maneira sustentável no objetivo de garantir a sua reposição e regeneração no meio ambiente, mesmo em circunstâncias de intensa exploração desses recursos, sempre haverá riscos de ocorrer um empobrecimento decorrente de um desequilíbrio ecológico.

 

Diante deste contexto, faz-se sempre necessário, buscar diversas alternativas e formas sócias econômicas e ambientais para revitalização do Rio Mamanguape, impedindo a extermínio de seu manancial e restaurando a sua mata ciliar. Procurando principalmente recuperar a degradação da sua nascente, que passa por riscos eminentes de ser ainda mais destruídos pelo homem, que não reflete a sua utilidade ambiental em favorecer o acesso a comunidade, no armazenamento e captação da água pela chuva de forma sustentável.

 

LOCALIZAÇÃO

 

Fixada na mesorregião da zona da Mata e do Agreste Paraibano. O Rio Mamanguape nasce na Lagoa Salgada, uma lagoa temporária, situada a mais de 500 metros de altitude, no Planalto da Borborema, na divisa dos municípios de Pocinhos, Areial e Montadas. Descendo a Serra da Borborema até chegar à cidade de Alagoa Grande. A montante, o rio é temporário, mesmo recebendo águas de alguns riachos perenes desta região. Assim, os onze municípios que fazem parte da região no Alto Curso do Rio Mamanguape  e de seus principais tributários são: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Areia, Areial, Esperança, Lagoa Seca, Matinhas, Montadas, Pocinhos, São Sebastião de Lagoa da Roça e Serra Redonda. (CNPMA- EMBRAPA, 2011). Percorrendo até 170 km de extensão e a sua largura na foz alcança 4 km, tornando-se perene até onde chega à influência das marés oceânicas e seus principais afluentes são os rios Araçagi, que inicia seu percurso em Serraria, e o Quandú, no município de Bananeiras.

A Bacia do Rio Mamanguape localizado no extremo leste do estado da Paraíba, entre as latitudes 6°41’57’’ e 7°15’58’’ sul e longitudes 34°54’37’’ e 36° a oeste de Greenwich. Limita-se ao norte com a bacia do Rio Curimataú, a oeste com as bacias do Curimataú e do Paraíba, ao sul com a do rio Paraíba e a leste com o Oceano Atlântico. Seu principal rio é o Mamanguape, de regime intermitente possui a sede de 30 municípios e ocupa uma área de 3.522,69 km² como : Alagoa Grande, Alagoa Nova, Alagoinha, Algodão de Jandaíra, Araçagi, Arara, Areia, Areial, Baía da Traição, Bananeiras, Belém, Capim, Casserengue, Cuité de Mamanguape, Cuitegi, Curral de Cima, Duas Estradas, Esperança, Guarabira, Itapororoca, Juarez Távora, Lagoa de Dentro, Lagoa Seca, Mamanguape, Marcação, Mari, Massaranduba, Montadas, Mulungu, Pilões, Pilõezinhos, Pirpirituba, Puxinanã, Remígio, Rio Tinto, São Sebastião de Lagoa de Roça,Serraria, Serra da Raiz, Serra Redonda, Sertãozinho e Solânea. (AESA, 2011).

Neste aspecto, o Rio Mamanguape é um dos mais respeitáveis rios da Paraíba ratificado pelo processo histórico de ocupação deste Estado. Através da sua bacia hidrográfica que se divide em três regiões distintas: Brejo, Agreste e Baixo-vale. E essa área foi ao longo dos anos bastante utilizada para com o cultivo da cana-de-açúcar e outras atividades agrícolas que levou a retirada de grande parte de sua vegetação nativa (mata atlântica, cerrado).

Considerado como uma das principais cidades do litoral do Estado e grande atrativo turístico da Região. A cidade de Mamanguape foi fundada em 25 de outubro de 1855. A origem do nome Mamanguape é a junção dos nomes indígenas cujo significado é: "bebedouro". A antiga área de ocupação da cidade compreendia territórios hoje pertencentes a dez municípios: Rio Tinto, Baía da Traição, Marcação, Itapororoca, Jacaraú, Pedro Régis, Curral de Cima, Capim, Cuité de Mamanguape e Mataraca, contando com praias como Barra de Mamanguape e Praia de Campina, hoje pertencentes à Rio Tinto. Chegou a ser a segunda cidade, mais desenvolvida da Paraíba e por causa disso teve o privilégio de receber o imperador Dom Pedro II. (IBGE, 2007).

O município de Mamanguape situa-se no extremo leste do Estado da Paraíba, na Mesorregião Geográfica da Mata Paraibana e na Microrregião do Litoral Norte, entre as Latitudes: -6º50’19 sul e longitude -35º07’34 a oeste de Greenwich. Apresenta uma localização com certo privilégio em relação a eqüidistâncias aos principais centros urbanos do litoral. Distante da capital do Estado a 62,2 km (aprox. 49 min.). Perfazendo com uma área total demográfica de 114.5 hab/Km² que compõem área geográfica do município de 348.74 Km² se encontra dentro do perímetro urbano da cidade. Com uma população aproximadamente de 42.303 hab e limitando-se com Canguaretama- RN e Pedro Velho- RN. Pedro Régis, e com os municípios de Rio Tinto (7 km), Mataraca (30 km), Capim (9 km), Itapororoca (13 km), Curral de Cima (23 km) e Jacaraú (32 km) e Pedro Régis.

