A atividade lúdica como ferramenta na minimização de distúrbios de aprendizagem em crianças
Publicado em 10 de outubro de 2011 por Lidianne de Faria Bechara Andere
Resumo
Este artigo tem por objetivo incentivar a ampliação de possibilidades de lazer e de recreação voltadas a crianças, com espaços que valorizem a criatividade e a imaginação, por meio da ludicidade – auxiliando no desenvolvimento desse público e permitindo, assim, que as crianças cresçam como seres humanos integrais, capazes de interagir de forma saudável e plena. Para isso, é preciso possibilitar o acesso a vários tipos de brinquedos e de brincadeiras, valorizar o brincar e as atividades lúdicas, estimular a expressão da linguagem infantil, promover o encontro e a socialização, incentivar o trabalho em equipe, enriquecer as relações familiares, com a participação dos adultos nas atividades infantis, e desenvolver hábitos de responsabilidade e de cooperação entre as crianças e os adultos. É importante que se comprove a eficácia do brinquedo e do ato de brincar na vida das crianças, assim como a interação entre elas e com os tutores. Além disso, pretende-se contribuir para que pedagogos e psicólogos percebam a importância de suas profissões andarem lado a lado, em auxílio mútuo. E, por fim, colaborar para que o tutor da criança entenda a importância de se fazer um acompanhamento psicopedagógico e psicoterapêutico com ela, especialmente por meio da ludoterapia.
Introdução
Nos dias de hoje, as crianças perderam muito de seu espaço, tanto por fatores inter como intrapsíquicos. Elas costumam ser mal-compreendidas em casa, pela família (especialmente pelos pais), e na escola. Além disso, não possuem espaço suficiente para brincar e correr, pois muitas moram em apartamentos ou em casas praticamente sem quintal – e, como sabemos, não é mais tão seguro participar de atividades na rua. Assim, elas precisam de um espaço saudável para se desenvolver. Nesse contexto, o espaço lúdico apresenta-se como um ambiente adequado, onde se pode analisar a interação da criança com os objetos e, ainda, com outras crianças ou com os próprios tutores. Consequentemente, esse espaço se torna propício durante o processo psicopedagógico e psicoterapêutico.