Resumo

Este artigo tem por objetivo incentivar a ampliação de possibilidades de lazer e de recreação voltadas a crianças, com espaços que valorizem a criatividade e a imaginação, por meio da ludicidade – auxiliando no desenvolvimento desse público e permitindo, assim, que as crianças cresçam como seres humanos integrais, capazes de interagir de forma saudável e plena. Para isso, é preciso possibilitar o acesso a vários tipos de brinquedos e de brincadeiras, valorizar o brincar e as atividades lúdicas, estimular a expressão da linguagem infantil, promover o encontro e a socialização, incentivar o trabalho em equipe, enriquecer as relações familiares, com a participação dos adultos nas atividades infantis, e desenvolver hábitos de responsabilidade e de cooperação entre as crianças e os adultos. É importante que se comprove a eficácia do brinquedo e do ato de brincar na vida das crianças, assim como a interação entre elas e com os tutores. Além disso, pretende-se contribuir para que pedagogos e psicólogos percebam a importância de suas profissões andarem lado a lado, em auxílio mútuo. E, por fim, colaborar para que o tutor da criança entenda a importância de se fazer um acompanhamento psicopedagógico e psicoterapêutico com ela, especialmente por meio da ludoterapia.

Introdução

 Nos dias de hoje, as crianças perderam muito de seu espaço, tanto por fatores inter como intrapsíquicos. Elas costumam ser mal-compreendidas em casa, pela família (especialmente pelos pais), e na escola. Além disso, não possuem espaço suficiente para brincar e correr, pois muitas moram em apartamentos ou em casas praticamente sem quintal – e, como sabemos, não é mais tão seguro participar de atividades na rua. Assim, elas precisam de um espaço saudável para se desenvolver. Nesse contexto, o espaço lúdico apresenta-se como um ambiente adequado, onde se pode analisar a interação da criança com os objetos e, ainda, com outras crianças ou com os próprios tutores. Consequentemente, esse espaço se torna propício durante o processo psicopedagógico e psicoterapêutico.