Há muitos séculos se tem propagado a idéia de superioridade masculina em relação ao feminino, na própria obra de Platão as mulheres eram apontadas como insensata e causadora de todo mal, alem de ter sido criada a partir do homem (Bergman, 1997). Este dualismo representa uma solida construção de papeis de gêneros baseados na autoridade masculina que se arrastam até nossos dias. Desde que nasce a criança, o sexo é o que vai determinar o tipo de comportamento que será ensinado a ela, o menino joga bola enquanto a menina brinca de boneca e casinha, isto nos coloca frente a uma idéia de que a desigualdade pode ser advento do comportamento cultural e social.

Objetificação da mulher

Era comum dentro de uma sociedade patriarcal a mulher ser deslumbrada como um objeto sexual e de fetiche para o homem. Um objeto que o homem poderia exibir, mais do que um sujeito com o qual se estabelece uma relação.

A violência

A expressão violência contra a mulher se refere a qualquer ato que resulte ou possa vir a resultar em dano ou sofrimento de natureza física, sexual ou psicológica.
? Violência física: ocorre quando há uma disposição ou consumação por parte do agressor a causar dano físico a esta pessoa.

? Violência psicológica: toda ação ou omissão que resulte em dano ou sofrimento moral como, sentimento de ansiedade, insegurança, frustração, medo, humilhação e perda de auto-estima.

? Violência sexual: toda ação em que uma pessoa com poder sobre outra, obrigarem a outra a realizar atos sexuais contra sua vontade utilizando-se de força física ou chantagem.

Estes tipos de violência podem ocorrer dentro do ambienta familiar por parte de pais, parceiros íntimos, padrastos, conviventes e demais parentes. O medo e a vergonha são tipos de constrangimentos que fazem com que a mulher agredida não relate as autoridades competentes sobre o ocorrido, o que torna muito difícil o controle de dados e estatísticas.


Políticas publicas contra a violência
A política publica contra a violência tem vinculo com os movimentos feministas, pois até os anos 80 estas mesmas não existiam, fato que levou mulheres a se organizarem em torno de propostas especificas de luta contra a violência de todos os tipos. Estas políticas conquistadas buscam reduzir ou superar por completamente estes casos de violência de gênero. Foi com bases em estudos realizados a partir destes movimentos e que instituições como o DEAMS ? ou delegacia de proteção as mulheres, foi o que proporcionou melhores condições de segurança e um aumento significativo de denúncias contra estes infratores

Estatísticas sobre a violência

? As recentes estatísticas das delegacias de atendimento a mulheres identificaram os crimes mais denunciados pelas mulheres. Entre 326.693 notificações recebidas, havia 113.727 queixas de lesão corporal, 107.999 de ameaças e 32.183 por vias de fatos. Logo depois encontramos os crimes contra a honra: 13 mil de injuria; 10.049 de difamação e 6805 por calunia. Para o crime de estupro foram totalizadas 4.697 queixas em todas as DEAMS do pais.
? Segundo o IBGE 60 % das agressões são causadas por parentes e familiares.
? Segundo o conselho estadual dos direitos das mulheres a cada hora sete mulheres passam por situações de violência.

Estes dados nos mostram o tamanho do problema que se trata e que somente uma integração entre municípios, estado e união, poder executivo legislativo e judiciário e áreas de saúde, educação, justiça e segurança, trabalho e promoção social para fazer que haja uma adequada política de tratamento, combate e talvez eliminação de violência nas suas mais variadas dimensões.


Impunidade

Ainda existe a impunidade para tais atos, agravando ainda mais a situação já existente, a questão da desqualificação de homicídio transformando em lesão corporal dolosa ou ameaça ajuda para que o agressor fique sem castigo adequado. A nova lei de conciliação também reduz o crime a simples pagamento de cesta básica deixando a ficha corrida do infrator em branco. A lentidão nos processos da justiça permite que ocorram novas agressões, e o descaso por parte das delegacias pioram a situação.

Tratamento as mulheres agredidas

No tratamento a mulher agredida pode-se tratá-la individualmente ou em grupo, sempre procurando reanimar sua auto-estima em grande parte destruída. Deve-se oferecer fora o auxilio medico, o psicológico e jurídico para tratar e punir o agressor.
? Tratamento médico: visa prevenir infecções oriundas de abuso sexual, evitar doenças sexualmente transmissíveis e possíveis casos de gravidez provenientes do delito.
? Auxilio psicológico: visa diminuir os danos morais como o medo.
? Auxilio jurídico: auxilia em casos de necessidade de afastamento do agressor, burocracias processuais, albergamento em caso de risco de vida etc.

Diante dos fatos devemes enchergar que a violência contra mulheres vem se transformando em um problema dos novos tempos e que o aumento de denuncias por estas agredidas a cada dia aumenta porque tambem crescem a quantidade de casos dentro da sociedade. Devemos tomar partido e fazer frente a este tipo de ser arrogante que tem a capacidade de agredir, seja la de qual maneira o seu semelhante denunciando atraves da delegacia de atendimento a mulher.