A vida é um jogo. Sujo. De interesse, falsidade, mentiras e trapaças. E quem se recusa a entrar nesse jogo sofre as conseqüências de uma sociedade hipócrita e oportunista.
Uma sociedade que luta contra o preconceito, mas a todo momento julga, condena, critica, estabelece pré-conceitos.
Que abomina o aborto, clama contra a violência, porém não enxerga que são os próprios pais que “matam” suas crianças com a má educação que lhes dão(cuja presença é substituída pela escola, por uma babá ou simplesmente por bens materiais), com a falta de estrutura e/ou de condições que lhes oferecem.
Uma sociedade que condena o corrupto, o ladrão, mas não desperdiça a chance de  ganhar as coisas de maneira fácil, rápida e de se dar bem a qualquer custo. Ou será que comprar mercadoria roubada, suborno, falsificação, desvio de dinheiro ou daquilo que de direito pertence à outra pessoa, tudo isso não é roubo?
Realmente, é difícil entender esse jogo. Um jogo em que não existe ganhador, nem perdedor, existe aquele que sabe jogar.
E, ao que me parece, saber jogar significa agir de acordo com os nossos interesses, mesmo que não sejamos verdadeiros, mesmo que para isso tenhamos que prejudicar alguém.
Mas será que depois não pagaremos um preço muito mais alto por isso?