USO DE ANTIBIÓTICO EM IMPLANTOLOGIA

Thayse Mendes Sabadini

RESUMO

Antigamente os motivos pelo qual as pessoas necessitavam de implante dentário era devido à idade avançada. Porém, os fatores atuais incluem a falta de higienização, periodontia e o surgimento de cáries que quando proliferadas não deixam nenhuma possibilidade de recuperação do dente. Devido a esta grande necessidade de se realizar procedimentos que proporcionem ao paciente uma condição de vida melhor, o implante dentário tem se tornado muito popular no Brasil, os pacientes que antes se preocupavam apenas com o sistema funcional dos dentes agora estão cada vez mais exigentes com relação à estética. No procedimento do implante dentário é muito comum ocorrer infecções, porém, estas devem ser tratadas com cuidado pelo cirurgião responsável, tendo em vista que tem acontecendo muitos casos de excesso de prescrição de antibióticos e estes podem não ser indicados em determinadas situações. Dentro deste contexto, este artigo tem como objetivo geral abordar os aspectos do uso de antibióticos no processo de implante dentário. Para isso, utilizou-se do método de pesquisa bibliográfica onde foram realizadas pesquisas específicas de conteúdos que foram, livros, artigos, e plataformas digitais confiáveis que abordavam a mesma temática no intuito de promover um maior conhecimento possível.

Palavras-chave: Anti-inflamatório. Implante dentário. Cirurgia dentária. Implantologia.

ABSTRACT

In ancient times the reason why people needed a dental implant was because of old age. However, the current factors include the lack of hygiene, periodontics and the appearance of caries that when proliferated leave no possibility of recovery of the tooth. Due to this great need to perform procedures that provide the patient with a better life condition, the dental implant has become very popular in Brazil, patients who previously cared only about the functional system of the teeth are now more and more demanding with regard to to esthetics. In the dental implant procedure infections are very common, however, these should be treated with care by the surgeon in charge, since there are many cases of excessive prescription of antibiotics and these may not be indicated in certain situations. Within this context, this article aims to address the aspects of the use of antibiotics in the dental implant process. For this, a bibliographic research method was used in which specific searches of contents were carried out, which were books, articles, and reliable digital platforms that approached the same theme in order to promote a greater knowledge possible.

Keywords: Anti-inflammatory. Dental implant. Dental surgery. Implantology.

1.    INTRODUÇÃO

A perda dentária resulta em danos à qualidade de vida do paciente devido ao seu sistema funcional (dificuldades de mastigação e problemas na digestão alimentar) não trabalhar de forma adequada, bem como também causar comprometimento na estrutura estética do paciente.

A cárie e a periodontia são responsáveis pela maioria dos casos de perda dentária em adultos sendo estes apontados como fatores clínicos, outros fatores correspondem à falta de higiene por parte do paciente que não possui uma rotina higiênica adequada para se prevenir contra possíveis problemas dentários.

Dentro da perspectiva da grande necessidade de se solucionar problemas relacionados a perda dentária viu-se a possibilidade de realizar a reabilitação oro facial. O procedimento indicado para perda dentária é o implante, onde o mesmo poderá ser realizado de forma parcial ou total. Para tanto, várias observações específicas devem ser realizadas pelo profissional no intuito de proporcionar ao paciente uma melhor condição de tratamento e com isso os resultados chegam a uma melhoria na qualidade de vida do mesmo.

Dentro do tratamento de implante dentário existe uma possibilidade muito alta de acontecer processos infecciosos e estes por sua vez são tratados com anti-inflamatórios, porém, estes anti-inflamatórios nem sempre são indicados, podendo em casos específicos o cirurgião dentista optar por uma remoção mecânica da placa bacteriana, que possui um bom resultado, porém, não consegue solucionar o problema sem o auxílio dos antibióticos.

O objetivo desta pesquisa inclui abordar de forma geral como são utilizados os antibióticos no procedimento de implante dentário. Para tanto será primeiramente abordado aspectos gerais sobre o procedimento de implante dentário.

Desta forma, este trabalho tem como método de abordagem a pesquisa bibliográfica. Foram realizadas pesquisas específicas de conteúdos que foram, livros, artigos, e plataformas digitais confiáveis que abordavam a mesma temática deste artigo no intuito de promover um melhor debate sobre esta temática.

Assim, foram selecionados autores diversos cujas obras foram de extrema importância para o esclarecimento das questões abordadas neste artigo. Os artigos foram pesquisados segundo a temática de cada tópico desta obra para facilitar a organização e distribuição de cada ideia aqui apresentada.

