A Festa
&
Outros Poemas Infantis









Penha Carvalho








A Festa
&
Outros Poemas Infantis















Penha Carvalho






























Para meus filhos Raphael e Mariana, para meus sobrinhos, sobrinhos netos, e alunos, fonte de inspiração...
... todo meu carinho.





























A ABELHINHA

Abelhinha, abelhinha,
Preta e amarela
De flor em flor,
Sugando o mel,
Lá vai ela!

Abelhinha, abelhinha,
Que faz do doce
Sua doce vida,
É a rainha dos insetos
E nunca será esquecida.

Abelhinha, abelhinha,
Pequenina como botão de rosa,
Tu és muito pequenina
Mas, és muito formosa.

Abelhinha, abelhinha,
Tens uma asa tão pequena
E um corpo gorduchinho
Mas, és muito corajosa,
Para voar entre os passarinhos.

Abelhinha, abelhinha,
Voa, voa...
E, não se cansa,
Carrega de flor em flor,
Seu mel, minha esperança.













BORBOLETA FACEIRA


Borboleta Faceira gosta de se enfeitar.
Desperta do sono,
Começa o sonho...
Corre ao espelho,
Começa a se pintar.
Põe batom,
Para melhorar o tom.
Põe talco
E se imagina num palco.
Põe sombra
E sonha...
Sonha que é bailarina,
Que, cheia de purpurina,
Brilha a bailar.
Põe brincos, colar, pulseira...
E sai borboleteando,
Toda faceira...




















O LAGO AZUL

Lá no Lago Azul,
Onde tudo é fantasia,
Brincam patos e cisnes
Em eterna harmonia.

Lá no Lago Azul
Ficam a brincar,
Brincam de esconde-esconde,
Brincam de mergulhar.

Cada um quer mergulhar mais,
Para o dia passar,
No meio de talos e juncos
Ficam a nadar...

E assim o dia passa
Lá no reino da alegria,
Lá no Lago Azul
Onde tudo é fantasia.











ORAÇÃO DE MENINO

Durma comigo, Papai do Céu,
Faça-me sonhar
Com um lindo carrossel.
Abençoe a mamãe,
Abençoe o papai.
Depois, nos faça
Dormir em paz.
Perdoe os pecados
Que eu tenha cometido,
Livre-me dos passos errados,
Esteja sempre comigo.
Faça de mim um menino
Bom e obediente,
Que eu obedeça sempre à mamãe
E a veja sempre contente.
Boa noite Papai do Céu,
Faça-me sonhar com um lindo carrossel...

















BISCOITINHO RECHEADO

O ioiô é um brinquedo
Engraçado e divertido,
Parece um biscoitinho
Recheado e colorido.

Ele sobe e desce
Desce e sobe, sem parar...
É só você mexer,
Ele começa a girar...

Conheço muita gente
Que já teve um ioiô
E, com ele, um velhinho
Muito alegre já brincou.

Pois, "para brincar não tem idade",
Já dizia meu avô.
É por isso, que ele tinha
Como amigo um ioiô.











O CASAMENTO DE DONA JOANINHA

Dona Joaninha quer se casar
Mas, um bom marido
Não consegue encontrar.

Namorou o senhor Libélula
Mas, ele era muito metido,
Tinha a cabeça grande
E o rabo muito comprido.

Também não deu certo
O namoro com o Percevejo,
Ele era mal cheiroso
E, não lhe dava nenhum beijo.

Namorou o Pirilampo
Mas, com ele não quis ficar,
Ele só saía à noite
Não a levava para passear.

Namorou o Zé Pulga
Mas, ele esqueceu-se dela,
Foi embora para longe
No pelo de uma cadela.

Namorou o João minhoca
Que era metido a galã,
Ele a abandonou,
Para conquistar uma doce maçã.



Depois de tanto namorar,
Dona Joaninha ficou a pensar:
"Estou ficando velha,
Será que não vou casar"?

