PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Econômicas e Gerencias

Curso de Ciências Contábeis

5º Período Noite

Contabilidade de Custos

Cultura Religiosa

Matemática Financeira

Planejamento Fiscal e Tributário

Projeto de Estagio Supervisionado

Sistemas Contábeis

Teoria Avançada da Contabilidade

 

 

 

 

                                                                

 

 

 

 

 

 

 
 

Anabelle Ferreira Amaral 

Filipe Henrique Paulista de Abreu

Laís Moreira Mendonça

Jessica de Oliveira Costa

Wilker José dos Santos Batista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A importância dos diversos saberes à formação acadêmico-profissional de Contadores, Economistas e Administradores.

 

 

 

 

 

 

Belo Horizonte

06 de Maio de 2013


Anabelle Ferreira Amaral

Filipe Henrique Paulista de Abreu

Laís Moreira Mendonça

Jessica de Oliveira Costa

Wilker José dos Santos Batista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A importância dos diversos saberes à formação acadêmico-profissional de Contadores, Economistas e Administradores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

Professores: Alex Magno Diamante

                     Anete Roese

                     Antonio do Monte F. Greco

                     Fátima Maria P. Drumond       

                     Jose Luiz Faria

                     Jose Ronaldo da Silva  

                      Rubens de Oliveira Gomes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Belo Horizonte

06 de Maio de 2013


SUMÁRIO

 

1. INTRODUÇÃO.. 3

2. QUAL A IMPORTANCIA DE SE ENSINAR O QUE É O CONHECIMENTO?.. 5

2.1  Quais são as causas do erro e da ilusão?.. 6

2.2 Por que o conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da realidade? 8

2.3 Qual é a importância da incerteza no processo de conhecimento? 8

2.4 Em que medida a condição planetária é um buraco negro da educação?.. 10

2.5 Do que trata a antropo-ética? 11

3. ANÁLISE E SÍNTESE DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS AOS PROFISSIONAIS DE DIVERSAS ÁREAS DE CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS DIVERSOS SABERES À SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA E SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL. 15

4. A IMPORTÂNCIA DOS DIVERSOS SABERES À FORMAÇÃO ACADÊMICO-PROFISSIONAL DE CONTADORES ECONOMISTAS E ADMINISTRADORES. 17

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 19

REFERENCIAS.. 20

ANEXOS.. 21


1. INTRODUÇÃO

A formação acadêmico-profissional de Contadores, Economistas e Administradores, além de estar diretamente ligadas aos conteúdos específicos da área, requerem também cuidados e atenção em relação àqueles conteúdos considerados menos importantes, pois, somados servirão de base para a completa formação do profissional, enquanto cidadão.

Esses outros conteúdos, de acordo com o texto “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, de Edgar Morin, que serviu de fonte para o trabalho desenvolvido a seguir, servem de apoio e dão condições ao acadêmico de se posicionar dentro do seu ambiente.  Eles servem para trazer ao estudante outros saberes e outros conhecimentos, pois, segundo Morin (2000, p. 31), “O conhecimento mostra que necessitamos civilizar nossas teorias, ou seja, desenvolver nova geração de teorias abertas, racionais, críticas, reflexivas e/ou autocríticas, que estão aptas a se autoreformar, pois o conhecimento do mundo como mundo é necessidade ao mesmo tempo intelectual e vital”.

Diante desse contexto, verifica-se que ao desenvolver outros saberes, o estudante participa de uma educação mais ampla, que é aquela que se caracteriza como educação do futuro, pois o conhecimento, conforme Morin (2000, p. 33), “É o problema universal de todo cidadão do novo milênio que, ao ter acesso às informações sobre o mundo se pergunta como ter a possibilidade de articulá-las e organizá-las. É também ponto de dúvida em como perceber e conceber o Contexto, o Global (a relação todo/partes), o Multidimensional e o Complexo”.

Esse trabalho teve como objetivo dimensionar esses conhecimentos e sua importância dentro do processo educacional de acadêmicos das áreas de Contabilidade, Economia e Administração, procurando mostrar a necessidade do conhecimento amplo e racional, assim como a necessidade da compreensão da verdadeira educação, pois esses fatores são relevantes e fundamentais para a contextualização do cidadão na sociedade. E isso, fará com que ele perceba a sua importância e procure desenvolver e se desenvolver dentro dessa sociedade, em um processo ético e social.

Como objetivos específicos, procurou-se nesse trabalho:

  • mostrar a importância do conhecimento amplo e contextual para o acadêmico;
  • identificar os fatores necessários para o crescimento ético e social do acadêmico;
  • esclarecer sobre os valores importantes existentes dentro dos conteúdos considerados menos importantes na formação do acadêmico;
  • contextualizar o acadêmico sobre a educação ampla, global na sua formação antropo-ética.

 O desenvolvimento desse trabalho se iniciou com a leitura da já referenciada obra do autor Edgar Morin. Teve seguimento com a criação de uma análise constituída por uma resenha crítica e necessária para a confecção do questionário respondido por profissionais de diversas áreas de conhecimento e finalizou-se com a síntese elaborada após debates e discussões sobre os assuntos levantados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. QUAL A IMPORTANCIA DE SE ENSINAR O QUE É O CONHECIMENTO?

 

Para o autor, o desenvolvimento do conhecimento científico é um poderoso meio de detecção de erros e de luta contra as ilusões. Aparecendo sob a forma de palavra, de ideia ou de teoria, esse conhecimento é o fruto de tradução e reconstrução executadas por meio da linguagem e do pensamento, comportando a integração do conhecedor com o que é de seu conhecimento, devendo ser, para a educação, um princípio e uma necessidade permanentes. Essa faculdade mostra que, na busca da verdade, as atividades auto observadoras devem ser inseparáveis das atividades observadoras, as autocríticas, inseparáveis das críticas, os processos reflexivos, inseparáveis dos processos de objetivação.