Assim sendo, Mamanguape é uma cidade de litoral localizada a mais 35 m de altitude, apresenta um clima tropical e agradável de temperatura média anual do oscilando em torno de 25°C. A sua vegetação é Pioneira, de Campos e Mata de Restingas, Manguezais e Mata Úmida. Identificado no bioma da Caatinga e da Mata Atlântica.

Pelo seu aspecto fisiográfico, o município de Mamanguape está inserido na unidade Geoambiental dos Tabuleiros Costeiros que acompanha o litoral de todo o nordeste, apresentando uma altitude média de 50 a 100 metros. Compreendendo platôs de origem sedimentar, que apresentam grau de entalhamento variável. Os seus solos são representados pelos Latossolos e Podzólicos nos topos de chapadas e topos residuais e pelos Podzólicos com Fregipan, Podzólicos Plínticos e Podzóis nas pequenas depressões nos tabuleiros, pelos Podzólicos Concrecionários em áreas dissecadas e encostas e Gleissolos e Solos Aluviais nas áreas de várzeas.

 

A RECUPERAÇÃO NATURAL DO RIO MAMANGUAPE-PB

 

Compreendo que o meio ambiente é o conjunto de fatores físicos, químicos e bióticos, cotidianamente, me refiro à natureza como um grande recurso natural, do qual depende nossa sobrevivência e o lugar que nos envolve e nos cerca em um meio extremamente dinâmico e saudável.

Na busca incessante da água e na formação de corredores ecológicos. Tem-se na recuperação do solo e das matas ciliares, que se encontram degradados nos leitos do rio, bem como na melhoria das condições socioambientais. Consecutivamente promovendo, ações integradas visando a melhorar a gestão dos recursos hídricos na região do Rio Mamanguape. Obviamente, na busca por meio de iniciativas comunitárias e governamentais que permitam viabilizar o aproveitamento de recursos agrários e aquáticos da região. Através da técnica, Milton Santos afirma.

Numa região desprovida de meios para conhecer, antecipadamente, os movimentos da natureza, a mobilização dos mesmos recursos técnicos, científicos, financeiros e organizacionais obterá uma resposta comparativamente mais medíocre. (SANTOS, 2009.p.242)

 

Notadamente, percebemos que o desmatamento provoca o empobrecimento do solo, além de assoreamento dos rios. Como a mata ciliar tem a função de proteger as nascentes e o solo contra a erosão, sua retirada provoca degradação ambiental deixando o solo desprotegido e com a chuva, o mesmo sofre impacto com o fenômeno da erosão transportando areia para o leito do rio.

Nesse propósito, precisamos representar uma ansiedade fundamental para o desenvolvimento rural sustentável na região do Rio Mamanguape. Através da importância que as matas ciliares, que são vegetais essenciais ao equilíbrio ambiental. Incorporando nas práticas de conservação e ao manejo do solo, na preservação e a recuperação dos rios, garantindo a proteção de um dos principais recursos naturais: a água.

Nesse cenário, as matas ciliares têm a função de reter, filtrar resíduos de agroquímicos, evitando a poluição dos cursos d’água, protegendo contra o assoreamento dos rios, impedindo as enchentes. E são matas que estão bem próximas às fontes, regatos, rios e lagoas resguardando suas margens da erosão e do ressecamento dos barrancos, impedindo o estreitamento de seus leitos e provocando a infiltração da água da chuva, que chega com maior facilidade ao lençol freático. Formando corredores para recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares. Conservando o solo e auxiliando no controle biológico das pragas, equilibrando o clima, apurando a qualidade do ar, da água e do solo. Mantendo a harmonia da paisagem e da fauna local, melhorando a qualidade de vida sustentável na região. Além disso, as matas ciliares ajudam a firmar a temperatura das águas e são ricas em grande número de plantas e animais silvestres, por isso as matas ciliares são apreciadas em áreas de preservação constante pelo código florestal e pelas legislações estaduais.

Do mesmo modo, é procurar revitalizar a região através da linha de atuação pela gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos. Na conservação e na preservação das nascentes do Rio Mamanguape, com captação e armazenamento de água da chuva, limpeza e recuperação de pequenas barragens e açudes. Tendo que fazer uma reversão desses processos de degradação e promovendo as práticas de uso racional de recursos hídricos.

Nesse sentido, para que o Rio Mamanguape seja revitalizado é preciso o uso e o manejo racional dos recursos hídricos, na melhoria da qualidade de vida, de toda a população envolvida. Beneficiando e recuperando hectares de áreas degradadas, de nascentes, mananciais, fontes e olhos d água, na construção de cisternas de placas na limpeza e recuperação de pequenos açudes, na construção de barragens subterrâneas.