Teve sorte e encontrou
O senhor Joaninha
Com ele se casou
E foi morar numa florzinha.

























O NASCIMENTO DE PIU-PIU

Piu-Piu era o pintinho
Que a mamãe galinha esperava,
Cuidadosa e com muito carinho
O aquecia debaixo da asa.
Passou algum tempo
E, Piu-Piu quis sair do ovo,
Não era mais clara e gema,
Era um pintinho formoso.
Piu-Piu, muito corajoso,
Começou a bicar...
Bicou, com força, o ovo,
Até um buraco se formar.
Suspirou aliviado,
Agora, podia respirar,
Lá dentro estava abafado,
Tinha medo do ovo o sufocar.

Olhando pelo buraco viu a mamãe chegando.

Ela, muito emocionada,
Pegou o Piu-Piu com jeito,
Arrumou sua caminha,
Era um ninho perfeito!

Feito de folhas e penas
Era confortável e macio,
Ali, Piu-Piu ficaria seguro,
Não sentiria medo nem frio.





BARQUINHO DE PAPEL

O sonho do menino
Era ter um barquinho.
Um barquinho de verdade!
Mas, na sua idade,
Fantasiar era mais legal.
Então, fez um barquinho,
Um barquinho de papel,
Não era papel comum,
Na verdade, era jornal.
O barquinho ficou lindo!
E na sua imaginação,
Era cheio de gente,
Tinha até capitão!
Um dia, choveu muito
E o menino foi brincar.
Na água que ficou na rua,
Pôs o barquinho para flutuar.
Mas, a água o foi molhando,
Molhando até o afundar.
O barquinho se desmanchou,
O menino pôs-se a chorar.











Desmanchou-se o sonho,
Não tinha mais com o que brincar,
O menino ficou triste,
Muito triste a chorar.

Viu seu barquinho indo embora,
E, a enxurrada, sem parar,
Levava o barquinho pra longe.
O barquinho não sabia nadar!

O menino ficou triste,
Muito triste a chorar.
Mas, a sua imaginação
Logo o fez despertar.

Pensou, sorrindo,
"Faço outro mais bonito".

E o menino saiu correndo,
Procurando outro jornal.
Porque na idade dele,
Fantasiar era muito legal!















ABELHINHA DOCEIRA


Abelhinha doceira
Gosta de cozinhar,
Passa o dia na cozinha
Mexendo pra lá e pra cá.

Abelhinha faz pudim,
Gelatina, maria-mole,
Faz goiabada, faz cocada,
Rapadura e rocambole.

Abelhinha doceira
É muito trabalhadeira,
Faz tanta coisa gostosa,
Pois é boa cozinheira.

Quando o dia amanhece
E o sol aparece no céu
Ela corre de flor em flor
Sugando seu mel.

Do mel faz muitos doces,
Bolos, tortas, caramelos,
Faz melados, guloseimas,
e doces de marmelo.

Quando a noite chega,
Abelhinha vai descansar,
Sempre sonha que está dormindo
Numa tigela de manjar.

A FESTA

Quando a noite chega na floresta
E os bichos grandes vão dormir,
Os pequenos fazem a festa,
O grilo, a aranha, até mesmo o jabuti.

O sapo lá na lagoa,
Faz coach, coach... Sem parar,
O grilo faz cri, cri...À-toa, à-toa,
E a perereca põe-se a pular.

A coruja dá o seu pio
O marreco, um grande assobio.
Um morcego voa rasteiro
E assusta o gambá matreiro.

Mas, a festa não pára aí,
Pois, vem chegando o jabuti,
Dançando com muita graça
Ao som da cigarra.




O gambá, meio sem jeito,
Olha de longe, bem de mansinho,
Não chega muito perto,
Para não espantar a todos com seu cheirinho.

