Utilização de cultivares resistentes de phaseolus vulgaris para minimização dos danos ambientais causados pelo emprego de agrotóxicos.

O aparecimento de pragas nas lavouras ocasiona perdas substanciais ao agricultor, o que o leva ao emprego dos defensivos agrícolas.  O uso de agrotóxicos é parte fundamental do modelo agrícola que apresenta elevados índices de produtividade. Todavia, seu impacto social e ambiental demanda constante preocupação por parte da sociedade. Uma vez introduzidos no ambiente, os agrotóxicos podem se tornar poluentes em consequência da sua toxicidade ou de seus produtos de degradação. Dessa forma, o uso de cultivares resistentes pode ser uma alternativa eficiente tanto do ponto de vista econômico como sócio ambiental no combate a pragas como a antracnose em Phaseolus vulgaris, uma vez que dispensa o uso de defensivos agrícolas. Uma menor aplicação de pesticidas pode significar um menor nível de dano ambiental, além de diminuir consideravelmente o custo final da lavoura. O objetivo proposto para esse trabalho foi estabelecer marcadores moleculares RAPD ligados a genes de resistência à raça 73 de C. lindemuthianum, presente na cultivar Widusa, a partir do cruzamento entre as cultivares diferenciadoras Cornell 49-242 (suscetível) e Widusa (resistente), com o intuito de reduzir o índice de aplicações de defensivos agrícolas nas culturas de feijoeiros. Plantas F₂ originadas do cruzamento entre Cornell e Widusa, foram inoculadas com uma suspensão 1,2 x 10⁶ esporos.ml^-1 da raça 73 de C. lindemuthianum. Após a inoculação, realizou-se a avaliação visual dos sintomas em cada planta. Foram construídos bulks contrastantes, cada um contendo amostras de indivíduos da população F₂ homozigotos resistentes e suscetíveis. Formados os grupos, os mesmos foram analisados pela técnica de RAPD para identificação de bandas heteromóficas. Análise morfológica demonstrou que a cultivar Widusa, é resistente à antracnose e Cornell 49-242 é fenotipicamente suscetível. Todavia, não foram evidenciadas bandas exclusivas que pudessem ser caracterizadas como marcadores moleculares ligados ao gene de resistência ao patótipo 73 de C. lindemuthianum. Embora não tenha sido encontrado marcadores RAPD patótipo resistentes, outros marcadores devem ser testados, bem como técnica diversa a exemplo do SPAR.