Há cerca de um ano atrás vendi um carro, um Citroën C2 a gasolina, e desde então tenho andado para escrever um artigo sobre a minha experiência na venda do carro. A primeira coisa que fiz foi identificar possíveis compradores de carros usados. Basicamente podemos procurar vender o carro a um particular ou a um stand de automóveis usados. Como achei que poderia conseguir um melhor preço vendendo-o a um particular, foi por aí que comecei. Coloquei anúncios numa série de websites de classificados, alguns gratuitos e outros pagos, alguns específicos para a venda de carros usados e outros de âmbito geral. Antes de colocar os anúncios tive que definir o preço que ia pedir pelo carro e para fazer isso procurei por anúncios de carros iguais ao meu, do mesmo ano e mais ou menos com a mesma quilometragem. Recorri também a um serviço que encontrei online em que indicando a marca, modelo, versão e ano do carro é-nos dada uma estimativa do seu valor comercial. Defini um preço de acordo com o que o mercado de usados estava a pedir pelo carro mas já sabia que o facto de eu ser um particular e não poder oferecer garantia mecânica ia ser uma desvantagem para mim e que provavelmente iria ter que descer o preço para conseguir vender o carro. As semanas passaram, ia recebendo alguns contactos e algumas ofertas mas nada de sério. Inclusive algumas das ofertas que recebi podemos dizer que eram bastante ingénuas, eram pessoas que estavam simplesmente a tentar a sua sorte. Eu ia para o estrangeiro brevemente (e essa era a razão porque estava a vender o carro), por isso comecei gradualmente a baixar o preço do carro, e com as baixas de preço iam aumentando o número de contactos e a seriedade desses contactos. Entretanto, e como queria de facto vender o carro, decidi ir até a alguns stands de automóveis usados na minha zona para saber se estariam interessados em comprar o carro. Recebi algumas ofertas, algumas delas bastante diferentes das outras, novamente aqui havia alguns stands que simplesmente estavam a tentar a sua sorte. Cheguei a colocar um anúncio nos classificados de um diário local mas o anúncio, que foi publicado durante alguns dias, já não me lembro quantos, não gerou nenhum contacto. Acabei por vender o carro a um particular mas por pouco mais do que a melhor oferta que recebi de um stand. Com certeza que a facilidade ou dificuldade em se vender um carro varia com o carro em particular que se está a vender, há com certeza marcas e modelos que são mais apetecíveis pelo mercado. Quem compra um carro usado a um particular está a contar compra-lo por um preço inferior do que se o comprasse num stands de automóveis usados, e isso faz sentido a maior parte das vezes. O facto de na venda por parte de um particular não ser dada garantia mecânica e o facto do carro usado ser comprado a um desconhecido (que não possui um estabelecimento) aumenta o risco da compra. Da próxima vez que tenha que vender um carro, vou começar por tentar vende-lo a um stand de automóveis usados. É certo que me vão oferecer menos do que se vendesse o carro a um particular mas provavelmente não será muito menos e a verdade é que o processo de vender o carro a um particular tem os seus custos, quer monetários (anúncios pagos, telefonemas, deslocações para mostrar o carro, etc.), quer de tempo (elaborar e colocar os anúncios, lidar com os potenciais compradores, mostrar o carro, etc.). Também acho que fazer a transacção com um stand pode envolver um risco menor do que fazer a transacção com um particular (é claro que existe uma série de cuidados básicos que têm de ser tomados independentemente de se estar a vender o carro a um stands de automóveis usados ou a um particular, nomeadamente o garantir que o método de pagamento é fiável e que será realizada a transferência de propriedade).