E assim passa a noite,
Uns cantando, outros correndo,
No meio da festa e da fome,
Uns dançando, outros comendo.
HORA DO BANHO

A hora do banho é uma alegria,
O sabonete torna-se mágico,
Um mágico fazedor de bolinhas.
A água bate suave...
E, escorre no meu corpinho.
O xampu faz muita espuma,
Tomo cuidado com o olhinho!
A espuma parece neve,
Então, imagino que estou no Pólo Sul
Ou seria no Pólo Norte?
Não importa o lugar,
Tanto faz, se o céu for azul.
Entro na banheira
Feliz com a brincadeira.
Mas, na hora de sair,
É aquela choradeira!
Então, vou ficando...
Só mais um pouquinho.
Depois de muito tempo,
Meus dedinhos ficam esquisitos,
Parecem ameixas secas,
A mamãe vem depressa
E, acaba com a minha festa.
Tudo bem! Agora vou brincar de outra coisa...
FESTA NA HORTA

No aniversário da Cenoura
Tinha muitos convidados,
Dançaram a noite toda,
Pois, no outro dia, seria feriado.

O Nabo tocava violão
Rabanete tocava bumbo,
Cebolinha e Salsão,
Com pandeiro faziam barulho.

Pimentão ficou vermelho
Tomando caipirinha,
O Repolho tocava guitarra,
Tomate tocava flautinha.

A Couve dançou com a Alface,
Aboborinha não largou o Feijão,
Beterraba dançou com o Abacaxi,
Berinjela, com o Mamão.

Azeitona ficou doidinha
Quando se olhou no espelho,
Estava tão gordinha!
Não dançou com nenhum cavalheiro.

O Alho brigou com a Cebola,
Dela quis se separar,
E de olho em dona Pimenta,
Convidou-a para dançar.

O Inhame todo peludo
Não ficou só a noite inteira,
"Ele tinha cara de roqueiro",
Pensava, assim, a Batata faceira.


Solitário no seu canto
O Quiabo ficou triste.
Pois, dançando escorregou
E derrubou o Maxixe.

O Chuchu foi conquistado
Pela Banana magrinha,
O Caju namorou a Maçã,
A Laranja e a Perinha.

O Limão com ciúmes
Da Laranja com o Caju,
Brigou com todo mundo,
Até mesmo com o Chuchu.

A Cenoura veio correndo
Para ver o que acontecia,
Tropeçou no Morango,
Caiu em cima da Melancia.

A Cereja resolveu,
Com a briga acabar,
Então, convidou a todos
Para voltarem a dançar.

A briga foi esquecida,
A amizade voltou a reinar,
E, o aniversário da Cenoura,
Todos quiseram festejar...









A MÃOZINHA

O bebê se descobrindo,
Começou a se olhar.
Olhava o pezinho,
Do dedinho ao calcanhar.

Olhava a perninha
E começava a imaginar,
Logo, logo vou andar,
Vou correr, vou brincar...

Achou muito engraçado
O joelho tão pequeno,
Viu que podia ficar agachado
E, sorriu, sereno.

Então, olhou a mãozinha,
Foi o que o chamou mais à atenção,
Tinha dedinho igual ao pé,
Mas, pé não era não!

Os dedinhos eram maiores
E a mão, fechava e abria.
Observando sua mãozinha,
O bebê pensava e sorria:

"Minhas mãozinhas estão crescendo,
Minhas perninhas, também.
Logo, logo vou crescer,
Vou virar gente grande também"!
E, continuava curioso,
Para as mãozinhas, a olhar.
Buscando uma resposta,
Continuava a pensar,

"Para quê servem os dedinhos?"
"Ah! Servem para coçar."
E, assim, ficava pensando,
Até quase cochilar,

Mas, querendo descobrir,
Continuava a pensar...
Então, segurando o pezinho,
Descobriu, sem querer,
Que a mão serve para segurar,
Agarrar, puxar, mexer...

Pensou logo na mamãe,
"Que vontade lhe contar!
Se eu soubesse falar,
Iria lhe dizer:

Mamãe, eu descobri
Para que serve a mãozinha.
Que vontade de dizer!
Ela serve pra tanta coisa,
Até mesmo, acariciar você!"



