 

2.    IMPLANTOLOGIA

 

É importante ressaltar que as perdas dentárias implicam no comprometimento da qualidade de vida do paciente, haja visto que estas interferem diretamente no sistema funcional do mesmo, como por exemplo, complicações no sistema de mastigação e também no processo digestivo. A reabilitação protética tem sido enriquecida em grande escala pelo implante dentário, sendo assim várias formas de se realizar o implante dentário de maneira qualitativa vem sendo estudadas, assim como as especificações dentro do processo de tratamento da implantologia (REIS, 2013).

A perda dentária implica na estética do indivíduo proporcionando a este uma série de problemas psicológicos afetando também a sua autoestima. Em alguns casos os pacientes chegam até mesmo a entrar em depressão por não ter uma estética agradável. Dentro deste contexto, é de extrema importância que a implantologia seja aplicada com sucesso, impossibilitando constrangimentos ao paciente (SANTIAGO, 2015).

Segundo as afirmações de Monteiro et. al. (2014, p. 5):

 

A infecção pós-operatória, precoce ou tardia, pode ser considerada uma das principais causas de perda dos implantes, além das sobrecargas mecânicas. As cirurgias de inserção de material implantar tornam a área receptora mais susceptível a infecções pós-operatórias locais, por isso são necessárias medidas para contê-las. Tais medidas são representadas principalmente pelos princípios de assepsia e anti-sepsia do campo operatório que já reduzem os índices de infecção. Entretanto, nas cirurgias de inserção de material implantar a adoção de medidas adicionais de controle de infecção como o uso de antibióticos profiláticos se faz necessária.

 

Sobre os fatores clínicos mais comuns de perda dentária pode-se citar as cáries, onde por descuido de higiene bucal o paciente acabe perdendo os dentes, pois não há chance de recuperação dos mesmos e também por problemas periodontais, onde o paciente possui uma estrutura óssea porosa e os dentes não tem uma base sólida para se fortificar. Também se pode mencionar fatores não clínicos, que é a falta de idas frequentes ao dentista, qualidade de vida do paciente, entre outros.

Bem como destaca ainda Reis (2013, p. 7) quando afirma:

 

As perdas dentárias têm implicações na qualidade de vida de um indivíduo decorrentes das alterações funcionais delas resultantes, por motivos estéticos, pela diminuição da eficiência da mastigação, ou ainda pelos problemas de dicção que podem estar associados. A ausência de dentes pode afetar ainda a autoestima do indivíduo prejudicando a sua capacidade para socializar, chegando inclusivamente a motivar faltas ao trabalho. Na população adulta a maioria das perdas dentárias devem-se à cárie ou à doença periodontal.

 

Segue abaixo o passo a passo respectivamente do procedimento da implantologia tentaria (MOTA, 2015):

 

Ø  Remoção do componente cicatrizador gengival;

Ø  Confecção de provisório;

Ø  Medição da altura da ucla para desgaste;

Ø  Desgaste de acordo com o formato do dente (como núcleo pivor);

Ø  Verificação da oclusão com a ucla parafusada;

Ø  Escolha do dente de estoque para preparo do provisório;

Ø  Teste da faceta sobre a ucla, isolamento do parafuso e dentes adjacentes;

Ø  Preenchimento da ucla e escultura do provisório;

Ø  Verificar o afastamento gengival e oclusão;

Ø  Acabamento e polimento final;

Ø  Provisório pronto (manter cinta metálica sem acrílico);

Ø  Observar se acontece isquemia por afastamento gengival durante a aplicação do parafuso;

Ø  Isolamento da cabeça do parafuso e material provisório de vedamento;

Ø  Remoção do provisório (verificar cicatrização e integridade das papilas);

Ø  Parafusar o transferente;

Ø  Retenção com acrílico para o material de moldagem;

Ø  Remover o parafuso antes de puxar a moldeira;

Ø  Recolocar o provisório para que seja aguardado a confecção da coroa definitiva;

Ø  Parafusar o análogo no transferente;

Ø  Aplicação da gengiva artificial antes do vazamento com gesso;

Ø  Deixar a estrutura metálica já pronta (confeccionada em laboratório);

Ø  Remover o provisório;

Ø  Parafusar a estrutura metálica;

Ø  Escolher a cor da porcelana;

Ø  Instalação da coroa definitiva de porcelana;

Ø  Verificação do ponto de contato;

Ø  Isolar a cabeça do parafuso com teflon;

Ø  Aplicar a resina fotopolimerizável;

 

O implante dentário pode ser realizado de forma total ou parcial e consiste na colocação de próteses dentárias que objetivam suprir a falta dos dentes proporcionando o reestabelecimento da estrutura facial dando ao paciente a possibilidade de ter de volta tanto os aspectos funcionais quanto de estética. Afirma-se que o implante dentário não suprirá de forma igual aos dentes naturais, porém a implantologia dá o máximo possível de similaridade.

