UNIVERSIDADE DE UBERABA

GABRIELA DOS SANTOS CROZARA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VOCÊ SABE O QUE É LÚPUS?

 

 

 

TEXTO RELATIVO A SAÚDE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

UBERABA-MG

2004

 

VOCÊ SABE O QUE É LÚPUS?

 

É uma doença imunológica que se manifesta por comprometimento, principalmente, das articulações. Na maioria dos pacientes, o lúpus se manifesta através de manchas na pele, especialmente nas áreas expostas ao sol: rosto, região acima do busto e nos braços, sente cansaço, tem perda de apetite, passa a ter lesões que previamente não tinha, ou seja, tem alterações na pele distintas do que ela apresentava ao mesmo tipo de exposição solar. A pessoa passa a ter dor articular, dor para respirar e muito inchaço. A doença pode comprometer outros órgãos como os pulmões, o coração, os rins e o sistema nervoso central.

Sabe-se que é uma doença que surge em pessoas com uma suscetibilidade genética. Alguns tipos específicos de estrutura genética ou de conformação genética dos gens de cada indivíduo permitem o desenvolvimento do lúpus e, em determinado momento, um fator ambiental ou emocional qualquer desencadeia a doença.

O lúpus também provoca alterações psicológicas, urinárias, intestinais e no estado de humor. É uma doença de acometimento sistêmico e extenso,  por isso, chama-se lúpus Eritematoso Sistêmico ( LES). Sistêmico porque acomete o organismo, e eritematoso ( avermelhado) porque as manchas na pele, em geral, são avermelhada.

Ele não se expressa de uma única maneira. O acometimento pode ser só cutâneo ou na pele e nas articulações e nos pulmões; e na pleura, no coração. Em cada pessoa, o LES se expressa de uma forma muito distinta.

O fato de se ter muita lesão na pele não significa que a doença seja mais grave. Ás vezes, o paciente não possui lesão na pele, mas pode ter um acometimento grave em outros órgãos. Cada pessoa possui um jeito de manifestar a doença.

Lúpus é uma doença crônica, na qual se usa o conceito cura. Assemelha-se ao diabetes ou a hipertensão, doenças que precisam ser tratadas para se ter um controle. Atualmente, o paciente com lúpus consegue ter uma melhora completa e uma manutenção não só da própria vida, como também da função dos órgãos acometidos.

Nos dias de hoje, é raro um paciente com lúpus, dentro de um conjunto total, chegar á morte. O lúpus pode levar á morte por envolvimento cardíaco, renal, pulmonar e, principalmente, por infecções ligadas ao tratamento.

O tratamento é feito com vários medicamentos e, dentre eles, estão os antimaláricos e diversas formas de corticóides ( comprimidos e injetáveis venosos) e também agentes imunos supressores. Esses agentes ornam os pacientes mais suscetíveis a infecções. As infecções são as causas das mortes em pacientes que estão em tratamento.

 

DOENÇA NÃO É CONTAGIOSA

 

Outro problema enfrentado pelos portadores de lúpus é o fato de a doença ser basicamente emocional, difícil de manter o controle, principalmente quando o assunto é preconceito. Eles não sabem o que é pior: a discriminação ou os olhares suspeitos. Por isso, é fundamental que haja o apoio do profissional de saúde da família.

 

A DOENÇA ATINGE MAIS AS MULHERES

 

Para cada nove mulheres, há apenas um homem acometido pela doença. “acredita-se que, em parte, isso é decorrente dos hormônios. E quem tem lúpus não pode usar hormônio nem anticoncepcional do tipo comum, porque estes podem agravar a situação da paciente.”

As mulheres com lúpus podem engravidar, a doença não se transfere para a criança. Existe uma condição chamada lúpus neonatal, que é o lúpus em que a criança recebe anticorpos da mãe e esses anticorpos acabam gerando lesões no recém-nascido. Esses anticorpos são temporários e, seis meses depois, o bebê esta curado. A gestação pode acontecer desde que não seja na fase em que a doença esteja ativa, mas, sim, numa fase de controle do tratamento.

 

 

 

 

O convívio com o lúpus não é ruim, é o que revelam os portadores de lúpus. O problema maior é o preconceito dentro das conduções. Eles dizem que quando se senta no banco do ônibus, é comum a pessoa que está ao lado sair e se sentar em outro lugar.

Uma portadora da doença disse que se assustou com a doença, mas as explicações dos médicos, o sucesso do tratamento e a fé em Deus fizeram com que ela ficasse confiante.