A FORMIGUINHA PREGUIÇOSA

A formiguinha preguiçosa
Não gostava de trabalhar,
Todas as formiguinhas trabalhavam
Mas, ela só queria brincar.


Passava o ano todo
Correndo pra lá e pra cá,
Só queria brincadeira,
Não pensava em trabalhar.

Passou o outono,
A primavera e o verão,
Ela não trabalhava,
Comia as frutas que caíam no chão.

Quando o inverno chegou
A formiguinha ficou preocupada,
Porque a comida acabou
E a fome era dobrada.

As outras tinham casinha,
Cobertor e agasalhos;
Ela se protegia do frio
Nos galhos.

Então, pediu ajuda
Às amigas formigas.
Elas a ajudariam,
Com uma condição:
Dariam-lhe casa e comida,
Ela limparia o chão.




A formiguinha aceitou
E ficou muito agradecida,
Pois, se não fosse as amigas,
Jamais seria acolhida.

Quando chegou a primavera
Todas voltaram ao trabalho,
Entre todas, estava ela,
Suando o agasalho.

Depois de tanto trabalhar,
Dormiu muito cansadinha,
Sonhou que tinha criados...
Sonhou que era RAINHA!.



























A ÁRVORE

Da semente que veio do fruto,
Nasci pequena e corajosa,
Saí da terra sem medo,
Senti no meu corpo
Uma brisa gostosa,
E, do mundo quis descobrir o segredo.
Cresci curiosa, olhando o céu,
Minha vontade era chegar lá.
Cresci bastante, fiquei bem alta,
Fiquei cheinha de flores,
Logo nasceram meus frutos
E, comecei a receber visitas,
Crianças vêm até mim,
Sobem em meus galhos,
Fazendo-me cócegas,
Pegam meus frutos,
Mas, não me aborreço.
Pois, dos frutos sairão mais sementes,
E assim terei descendentes.
















PEDRINHAS COLORIDAS

A pedrinha é amarela.
Amarela? Não é não!
Ela é toda branquinha,
A cor do pote enganou minha visão.

Eu quero uma pedrinha azul
Cor do céu,
Com ela vou fazer um colar
Para Raphael.

Eu quero uma pedrinha amarela
Cor da banana,
Com ela vou fazer um colar
Para Mariana.
Eu quero uma pedrinha
Cor de marfim,
Com ela vou fazer
Um lindo colar para mim.

Eu quero uma pedrinha branca,
Cor da pombinha,
Com ela vou fazer um colar
Para a mamãezinha.



Eu quero uma pedrinha preta,
Cor do carvão,
Com ela vou fazer um colar
Para meu paizão.





A ORTOGRAFIA DA BICHARADA


A cobra faz um S
O gongolo faz um O
A minhoca faz um C
A lagarta faz outro O
O rato faz um R
A rata faz um R também
A cobra também faz O
? Socorro! ?
Gritou a menina,
Com medo da bicharada.





















MISTÉRIOS

Como é que a água entra no coco?
Onde é que a chuva fica guardada?
Quem pintou o arco-íris?
Por que é que o boi baba?
Se o Saci-Pererê tem uma perna só,
Como é que corre tanto?
Se a mula não tem cabeça,
Como é que ela vê a gente?
Por que as estrelas não caem do céu?
Quem inventou o Papai Noel?
São mistérios...
Mistérios que nos encantam,
Por serem mistérios.
Se não fossem mistérios,
Não seriam interessantes.



















O SAPINHO

O sapinho ainda girino,
No aquário veio morar;
Pensava que era lagoa
E ficava por ali a nadar.

Todos os dias a cientista
O examinava, o media...
Fazia um carinho nele,
E ele, do seu jeito, sorria.

Um dia a moça carinhosa
Percebeu uma lágrima contida,
Disse ao sapo, com jeitinho:
?Não fique triste, sou amiga.

O sapinho deu um salto,
Caiu em seu colo, ligeiro.
Ganhou um beijo da moça,
E, transformou-se por inteiro.