Existem alguns conceitos muito importantes a serem destacados com relação a implantologia, que são: o envelhecimento da população, o aumento da expectativa e qualidade de visa, bem como traumas de acidentes de trânsito e violência e utilização de biomateriais pelos jovens. Incialmente os implantes dentários foram desenvolvidos para a população idosa na Suécia, porém, com o passar do tempo este tratamento foi se adequando para o público mais jovem (GUASTALDI,2015).

É importante ressaltar que os problemas de saúde visam saber o que fazer, qual o procedimento e medicamentos a seguir. Este tipo de questionamento não é simplório para se responder, pois necessita-se um conhecimento específico para saber o tipo de patologia e também as causas destas. Sendo assim, caso seja preciso utilizar um biomaterial no implante dentário afirma-se que estes são predominantemente de metais, em sua maioria o titânio, porém, antes de chegar a este material eram utilizados outros como por exemplo o zircônio, que era utilizado em situações específicas (GUASTAUDI, 2015).

Sobre os biomateriais em casos de implante dentário Reis (2012, p. 6) destaca que:

 

De entre as variadas causas que podem conduzir ao insucesso de um implante, as mais frequentemente descritas são a infeção e a sobrecarga oclusal dos elementos protéticos. Segundo Esposito et al., as infeções associadas a biomateriais são de difícil tratamento, e quase todos os implantes que apresentam infeção terão eventualmente de ser removidos. O presente estudo focar-se-á primordialmente nas causas infeciosas de falha de implantes, uma vez que teoricamente são as possíveis de evitar com recurso a antibióticos.

 

Vale mencionar que o sucesso do implante dentário depende de um aspecto muito importante que é a prevenção do processo infeccioso. Sobre isso ressalta o autor Santiago (2015, p. 9) que: “É de conhecimento geral que a prevenção de um processo infeccioso é uma condição básica para que o cirurgião obtenha sucesso na intervenção”. Sendo assim, percebe-se que a prescrição de antibióticos para o tratamento de implantologia ainda é assunto de muita repercussão.

 

2.1   Uso de antibiótico

 

Diante das afirmações de Reis (2013, p. 5): “A infeção perimplantar e a sobrecarga oclusal são as causas mais frequentes de falha de implantes, pois impedem ou revertem a osteointegração do implante, levando a mobilidade do implante [...]”. Esse fator faz com que seja obrigatória a remoção do implante, por este motivo é de suma importância que tal infecção seja controlada, pois a mesma pode comprometer todo o implante realizado.

Ressalta ainda Reis (2013, p. 7) que: “ Os implantes naquelas condições infeciosas podem ser classificados como em estado pré-falha ou falhados. No estado de pré-falha é possível observar uma perda progressiva de osso de suporte em redor do implante”. Isso por sua vez faz om que aconteça ausência de mobilidade.

Destaca-se que é fato que a cicatrização pós-cirúrgica não é previsível em todos os casos de implante dentário, o que pode provocar uma infecção não esperada e de difícil controle. Sendo assim, é de extrema importância que o cirurgião responsável se atente com relação a infecção e com isso saiba a forma correta de se utilizar antibióticos (ANDRADE, 2014).

Afirma Andrade (2014, p. 5) que:

 

É de conhecimento geral que a prevenção de um processo infeccioso é uma condição básica para que o cirurgião obtenha sucesso na intervenção. Qualquer protocolo que vise prevenir infecções pós-cirúrgicas deve ser iniciado pelo cuidadoso preparo da cavidade bucal para a execução do procedimento cirúrgico, reduzindo drasticamente a possibilidade da invasão bacteriana para dentro dos tecidos.

 

Porém, dentro da perspectiva do uso de antibióticos em casos de implantes dentários ainda é motivo de muita discussão. Deve-se levantar hipóteses relacionadas ao uso destes antibióticos que respondam: em que circunstancia o antibiótico é indicado? Seu uso colocara o paciente em algum tipo de risco ? (GUIMARÃES, 2012).

