Vivencias da Lei 10.639/03 no Espaço Escolar

Realizamos  uma roda de conversa com os professores de uma escola X   na região do Coxipó, onde foi feito a leitura da matéria que afirmava: o senador do estado de mato grosso mencionava o ministro do supremo tribunal federal como “aquele moreno escuro Lá no supremo”.Diante desta problemática levantada pelo leitor na roda de conversa, percebeu-se que os  professores que atuam na área de Historia, filosofia, sociologia, tiveram maiores indignações e argumentos diante do ocorrido, colocando fatores históricos na roda da conversa, destacando os avanços conquistados perante a lei 10.639/03, e a trajetória e luta  árdua para efetivação de currículos e avanços relacionados a questões étnico-raciais.

 A professora de História da escola  colocou em debate a questão de formação dos professores e educadores no preparo para lidar com o desafio e a problemática da convivência com a diversidade, elencando alguns problemas que surgem no chão da escola e que muitos dos professores ficam de mãos atadas por não saberem como agir e como prevenir naquele momento. Já os professores das áreas de exatas, percebe-se na fala de muitos que o problema vem de berço e que os pais não educam para conviver com as diferenças, porém vale destacar que o educador sempre irá assumir diversos papeis na sua carreira, seja ele como irmão, pai , mãe, amigo, porque o professor é o espelho e esse espelho jamais deve deixar de refletir e mediar os conhecimentos entre nossos alunos.

 Em se tratando de etiqueta muitos  professores disseram ser apenas por etiqueta mesmo, e que o preconceito esta dentro, escondido em cada um de nós, mas muitos não aceitam e dizem não ter preconceito quando na realidade têm. Para a maioria dos professores as  diversas formar de tratar uma pessoa com determinada etiqueta depende muito do local ou  cargo que a pessoa exerce, fecham a idéia dizendo que assim como os livros, vídeos audiovisuais são viciados em conteúdos depreciativos e preconceituosos, alguns  professores e alunos traz consigo um despreparo, ou preconceito nele arraigado, não sabem lidar com  situações  de  flagrantes e discriminação, e na maioria das vezes praticam a política da avestruz ou sentem pena , em vez de uma atitude responsável que consistiria em mostrar que a diversidade não é um fator superior ou inferior e sim uma complementaridade de enriquecimento da humanidade em geral.  

Referências:

MUNANGA, Kabengele. Superando o Racismo na Escola. Organizador-Brasília: Ministério da Educação, secretaria de Educação continuada, Alfabetização e Diversidade,2005.

TEIXEIRA,Moema De Poli.Relações Raciais na Sociedade Brasileira. Cuiabá.-MT:UAB/NEPRE/UFMT,2014.