Valença una: rio de Axé 

Nesta terra onde nasci vi caboclos e vi Zumbi
Vi Oxossi vi Tupinambá nestas matas a flechar,
Na praia de Guabim em dois de fevereiro saúdo Iemanjá,
Nas antigas águas do Rio Una onde não pude me banhar
Vejo a minha mãe Valença a lagrimejar.
Valença meu céu de esmeraldas
O que os tiranos fazem com tuas águas
Do nosso, do teu rio Una
Que devasta tuas belezas naturais,
Faz com que teus filhos se reúnam
Reúnam para preservá-lo o teu rio una
Pois aqui não poderá Jamais ser deserto
Que nossos governantes fiquem espertos
Se não Una vai nos deixar.
Una filhos de axé
Pois nosso povo de Orixá
Precisa de água sincretisada de fé
Pois em ritmo de afoxé, só o rio una pode dá.

Heráclito Barbosa 28/12/2012