Autores: Maílle Nandale da Silva Freitas2; Renata de Lima Pessoa- Enfermeira Especializada em Cancerologia na modalidade residência de enfermagem (UPE)- Enfermeira SAMU Natal-RN, Professora- FATERN1.
1. Professora Orientadora da Faculdade de Excelência do Rio Grande do Norte (FATERN).
2. Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO).
Resumo:
INTRODUÇÃO: Sendo considerada a segunda neoplasia maligna mais comum no homem, e a segunda causa de morte. No câncer de próstata ocorre o desenvolvimento de um tumor que neste caso atinge a glândula do sistema reprodutor masculino. Acontece devido à mutação e multiplicação celular sem controle, podendo sofrer mestátase a partir do seu sítio primário em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos. De acordo com o Relatório Mundial do Câncer, da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2008 tenha havido 12,4 milhões de novos casos de câncer no mundo e 7,6 milhões de óbitos por causa da doença. Na América do Sul, na América Central e no Caribe, estimam-se 1 milhão de casos novos e 589 mil óbitos no mesmo período. Entre os homens dessas regiões, o principal tipo de câncer foi o de próstata1. O câncer de próstata atinge comumente homens acima de 50 anos sendo associado à terceira idade, segundo dados do INCA4. No Brasil, a taxa de mortalidade por câncer de próstata em 2006, último dado disponível, foi de 15,29 homens a cada 100 mil, superada, no caso dos homens, apenas pela taxa de mortalidade por câncer de traquéia, brônquios e pulmão (17,44 homens a cada 100 mil). No entanto, o câncer de próstata foi o que apresentou o maior aumento de mortalidade em dez anos ? quase 40%, ante 6% de crescimento em óbitos por câncer de traquéia, brônquios e pulmão. Os dados são do Atlas de Mortalidade por Câncer, elaborado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), em conjunto com a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 1. Pode-se presumir que há alguns fatores para desencadear esse agravo, como o fator genético; presença do câncer de próstata em parentes do primeiro grau; fator ambiental: como a fumaça de automóveis, cigarros e outros produtos químicos; fator hormonal: essa neoplasia regride de maneira significativa com a supressão dos hormônios masculinos e fator da dieta baseados em levantamentos epidemiológicos em áreas gráficas de maior incidência de câncer de próstata, notou-se que dietas ricas em gorduras aumentam os riscos de seu aparecimento. Em geral, os pacientes com essa neoplasia, descobrem por acaso, em exames de rotinas, devido o não aparecimento de sintomas, podendo ser camuflado por outras doenças. O diagnóstico é realizado através de exames clínicos, por meio do toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico (PSA). O tratamento é através de cirurgias, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Diante destes fatores, pode-se observar a necessidade de uma assistência de enfermagem voltada a proporcionar auxílio na identificação dos problemas do paciente, identificando suas necessidades com planejamentos dos cuidados que lhe serão prestados, para que assim o cliente possa obter benefícios através de uma recuperação humanizada e de qualidade. OBJETIVO: Demonstrar a importância da assistência do profissional de enfermagem para o paciente com essa neoplasia, em todas as etapas da doença, desde a prevenção à recuperação, a fim de garantir uma reabilitação eficaz. MÉTODOS: Trata-se de um estudo do tipo descritivo bibliográfico, que visa aprofundar o conhecimento da realidade, desenvolvido através de livros, publicações em periódicos e artigos científicos coletados em bancos de dados eletrônicos. RESULTADO E DISCUSSÃO: É possível observar que pacientes atendidos humanizadamente têm o período de reabilitação mais ameno, muitas vezes, tendo como resultado a diminuição do tempo de internação, proporcionando ao mesmo uma sobrevida maior. Tem o seu sofrimento e de sua família diminuídos. Vale ressaltar, a necessidade de alguns cuidados prestados pelo profissional de enfermagem, para que sua recuperação tenha êxito, como a manutenção do ambiente tranqüilo proporcionando conforto, bem estar e garantindo a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Assim, esse atendimento tem como objetivo a promoção da saúde do cliente e a prevenção de possíveis agravos, por meio do tratamento humanizado e de qualidade. CONCLUSÃO: Constata-se que é importante e necessário as orientações dos profissionais de saúde, enfatizando a atuação do profissional de enfermagem que atua de forma mais próxima ao cliente, onde se deve explicar quanto à importância do tratamento e explanar acerca dos cuidados que lhe serão prestados, visando minimizar os possíveis desconfortos e oferecer maneiras de reabilitá-los.
Palavras-chaves: Assistência de enfermagem, Câncer de próstata, Humanização.


REFERÊNCIAS:
1. Ministério da Saúde. Câncer de Próstata. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br>. Acessado em 25 de Outubro de 2010.
2. GOMES, Romeu; REBELLO, Lúcia Emilia Figueiredo de Sousa; ARAUJO, Fábio Carvalho de and NASCIMENTO, Elaine Ferreira do. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2008, vol.13, n.1, pp. 235-246.
3. GONCALVES, Ivana Regina; PADOVANI, Carlos and POPIM, Regina Célia. Caracterização epidemiológica e demográfica de homens com câncer de próstata. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2008, vol.13, n.4, pp. 1337-1342.
4. INCA. Câncer de Próstata. Disponível em: < http://www.inca.gov.br/conteudo>. Acessado em 23 de Outubro de 2010.
5. MIGOWSKI, Arn and SILVA, Gulnar Azevedo e. Sobrevida e fatores prognósticos de pacientes com câncer de próstata clinicamente localizado. Rev. Saúde Pública [online]. 2010, vol.44, n.2, pp. 344-352. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89102010000200016.