Eduardo dalla Costa Rodrigues
O que leva pessoas influentes, socialmente bem colocadas, atletas a cometerem atos que o levem a incorrer em crimes e com isto serem presos?
A falta de princípios basilares, princípios estes que são adquiridos em nosso lar, no seio da família estruturada e definida.
Todos os problemas de nossa sociedade são oriundos da falta de educação, cultura, que se torna um ciclo vicioso e que perdura de tempos remotos até os dias de hoje e com tendência a piorar ainda mais, se nós e nossos governantes não tomarmos decisões coerentes todo um futuro irá pagar muito caro com os erros de hoje, que na realidade já o são desde a muito tempo.
Temos que repensar a educação, discutir mais e mais sobre violência de Gênero, Violência doméstica, não deixar mesmo que pequenas brincadeiras com intuito de desmerecer, denegrir a imagem de alguém, principalmente quando esse alguém é uma mulher. Nos noticiários do mundo todo consta que uma mulher no Irã, foi condenada a morte por apedrejamento por ter cometido adultério e ter confessado após levar 99 chibatadas. Estão tratando como se crime houvesse cometido, certo, pra este que tipo de "crime" seja cometido há que se ter duas pessoas e a outra seria um homem, pelo menos, e onde se encontra este homem, levou as chibatadas também para confessar o crime, vai ser apedrejado também, até a morte?
Pois bem, em um país machista, onde as mulheres devam obediência e nada mais, o homem nunca será um adúltero, nunca será imputado crime algum, caso ele venha a se deitar com quantas mulheres lhe for possível.
Esta á mais típica violência de gênero existente em nosso mundo, aqui no Brasil vemos a mesma coisa quase todos os dias. Vejamos o caso do goleiro Bruno, atleta, muito bem cotado no meio futebolístico, casado, pertencente hoje a uma classe social muito mais elevada do que a lhe deu origem, porém sem estrutura psicológica alguma para possuir um lar, uma família. Esta mesma pessoa, com comentários desastrosos, preconceituosos, saiu em defesa de outro atleta, também jogador de futebol, que teve sua origem em situação parecida, se não iguais oriundos da miséria, sem estrutura basilar.
É por situações como estas que devemos mudar a maneira de pensar e agir, não devemos nos curvar mais ao preconceito de gênero, devemos abolir as piadas, sem graça, que denigrem a imagem da mulher, para que com isso possamos ter uma vida mais saudável e harmoniosa.
Devemos cobrar dos políticos que neste exato momento colocam seus nomes e seu trabalho a disposição da sociedade, para que eles olhem e resolvam o problema da Educação com olhares críticos, não com visão de reeleição, mas com os olhos no futuro, pois o que hoje for feito seu resultado só verá daqui a uns 10 a 15 anos.
Não vemos políticos engajados em políticas sociais, mas sim em políticas econômicas, na mais primitiva assepsia da palavra.
Precisamos muito de políticas sociais, onde a população será esclarecida de dúvidas oriundas da falta de cultura, para que esta sociedade possa educar seus filhos nos moldes de uma sociedade justa e condizente e essa mesma população possa dar aos filhos algo que não tiveram e que estes filhos também possam por instruções e aprendizados em escolas terem subsídios para aprender e levar uma vida saudável e não virem a cometer crimes bárbaros como este que está em todas as mídias de todo o mundo.
Meu desejo é que nossa sociedade se espelhe não no espetáculo dos acontecimentos e sim nos acontecimentos e sejam regidas pela estrutura, pelos princípios, tirando o que pode ser tirado e aprendendo com os erros, não deixando que transformem os desejos em utopia.
"O espetáculo é o mau sonho da sociedade moderna acorrentada, que finalmente não exprime senão o seu desejo de dormir". GUY DEBORD