Andrade (2014, p. 8) afirma sobre os antibióticos para implantes dentários que: “Existem dois tipos de antimicrobianos, os bactericidas e os bacteriostáticos. Basicamente, enquanto os primeiros matam os microrganismos, os outros somente inibem o crescimento destes”.

Em caso específico onde seja preciso utilizar um antibiótico antibacteriano é necessário o fármaco deve apresentar alta toxidade seletiva, o que significa que este deve agir de forma letal para microrganismos e de forma inoculo para as células do hospedeiro (ANDRADE, 2014).

Dentro dos estudos realizados a respeito dos melhores antibióticos a serem utilizados as penicilinas podem ser consideradas a opção que melhor desempenha resultados positivos. Dentro desta concepção, afirma-se que o mau uso de antimicrobianos tem feito crescer o número de bactérias virulentas o que dificulta o tratamento do implante dentário (GUIMARÃES, 2012).

Andrade (2014, p. 12) faz menção aos cuidados a serem tomados para prevenir a infecção no tratamento de implantologia destacando para tanto que: “Após sua publicação, parece coerente sugerir uma utilização rotineira de uma dose única de 2g de amoxicilina profilática antes da colocação de implantes dentários”.

Oliveira et. al. (2012, P. 2) afirma que:

 

Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por microrganismos vivos ou através por meio de processos semissintéticos, que têm a capacidade de impedir o crescimento ou destruir microrganismos patogênicos. A prescrição de antibióticos é indispensável na prática odontológica. Para tanto, o conhecimento do medicamento utilizado bem como a dosagem correta para o processo de cura é necessário.

 

O desequilíbrio da flora bacteriana do paciente é o que provoca o quadro de infecção ou também quando é incorporado um microrganismo externo. Ressalta-se que é importante que os cirurgiões dentistas compreendam a importância de se utilizar anti-inflamatórios mesmo para prevenir a inflamação e não somente no processo pós-operatório (OLIVEIRA et. al, 2012).

De acordo com as ideias de Guimarães (2012, p. 2) que aborda sobre a infecção como uma das causas da falta de sucesso de muitos implantes dentários:

 

Há muitas razões para o fracasso de um implante dentário.  Entre elas está a ocorrência de bacteremia que pode provocar a perda do implante ou a necessidade de retratamento. Em geral, a profilaxia antibiótica é recomendada para pacientes de alto risco, como indivíduos com endocardite ou imunodeficiência infecciosa. No entanto em indivíduos de risco clinicamente saudáveis​​, de baixo ou moderado risco, o uso de antibióticos em implantodontia é controverso

 

É importante ressaltar sobre o excesso de prescrição de antibióticos aspectos referentes a seleção de bactérias que são consideradas imunes aos antibióticos. Sendo assim, é imprescindível que haja uma melhor preleção de eficiência em profiláticos para casos de implantologia dentária (GUIMARÃES, 2012).

Diante de todo este contexto da implantologia no que se refere ao uso de anti-inflamatório ressalta-se que é importante que o profissional cirurgião compreenda que cada paciente deve ter sua análise realizada de forma individualizada, pois cada um tem comportamento diferenciado e por isso pode sofrer também resultados diferentes mediante ao uso de um determinado antibiótico (OLIVEIRA et. al, 2012).

Afirma-se que certa de 10% de todas as prescrições realizadas de antibióticos são para fins de infecção dentária. Normalmente os dentistas realizam a prescrição destes antibióticos baseados em diversos fatores, são estes: epidemiológicos, bacteriológicos e também fator clínico. Estes antibióticos são receitados para o uso em um pequeno período (normalmente 7 dias) com a finalidade de promover a desinfecção (SANTIAGO, 2015).

Oliveira et. al. (2012, p. 9) enfatiza sobre cuidados específicos ao prescrever antibióticos:

 

Os antibióticos são indicados para o tratamento de infecções odontogênicas, infecções orais não-odontogênicas, profilaxia contra infecção focal e infecção disseminada para tecidos e órgãos vizinhos. Gravidez, disfunção renal e hepática são algumas situações que requerem especial cuidado na parte clínica, quando se é indicado o tratamento com antibióticos.

 

 

As complicações infecciosas mais comuns no procedimento de implante dentário são a Mucosite peri-implantar e a peri-implantite. Na primeira a reação inflamatória é considerada reversível e tem como característica principal a presença de placa bacteriana, cálculos e edema com eritema e hiperplasia da mucosa, bem como presença de pus e falta de reabsorção óssea (REIS, 2013).