Nesse contexto, o conhecimento mostra que necessitamos civilizar nossas teorias, ou seja, desenvolver nova geração de teorias abertas, racionais, críticas, reflexivas e/ou autocríticas, que estão aptas a se autoreformar, pois o conhecimento do mundo como mundo é necessidade, ao mesmo tempo, intelectual e vital. É o problema universal de todo cidadão do novo milênio que, ao ter acesso às informações sobre o mundo se pergunta como ter a possibilidade de articulá-las e organizá-las. É também ponto de dúvida em como perceber e conceber o Contexto, o Global (a relação todo/partes), o Multidimensional e o Complexo.

Para articular e organizar os conhecimentos e assim reconhecer e conhecer os problemas do mundo, torna-se necessária a reforma do pensamento. Entretanto, esta reforma é paradigmática e, não, programática: é a questão fundamental da educação, já que se refere à nossa aptidão para organizar o conhecimento.

O conhecimento, ao buscar construir-se com referência ao contexto, ao global e ao complexo, deve mobilizar o que o conhecedor sabe do mundo. Em consequência, a educação deve promover a “inteligência geral” apta a referir-se ao complexo, ao contexto, de modo multidimensional e dentro da concepção global.  Quanto mais poderosa é a inteligência geral, maior é sua faculdade de tratar de problemas especiais. A compreensão dos dados particulares também necessita da ativação da inteligência geral, que opera e organiza a mobilização dos conhecimentos de conjunto em cada caso particular. Trata-se de entender o pensamento que separa e que reduz, no lugar do pensamento que distingue e une. Não se trata de abandonar o conhecimento das partes pelo conhecimento das totalidades, nem da análise pela síntese; é preciso conjugá-las. Existem desafios da complexidade com os quais os desenvolvimentos próprios de nossa era planetária nos confrontam inelutavelmente.

Ainda, segundo o autor, esse conhecimento deve ser absorvido e compreendido pelo ser humano, cujas possibilidades cerebrais ainda estão em grande parte inexploradas. Nesse sentido, considera que a mente humana poderia desenvolver aptidões ainda desconhecidas pela inteligência, pela compreensão, pela criatividade.  Nesse sentido, considera que o problema da compreensão tornou-se crucial para os humanos e, por este motivo, deve ser uma das finalidades da educação do futuro.  É bom lembrar que nenhuma técnica de comunicação traz por si mesma a compreensão. A compreensão não pode ser quantificada. Educar para compreender a matemática ou uma disciplina determinada é uma coisa; educar para a compreensão humana é outra. Nela encontra-se a missão propriamente espiritual da educação: ensinar a compreensão entre as pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade.

 

2.1 Quais são as causas do erro e da ilusão?

 

Nesse caso o autor considera que uma das fontes mais poderosas de erros e ilusões é a racionalização nas ideias que, diferente da racionalidade, se crê racional porque constitui um sistema lógico perfeito, fundamentado na dedução ou na indução, mas, em contra partida,  fundamenta-se em bases mutiladas ou falsas, negando-se à contestação de argumentos e à verificação empírica.

A racionalização, apesar de fechada nutre-se nas mesmas fontes que a racionalidade, que é considerada a melhor proteção contra o erro e a ilusão pois, sendo aberta por natureza, a racionalidade dialoga com o real que lhe resiste. Essa racionalidade opera o ir e vir incessante entre a instância lógica e a instância empírica; é o fruto do debate argumentado das ideias, e não a propriedade de um sistema de ideias. Nesse sentido, a racionalidade deve permanecer aberta ao que a contesta para evitar que se feche em doutrina e se convertaem racionalização. Averdadeira racionalidade conhece os limites da lógica, do determinismo e do mecanicismo; sabe que a mente humana não poderia ser onisciente, que a realidade comporta mistério. Negocia com a irracionalidade, o obscuro, o irracionalizável. É não só crítica, mas autocrítica.

O conhecimento, sob a forma de palavra, de ideia, de teoria, é o fruto de uma tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro.

Este conhecimento, que é ao mesmo tempo tradução e reconstrução, comporta a interpretação, o que introduz o risco do erro na subjetividade do conhecedor, de sua visão do mundo e de seus princípios de conhecimento. Daí os numerosos erros de concepção e de ideias que sobrevêm a despeito de nossos controles racionais.

A projeção de nossos desejos ou de nossos medos e as perturbações mentais trazidas por nossas emoções multiplicam os riscos de erro. Como exemplo, cita-se a estreita relação entre inteligência e afetividade. Nesse caso, a faculdade de raciocinar pode ser diminuída, ou mesmo destruída, pelo déficit de emoção; o enfraquecimento da capacidade de reagir emocionalmente pode mesmo estar na raiz de comportamentos irracionais.

Segundo o autor, cada mente é dotada também de potencial de mentira para si próprio (self-deception), que é fonte permanente de erros e de ilusões. O egocentrismo, a necessidade de autojustificativa, a tendência a projetar sobre o outro a causa do mal fazem com que cada um minta para si próprio, sem detectar esta mentira da qual, contudo, é o autor. A própria memória é também fonte de erros inúmeros. A memória, não-regenerada pela rememoração, tende a degradar, mas cada rememoração pode embelezá-la ou desfigurá-la.

Nossos sistemas de ideias (teorias, doutrinas, ideologias) estão não apenas sujeitos ao erro, mas também protegem os erros e ilusões neles inscritos.

Mas a racionalidade traz também em seu seio uma possibilidade de erro e de ilusão quando se perverte, como acabamos de indicar, em racionalização. A racionalização se crê racional porque constitui um sistema lógico perfeito, fundamentado na dedução ou na indução, mas fundamenta-se em bases mutiladas ou falsas e nega-se à contestação de argumentos e à verificação empírica

As possibilidades de erro e de ilusão são múltiplas e permanentes: aquelas oriundas do exterior cultural e social inibem a autonomia da mente e impedem a busca da verdade; aquelas vindas do interior, encerradas, às vezes, no seio de nossos melhores meios de conhecimento, fazem com que as mentes se equivoquem de si próprias e sobre si mesmas

 

 

2.2 Por que o conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da realidade?

 

Para o autor, o conhecimento não é um espelho das coisas ou do mundo externo. Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Daí, resultam os inúmeros erros de percepção que vêm do sentido mais confiável, o da visão. Este conhecimento, ao mesmo tempo tradução e reconstrução, comporta a interpretação, o que introduz o risco do erro na subjetividade do conhecedor, de sua visão do mundo e de seus princípios de conhecimento. Daí os numerosos erros de concepção e de ideias que sobrevêm a despeito dos controles racionais. A projeção de desejos ou de medos e as perturbações mentais trazidas pelas emoções multiplicam os riscos de erro.

