Voz do Tempo
Publicado em 12 de junho de 2010 por Raul Santos
Voz do Tempo
Raul Santos
Deus, meu Deus, estou sofrendo a solidão desesperada,
Não consigo ver presentes as pessoas ao redor,
São só fantasmas flutuantes voejando pelas estradas
E esta dor da minha angústia se fazendo bem maior.
Sofro mais se te recusas a aceitar minha presença,
Dando a outros teu carinho, olhar, sorriso e atenção,
Pois não sei se é timidez, se é medo ou mesmo indiferença,
E me atinges com certeira pontaria o coração.
Busco paz, tento afastar-te do meu coração sofrido,
Mas não posso porque fazes parte agora do meu eu,
Tão profundamente que nem posso imaginar, sequer...
Vejo, então, que, na verdade, eu quero o que mais faz sentido:
“Ter um lar com teu carinho e seu o pai do filho teu,
Porque não és mais menina, e quero ter-te por mulher.”
São João do Paraíso/BA, 10/08/1992.