 Em reconhecer e capacitar os administradores comunitários para o uso da tecnologia alternativa no tratamento da água e no treinamento de agentes no manejo de recursos hídricos. E habilitando os professores de ensino para a implantação de muitos projetos produtivos e de unidades demonstrativas de adensamento florestal, dentre outros. Fazendo-se necessário então o manejo adequado para a utilização dos recursos naturais na implementação de educação ambiental, aliada ao ecoturismo que vise minimizar as ações de poluição e destruição do meio ambiente, além da fiscalização e do comprimento da legislação ambiental por partes dos órgãos responsáveis. Pelo relato de Cavalcanti em valorizar o meio em ambiente na busca de um futuro sustentável, afirma que.

 [...] Há necessidade da existência de novas instituições que conservem os ativos naturais e os repassem aos nossos filhos, que estimulem a regeneração dos recursos renováveis e a manutenção da diversidade biológica, que desenvolvam novas tecnologias que usem recursos renováveis e possibilitem estilos de vida que poupem energia e evitem o gasto material intensivo. Essas instituições assumirão várias formas. Será preciso adotar novos hábitos quanto ao consumo, à educação dos jovens e à poupança para o futuro. (CAVALCANTI, 1999.p.83)

 

Portanto, a conservação dos recursos naturais e da diversidade cultural serve de manejo que visem à base para a elaboração de projetos para essas comunidades dependentes desta cobertura vegetal a desenvolverem a biodiversidade de policulturas de práticas produtivas para a gestão ambiental, na eco certificação e na qualificação de origem sustentável da produção.

OS ATOS DE GERAR A RECURPERAÇÃO AMBIENTAL DO RIO MAMANGUAPE-PB

Para fazer a recuperação do Rio Mamanguape, será necessário fazer o reflorestamento ou recuperação ambiental de matas ciliares, que pode ser bastante acelerado naturalmente. Plantando espécies nativas, atrativas e bem característica da fauna que se ajusta as várias espécies pioneiras da região e procurando adaptá-las mediante as condições da umidade do solo, para que possa gerar alta diversidade de espécies de crescimento acelerado junto com as espécies secundárias tardias e climáticas.

 

Tendo o cuidado em praticar o reflorestamento de nascentes, margens e áreas degradadas, de diversas maneiras, na qualidade dos recursos hídricos. Recuperando e controlando os processos erosivos e revitalizando a deterioração da vegetação considerada estratégica para o desenvolvimento ecológico e sustentável do Rio Mamanguape.

De tal modo, haverá a necessidade de fazer o mapeamento desse conflito sócio econômico-ambiental, que é importante para que se busquem soluções plausíveis, onde os atores sociais supracitados possam utilizar-se dos recursos naturais disponíveis sem deteriorá-los. E também, precisando constituir políticas públicas que lhes deixem fazer uso do solo, que é seu por direito, sem que causem tantos impactos ao ecossistema em que estejam inseridos. Assim sendo, é preciso buscar uma volta à consciência ecológica que se encontra bastante enfraquecida.

Para isso é necessário gerar a proteção dos recursos naturais dentro de seus limites, de modo a assegurar o bem-estar das populações humanas que aí vivem, no fomento ao turismo rural e ecológico resguardando as condições locais e mantendo as paisagens e atributos culturais relevantes com as principais atividades desenvolvidas nas comunidades rurais, como a carcinicultura, a cana-de-açúcar, a pesca, a cata de caranguejos e mariscos e a agricultura e pecuária de subsistência.

Diante deste cenário, só através da educação ambiental, haverá o desenvolvimento sustentável, na preservação do meio ambiente, evitando o desperdício e incentivando o efetivo exercício da cidadania de maneira responsável. Criando oportunidades no dia-a-dia para que os habitantes dessa região possam vivenciar condições reais para aprender a conversar, a ser parcial e solidário, a ter conceito consigo mesmo, com os outros e com a natureza, agindo com moderação. Do mesmo modo, é preciso compreender que quem desrespeita a natureza, desrespeita os que dela dependem. Segundo, Loureiro afirma que.

[...] a Educação Ambiental como parte inerente do movimento social contemporâneo de rediscussão da relação sociedade-natureza e de construção da cidadania ecológica e planetária, o movimento ambientalista. (LOUREIRO, 2002.p. 72)

Assim, acredito que a força da natureza estar nas mãos do criador através do meio ambiente em moderação, com os ecossistemas e sua biodiversidade. Aprendendo que o meio ambiente não é mais simplesmente parecido com a natureza ou com os recursos naturais.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A propósito, tudo faz crer que nesta região haverá uma total necessidade ao Turismo Sustentável, que é um modelo de desenvolvimento econômico que tem como objetivos principais assegurar a qualidade de vida da população local. Em proporcionar a satisfação ao turista e manter a qualidade do ambiente do qual dependem tanto a comunidade como o visitante. De maneira simplificada, podemos definir turismo sustentável como aquele que atende aos desejos e necessidades do crescimento econômico, na eqüidade social e no equilíbrio ecológico dos turistas da atualidade, sem comprometer os recursos para o usufruto das gerações futuras em busca de um maior contato com a natureza. Segundo Cavalcanti, por uma sustentabilidade em diferentes perspectivas, afirma que.

