Utilização da EVT para extração de hidrogênio eletrolítico para geração distribuída de energia elétrica
Publicado em 17 de agosto de 2014 por LEANDRO GONÇALVES MAGALHÃES
Atualmente muitas usinas hidrelétricas fazem uma manobra técnica de desviar a água excedente para o vertedouro, assim desperdiçando uma quantidade de energia que poderia ser utilizada como fonte de geração de energia de outra forma, como energia vertida turbinável (EVT).
A sugestão mais recente é que este excedente de água fosse utilizado para produção de hidrogênio utilizando o processo de eletrólise. O gás poderá ser facilmente utilizado como outra fonte de geração de energia limpa, utilizando nas aplicações industriais, produção de fertilizantes, na geração de energia elétrica propriamente dita e também como combustível para veículos.
Fara se fazer o processo de eletrólise da água, é necessário a aplicação de mais energia elétrica, mas para isto poderia ser adquirida da própria usina hidrelétrica em momentos em que a demanda da rede fosse a menor possível, normalmente nos períodos noturnos ou fora do chamado horário de ponta.
O Brasil é um país que mais utiliza energia hídrica, até porque é localizado em uma região privilegiada contendo grandes áreas de mananciais e grandes rios. No entanto, não podemos depender e explorar apenas esta fonte, pois mudanças climáticas são causas naturais e instáveis, o que pode causar colapsos no sistema de fornecimento de energia elétrica. Assim como um período forte de estiagem pode provocar faltas pelas dependências apenas desta fonte.
Por estes fatores naturais, o nosso país deve investir na criação e desenvolvimento de usinas híbridas, usufruindo dos diversos recursos de energias renováveis e limpas disponíveis desta imensa faixa territorial do Brasil. Os exemplos são: usinas eólicas, orgânicas, solares, foto celulares e adaptações da EVT.
Recentemente a usina de Itaipu iniciou um processo experimental para produção de hidrogênio utilizando a EVT através da eletrólise da água que seria desperdiçada nos vertedouros nos períodos de grandes afluências hídricas. O projeto contou com apoio de fundações, instituições e pesquisadores para possibilitar as pesquisas e confirmações da real prova compensatória.
O Brasil está bem classificado no ranking dos países que mais investem em utilização de energias renováveis, conforme classificação da Ernst & Young publicado pelo Portal Exame em 2013. Mas ainda assim o nosso país está longe de alcançar excelência no aproveitamento dos recursos limpos e disponíveis nesta grande área territorial e nesta vasta gama de recursos complementares naturais.