A afetividade pode asfixiar o conhecimento, mas pode também fortalecê-lo. Há estreita relação entre inteligência e afetividade: a faculdade de raciocinar pode ser diminuída, ou mesmo destruída, pelo déficit de emoção; o enfraquecimento da capacidade de reagir emocionalmente pode mesmo estar na raiz de comportamentos irracionais.

Portanto, não há um estágio superior da razão dominante da emoção, mas um eixo entre o intelecto e o afeto e, de certa maneira, a capacidade de emoções é indispensável ao estabelecimento de comportamentos racionais.

Efetuaram-se progressos gigantescos nos conhecimentos no âmbito das especializações disciplinares, durante o século XX. Porém, estes progressos estão dispersos, desunidos, devido justamente à especialização que muitas vezes fragmenta os contextos, as globalidades e as complexidades. Por isso, enormes obstáculos somam-se para impedir o exercício do conhecimento pertinente no próprio seio de nossos sistemas de ensino.

 

 

2.3 Qual é a importância da incerteza no processo de conhecimento?

 

De acordo com o autor, não se joga o jogo da verdade e do erro somente na verificação empírica e na coerência lógica das teorias. Joga-se também, profundamente, na zona invisível dos paradigmas. A educação deve levar isso em consideração.

O ser humano começa-se a se tornar verdadeiramente racional quando reconhece a racionalização até em na própria racionalidade e reconhece os próprios mitos, entre os quais o mito de sua razão toda poderosa e do progresso garantido.

Daí decorre a necessidade de reconhecer na educação do futuro um princípio de incerteza racional, no qual a racionalidade corre risco constante, caso não mantenha vigilante autocrítica quanto a cair na ilusão racionalizadora. Isso significa que a verdadeira racionalidade não é apenas teórica, apenas crítica, mas também autocrítica.

O principal obstáculo intelectual para o conhecimento se encontra no próprio meio intelectual de conhecimento. Daí resulta este paradoxo incontornável de manter uma luta crucial contra as ideias, mas somente podendo fazê-lo com a ajuda de ideias.

Nesse sentido, constata-se que a incerteza que mata o conhecimento simplista, é o desintoxicante do conhecimento complexo. Este paradigma determina dupla visão do mundo — de fato, o desdobramento do mesmo mundo: de um lado, o mundo de objetos submetidos a observações, experimentações, manipulações; de outro lado, o mundo de sujeitos que se questionam sobre problemas de existência, de comunicação, de consciência, etc.

Pode-se também utilizar a possessão a que as ideias submetem o ser humano para se deixar possuir justamente pelas ideias de crítica, de autocrítica, de abertura, de complexidade. Segundo o autor, “as ideias que defendo aqui não são tanto ideias que possuo, mas, sobretudo ideias que me possuem.”

Para o autor, de forma mais ampla, deve-se tentar jogar com as duplas possessões, a das ideias pela mente, a da mente pelas ideias, para alcançar formas em que a escravidão mútua se transformaria em convivibilidade.

Pois este é um problema-chave: instaurar a convivibilidade tanto com as ideias quanto com os mitos. A mente humana deve desconfiar de seus produtos “ideais”, que lhe são ao mesmo tempo vitalmente necessários, pois ela necessita estar permanentemente atenta para evitar idealismo e racionalização, necessitando de negociação e controles mútuos entre a mente e as ideias.

Desse modo, o século XX viveu sob o domínio da pseudoracionalidade, que presumia ser a única racionalidade, mas atrofiou a compreensão, a reflexão e a visão em longo prazo. Sua insuficiência para lidar com os problemas mais graves constituiu um dos mais graves problemas para a humanidade.

 

2.4 Em que medida a condição planetária é um buraco negro da educação?

 

De acordo com o autor, os desenvolvimentos próprios à nossa era planetária nos confrontam cada vez mais e de maneira cada vez mais inelutável com os desafios da complexidade.

A inteligência parcelada, compartimentada, mecanicista, disjuntiva e reducionista rompe o complexo do mundo em fragmentos disjuntos, fraciona os problemas, separa o que está unido, torna unidimensional o multidimensional. É uma inteligência míope que acaba por ser normalmente cega. Destrói no embrião as possibilidades de compreensão e de reflexão, reduz as possibilidades de julgamento corretivo ou da visão a longo prazo. Por isso, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior é a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade; quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; mais os problemas se tornam planetários, mais eles se tornam impensáveis. Incapaz de considerar o contexto e o complexo planetário, a inteligência cega torna-se inconsciente e

irresponsável.

Para o autor, a educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na condição humana, pois, estando na era planetária; uma aventura comum conduz os seres humanos, onde quer que se encontrem. Estes devem reconhecer-se em sua humanidade comum e ao mesmo tempo reconhecer a diversidade cultural inerente a tudo que é humano. O problema planetário é um todo que se nutre de ingredientes múltiplos, conflitivos, nascidos de crises; ele os engloba, ultrapassa-os e nutre-os de volta.

O que agrava a dificuldade de conhecer nosso mundo é o modo de pensar que atrofiou em nós, em vez de desenvolver, a aptidão de contextualizar e de globalizar, uma vez que a exigência da era planetária é pensar sua globalidade, a relação todo em partes, sem se preocupar com sua multidimensionalidade, sua complexidade, esquecendo-se de conceber o contexto, o global, o multidimensional e o complexo.

Assim, a era planetária abre-se e desenvolve-se na e pela violência, pela destruição, pela escravidão e pela exploração feroz das Américas e da África. Os bacilos e os vírus da Eurásia invadem as Américas provocando hecatombes, semeando varíola, herpes, gripe, tuberculose, enquanto levam da América o treponema da sífilis que contamina de sexo em sexo até Shangai.