 

A sustentabilidade forte, por sua vez, interessa-se pela manutenção do estoque dos recursos naturais sob o argumento de que esses recursos são indispensáveis para a continuidade da atividade econômica, e fornecem o ingrediente básico do qual o valor adicionado pode ser criado. Se os estoques dos recursos ambientais forem esvaziados, a atividade econômica finalmente decairá. (CAVALCANTI, 1999.p.197)

                        

 

Dessa forma, a Educação Ambiental vem adquirindo novas dimensões a cada ano, especialmente pela urgência de reversão do mapa de deterioração ambiental em que se vive, concretizado práticas de desenvolvimento sustentado e melhor qualidade de vida para todos e apurando princípios de programas que orientam a nossa afinidade com o meio natural. Nas palavras de loureiro afirma que.

A Educação Ambiental é uma práxis educativa e social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente. Nesse sentido, contribui para a tentativa de implementação de um padrão civilizacional e societário distinto do vigente, pautado numa nova ética da relação sociedade-natureza. (LOUREIRO, 2002.p.69)

 

Portanto, a Educação Ambiental é de vital importância para o desenvolvimento socioeconômico ambiental de que precisa a Região. Como um artifício estratégico no desenvolvimento amplo de consciência crítica das relações sociais e de produção que situam a inserção humana na natureza.

 

CONCLUSÃO

 

 

Este trabalho tem o desafio de compatibilizar a preservação ambiental  com o desenvolvimento econômico. Apesar de não ser uma tarefa fácil, já se vislumbra algumas mudanças de atitudes por parte das comunidades através da  implementação de ações concretas de controle ambiental. Buscando a atender as necessidades de uma sociedade que cada vez mais faz uso indiscriminado dos seus recursos naturais e aceitando um modelo de desenvolvimento devastador que prioriza a produção em escala industrial, sem se preocupar com os impactos ambientais ocasionados pelo rejeite inadequado de poluentes no meio ambiente. Percebendo que esta mesma sociedade, começa a colher os frutos da aplicação secular desse modelo, trazendo no dia a dia os problemas que ainda nem sequer os governantes tiveram o interesse de se colocar em prática em prol da sustentabilidade da região. Principalmente em condicionar a população, em programar a região estudada para controlar a qualidade ambiental, através de um sistema de monitoramento e vigilância, em diagnosticar os possíveis riscos de impactos e degradações que possam ocorrer futuramente. E esquece também em provocar mais rentabilidade social, ambiental e econômica para uma região prospera ao turismo ecológico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

AESA – Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba. Disponível em: http//www.pb.gov.br/aesa. Acesso em: 9 jun. 2011..

 

ANA – Agencia Nacional de Águas. Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.ana.gov.br>. Acesso em: 26 jun. 2011.

ATLAS Geográfica do Estado da Paraíba. João Pessoa: GRAFSET, 1985.

CAVALCANTI, Clóvis – Valorização Ambiental na busca de um Futuro Sustentável / Contabilidade verde e Política Econômica – Meio Ambiente desenvolvimento sustentável e políticas públicas – 2ª Ed. – São Paulo: Cortez: Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1999.

COGERH – Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado da Paraíba - Dados

técnicos e operacionais. 2010.2

 

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <http://www.cnpma.embrapa.br>. Acesso em: 15 jun. 2011.      

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 15 jun. 2011.

IDEME – Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba. Disponível  em: <http:// www.ideme.pb.gov.br/. Acesso em: 17 jun. 2011.

 

LIMA, P. J. de; HECKENDORFF, W. D. Climatologia. In: Governo do Estado da Paraíba; Secretaria de Educação; Universidade Federal da Paraíba: Atlas Geográfica do Estado da Paraíba. João Pessoa: Graf set, 1985.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernard. – Educação Ambiental e Movimentos Sociais na Construção da Cidadania Ecológica e Planetária. - Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania / Calos Frederico Bernardo Loureiro, Philippe Pomier Layrargues, Ronaldo Souza de Castro. (orgs.). – São Paulo: Cortez, 2002.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4. Ed. 5. reimpr. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

A REVITALIZAÇÃO DO ALTO CURSO DO RIO MAMANGUAPE-PB: UMA ANALISE SOCIOAMBIENTAL A PARTIR DA RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR.

 

 

Marcelo Cavalcante Nunes Morgado

Graduando Licenciatura Plena em Geografia – UEPB.