A moça levou um susto.
Qual não foi sua surpresa!?
O sapo não era apenas
Um sapinho magoado,
Na verdade ele era
Um príncipe encantado.




A BORBOLETA

Pequena e frágil
Corajosa, curiosa...
Voa, delicadamente,
A borboleta sobre a rosa.

Um vento forte bate
E a estremece,
Mas, corajosa,
Sobre a rosa permanece.

Vive sua vida
Fugaz e vulnerável,
Enquanto vive...
Acha a vida adorável.













PEDIDO DE NATAL


Papai Noel, eu quero
Ganhar neste Natal
Um presente diferente,
Um presente especial.

Não quero nenhuma boneca
Nem brinquedo de casinha,
Quero uma pessoa pra me cuidar
E uma cama bem quentinha.

Quero poder almoçar e jantar
Tomar banho todo dia;
Vivo sozinha na rua,
Minha barriga está sempre vazia.

Fico olhando nas vitrines
Uma porção de brinquedos,
Queria tanto um presentinho...
Choro em segredo.

Mas o que eu queria mesmo
Era um lar para morar,
Uma mãezinha pra me contar histórias
E um pai pra me abraçar.

Na árvore de Natal da praça
Vou ficar te esperando,
Quando vier, se eu estiver dormindo,
Pode ir logo me acordando!

A menina dormiu
Esperando o Papai Noel...


Meia-noite os sininhos
Badalaram lá no céu,
A menina despertou
Viu que era o Papai Noel.

Então, ela viu caminhando,
Vindo em sua direção
Um casal bem arrumado,
Pegou em sua mão.

A moça perguntou-lhe
O que fazia na rua àquela hora,
Com lágrimas nos olhos respondeu,
"Não tenho casa não, senhora".

O casal, comovido,
Levou a menina para casa,
A partir daquela noite
Ela teria morada.

Lá no céu ecoou um barulho
Como se fosse trovoada,
Mas não era tempestade,
Era Noel dando uma boa gargalhada.












BRINCADEIRAS

Antigamente,
Os meninos só brincavam de bola,
As meninas só brincavam de boneca.

Hoje,
Todos brincam juntos
E a brincadeira fica mais divertida.
Bola de gude
Pipa
Pique-esconde
Amarelinha
Queimada
Pula carniça
Pula corda
Ciranda...
Ah, como é bom ser criança!













O AVESTRUZ

O galo cantou
A ovelha despertou
E estava com fome!

O avestruz esperto
Papou tudo que
havia por perto.

Comeu melancia
Feijão e ervilha
Tomate, capim
E a boneca da menina.

O galo brigou
A menina chorou
O avestruz esperto,
Da confusão escapou.








LIBERDADE

Sai do ninho
passarinho
vem voar
vem ver o mar.
Abra as asas
sem medo da aventura.
A liberdade é uma gostosura.




















A B C Divertido

Era uma vez um AVIÃO
Que sonhava em ser passarinho
Então saiu pelo céu
Batendo as asas devagarzinho.

Lá no céu ele pôde ver
Um BOI no campo pastando
Viu uma CASA muito alegre
E um menino jogando DADO

Perto da casa tinha uma ESCOLA
Onde todos aprendiam que a letra F
Escreve FAROFA e FORMIGA
E deixa a gente FELIZ

O avião ia voando
E descobrindo coisas lindas
Viu um GATO colorido
E se assustou com um HELICÓPTERO

Viu também uma IGREJA
Com um padre na JANELA
Viu a LUA de pertinho
E procurou outro caminho



Resolveu olhar o MAR
Atravessou o oceano
E viu um grande NAVIO

No navio tinha um velho
Que usava ÓCULOS
O velho era pescador
Que fisgou um grande PEIXE

Chegou do outro lado do mundo
E viu um QUERO-QUERO
Viajou mais um pouco
Procurando por um RATO
Mas acabou encontrando um SAPO

Um TATU e um URSO
Que comiam UVA




XI ! Viajou tanto que deu ZEBRA
Acabou a gasolina.
Mas como ele era
um avião-passarinho
Foi só comer um pouquinho
E correr para casa.



