Moura (2005) destaca entre as vantagens do custeio variável:

  • O custo do produto é mensurável objetivamente e não sofre manipulação (rateio);
  • Apresentação imediata da margem de contribuição de cada produto, que é a diferença do preço de venda e o custo do produto;
  • O lucro alcançado não sofre interferência com alterações de estoque, e possibilita mais clareza no planejamento desse lucro e nas tomadas de decisões;

Já Santos (1990), com uma abordagem mais ligada às empresas do setor comercial, cita algumas vantagens. A margem de contribuição:

  • Ajuda a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda ou ser colocados em planos secundários, ou até mesmo abandonados;
  • Auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, levando a decisões mais sábias sobre preços.
  • Pode ser usada para avaliar opções com respeito a reduções de preços, descontos e campanhas publicitárias especiais. Decisões que são determinadas por uma comparação dos custos adicionais, visando ao aumento na receita de venda.

Segundo Martins (2009), esse método ainda destaca os custos fixos (que independem do processo fabril) e fornece o ponto de equilíbrio.

Leone (1997) ressalta a importância do custeio variável em empresas que trabalham com variedade de produtos diferentes, principalmente quando se trabalha por ordem de produção. Uma vez que cada produto tem seus próprios custos diretos e variáveis, a administração fica sabendo, através da margem de contribuição por produto, qual tem maior contribuição relativa e absoluta.

Oferece meios mais precisos para o planejamento financeiro, sobretudo quando a empresa está sujeita a variações substanciais no seu volume de produção e de vendas, ou quando produz uma multiplicidade de produtos com diferentes graus de aceitação no mercado. (SCHOEPS, 1992)

Porém, este método tem sido criticado por muitos autores em virtude de exercer a maior parte do controle nos custos e despesas variáveis. Moura (2005) destaca algumas de suas desvantagens:

  • A exclusão dos custos fixos pode causar uma subavaliação e pode alterar o resultado em um período;
  • Podem ocorrer problemas na avaliação dos custos, pois existem custos semivariáveis e semifixos;
  • Como, de maneira geral, o custeamento variável é utilizado para tomada de decisões a curto prazo, isso pode prejudicar a continuidade da empresa num projeto a longo prazo.

Martins (2009) ainda completa que este método não é aceito na elaboração de relatórios contábeis, pois fere os Princípios Fundamentais da Contabilidade e o valor dos estoques não mantém relação com o custo total.

Leone (1997) aponta outras desvantagens:

  • No novo paradigma de produção há um aumento significativo dos custos fixos em relação aos custos variáveis, o que não justifica um custeamento que vise o controle apenas dos custos variáveis;
  • Os resultados do custeio variável não substituem informações decorrentes de outros critérios.

Apesar das desvantagens apontadas, o método de custeio variável, se bem trabalhado, é considerado um importante instrumento de tomada de decisões. Tudo depende do objetivo da empresa em relação às informações de custos, pois de nada adianta uma gama de informações se os gestores não conseguem utilizá-las.