 

 

 

RESUMO

 

 

Em tempos de escassez de água na microrregião do litoral norte da Paraíba. Em uma área denominada Barra de Mamanguape, no litoral paraibano setentrional. Este trabalho procura analisar de forma socioambiental a revitalização do Rio Mamanguape, através da recuperação da mata ciliar que foi destruída no manancial, que tem mais de 170 km de extensão. Visando recuperar as áreas degradadas da nascente do rio em favorecer o acesso a comunidade de equipamentos de captação e armazenamento de água de chuva. Pelo fato, de mesmo na nascente é difícil encontrar vestígios dele, muito destruído pelo homem. No qual o rio se encontra com uma área bastante degradada com a inexistência de matas ciliares, provocando o assoreamento crescente e conseqüentemente, naquelas áreas onde tinha maior absorção da água em quantidade ascendente, ficou extremamente limitada para o consumo pela comunidade ribeirinha. Neste aspecto, analisando a necessidade de prover os recursos naturais da região de maneira sustentável, sem agredir o meio ambiente em questão. Procurando metas geográficas e educacionais para a revitalização do Rio Mamanguape, buscando acondicionar a região de estudo em revigorar as suas áreas de nascente com o reflorestamento. Fazendo com que a educação ambiental ensine a população como utilizar os benefícios que o Rio Mamanguape, precisando e podendo proporcionar o ambiente captado, sem estar degradando o seu meio físico. Exercitando com a população e passando a ter um uso consciente do rio pela auto-sustentabilidade na região cogitada. Em que a sua participação efetiva juntamente com o poder público e dos órgãos responsáveis pela gestão ambiental e urbana, se intensifique numa implementação política, de educação ambiental e na elaboração de um plano diretor que sempre priorize o controle de inundação no meio rural e urbano, para que deve ser imprescindível em suas vidas.

 

 

Palavras chave: Revitalização Socioambiental, Desenvolvimento Sustentável, Educação         Ambiental.

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Sabemos que o homem participa da natureza desde o seu surgimento na Terra e sempre precisou do alimento, da água e do abrigo que é de fundamental importância para sua sobrevivência. Segundo, Milton Santos.

Esse meio natural generalizado era utilizado pelo homem sem grandes transformações. As técnicas e o trabalho se casavam com as dádivas da natureza, com a qual se relacionavam sem outra mediação. (SANTOS, 2009.p. 235)

 

 

Assim, em todas as etapas históricas da humanidade fez uso da natureza, primeiramente para o seu próprio sustento e mais tarde para produzir excedentes, especialmente após a Revolução Industrial.

 

 

De fato, os recursos naturais que se encontram no planeta são de vital valor para o seu meio de consumo sócio econômico e ambiental como: o solo, a água, o oxigênio, a energia oriunda do Sol, as florestas, os animais, dentre outros. E compreendendo também, que os recursos naturais podem ser recomposto depois de extraído pelas atividades antrópicas, através da reposição que ocorre de tempos em tempos com as grandes diversidades de recursos naturais renováveis como: a energia eólica (ventos), a energia solar (radiação solar), ondas do mar, hidroeletricidade, biomassa e energia geotérmica.  Permitindo deste modo, a reposição dos recursos aproveitados no lugar, capacitando ser feita pelo homem ou naturalmente, pelo próprio ambiente.

 

 

 Por outro lado, sabemos que os recursos naturais não-renováveis são aqueles que acabam após intensa exploração realizada pelas atividades do homem, demandando muito tempo para se regenerar. E entendendo que todo recurso natural deve e pode ser governado de uma maneira sustentável no objetivo de garantir a sua reposição e regeneração no meio ambiente, mesmo em circunstâncias de intensa exploração desses recursos, sempre haverá riscos de ocorrer um empobrecimento decorrente de um desequilíbrio ecológico.

 

 

Diante deste contexto, faz-se sempre necessário, buscar diversas alternativas e formas sócias econômicas e ambientais para revitalização do Rio Mamanguape, impedindo a extermínio de seu manancial e restaurando a sua mata ciliar. Procurando principalmente recuperar a degradação da sua nascente, que passa por riscos eminentes de ser ainda mais destruídos pelo homem, que não reflete a sua utilidade ambiental em favorecer o acesso a comunidade, no armazenamento e captação da água pela chuva de forma sustentável.

 

 

LOCALIZAÇÃO

 

 

 

Fixada na mesorregião da zona da Mata e do Agreste Paraibano. O Rio Mamanguape nasce na Lagoa Salgada, uma lagoa temporária, situada a mais de 500 metros de altitude, no Planalto da Borborema, na divisa dos municípios de Pocinhos, Areial e Montadas. Descendo a Serra da Borborema até chegar à cidade de Alagoa Grande. A montante, o rio é temporário, mesmo recebendo águas de alguns riachos perenes desta região. Assim, os onze municípios que fazem parte da região no Alto Curso do Rio Mamanguape  e de seus principais tributários são: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Areia, Areial, Esperança, Lagoa Seca, Matinhas, Montadas, Pocinhos, São Sebastião de Lagoa da Roça e Serra Redonda. (CNPMA- EMBRAPA, 2011). Percorrendo até 170 km de extensão e a sua largura na foz alcança 4 km, tornando-se perene até onde chega à influência das marés oceânicas e seus principais afluentes são os rios Araçagi, que inicia seu percurso em Serraria, e o Quandú, no município de Bananeiras.