Comeu um Kiui e Waflle
E voltou voando para casa
Bem depressa para contar
as descobertas que fizera
para seu amigo Yan.














O palhaço paçoca

O palhaço adora fazer palhaçada
Pula, salta, dá piruetas
E todo mundo dá risada.
No circo se alimenta
Dos risos da criançada
Á noite, quando dorme,
Sonha com gargalhadas...


























DESPERTAR

Seis horas o relógio começa a despertar
Quero dormir mais um pouco
Mas ele teima em me acordar.

Quero ficar na cama,
Dormir e sonhar
Sonhar com brinquedos lindos
Que não posso comprar.

É hora de ir para a escola
Aprender a ler e contar,
Mas gosto de ser criança
E o dia inteiro brincar.

É preciso aprender!
Mamãe fica sempre a falar
Como penso no futuro
E obedeço a mamãe
Levanto-me sem reclamar.

Vou estudar bem sério
Comportado e companheiro
Quando a aula terminar
Vou brincar o dia inteiro!







UPA, UPA CAVALINHO !

Upa, upa cavalinho!
Vou pelo quintal a gritar
Montado no cabo da vassoura
Sem medo de sonhar.

Corre alazão,
Voa no capim,
Salta bem alto
Pegue uma nuvem pra mim.

Upa, upa cavalinho!
Vamos juntos brincar,
Enquanto a mamãe descansa
Você vem me alegrar.

Salta, pula, corre,
Levanta poeira, assim!
Sonhe comigo, cavalinho
Quero você sempre perto de mim.

Amanhã bem cedo
Mamãe vai lhe usar
Com sua crina luzente
O chão vai limpar.
Upa, upa cavalinho!
Corra bastante, depois lhe dou capim
Assim você ficará forte
Pra brincar junto de mim.

ANIVERSÁRIO


Bolas, confetes, bolos
Estrelinhas e presentes
Bolos, doces
Amigos e parentes
Tudo isso tem de bom
No aniversário da gente,
Mas o melhor de tudo isso
É ganhar um irmãozinho de presente.
No meu último aniversário
A cegonha chegou de mansinho
E, do hospital, mamãe voltou
Trazendo meu maninho.
Foi o melhor presente,
Que aniversário inesquecível
Pois agora tenho alguém
Que faz festa comigo.












PEIXE PALHAÇO

Como um palhaço no circo
O peixe triste vive a nadar
Querendo ser feliz
Borbulha a soluçar.

Vai peixinho colorido
Enfeitado de palhaço
Com seu olhar tristonho
Não vê nada engraçado.

Busca peixinho palhaço
A alegria de viver
Olhe pro lado, peixinho
A alegria está perto de você.

Pelos sete mares
Nada a buscar
Nas ondas e marés
Um amiguinho quer encontrar.

Vive sozinho,
Descobriu enfim,
No aquário de uma casa
De um mundo sem fim.


Peixinho triste
Chora, chora sem parar
Suas lágrimas enchem o aquário
Que vive a transbordar.


Seu dono, intrigado,
Resolveu investigar
A causa de tanta tristeza
E começou a perguntar.

Olhando para o espelho
Descobriu sem querer
Que também mui triste
Andava a viver.

Foi aí que descobriu
O motivo da tristeza
Do amigo favorito
Tirado da natureza.

De um estalo teve uma idéia:
Levou o peixinho pro mar,
Assim a felicidade
Nos dois iria brotar.
Assim mesmo ele fez
Na manhã do dia seguinte
Levou o palhaço pra casa
Fez isso um pouco triste.

Mas, ao ver a alegria do amigo
Seu coração logo se animou
E pra casa bem mais tarde
Naquele dia ele voltou.

Não estava mais sozinho
Tinha encontrado a felicidade...