A planetarização provoca, no século XX, duas guerras mundiais, duas crises econômicas mundiais e, após1989, ageneralização da economia liberal denominada mundialização.

A unificação mundializante faz-se acompanhar cada vez mais pelo próprio negativo que ela suscita, pelo efeito contrário: a balcanização. O mundo, cada vez mais, torna-se uno, mas torna-se, ao mesmo tempo, cada vez mais dividido. Paradoxalmente, foi a própria era planetária que permitiu e favoreceu o parcelamento generalizado dos Estados nações; de fato, o pedido de emancipação da nação é estimulado por um movimento de ressurgência da identidade ancestral, que ocorre em reação à corrente planetária de homogeneização civilizacional, e esta demanda é intensificada pela crise generalizada do futuro.

O próprio desenvolvimento criou mais problemas do que soluções e conduziu à crise profunda de civilização que afeta as prósperas sociedades do Ocidente. Concebido unicamente de modo técnico-econômico, o desenvolvimento chega a um ponto insustentável, inclusive o chamado desenvolvimento sustentável. É necessária uma noção mais rica e complexa do desenvolvimento, que seja não somente material, mas também intelectual, afetiva, moral...

 

2.5 Do que trata a antropo-ética?

 

Segundo o autor, a partir da análise da complexidade da cadeia produtiva/destrutiva das ações mútuas das partes sobre o todo e do todo sobre as partes tornou-se necessário entender a insustentável complexidade do mundo no sentido de que é preciso considerar a um só tempo a unidade e a diversidade do processo planetário, suas complementaridades, ao mesmo tempo que seus antagonismos.

Por não ser um sistema global, e sim um turbilhão em movimento, desprovido de centro organizador, o planeta exige um pensamento policêntrico capaz de apontar o universalismo, não abstrato, mas consciente da unidade/diversidade da condição humana. Educar para este pensamento é a finalidade da educação do futuro, que deve trabalhar na era planetária, para a identidade e a consciência terrenas.

Enquanto a espécie humana continua sua aventura sob a ameaça de autodestruição, o imperativo tornou-se salvar a Humanidade, ainda mais, por se entender que a dominação, a opressão, a barbárie humanas permanecem no planeta e agravam-se. Trata-se de um problema antropo-histórico fundamental, para o qual não há solução a priori, apenas melhoras possíveis, e que somente poderia tratar do processo multidimensional que tenderia a civilizar cada um de nós, nossas sociedades e a Terra.

De acordo com o autor, Indivíduo e Sociedade existem mutuamente. A democracia favorece a relação rica e complexa indivíduo/sociedade, em que os indivíduos e a sociedade podem ajudar-se, desenvolver-se, regular-se e controlar-se. Para isso, nas sociedades modernas, a democracia constitui, portanto, um sistema político complexo, vivendo de pluralidades, concorrências e antagonismos, permanecendo como comunidade. As interações entre indivíduos produzem a sociedade, que testemunha o surgimento da cultura, e que retroage sobre os indivíduos pela cultura.

Segundo o autor, não se pode tornar o indivíduo absoluto e fazer dele o fim supremo desse circuito; tampouco se pode fazê-lo com a sociedade ou a espécie. No nível antropológico, a sociedade vive para o  indivíduo, o qual vive para a sociedade; a sociedade e o indivíduo vivem para a espécie, que vive para o indivíduo e para a sociedade. Entretanto, podemos considerar que a plenitude e a livre expressão dos indivíduos-sujeitos constituem nosso propósito ético e político, sem, entretanto, pensarmos que constituem a própria finalidade da tríade indivíduo/sociedade/espécie. A complexidade humana não poderia ser compreendida dissociada dos elementos que a constituem: todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à espécie humana.

A possibilidade antropológica, sociológica, cultural, espiritual de progresso restaura o princípio da esperança, mas sem certeza “científica”, nem promessa “histórica”. É uma possibilidade incerta que depende muito da tomada de consciência, da vontade, da coragem, da oportunidade... Do mesmo modo, as tomadas de consciências tornaram-se urgentes e primordiais. Por isso, é necessário aprender a “estar aqui” no planeta.  Aprender a estar aqui significa: aprender a viver, a dividir, a comunicar, a comungar; é o que se aprende somente nas — e por meio de — culturas singulares. Precisamos doravante aprender a ser, viver, dividir e comunicar como humanos do planeta Terra, não mais somente pertencer a uma cultura, mas também ser terrenos.

Devemo-nos dedicar não só a dominar, mas a condicionar, melhorar, compreender, desenvolvendo em nós as consciências antropológica, ecológica, cívica e espiritual.

É necessário ensinar não mais a opor o universal às pátrias, mas a unir concentricamente as pátrias e a integrá-las no universo concreto da pátria terrestre. Não se deve mais continuar a opor o futuro radiante ao passado de servidão e de superstições. Todas as culturas têm virtudes, experiências, sabedorias, ao mesmo tempo que carências e ignorâncias.

Comprometidos, na escala da humanidade planetária, na obra essencial da vida, que é resistir à morte, o duplo imperativo antropológico impõe-se: salvar a unidade humana e salvar a diversidade humana. Civilizar e solidarizar a Terra, transformar a espécie humana em verdadeira humanidade torna-se o objetivo fundamental e global de toda educação que aspira não apenas ao progresso, mas à sobrevida da humanidade. A consciência de nossa humanidade nesta era planetária deveria conduzir-nos à solidariedade e à comiseração recíproca, de indivíduo para indivíduo, de todos para todos. A educação do futuro deverá ensinar a ética da compreensão planetária.

 As interações entre indivíduos produzem a sociedade e esta antropo-ética, deve ser considerada como a ética da cadeia de três termos indivíduo/sociedade/espécie, de onde emerge nossa consciência e nosso espírito propriamente humano. Essa é a base para ensinar a ética do futuro.

