Mesmo tendo muita mais para consumir do que a maioria dos habitantes do planeta, ainda assim, você reclama da vida?

Queixa é inerente ao ser humano. Parece que ao fazê-lo, nos eximimos de culpa.

A sensação que fica é que o desabafo alivia o nosso sofrimento.
Daí, muita gente “vive como se fosse rio:

Segue o caminho torto por ser o que oferece menos resistência”.

O que ocorre quando você perde um ente querido?

Normalmente, sofremos com os pensamentos sobre as nossas ações do passado ou ausência delas.
Choramingamos como se isso aliviasse a dor ou culpa.
Valorizamos a amargura e o sofrimento e esperamos que a vida tenha dó de nós. Ora, se todos buscam a felicidade e sabemos que “a cada dia que nasce, estamos mais próximos da separação”, porque então não valorizar mais os momentos felizes.

É incrível como as pessoas têm grande facilidade de lembrar-se das cirurgias pelas quais passou durante a vida e não consegue saber quantos sorrisos deu ontem.

Será que para viver melhor temos que ser irresponsáveis, abandonar o trabalho ou sacrificar alguma área de nossa vida?
Veja como a nossa mãe é mais sábia: ela trabalha fora, em casa, cuida de si própria, dos filhos, marido e toda a família.

Se enquanto labuta, algo errado ocorre com um filho no colégio, o que ela faz? Acertou se respondeu:

Abandona tudo e vai ao encontro dele.

Tenho a impressão de que em boa parte da nossa vida, perdemos a noção do que mais importa: a nossa felicidade!

Dizemos que amamos quem vive ao nosso lado, mas nem sempre lhe damos a justa atenção.
É como se o amor e a vida pudessem esperar; se a felicidade pudesse ficar na “prateleira”, como se mercadoria fosse, aguardando o melhor momento para ser consumida.

Infelizmente, as coisas não funcionam assim.
Fazemos de conta que não sabemos disso e depois ficamos pelos cantos em busca de consolo.
Agimos como se tivéssemos total controle de nossas vidas.
Quando você está viajando e o avião enfrenta alguns minutos de turbulência severa, o que você faz?

Alguns oram, outros tentam adormecer, muitos silenciam e por aí vai.

Mas, a questão é: você pode impedir que o avião caia?
Claro que não, o único ser humano a bordo que poderá evitar um acidente é o piloto.

Adianta se preocupar?

Assim é a nossa vida.

Achamos que estamos no comando, mas não estamos.
Daí, enquanto não entendemos que há um piloto no manche do nosso destino, não abandonamos a angústia, não dominamos o medo, não deixamos de nos preocupar exageradamente, cultivamos o sentimento de incerteza, de sofrimento e o que é pior: não apreciamos a viagem como gostaríamos e deveríamos

*Evaldo Costa

Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil

Escritor, consultor, conferencista e professor.

Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”

Site: www.evaldocosta.com

Blog: http://evaldocosta.blogspot.com

E-mail: [email protected]