No último dia 10 de maio, a sociedade brasileira viu mais um capítulo da, infelizmente, triste história política do nosso país. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Em resposta a esse infeliz acontecimento, a Igreja Católica no Brasil se manifestou numa feliz nota publicada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a qual recomendo a leitura.
É importante esclarecer que a Igreja Católica não é homofóbica. A Igreja ama todos os seus filhos, inclusive os homossexuais. E por amá-los, ela é bem clara quando o assunto é homossexualidade.
As Sagradas Escrituras nos dizem que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os designou a ser uma só carne e constituir família (cf. Gênesis 1, 27-28; 2,24.). Conclui-se então que a família só pode e deve ser formada pela união de um homem e uma mulher; união que é tão querida e abençoada por Deus que é capaz de gerar filhos. Dois homens juntos ou duas mulheres juntas não são capazes de produzir filhos, de gerar vida. E isso é natural. Uma criança de três anos de idade é capaz de entender que família é formada por homem e mulher.
A Igreja entende que "os atos homossexuais são intrinsecamente (essencialmente) desordenados. (...) Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados." (Catecismo da Igreja Católica, nº2357). Mas, preste bem atenção: A DOUTRINA CATÓLICA DESAPROVA OS ATOS HOMOSSEXUAIS, E NÃO AS PESSOAS HOMOSSEXUAIS!
Tanto isso é verdade que no número 2358, o mesmo Catecismo diz que os homossexuais "devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza." E também que deve se evitar para com eles "todo sinal de discriminação injusta".
A pessoa que têm tendências homossexuais, assim como todo cristão, é chamada a viver a castidade. "Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada (...) podem e devem se aproximar (...) da perfeição cristã." (Catecismo, nº2359).
O homossexual, assim como qualquer pessoa de bem não deve ceder aos prazeres momentâneos, que deixam um horrível vazio espiritual. Deve aprender, através da oração e de uma vida de luta, a se dominar. É nítido que hoje há uma verdadeira ideologia que prende os homossexuais, com o pretexto de luta pela igualdade e pelo respeito, mas que na verdade quer acabar com a instituição familiar e com a Moral Cristã.
Quem ganhou a luta, com essa decisão de STF, não foi o homossexual que vive um dilema terrível de identidade. Foi essa ideologia. Mas nós, cristãos não devemos esperar muita coisa boa desse mundo. Não devemos esperar que o paraíso se estabeleça na Terra, e vivamos num lugar perfeito. É revolucionário e herético pensar isso. Temos que orar e lutar por um mundo melhor, cada um fazendo sua parte.