Autores: ALISSON FERREIRA PUPULIM*, ANDREY BIFF SARRIS*, LUIZ GUSTAVO RACHID FERNANDES*, MAKI CAROLINE NAKAMURA*, RODRIGO LUIZ STAICHAK* e BERNARDO PASSOS SOBREIRO**

 *Acadêmicos Medicina - UEPG

**Professor Adjunto Urologia – UEPG

 Uso da testosterona no tratamento da Disfunção Erétil

      O hormônio testosterona pode ser utilizado como terapia medicamentosa para tratamento da disfunção erétil, principalmente associado aos inibidores da fosfodiesterase-5. A testosterona associada aos inibidores propicia além do efeito vascular na ereção peniana, um aumento da libido e da tumescência noturna em pacientes que tenham deficiência deste hormônio.

      O uso da testosterona eleva os níveis séricos tanto da própria testosterona como de seu principal metabólito ativo a di-hidrotestosterona.

      A reposição de testosterona pode ser feita através de um adesivo na pele (colocado no escroto ou em outras regiões). Há relatos de que patch de testosterona transdérmico utilizados em regiões do corpo que não o escroto podem causar manchas e reações cutâneas.

      Outro modo de aplicação de testosterona é através de gel de testosterona a 1% hidroalcóolica, liberando de 5 a 10 mg de testosterona em axilas, braços, ombros e abdome.

     Uma terceira forma de uso da testosterona é por meio de injeção intramuscular. No mercado brasileiro são encontradas duas substâncias: o cipionato e o undecanoato de testosterona. A diferença entre elas reside no intervalo entre as aplicações. No cipionato as injeções devem ser realizadas a cada 28 dias e no undecanoato esse intervalo é de 3 meses.

       A princípio, a testosterona melhora a libido proporcionando maior desejo para se ter uma relação sexual. Contudo, nem todos os pacientes com baixa testosterona apresentam aumento do desejo sexual mesmo quando se administra testosterona (de onde se conclui que a libido depende de uma série de fatores e não somente dos níveis de testosterona).

      Em síntese, a administração de testosterona está indicada para os pacientes que tenham sintomas de redução da libido e ereção com exame laboratorial que comprove que os níveis de testosterona também estão baixos. O método de reposição a ser adotado deve ser discutido com cada paciente.