Pedro Paulo dos Santos Tersariol & Érika Porceli Alanis – [email protected] - Campus de Ourinhos. 

RESUMO

Atualmente, a maioria dos conceitos geográficos abordados em livros didáticos e nas salas de aula são poucos dotados de didática. Este artigo tem por finalidade chamar a atenção quanto esta problemática, além de apontar soluções dinâmicas frente a restrição metodológica realizada em alguns processos pedagógicos de ensino aprendizagem da escola E. E. Horácio Soares no município de Ourinhos. 

Palavras-chave: conceitos, Geografia, didática.

1.INTRODUÇÃO

A maioria dos conceitos geográficos que são vistos e estudados pelos alunos, não só do ensino fundamental (aos quais se destina esta atividade), como do médio são abordados de maneira pouco didática em sala de aula.  Isto se deve, principalmente, á falta de outros recursos didáticos no atual sistema público de ensino, e muitas vezes, quando há outros recursos, falta vontade de alguns educadores em dispor destes outros métodos de ensino. Estes podem consistir, desde o uso de mapas até atividades dinâmicas, como realização de gincanas e ida a campo para os alunos terem, empiricamente, um contato físico com uma paisagem natural ou antropizada.

A banalização e o desinteresse da maior parte dos alunos (e de muitos professores) com o conteúdo ocorrem como conseqüência do pouco aprofundamento de muito dos importantes conceitos “vistos e copiados” (não estudados) em sala. Durante o processo de ensino e aprendizagem observado em sala de aula, não houve a preocupação por parte da docente com o conhecimento prévio dos alunos em nenhum momento. Para OLIVEIRA (1997, p. 62) ao falar sobre Vigotsky: 

“Os procedimentos regulares que ocorrem na escola – demonstração, assistência, fornecimento de pistas, instruções – são fundamentais na promoção do bom ensino. Isto é, a criança não tem condições de percorrer, sozinha, o caminho do aprendizado. A intervenção de outras pessoas – que, no caso específico da escola, são o professor e as demais crianças – é fundamental para a promoção do desenvolvimento do indivíduo.” 

A escolha do trabalho de campo como metodologia para o desenvolvimento desta atividade ocorreu no sentido de propor aos alunos um maior contato com uma problemática do lugar que é comum a todos: o município de Ourinhos. Propor assim, uma associação entre as causas (retirada da cobertura vegetal, impermeabilização do solo, uso inadequado deste recurso) com as conseqüências desta problemática (erosão do solo e assoreamento de cursos hídricos como resultado desta erosão). Desta maneira, de acordo com SUETEGARAY (2002, p.106): “Didaticamente, o trabalho de campo deverá contribuir para um aprofundamento dos conteúdos e o reconhecimento efetivo da realidade.”

Este artigo abordara como proposta, através das atividades em campo, aproximar os alunos de uma problemática com o solo de sua cidade. Os objetivos são, além da aproximação do sujeito com o objeto, explicar que o solo é antes de tudo um elemento natural, não importante apenas para a economia, mas sim para a manutenção de outros recursos e de toda a vida no ambiente terrestre.  Demonstrar o que o uso irracional já causou e ainda pode causar com este recurso e, demonstrar o porquê seu uso racional no presente é indispensável para que futuras gerações também possam desfrutar deste recurso. Por fim, todos estes objetivos propostos empiricamente por esta atividade tentaram levar aos alunos uma breve conscientização desta problemática.