Observa-se no mundo corporativo de hoje que a grande preocupação das empresas é de possuir um capital humano rico em competências pois desta forma obtém-se bons resultados das ações estratégicas, trazendo satisfação aos clientes, aos funcionários, e a empresa.

Segundo o autor Vicente Talconi Campos (1992, p. 151) “pessoas hábeis nas atividades necessárias da empresa devem ser retidas”. Todas as empresas querem preservar seus talentos, e ser um talento é ter competências, é como o DNA de cada pessoa: a identificação entre tantos profissionais. Estas competências se definem em possuir conhecimentos específicos em determinada área; saber fazer as tarefas através de habilidades com desempenho elevado e querer fazer por meio de atitudes que determinam o sucesso de sua realização. O mercado de trabalho está preocupado em descobrir e valorizar os profissionais competentes, uma vez que garantem a eficácia na realização de seu trabalho.

Diante deste contexto, os alunos do 4º período de Gestão em Recursos Humanos das Faculdades SPEI questionaram 690 pessoas com o objetivo de identificar quais são as competências já desenvolvidas por elas e as que ainda necessitavam desenvolver, além de procurar identificar como essas competências são desenvolvidas.

Conforme tabela abaixo, os dados demonstram que a grande maioria dos entrevistados sabe assumir responsabilidades; sabe comprometer-se; sabe aprender; sabe comunicar e ser entendido; sabe ouvir; sabe julgar, escolher e decidir. A única competência que ainda precisa ser melhor desenvolvida pela maioria dos entrevistados é saber influenciar, argumentar e persuadir.

 

Competências

sim

não

Saber influenciar, argumentar e persuadir

49%

51%

Saber assumir responsabilidades

88%

12%

Saber comprometer-se

84%

16%

Saber aprender

82%

18%

Saber comunicar e ser entendido

71%

29%

Saber ouvir

82%

18%

Saber julgar, escolher e decidir.

66%

34%

 

Embora os resultados sejam otimistas, uma questão demanda reflexão: será que temos desenvolvida a competência da auto-avaliação? Será que aquilo que nós acreditamos estar correto é realmente a percepção que os outros têm a nosso respeito? Segundo outras pesquisas realizadas pelos alunos do 4º período de Gestão de Recursos Humanos das Faculdades Spei em Outubro de 2009, os dados revelam que 33% das pessoas já foram demitidas alguma vez nos últimos 5 anos e 63,4% destas demissões foi de iniciativa da empresa. Este percentual é alto em relação às competências que as pessoas acreditam terem desenvolvidas. É preciso chamar a atenção para este ponto. Para amenizar tal risco, profissionais de Recursos Humanos utilizam ferramentas de avaliação de competências chamada Assessment que é feita através de entrevistas e questionários por um profissional qualificado, seja ele um psicólogo ou consultor. Já algumas empresas estão apostando em um plano de cargos e salários onde estão deliberadamente descritos os perfis das competências exigidas em cada função.

 

 

Os dados ainda revelam, que ao serem questionados a respeito de como desenvolve as suas competências a maioria (47%) respondeu que aprendem observando outras pessoas que têm como referência e exemplo. Outros 43% disseram que procuram aprimoramento por conta própria e apenas 10% aguardam a iniciativa da empresa em relação à oferta de treinamentos. 

 

Concluímos que a necessidade da auto-avaliação a respeito das competências a serem desenvolvidas é algo muito importante a ser observado nos dias atuais. Isso não quer dizer que as empresas estejam isentas de sua responsabilidade em ajudar a cada funcionário com o apoio das ferramentas gerenciais disponíveis a fim de contribuir para o desenvolvimento do capital humano. Sabe-se que existe uma oferta muito grande de treinamentos, cursos, reciclagens, aperfeiçoamentos e diversas outras possibilidades para descobrir e desenvolver as competências necessárias para se tornar um talento dentro das empresas. A questão financeira não é mais problema uma vez que existem diversos cursos gratuitos. Além do mais, está comprovado que é possível desenvolver competências apenas observando pessoas de sucesso das quais admiramos, imitando seus passos e evitando seus erros. Isto não envolve dinheiro e sim networking. Por isso, cultive sua rede de relacionamentos.