A antropo-ética supõe a decisão consciente e esclarecida de assumir a condição humana indivíduo/sociedade/espécie na complexidade do nosso ser,  alcançando a humanidade em nós mesmos em nossa consciência pessoal e  assumindo o destino humano em suas antinomias e plenitude. Nesse sentido, a antropo-ética instrui-nos a assumir a missão antropológica do milênio,  trabalhando para a humanização da humanidade; efetuando a dupla pilotagem do planeta: obedecer à vida, guiar a vida; alcançando a unidade planetária na diversidade; respeitando no outro, ao mesmo tempo, a diferença e a identidade quanto a si mesmo; desenvolvendo a ética da solidariedade; desenvolvendo a ética da compreensão e ensinando a ética do gênero humano.

A antropo-ética compreende, assim, a esperança na completude da humanidade, como consciência e cidadania planetária. Compreende, por conseguinte, como toda ética, aspiração e vontade, mas também aposta no incerto. Ela é consciência individual além da individualidade.

Nessas condições, a regeneração democrática supõe a regeneração do civismo, a regeneração do civismo supõe a regeneração da solidariedade e da responsabilidade, ou seja, o desenvolvimento da antropo-ética.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3. ANÁLISE E SÍNTESE DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS AOS PROFISSIONAIS DE DIVERSAS ÁREAS DE CONHECIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS DIVERSOS SABERES À SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA E SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL.

No universo dos questionários realizados, nota-se que a maioria dos entrevistados é graduada no Curso de Contabilidade e, tendo por base as respostas apresentadas pelos diversos profissionais contatados, constata-se como ponto em comum, que o profissional de cada área tem consciência da importância que sua função exerce meio em que atua, como se vê adiante na resposta de um contador entrevistado: “A Contabilidade é vista como um consultor, que deverá utilizar os seus conhecimentos, para oferecer aos clientes uma melhor decisão profissional e pessoal e (...) auxilia as pessoas tomarem decisões” (Informação verbal).[1]

Mesmo assim, pode ser sentida por alguns dos entrevistados que “É uma posição em que a maioria das pessoas gostaria de ter, sendo até o dono do  próprio negocio, porém pensando só nas vantagens, não levando em conta desvantagens que são muitas, se tratando de uma empresa de que pequeno porte” (Informação verbal )[2]

Para outros, essa função, apesar de sua importância no mercado, não é reconhecida por todos, pois “A Contabilidade é vista como muito importante, porém, numa camada muito restrita da sociedade. No meio empresarial, nossa profissão é muito pouco conceituada e deveria ser muito mais, pela importância que ela representa na vida das empresas e, consequentemente, no meio social” (informação verbal)[3]. Essa realidade demonstra a necessidade de um processo de conscientização, uma vez que esse tipo de trabalho, conforme a Informação verbal[4] afirma que “(...) a Contabilidade possui armas que possibilitam a sociedade tomar decisões, sejam elas positivas ou negativas. Desta forma, observa-se que a necessidade de informações precisas é de extrema necessidade”.

De um modo geral, nota-se que os todos os entrevistados consideram que apenas a formação relacionada ao setor em que atua não é suficiente para que se estabeleçam com competência em sua atividade. Todos têm ou tiveram interesses por outras disciplinas e por outros conhecimentos, independentemente de serem ou não, relacionados ao setor em que atua. E é opinião comum dentre esses entrevistados que os conhecimentos adquiridos através de conteúdos e disciplinas alternativas são importantes na sua atuação profissional, conforme pode se ver a seguir: “Esses conteúdos são a base, o alicerce, para o conhecimento e o desempenho profissional. Eles nos servem de bússola e é um norte em nossa profissão. A partir daí, que temos condições de saber buscar novos conhecimentos que subsidiam a atuação em nossa profissão” (Informação verbal).[5]

Além disso, conforme outra Informação verbal4 “(...) estes conteúdos me deram base teórica e prática para o aprimoramento dos meus conhecimentos na área comercial. Desta forma, posso dizer que estas disciplinas foram imprescindíveis para o meu sucesso profissional”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4. A IMPORTÂNCIA DOS DIVERSOS SABERES À FORMAÇÃO ACADÊMICO-PROFISSIONAL DE CONTADORES ECONOMISTAS E ADMINISTRADORES.

Considerando que no texto “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, o autor defende que conhecimento deve ser percebido como fundamental fator de mudança e, se usado adequadamente, pode ser poderoso meio de detecção de erros e de luta contra as ilusões, é necessário que os acadêmicos procurem desenvolver teorias abertas, racionais, críticas, reflexivas ou autocríticas, sempre aptas a se autoreformar. Esse processo possibilita o conhecimento do mundo como mundo e faz com que o cidadão se pergunte sobre a possibilidade de articulá-las e organizá-las, percebendo-se como elemento importante no contexto global.

Nesse sentido, considera que o problema da compreensão tornou-se crucial para os humanos e, por este motivo, deve ser uma das finalidades da educação do futuro. Mas para isso, há a necessidade de compreender e entender outras áreas e outros saberes para, dentro de determinado contexto, poder conceber adequado juízo de valor, baseado na racionalidade e na objetividade.

Dentro do processo do conhecimento, onde se integram saberes variados, produz-se a interdisciplinaridade, fator importante para a compreensão, a reflexão e a visão em longo prazo, tornando a educação mais universalizada e fazendo com que, a partir de uma auto-análise, o ser humano se encontre e se reconheça.

De acordo com esses fundamentos, observou-se nos questionários realizados, que os entrevistados - sendo já profissionais e exercendo, inclusive, funções de liderança – já apresentam características de que estão inseridos no contexto de educação do futuro, ao apresentar:

  • sabem da importância de sua atividade dentro do contexto no qual estão inseridos;
  • percebem a influência de sua empresa para a sociedade;
  • Tem conhecimento da importância de outros saberes para a sua formação acadêmica e profissional;
  • Fazem análise contextual de sua atividade, relacionando-a outros saberes, juntamente com a importância dela para a sociedade.

 

Concluindo, constata-se que, se para o autor o ser humano não conhece o seu mundo pela dificuldade que tem em desenvolver a aptidão de contextualizar e de globalizar, interferindo negativamente na vida do planeta; os entrevistados provaram que, navegam em sentido contrário, quando se mostram preocupados com o papel de sua empresa dentro do contexto social.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Este trabalho foi constituído a partir da leitura do texto “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, de Edgar Morin e teve como objetivo verificar a importância dos diversos saberes à formação acadêmico-profissional de Contadores, Economistas e Administradores.