 

 

A Bacia do Rio Mamanguape localizado no extremo leste do estado da Paraíba, entre as latitudes 6°41’57’’ e 7°15’58’’ sul e longitudes 34°54’37’’ e 36° a oeste de Greenwich. Limita-se ao norte com a bacia do Rio Curimataú, a oeste com as bacias do Curimataú e do Paraíba, ao sul com a do rio Paraíba e a leste com o Oceano Atlântico. Seu principal rio é o Mamanguape, de regime intermitente possui a sede de 30 municípios e ocupa uma área de 3.522,69 km² como : Alagoa Grande, Alagoa Nova, Alagoinha, Algodão de Jandaíra, Araçagi, Arara, Areia, Areial, Baía da Traição, Bananeiras, Belém, Capim, Casserengue, Cuité de Mamanguape, Cuitegi, Curral de Cima, Duas Estradas, Esperança, Guarabira, Itapororoca, Juarez Távora, Lagoa de Dentro, Lagoa Seca, Mamanguape, Marcação, Mari, Massaranduba, Montadas, Mulungu, Pilões, Pilõezinhos, Pirpirituba, Puxinanã, Remígio, Rio Tinto, São Sebastião de Lagoa de Roça,Serraria, Serra da Raiz, Serra Redonda, Sertãozinho e Solânea. (AESA, 2011).

 

 

Neste aspecto, o Rio Mamanguape é um dos mais respeitáveis rios da Paraíba ratificado pelo processo histórico de ocupação deste Estado. Através da sua bacia hidrográfica que se divide em três regiões distintas: Brejo, Agreste e Baixo-vale. E essa área foi ao longo dos anos bastante utilizada para com o cultivo da cana-de-açúcar e outras atividades agrícolas que levou a retirada de grande parte de sua vegetação nativa (mata atlântica, cerrado).

 

 

Considerado como uma das principais cidades do litoral do Estado e grande atrativo turístico da Região. A cidade de Mamanguape foi fundada em 25 de outubro de 1855. A origem do nome Mamanguape é a junção dos nomes indígenas cujo significado é: "bebedouro". A antiga área de ocupação da cidade compreendia territórios hoje pertencentes a dez municípios: Rio Tinto, Baía da Traição, Marcação, Itapororoca, Jacaraú, Pedro Régis, Curral de Cima, Capim, Cuité de Mamanguape e Mataraca, contando com praias como Barra de Mamanguape e Praia de Campina, hoje pertencentes à Rio Tinto. Chegou a ser a segunda cidade, mais desenvolvida da Paraíba e por causa disso teve o privilégio de receber o imperador Dom Pedro II. (IBGE, 2007).

 

 

O município de Mamanguape situa-se no extremo leste do Estado da Paraíba, na Mesorregião Geográfica da Mata Paraibana e na Microrregião do Litoral Norte, entre as Latitudes: -6º50’19 sul e longitude -35º07’34 a oeste de Greenwich. Apresenta uma localização com certo privilégio em relação a eqüidistâncias aos principais centros urbanos do litoral. Distante da capital do Estado a 62,2 km (aprox. 49 min.). Perfazendo com uma área total demográfica de 114.5 hab/Km² que compõem área geográfica do município de 348.74 Km² se encontra dentro do perímetro urbano da cidade. Com uma população aproximadamente de 42.303 hab e limitando-se com Canguaretama- RN e Pedro Velho- RN. Pedro Régis, e com os municípios de Rio Tinto (7 km), Mataraca (30 km), Capim (9 km), Itapororoca (13 km), Curral de Cima (23 km) e Jacaraú (32 km) e Pedro Régis.

 

 

Assim sendo, Mamanguape é uma cidade de litoral localizada a mais 35 m de altitude, apresenta um clima tropical e agradável de temperatura média anual do oscilando em torno de 25°C. A sua vegetação é Pioneira, de Campos e Mata de Restingas, Manguezais e Mata Úmida. Identificado no bioma da Caatinga e da Mata Atlântica.

 

 

Pelo seu aspecto fisiográfico, o município de Mamanguape está inserido na unidade Geoambiental dos Tabuleiros Costeiros que acompanha o litoral de todo o nordeste, apresentando uma altitude média de 50 a 100 metros. Compreendendo platôs de origem sedimentar, que apresentam grau de entalhamento variável. Os seus solos são representados pelos Latossolos e Podzólicos nos topos de chapadas e topos residuais e pelos Podzólicos com Fregipan, Podzólicos Plínticos e Podzóis nas pequenas depressões nos tabuleiros, pelos Podzólicos Concrecionários em áreas dissecadas e encostas e Gleissolos e Solos Aluviais nas áreas de várzeas.

 

 

A RECUPERAÇÃO NATURAL DO RIO MAMANGUAPE-PB

 

 

Compreendo que o meio ambiente é o conjunto de fatores físicos, químicos e bióticos, cotidianamente, me refiro à natureza como um grande recurso natural, do qual depende nossa sobrevivência e o lugar que nos envolve e nos cerca em um meio extremamente dinâmico e saudável.

 

 

Na busca incessante da água e na formação de corredores ecológicos. Tem-se na recuperação do solo e das matas ciliares, que se encontram degradados nos leitos do rio, bem como na melhoria das condições socioambientais. Consecutivamente promovendo, ações integradas visando a melhorar a gestão dos recursos hídricos na região do Rio Mamanguape. Obviamente, na busca por meio de iniciativas comunitárias e governamentais que permitam viabilizar o aproveitamento de recursos agrários e aquáticos da região. Através da técnica, Milton Santos afirma.