SONHO

No sonho aparecem
Coisas engraçadas
Coisas esquisitas
Nunca explicadas.
Caracóis voadores
Pássaros que são bules
Escadas que levam ao céu
Sol que não queima a gente
Gente que gosta de gente.
Nossos sonhos são estranhos
Porque não temos maldade
Sonhamos que tudo é possível,
Até a felicidade.
Numa escada sem fim
Subo sem parar
Buscando no meu sonho
A humanidade ajudar
Mas o mundo vai girando
Girando sem parar
Deixo de ser criança
Paro de sonhar.
Ufa, acordei!
Foi apenas um sonho mal
Que na minha noite passou
Ainda bem que acordei
Assim o susto acabou.



HORA DO PAPÁ


Tenho um relógio na barriguinha
Na hora certa ele começa a tocar
Logo vejo mamãzinha dizendo:
É hora do papá!
Mamãe vem trazendo um pratinho
De mingau
Feijão com arroz,
Sopa ou manjar.
Não importa o que seja
Tanto faz se o relógio parar,
Dentro da minha barriga
É hora do papá.
Na mesa,
Comportadinho,
Corro para sentar,
Vejo mamãe feliz
Pois é hora do papá!











COCORICÓ


Cocoricó é um galo
Muito inteligente
Todos os dias ele canta
E acorda a gente.

De manhã bem cedo
Um canto de outro galo
O acorda;
Ele acorda a mamãe
Que acorda a gente.





















CIRANDA

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Ciranda, cirandinha
Depois, na roda vai entrar
Dizer verso e voltar a cirandar.
Ciranda Paulinha
Roda, roda
Sem parar...
Depois diga um verso
Para todos encantar.
Pula cora Lilá;
Roda pião,Pedrinho;
Pique - esconde, vou te achar!
Pêra, uva, maçã,
Salada mista;
Se quiser, pode beijar?!

















Bê é um ursinho
Com cheirinho de bebê
Comigo ele brinca
Até eu adormecer.
Ele é meu amigo
Não me deixa ficar triste;
Se choro, ele me alegra
Se estou feliz, sorri comigo
Se fico com medo
Me abraça assim...

















Pipoca na panela
Pula, pula sem parar...
O cheirinho vem de longe
Pra meu nariz despertar
Depois que sinto o cheiro,
É difícil evitar;
Comer pipoca,
Tomar guaraná,
É uma festa pro meu paladar!





















OS SENTIDOS

Pra quê serem as orelhas?
Ora, servem pra escutar!
Assim como o nariz
Serve para cheirar.
Mas não serve só pra isso.
Não?
Também serve pra respirar.
Oh, sim.
Mas, que tal falarmos do paladar?
E de onde vem isso?
Ora, a língua tem esta função
Sentir o sabor das coisas
Pra sabermos se é gostoso ou não.
E, por que vemos as coisas?
Porque temos a visão!
Mas como é o nome do sentido
Que faz a gente escutar?
Desculpe, esqueci de falar
Que se chama audição.
Então, já sei!
Os sentidos são:
Paladar, olfato,
Visão e audição!
Falta um!
E qual seria então?
Ora, é o tato!
Que faz você sentir
Qualquer coisa que encoste
Em sua pele.
Legal!
É o tato me faz sentir
A picada do mosquito mal,
A água quente ou fria,
E o pelo macio do animal...


MEU COFRINHO


Guardo sempre as moedinhas
Que a mamãe e o papai
Me dão.
Assim economizo
E posso comprar
Coisas de montão.
O porquinho Josué
Engorda um pouquinho
A cada dia;
Mas, quanto mais coloco moedas,
Mais parece que sua barriga tá vazia.
Será que estou gastando muito?
















FAMÍLIA

Pai e mãe
Irmão, irmã
Família...
Vô e vó
Tio, tia
Família...
Sem família é só tristeza
Orfanato ou rua
Sem colo, comida e cama quentinha...
Família...
Que bom que você tem a sua
E eu tenho a minha!