Após a Leitura, elaborou se uma síntese da obra, cujo tema predominante foi a análise do conhecimento, sua importância e a sua real compreensão como fator de diferença na formação do ser humano. Nesse contexto, conheceu-se a defesa que o autor faz sobre o conhecimento abrangente, onde mostra que, na busca da verdade, as atividades auto-observadoras devem ser inseparáveis das atividades observadoras, as autocríticas, inseparáveis das críticas e os processos reflexivos, inseparáveis dos processos de objetivação. E esse procedimento dará ao ser humano a condição necessária para agir com racionalidade e segurança, procurando a universalização e a contextualização da educação. Desse modo, ele perceberá e reconhecerá o seu papel na sociedade.

Após essa atividade, elaborou-se um questionário que, direcionado à profissionais de diversas áreas de conhecimentos, serviu para perceber a importância dos diversos saberes específicos à sua formação acadêmica e sua atuação profissional. Nesse trabalho pôde se perceber que os profissionais já se preocuparam e ainda se preocupam com a importância de sua atividade dentro do contexto em que atua e também sobre a influência que a empresa exerce na sociedade. De acordo com os questionários, percebe-se também que esses profissionais dão importância aos conhecimentos de outros saberes como fator de importância para a sua formação.

Finalizando, elaborou-se uma síntese do aprendizado, mesclando o que foi lido na obra que serviu de base, com os dados apanhados nos questionários. O resultado disso foi usado em discussões e debates intergrupais, concluindo nesse estudo que o processo educacional do futuro pede que o ser humano, consciente de sua condição de unidade/diversidade, em processo um antropo-ético deve, ao cuidar dele, pensar, refletir, observar que influência sua atitude trará para os contextos global e universal.

 

 

REFERÊNCIAS

ÁVILA, Uilton.  Entrevista concedida a Filipe Henrique Paulista de Abreu. Sete Lagoas, 20 de abr. 2013.

 

BAPTISTA, Wanderley. Entrevista concedida a Wilker José dos Santos Batista. Belo Horizonte, 29 de abr. 2013

 

BAPTISTA, Wantuir. Entrevista concedida a Wilker José dos Santos Batista. Belo Horizonte, 29 de abr. 2013.

 

ENI, Cleuza. Entrevista concedida a Filipe Henrique Paulista de Abreu. Belo Horizonte, 17 de abr. 2013.

 

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. In.: http://www.juliotorres.ws/textos/textosdiversos/SeteSaberes-EdgarMorin.pdf, acesso em 08 de junho de 2012.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad.: Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 2. ed., São Paulo: Cortez, Brasília: UNESCO, 2000.

NETTO, Alfredo Calixto Batista. Entrevista concedida a Laís Moreira Mendonça. Contagem, 27 abril 2012.

PEREIRA, Maria Beatriz Lopes. Entrevista Concedida a Anabelle Amaral. Belo Horizonte, 28 abril.2013.

SILVA, Juventino Saldanha. Entrevista concedida a Laís Moreira Mendonça. Belo Horizonte, 26 abril 2012.

 

SILVEIRA, Leonardo Pereira Pêsso da. Entrevista Concedida a Anabelle Amaral. Minas Gerais, 28 abril.2013.

SANTO, Michel Correia. Entrevista concedida a Jessica de Oliveira Costa. Belo Horizonte, 28 de abr. 2013.

 

SANTOS, Joanes Pereira dos. Entrevista concedida a Jessica de Oliveira Costa. Belo Horizonte, 28 de abr. 2013.

 

 

 

 

 

 

ANEXOS

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: Uilton Avila

Idade: 45 ANOS

Profissão: CONTADOR

Empresa onde trabalha: Escritório de Contabilidade Uilton Avila

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

 

Nasci em uma família de comerciantes, e em toda minha adolescência me deparei com situações que eram necessários conhecimentos contábeis, desta forma com 20 anos observei que o curso que mais se adequava ao meu perfil erra a Contabilidade.

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

 

Hoje não obstante a necessidade de um Contador em uma Organização, sou visto como uma pessoal muito consultiva e respeitada ao se tratar de informações inerentes a contabilidade, pelos meu clientes.

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

 

Com certeza, pois a contabilidade possui armas que possibilitam a sociedade tomar decisões sejam positivas ou negativas, desta forma observa-se que a necessidade de informações precisas é de extrema necessidade.

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

 

Durante a minha graduação posso dizer que as disciplinas que mais me interessaram foi a Contabilidade Comercial e suas especificações.

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

 

Certamente sim, pois hoje conto com 90 % dos meus clientes sendo do comercio varejista.

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

 

Sim, pois estes conteúdos me deram base teórica e pratica para o aprimoramento dos meus conhecimentos na área comercial, desta forma posso dizer que estas disciplinas foram imprescindíveis para o meu sucesso profissional. 

 

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: WANDERLEY DOS SANTOS BAPTISTA

Idade: 38 ANOS

Profissão: COORDENADOR ADMINISTRATIVO

Empresa onde trabalha: PRESTASERV PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

 

A grande identificação com números e procedimentos administrativos.

2)

Como a função que você ocupa é vistano meio social?

 

De grande importância e reflexos no modo de vida.

 

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

 

Claro! Tanto dos colaboradores, familiares e empresas ligadas as atividades. Inclusive entidades governamentais.

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

 

Matemática financeira, Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional.

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

 

Sim. Com certeza. Devido à área em que atuo, ser de resultado e suporte para tomada de decisões.

 

 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

 

Perfeitamente! Para o controle assíduo da saúde financeira da organização e o bem estar de seu capital humano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                 Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares     

Nome: Wantuir dos Santos Batista

Idade: 41 anos

Profissão: Contador

Empresa onde trabalha: S/A Estado de Minas

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

- Por ser uma profissão que lhe permite ter conhecimento, controle e análise de todos os dados da empresa, desde o processo inicial ao final da empresa. Dando-lhe uma visão geral da saúde financeira da empresa, podendo fornecer dados para a tomada de decisões.

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

- Ela é vista como uma função muito importante e de destaque no meio social, por ser de tamanha importância para todas as empresas referente a tomada de decisões e planejamento financeiro.

