Em referência ao cenário competitivo e a necessidade de desenvolvimento gerencial, este artigo propõe um estudo acerca da gestão de competências gerenciais no intuito de contribuir para a reflexão e busca de soluções efetivas para essa problemática. Os resultados destacam a importância das práticas informais e a necessidade de se estabelecer uma estratégia articulada no que se refere à gestão de competências gerenciais. Salienta a autora que os principais elementos de Aprendizagem Organizacional que representam uma potencial contribuição para a gestão de competências gerenciais referem-se às questões da interação entre as pessoas (reflexões que privilegiam o coletivo), visão processual (desenvolvimento contínuo) e a ênfase na questão pragmática (práticas de trabalho).

Menciona a aprendizagem organizacional ao “como” a aprendizagem na organização acontece, isto é, as habilidades e processos de construção e utilização do conhecimento (perspectiva processual). Destaca-se alguns pontos básicos referentes o conceito de Aprendizagem Organizacional: processo (em termos de continuidade); transformação (baseado na mudança de atitude); grupo (enfatizando o coletivo); criação e reflexão (sob a ótica da inovação e conscientização); ação (apropriação e disseminação do conhecimento, tendo como referência uma visão pragmática).

Segundo a autora, a aprendizagem organizacional pode ser considerada uma resposta alternativa às mudanças enfrentadas pelas empresas, em que se busca desenvolver a capacidade de aprender continuamente a partir das experiências organizacionais e a traduzir estes conhecimentos em práticas que contribuam para um melhor desempenho, tornando a empresa mais competitiva. Para tanto, a Aprendizagem Organizacional tem como pressuposto básico o desenvolvimento de estratégias e procedimentos a serem construídos continuamente para se atingir melhores resultados, contando com a participação efetiva das pessoas no processo de aquisição e disseminação de conhecimento, fato esse se que relaciona diretamente à questão do desenvolvimento de competências. Algumas práticas destacaram-se como relevantes para a consolidação das competências gerenciais, como: parcerias com universidades, comunicação, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal. Neste contexto, a noção de competência refere-se à formação e à ação para essas empresas.

No que se trata das empresas brasileiras referentes à gestão de competência, encontram-se em uma fase inicial caracterizada por questionamentos relacionados à seleção e à priorização de atributos de competências. As empresas australianas, por sua vez, encontram-se num estágio mais avançado, numa etapa caracterizada pela consolidação de competências. Assim, as questões apontadas referem-se à articulação entre a gestão de competências e as estratégias organizacionais.

a Aprendizagem Organizacional resgata, de certa forma, questões-chave para o desenvolvimento das competências e que devem ser (re)pensadas, visando minimizar as dificuldades de articulação no âmbito organizacional. Sua abordagem reforça a importância de se pensar em gestão de competências tendo como base as reflexões que privilegiem o coletivo (interações entre as pessoas), o desenvolvimento contínuo (visão processual), ênfase em ações (praticas de trabalho). Sendo assim, entendem-se competências como o processo contínuo e articulado de formação e desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes onde o indivíduo é responsável pela construção e consolidação de suas competências (autodesenvolvimento) a partir da interação com outras pessoas no ambiente de trabalho, familiar e/ou em outros grupos sociais (escopo ampliado), tendo em vista o aprimoramento de sua capacitação, podendo, dessa forma adicionar valor às atividades da organização, da sociedade e a si próprio.

Pergunta para Análise: Mostre as contribuições fundamentais dadas pelos gestores à aprendizagem organizacional.