Maria Eduarda Monteiro[1]

Ultimamente muito se fala de aquecimento global e os problemas ambientais gerados com esse superaquecimento terrestre, e dentro deste contexto vêm as causas mais abordadas pela mídia, como a queima de combustíveis fósseis, o desenvolvimento urbano sem planejamento e até mesmo as causas naturais.

Mas o que muita gente desconhece é que um dos principais causadores deste fenômeno está diante dos próprios olhos e é algo indispensável em sua alimentação do dia-a-dia.

O consumo de carne gera pelo menos 50% dos gases do efeito estufa sendo eles o gás metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e o gás carbônico (CO2), um dos principais causadores do aquecimento global. Isso está distribuído entre o desmatamento da Amazônia, queimadas para renovar a vegetação de pastagens e a digestão dos animais via oral e fecal.

Diante este problema, questionei o sociólogo, filósofo, baterista da banda brasileira CPM22, e vegetariano há mais de 20 anos, Ricardo Japinha sobre o que ele achava da seguinte frase:

"O consumo de carne no mundo gera emissão de pelo menos 50% dos gases-estufa, ocasionando graves problemas ambientais. Qual é a sua posição sobre este consumo exagerado populacional e o que acha se houvesse uma grande diminuição no consumo de carne no mundo inteiro?”

“Penso que o homem, por ter tantas características evoluídas como animal racional que é, ainda tem muitos aspectos de seus hábitos a atitudes a serem repensados e questionados, para com o mundo em que vive. Nas eras antigas, onde ainda habitava em cavernas, quando não se tinha nem a habilidade da fala, considero mais que compreensível o ato de sair para caçar em busca de alimento para sua família, dado o grau de baixa evolução apresentado naquela época. Hoje em dia, com tantas opções de alimentação, com o grau atingido de tecnologia, consciência e entendimento de tudo que acontece no mundo, o hábito de se alimentar por vias carnívoras, causando tantos estragos ambientais, além de proporcionar sofrimento e morte a tantos animais indefesos (em especial, peixes, bois, galinhas e porcos), me parece ser explicitamente uma falta de clareza ao se enxergar como ser pensante e sensível, considerando seu grau de evolução.”

Vegetariano: Ricardo Di Roberto, mais conhecido como Japinha, se destaca como ícone de exemplo para a sociedade atual e como representante da população vegetariana.

Fonte: http://www.fotolog.com.br/meavita/276000000000013211/#profile_start

Acontece que, não é uma questão da população por inteira virar vegetariana, mas existe de fato algo que a sociedade pode fazer para reverter este caso, ou pelo menos diminuir o impacto causado pela pecuária. Por exemplo: Hoje há no mundo mais de 50 bilhões de animais de criação destinados todo ano ao abate, mas se este dado diminuísse, gradativamente, veríamos algum resultado positivo no meio ambiente.

Por isso, estudos recentes da ONU e FAO (Órgão das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) demonstram que a alimentação humana atual é uma das maiores formas de degradação e poluição ambiental existentes.

Conscientizar seria a forma mais viável de se obter um resultado positivo tanto para questões ambientais, saúde humana e, principalmente à compaixão e amor ao próximo. Aqueça seu coração, não o planeta!

 

REFERÊNCIAS

Sua pesquisa. Causas do Aquecimento Global. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/pesquisa/causas_aquecimento_global.htm>. Acesso em 29/11/2013.

FOGAÇA. Jennifer Rocha Vargas. Consumo de Carne e Aquecimento Global. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/pesquisa/causas_aquecimento_global.htm>. Acesso em 29/11/2013.

Blog Jornal Animais. Vegetarianos, uma solução para o mundo. Disponível em: <http://jornalanimais.blogspot.com.br/2008/09/vegetarianos-uma-soluo-para-o-mundo.html>. Acesso em 29/11/2013.

Consciência. Vegetarianismo. Disponível em: <http://www.consciencia.net/ecologia/vegetarianismo.html>. Acesso em 29/11/2013.



[1] GRADUANDO DO CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE FUMEC.