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

- Sim!  Todas as pessoas que são clientes, investidores, empregados, empregadores e fornecedores de um modo ou de outro, dependem de informações contábeis e financeiras das empresas, seja, para comprar, fornecer, investir, se empregar, demitir.

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

-         Administração financeira e orçamentária;

-         Matemática Financeira;

-         Contabilidade de Custos I e II;

-         Legislação Tributária.

 

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

- Sim. Relacionam com o orçamento anual,  Empréstimos, Financiamentos, Custo do produto, Impostos e Encargos Sociais.

 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

 

- Os conhecimentos adquiridos me servem de base para fazer o orçamento anual, para projetar juros de empréstimos ou financiamentos, para analisar se o custo do produto está sendo viável e se os impostos podem ser reduzidos ou negociados.

 

 

 

 

 

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: Cleuza Eni

Idade: 42 ANOS

Profissão: CONTADORA

Empresa onde trabalha: A.R.G CONSTRUTORA LTDA

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

 

Mercado de trabalho promissor.

 

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

 

É vista como uma função muito difícil e burocrática.

 

 

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

 

Minha atividade influencia muito na sociedade, pois quando se fala de contabilidade é inegável não associar ao impostos que são devidos pelas organizações. Desta forma, o impacto é muito grande por se tratar de um setor que esta ligada diretamente a sociedade.

 

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

 

O que mais me despertou interesse na minha graduação certamente muito o setor da Construção Civil, pela sua complexidade e dinamismo.

 

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

 

Sim, sempre trabalhei na Construção Civil ela me desperta muito interesse.

 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

 

Certamente, pois a base teórica é primordial para qualquer profissão.

 

 

 

 

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome:ALFREDO CALIXTO BATISTA NETTO

Idade:67 ANOS

Profissão:CONTADOR/ADMINISTRADOR

Empresa onde trabalha: CONTABILIDADE INF. E ASSESSORIA EMPRESARIAL - CINAE SC.

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

A necessidade de fazer um Curso Técnico que me desse condições de trabalho; mesmo porque eu já trabalhava no escritório de uma indústria.

Eu já atuava como auxiliar na área Fiscal, depois, no setor de  Pessoal e posteriormente na área contábil. Como eu gostava do meu trabalho, fiz o curso Técnico em Contabilidade, unindo assim o útil ao agradável.

Posteiormente, fiz o Curso de Ciências Contábeis, na PUC Coração Eucaritico - Belo Horizonte. Como eu poderia fazer o Curso de Administração, utilizando das matérias do Curso de Ciências Contábeis, complementei mais um ano de estudo, formando em Administração de Empresas.

Hoje sou registrado no CRC/MG. Nº 19.937/0-5. e no Conselho Regional de Administração CRA/MG Nº 026823.

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

Ela é vista como muito importante, porém, numa camada muito restrita da sociedade.

No meio empresarial, nossa profissão é muito pouco conceituada, deveria   ser     muito mais, pela importância  que ela representa na vida da empresas, consequentemente,    no meio social.

Atribuo a essa condição, a  falta de conhecimento do empresariado brasileiro.  Vou usar um termo até "pesado", mas um grande   nº    de empresarios   brasileiros, de médio e pequeno porte, chega  a  estar "alienado", dessa importância da nossa profissão. Tenho  deparado com caso, de empresários,  que embora  sua empresa tenha contador, o mesmo não participa de reuniões cujo assunto diz respeito exatamente,  ao setor  administrativo,  contábil e fiscal /tributário de sua empresa.

Há casos de empresários, que houvem opião de leigos e não de nós profissionais, que dedicamos, estudo, tempo e investimentos na profissão.

Só  que nesses casos os resultados são arasadores   não só   para as  empresas, bem como para os  empresários, para a sociedade e  seus familiares.

 

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

E muito. Vejam vocês, o que estou citando na questão anterior.

Empresa quebrando,  redução de mercado de trabalho, por falta de orientação ou orientação completamente destituda de conhecimento, contábil, tributário ou  administrativo. 

São casos e mais casos, concretos, que temos assistido em nosso cotiano profissional.

 Costume dizer que, as empresas tem duas fases perigosas, ou seja, quando estão sem dinheiro, sem capital de giro;  e quando estão  ganhando muito dinheiro.

No primeiro caso, não há duvida das dificuldades a serem enfrentadas, para tantar salvar a empresa.

No segundo caso,  como o dinheiro está sobrando, o empresário, começa a pensar que pode muito, que está com a situação garantida para toda a vida; que o dinheiro nunca  vai acabar.

Conhecemos  casos  de empresários que desviaram recursos da empresa, para outras finalidades, que não para os objetivos da empresa.; por exemplo, para construção  de sede caríssimas, ou outros bens,  deviando seu capital de giro para áreas completamente desvinculadas de seu objetivo social; e  mais tarde ter de arcar com dívidas bancárias, pela falta desse mesmo capital; levando a empresa  à falência. 

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

 Todas. O contador é um profissional, principalmente, hoje em dia, que tem de ter um conhecimento vasto e profundo não só de sua profissão como,também, na esfera social.

O contador não pode  nunca deixar de buscar conhecimentos os mais diversos; tamanha é a  complexidade que envolve nossa profissão.

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

Não  só se relacionam, com nossa área de atuação, como, também, deveremos buascar conhecimento em outras áreas, que direta ou indiretamente, convergem para nossa atividade profissional. 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

Importantíssimos. Esses conteúdos são a base, o alicerce, para o conhecimento e o desempenho profissional; eles nos servem de busola, é um norte em nossa profissão; a apartir daí que temos condições de saber buscar novos conhecimentos que subsidiam a tuação da nossa profissão.

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: Maria Beatriz Lopes Pereira

Idade: 45

Profissão: Contadora

Empresa onde trabalha: Expresso Gardênia Ltda.

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

 

A profissão proporciona possibilidades de atuação em diversas áreas, como contábil, fiscal, controladoria, auditoria. O mercado de trabalho é favorável tendo muita oferta com pouco desemprego.

