Uma rápida percepção sobre o uso da Tecnologia da Informação na Saúde.

Trabalhando há mais de vinte anos com Tecnologia da Informação acompanhei a progressiva utilização desta em várias áreas do conhecimento humano e presenciei a melhoria dos processos destas áreas a partir da evolução da TI. Em minhas últimas experiências como profissional de TI, na área de saúde, identifiquei uma larga utilização da tecnologia na medicina diagnóstica, em processos cirúrgicos e de monitoramento físico do paciente, ou seja, na parte instrumental da assistência, e principalmente nas funções administrativas como agendamentos, gestão de leitos, faturamento e etc., porém pude perceber, também, uma grande resistência do corpo clínico na utilização dos sistemas de Prontuário Eletrônico e Prescrição Médica. A meu ver este é um dos grandes problemas que impedem o país de ter informações de saúde de qualidade divulgadas, prejudicando a confiabilidade das pesquisas sobre o tema e a eficácia das ações governamentais de atenção à saúde.

Por este motivo vejo área da saúde como a mais carente e com o campo mais aberto a absorção de novas aplicações de TI.

Acredito que, obviamente respeitando-se as questões de individualidade e confidencialidade das pessoas, a centralização das informações clinicas dos pacientes por meio de uma espécie de Prontuário Único e compartilhado poderia contribuir sobremaneira com as pesquisas médicas e consequentemente proporcionar uma maior eficácia as ações públicas de saúde.