 

 

Numa região desprovida de meios para conhecer, antecipadamente, os movimentos da natureza, a mobilização dos mesmos recursos técnicos, científicos, financeiros e organizacionais obterá uma resposta comparativamente mais medíocre. (SANTOS, 2009.p.242)

 

Notadamente, percebemos que o desmatamento provoca o empobrecimento do solo, além de assoreamento dos rios. Como a mata ciliar tem a função de proteger as nascentes e o solo contra a erosão, sua retirada provoca degradação ambiental deixando o solo desprotegido e com a chuva, o mesmo sofre impacto com o fenômeno da erosão transportando areia para o leito do rio.

 

 

Nesse propósito, precisamos representar uma ansiedade fundamental para o desenvolvimento rural sustentável na região do Rio Mamanguape. Através da importância que as matas ciliares, que são vegetais essenciais ao equilíbrio ambiental. Incorporando nas práticas de conservação e ao manejo do solo, na preservação e a recuperação dos rios, garantindo a proteção de um dos principais recursos naturais: a água.

 

 

Nesse cenário, as matas ciliares têm a função de reter, filtrar resíduos de agroquímicos, evitando a poluição dos cursos d’água, protegendo contra o assoreamento dos rios, impedindo as enchentes. E são matas que estão bem próximas às fontes, regatos, rios e lagoas resguardando suas margens da erosão e do ressecamento dos barrancos, impedindo o estreitamento de seus leitos e provocando a infiltração da água da chuva, que chega com maior facilidade ao lençol freático. Formando corredores para recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares. Conservando o solo e auxiliando no controle biológico das pragas, equilibrando o clima, apurando a qualidade do ar, da água e do solo. Mantendo a harmonia da paisagem e da fauna local, melhorando a qualidade de vida sustentável na região. Além disso, as matas ciliares ajudam a firmar a temperatura das águas e são ricas em grande número de plantas e animais silvestres, por isso as matas ciliares são apreciadas em áreas de preservação constante pelo código florestal e pelas legislações estaduais.

 

 

Do mesmo modo, é procurar revitalizar a região através da linha de atuação pela gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos. Na conservação e na preservação das nascentes do Rio Mamanguape, com captação e armazenamento de água da chuva, limpeza e recuperação de pequenas barragens e açudes. Tendo que fazer uma reversão desses processos de degradação e promovendo as práticas de uso racional de recursos hídricos.

 

 

Nesse sentido, para que o Rio Mamanguape seja revitalizado é preciso o uso e o manejo racional dos recursos hídricos, na melhoria da qualidade de vida, de toda a população envolvida. Beneficiando e recuperando hectares de áreas degradadas, de nascentes, mananciais, fontes e olhos d água, na construção de cisternas de placas na limpeza e recuperação de pequenos açudes, na construção de barragens subterrâneas.

 

 

 Em reconhecer e capacitar os administradores comunitários para o uso da tecnologia alternativa no tratamento da água e no treinamento de agentes no manejo de recursos hídricos. E habilitando os professores de ensino para a implantação de muitos projetos produtivos e de unidades demonstrativas de adensamento florestal, dentre outros. Fazendo-se necessário então o manejo adequado para a utilização dos recursos naturais na implementação de educação ambiental, aliada ao ecoturismo que vise minimizar as ações de poluição e destruição do meio ambiente, além da fiscalização e do comprimento da legislação ambiental por partes dos órgãos responsáveis. Pelo relato de Cavalcanti em valorizar o meio em ambiente na busca de um futuro sustentável, afirma que.

 

 

 [...] Há necessidade da existência de novas instituições que conservem os ativos naturais e os repassem aos nossos filhos, que estimulem a regeneração dos recursos renováveis e a manutenção da diversidade biológica, que desenvolvam novas tecnologias que usem recursos renováveis e possibilitem estilos de vida que poupem energia e evitem o gasto material intensivo. Essas instituições assumirão várias formas. Será preciso adotar novos hábitos quanto ao consumo, à educação dos jovens e à poupança para o futuro. (CAVALCANTI, 1999.p.83)

 

 

Portanto, a conservação dos recursos naturais e da diversidade cultural serve de manejo que visem à base para a elaboração de projetos para essas comunidades dependentes desta cobertura vegetal a desenvolverem a biodiversidade de policulturas de práticas produtivas para a gestão ambiental, na eco certificação e na qualificação de origem sustentável da produção.

 

 

OS ATOS DE GERAR A RECURPERAÇÃO AMBIENTAL DO RIO MAMANGUAPE-PB

 

 

Para fazer a recuperação do Rio Mamanguape, será necessário fazer o reflorestamento ou recuperação ambiental de matas ciliares, que pode ser bastante acelerado naturalmente. Plantando espécies nativas, atrativas e bem característica da fauna que se ajusta as várias espécies pioneiras da região e procurando adaptá-las mediante as condições da umidade do solo, para que possa gerar alta diversidade de espécies de crescimento acelerado junto com as espécies secundárias tardias e climáticas.