Dentro desta perspectiva percebe-se que existe um meio alternativo de se remover a placa bacteriana que é a remoção mecânica, porém, apesar de esta ter proporcionado um grande índice de êxito a mesma por si só não é o suficiente para remover de forma completa a infecção. Portanto, segundo as afirmações de Reis (2013, p. 9): “Se não forem tomadas medidas para travar a progressão da mucosite peri-implantar esta poderá evoluir para peri-implantit”.

A peri-implant representa a maioria dos casos de frustração dos implantes dentários, pois a mesma é considerada uma reação inflamatória irreversível. Quando há casos de peri-implant o resultado final deste tipo de patologia se resume em perda total da interface osso-implante (SANTIAGO, 2015).

O tratamento da inclui inicialmente a descontaminação dos pilares juntamente com o uso de antibióticos sistêmicos e em caso de não haver possibilidade de sucesso neste tratamento é preciso realizar um desbridamento de todos os tecidos moles afetados, bem como a descontaminação da superfície onde foi realizado o implante, vale ressaltar que estes procedimentos se resumem no único objetivo de se recuperar a estrutura óssea (REIS, 2013).

 

3.    CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Contudo, afirma-se que o uso de antibióticos, seja este realizado no pré-operatório ou no pós-operatório não trouxe aumento positivo para os resultados, o que leva a crer que não há muita vantagem em prescrever antibióticos para este tipo de situação.

Afirma-se que 10% dos antibióticos prescritos atualmente são para fins de infecção dentária. Sendo assim, destaca-se que este número é muito alto, considerando o grande número de patologias que provocam a infecção. Por este motivo, é imprescindível que os cirurgiões dentistas analisem bem em qual situação poderá utilizar e qual antibiótico irá utilizar quando houver infecção no implante dentário.

Tal situação deixa em alerta para os profissionais cirurgiões dentistas o real benefício do uso de antibióticos para implantes dentários em pacientes que não possuem complicações, o que faz com que estes sejam cada vez mais criteriosos com relação a indicação de antibióticos no tratamento de implante dentário devido ao risco associado a seleção de bactérias resistentes.

Um dos fatores mais influenciáveis com relação ao surgimento de infecções é o tempo do procedimento, que normalmente necessita de vários dias até que esteja finalizado, pois como visto no decorrer deste artigo os procedimentos incluem cicatrização, entre outros processos em prol da melhoria na qualidade do tratamento.

É de extrema importância que o cirurgião tome cuidados específicos para impedir que a infecção seja provocada de forma anormal, isto é, (fora das condições e possibilidades normais do tratamento), para tanto, deve o profissional cirurgião sempre tomar cuidados inerentes a assepsia do local e biossegurança, considerando que estes são fatores fundamentais para a prevenção de possíveis infecções. Bem como destaca Monteiro et. al. (2014, p. 12): “Um protocolo cirúrgico que se baseie nos cuidados com assepsia e anti-sepsia e controle da contaminação no campo operatório devem ser sempre seguido independente do regime profilático adotado”.

 

REFERÊNCIAS

 

MOTA, Marcelo. Etapas de uma prótese sobre implantes. 2015. Arte odontológica

GUASTALDI, Antônio Carlos. Implantes dentários – biomateriais. 2015. Grupo Materiais.

ANDRADE, Keyller Brandão. Profilaxia antibiótica e a osseointegração do implante dental. 2014. Curso de especialização em Implantodontia. Disponível em: http://www.iesposgraduacao.com.br/_downloads/%7B9D399D07-63DD-4579-BD1D-F750152BE623%7D_TCC%20IES.pdf>. Acesso em 22/09/2017.

GUIMARÃES, Jayro J. Efeitos dos antibióticos em implantes dentais: uma revisão. 2012. Estomatologista.

OLIVEIRA, Isabelle Lins Macêdo; FERREIRA, Ana Cláudia de Araújo Ferreira; MANGUEIRA, Dayane Franco Barros; MANGUEIRA; Liane Franco Barros; FARIAS, Isabela Albuquerque Passos. Antimicrobianos de uso odontológico: informação para uma boa prática. Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.10 no.3 Recife Jul./Set. 2012.

SANTIAGO, Rodrigo P. Imperial. Profilaxia antibiótica e a osseointegração do implante dental. 2015.

REIS, João Antônio de Castro. Uso de Antibióticos em Implantologia. Mestrado Integrado em Medicina Dentária. 2013.

MONTEIRO, Antônio Cesar C; BOTELHO, Marcelo Rosado; NETO, Gonçalo Sobreira P. A profilaxia antibiótica de curta duração na cirurg ia de instalação de implantes dentários osseointegrados. 2014.