 

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

 

É vista como um consultor, que devera utilizar os seus conhecimentos, para oferece os clientes uma melhor decisão profissional e pessoal

 

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

 

Sim, pois a contabilidade auxilia as pessoas tomarem decisões

 

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

 

Contabilidade tributária, custo, controladoria.

 

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

 

Sim

 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

 

Sim. Pois o profissional contábil deve saber sobre os incentivos fiscais, benefícios gerados pelas normas contábeis.

 

 

 

 

 

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: JUVENTINO SALDNAHA DA SILVA

Idade: 56 ANOS

Profissão: Contador e Professor

Empresa onde trabalha: FUNEC.

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

R - Vários foram os motivos pelos quais optei pelos os cursos de contabilidade, 1º técnico; 2º bacharelato, 3º pós-graduação e outras especializações. Destaco a realização pessoal, facilidade em lidar com as questões contábeis e o campo de aplicação dessa ciência, conhecimento adequado e suficiente para transitar nos controles, organização e gerenciamento, ou seja, no âmbito financeiro, fiscal, gerencial das grandes às micro empresas, além de poder contribuir na formação de novos profissionais.

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

R – Tendo em vista, a demanda de empresas nas áreas industrial, comercial, serviços, profissionais liberais e propensos empresários, pessoas físicas, inclusive,  por orientação  e contratação  de serviços do profissional de contabilidade, creio ser relevante  a minha função como contador e professor.

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

R – Aqui na empresa e fora dela, tenho plena convicção que a minha atividade de profissional na área consultoria, na organização e controle de empresas, inclusive no meio acadêmico,  fazem as pessoas de modo geral perceberem a importância das técnicas e o conhecimento da contabilidade em suas vidas, mudam conceitos pré formados, abraçam-na como profissão, adaptam suas atividades profissionais e/ou empresariais às técnicas pertinentes a essa ciência.

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

R – Tive no curso técnico de contabilidade a possibilidade de tornar-me um profissional da área contábil, especializei-me em contabilidade financeira, mas foi na Universidade que adotei alguns conteúdos como predileto, em destaque, a disciplina de custos, muita embora, percebo que poucos são os docentes que ministram tal disciplina no seu grau de relevância, em segundo adotei a contabilidade gerencial, devido, talvez ao meu temperamento.

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

R- Sem dúvida. Coloco-as em pratica no dia-a-dia junto a empresas, bem como em sala de aula.

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

R – São importantes, pois deles posso exercer grande parte da minha atividade profissional.

 

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: Leornado Pereira Pêsso da Silveira

Idade: 28

Profissão: Sócio Administrador

Empresa onde trabalha: A Vigília Vigilância Eletrônica

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

 

Devido à carência de bom profissional no mercado e por ser um mercado em expansão.

 

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

 

É uma posição que a maioria das pessoas gostaria de ter, ser o dono próprio negocio, porém pensando só nas vantagens, não levando em conta desvantagens que são muita se tratando de um empresa de que pequeno porte.

 

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

 

Sim, por se tratar do segmento de segurança.  A missão da empresa é levar segurança e tranqüilidade aos clientes

 

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

 

Informática, segurança em redes

 

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

 

Sim

 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

 

Os conhecimentos adquiridos são utilizados na instalação de monitoramento de câmeras via internet o que tem ligação direta com segurança em redes

 

 

 

 

 

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: Michel Correia Santo

Idade: 35

Profissão: Contador

Empresa onde trabalha: Pavilos & Sondag Consultoria LTDA

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

Me identifico com as áreas de exatas e gerenciais com processos administrativos e contábeis das empresas.

 

 

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

 

Atualmente essa profissão é vista como indispensáveis pelas empresas, no entanto ainda não é muito valorizada.

 

 

 

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

Sim, principalmente a vida patrimonial e socioeconômica das empresas.

 

 

 

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

 Contabilidade Avançada

Contabilidade de Custos

 

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

Sim, trabalho no ramo de controladoria e as disciplinas citadas foram a minha base

 

 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

Com certeza, o conhecimento teórico é importante para ser aplicada a prática de maneira correta e com conhecimento  prévio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Questionário Prático – Trabalhos Interdisciplinares

Nome: Joanes Pereira Santos

Idade: 32

Profissão: Contador

Empresa onde trabalha: Stepan Química Ltda

 

1)

Que motivos o levaram a escolher esta profissão?

Interesse em atuação no gerenciamento de empresas.

 

 

2)

Como a função que você ocupa é vista no meio social?

É vista como uma profissão muito dedicada ao trabalho.

 

 

 

3)

Você acha que a sua atividade influencia a vida das pessoas?

Sim. Através de informações para resolução de problemas fiscais e gestão financeira individual.

 

 

 

4)

Durante a sua graduação, que disciplinas e conteúdos lhe despertaram maior interesse?

Contabilidade de Custos
  Contabilidade Geral
Contabilidade Pública

 

 

5)

Você considera que essas disciplinas e conteúdos se relacionam com a área em que você atua?

  Parcialmente. Embora necessito dos conteúdo básico de cada disciplina.

 

 

 

6)

E os conhecimentos adquiridos através desses conteúdos e disciplinas são importantes na sua atuação profissional?

 

Sim. Auxilia no aspecto de análise, interpretação e na tomada de decisão de fatos envolvendo empresa e o Erário.

 

 

 

 



[1] Entrevista realizada com Maria Beatriz Lopes Pereira, Contadora da empresa Expresso Gardênia Ltda., em Abril de 2013.

[2] Entrevista realizada com Leonardo Pereira Pêsso da Silveira, Sócio Administrador da empresa  “A Vigília  Vigilância Eletrônica, em Abril de 2013.

[3] Entrevista realizada com Alfredo Calixto Batista Neto, Contador/Administrador da empresa Contabilidade Inf. e Assessoria Empresarial – CINAE SC, em Abril de 2013

[4] Entrevista realizada com Uilton Ávila, Contador do Escritório de Contabilidade Uilton Avila, em Abril de 2013

[5] Entrevista realizada com Alfredo Calixto Batista Neto, Contador/Administrador da empresa Contabilidade Inf. e Assessoria Empresarial – CINAE SC, em Abril de 2013