 

Tendo o cuidado em praticar o reflorestamento de nascentes, margens e áreas degradadas, de diversas maneiras, na qualidade dos recursos hídricos. Recuperando e controlando os processos erosivos e revitalizando a deterioração da vegetação considerada estratégica para o desenvolvimento ecológico e sustentável do Rio Mamanguape.

 

 

De tal modo, haverá a necessidade de fazer o mapeamento desse conflito sócio econômico-ambiental, que é importante para que se busquem soluções plausíveis, onde os atores sociais supracitados possam utilizar-se dos recursos naturais disponíveis sem deteriorá-los. E também, precisando constituir políticas públicas que lhes deixem fazer uso do solo, que é seu por direito, sem que causem tantos impactos ao ecossistema em que estejam inseridos. Assim sendo, é preciso buscar uma volta à consciência ecológica que se encontra bastante enfraquecida.

 

 

Para isso é necessário gerar a proteção dos recursos naturais dentro de seus limites, de modo a assegurar o bem-estar das populações humanas que aí vivem, no fomento ao turismo rural e ecológico resguardando as condições locais e mantendo as paisagens e atributos culturais relevantes com as principais atividades desenvolvidas nas comunidades rurais, como a carcinicultura, a cana-de-açúcar, a pesca, a cata de caranguejos e mariscos e a agricultura e pecuária de subsistência.

 

 

Diante deste cenário, só através da educação ambiental, haverá o desenvolvimento sustentável, na preservação do meio ambiente, evitando o desperdício e incentivando o efetivo exercício da cidadania de maneira responsável. Criando oportunidades no dia-a-dia para que os habitantes dessa região possam vivenciar condições reais para aprender a conversar, a ser parcial e solidário, a ter conceito consigo mesmo, com os outros e com a natureza, agindo com moderação. Do mesmo modo, é preciso compreender que quem desrespeita a natureza, desrespeita os que dela dependem. Segundo, Loureiro afirma que.

 

 

[...] a Educação Ambiental como parte inerente do movimento social contemporâneo de rediscussão da relação sociedade-natureza e de construção da cidadania ecológica e planetária, o movimento ambientalista. (LOUREIRO, 2002.p. 72)

 

 

Assim, acredito que a força da natureza estar nas mãos do criador através do meio ambiente em moderação, com os ecossistemas e sua biodiversidade. Aprendendo que o meio ambiente não é mais simplesmente parecido com a natureza ou com os recursos naturais.

 

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

 

Este trabalho tem o desafio de compatibilizar a preservação ambiental  com o desenvolvimento econômico. Apesar de não ser uma tarefa fácil, já se vislumbra algumas mudanças de atitudes por parte das comunidades através da  implementação de ações concretas de controle ambiental. Buscando a atender as necessidades de uma sociedade que cada vez mais faz uso indiscriminado dos seus recursos naturais e aceitando um modelo de desenvolvimento devastador que prioriza a produção em escala industrial, sem se preocupar com os impactos ambientais ocasionados pelo rejeite inadequado de poluentes no meio ambiente. Percebendo que esta mesma sociedade, começa a colher os frutos da aplicação secular desse modelo, trazendo no dia a dia os problemas que ainda nem sequer os governantes tiveram o interesse de se colocar em prática em prol da sustentabilidade da região. Principalmente em condicionar a população, em programar a região estudada para controlar a qualidade ambiental, através de um sistema de monitoramento e vigilância, em diagnosticar os possíveis riscos de impactos e degradações que possam ocorrer futuramente. E esquece também em provocar mais rentabilidade social, ambiental e econômica para uma região prospera ao turismo ecológico.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

 

AESA – Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba. Disponível em: http//www.pb.gov.br/aesa. Acesso em: 9 jun. 2011..

 

ANA – Agencia Nacional de Águas. Ministério do Meio Ambiente do Brasil. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.ana.gov.br>. Acesso em: 26 jun. 2011.

ATLAS Geográfica do Estado da Paraíba. João Pessoa: GRAFSET, 1985.

CAVALCANTI, Clóvis – Valorização Ambiental na busca de um Futuro Sustentável / Contabilidade verde e Política Econômica – Meio Ambiente desenvolvimento sustentável e políticas públicas – 2ª Ed. – São Paulo: Cortez: Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1999.

COGERH – Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado da Paraíba - Dados

técnicos e operacionais. 2010.2

 

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <http://www.cnpma.embrapa.br>. Acesso em: 15 jun. 2011.      

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 15 jun. 2011.

IDEME – Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba. Disponível  em: <http:// www.ideme.pb.gov.br/. Acesso em: 17 jun. 2011.

 

LIMA, P. J. de; HECKENDORFF, W. D. Climatologia. In: Governo do Estado da Paraíba; Secretaria de Educação; Universidade Federal da Paraíba: Atlas Geográfica do Estado da Paraíba. João Pessoa: Graf set, 1985.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernard. – Educação Ambiental e Movimentos Sociais na Construção da Cidadania Ecológica e Planetária. - Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania / Calos Frederico Bernardo Loureiro, Philippe Pomier Layrargues, Ronaldo Souza de Castro. (orgs.). – São Paulo: Cortez, 2002.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4. Ed. 5. reimpr. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.