Vikings

Ariel era um viking, mas viking a pouco tempo, era jovem ainda e não tinha experiência alguma de vida, ainda não era bruto como os outros, ainda.

Ariel foi recrutado por Bertran, que se encarregava de arranjar tripulação, Bertran era burro como uma pedra, mas vivera bastante para exercer sua função muito bem. Nos outros vikings não existia nenhum intelecto, até porque se algum fosse não seria um viking.

Ariel era esperto, esperto demais para um viking, assim mesmo entrou no navio e partiu. Partiu para uma viagem que achava ser uma aventura, muitas riquezas, desbravamentos e tudo o que um jovem sonha, ele não está errado, mas conseguirá isso do modo mais sujo, e ele ainda não chega a ser mal, ainda.

Ariel desembarca numa ilha e precisa conseguir sua própria comida como os outros, só lhe foi dado uma faca, era uma faca bem grande, mas uma faca. Entrando no mato encontra um macaco, que sorte, mal procura e já acha comida! Entretanto não é tão fácil assim, o macaco é ágil e esperto, correr atrás dele só o leva pra dentro da mata.

Ariel cansa e volta pra praia, não antes de encontrar uma hiena, animal estranho, parece um pouco com um cachorro, um pouco com um felino, enquanto Ariel ia pensando o bicho independente de qual a espécie, o ataca.

Ariel vê seu ombro sendo mordido e fica arranhado enquanto tenta se desvencilhar, consegue dar uma facada no peito da hiena e o rasga de uma ponta à outra, com certeza é um bicho estranho, cai no chão e se debate, oportunidade de arrancar um talho de sua carne, vai ser a comida, Bertran chegou a ver uma parte da cena e voltou rindo.

Ariel descobre depois que não precisava ter caçado, poderia comer frutas, a faca ajudaria a tirar a casca, eles caçam em outros lugares. Voltando ao navio resolve pegar uma folha e começa a desenhar, isso não é coisa de viking, mas é de Ariel.

Ariel é acordado levando socos de um viking mais velho manco e mudo, que queria o lugar para ele, teria de lutar para ficar lá, a menos que quisesse dormir no porão do navio que era o que acontecia com quem cedia alguma coisa, vikings não cedem, impõem, e assim seria.

Ariel leva tantos socos e chutes que fica até meio tonto, havia um candelabro aceso e Ariel o pega e usa como arma, acerta os olhos do manco deixando-o cego, pega um banco e acerta as costas do homem três vezes, na quarta o banco se quebra e o viking cai no chão.

Ariel venceu, Bertran o cumprimenta e fala:

- Porque alguém como você quis se tornar um viking?

Ariel responde:

- Ambição não é suficiente para você? Uso qualquer meio por ela!

Ariel agora já se parece com um viking, se parece, ainda não matou ninguém, não sabe como é. Ele pega uma folha de papel e volta a desenhar, agora já era bruto, rude, mal, mas ainda era Ariel...