UMA PALAVRA SOBRE A PALAVRA

 

 

 

Parece até redundância, mas muito foi dito sobre o substantivo “palavra”. Canções foram entoadas, poesias, crônicas...

Mas, o que são palavras, e qual o significado delas no cotidiano de quem as profere e de quem as escuta?

Para os estudiosos das letras, e consoante o “pai dos burros”, palavra é “fonema ou grupo de fonemas com uma significação; termo, vocábulo; sua representação gráfica ou escrita, declaração; faculdade de expressar idéias por meio de sons articulados; fala; maneira de falar.”

Independentemente de sua proveniência étnica, cultural, é por todos sabido que a junção de várias letras culmina em uma palavra, grande ou pequena, não importa.

O mais interessante nisso tudo é que o próprio dicionário afirma que elas têm uma significação, ou seja, não dá pra jogar palavras ao léo.

Esta significação seria para o interlocutor, para o receptor ou para ambos? Por que há tantas falhas na linguagem? Talvez porque um quis dizer algo e foi entendido de outra maneira pelo outro...

Na realidade, o que pesa é a importância dada às palavras e a conseqüência delas nas pessoas. (Aliás, até os bichos as entendem!).

Para muitas pessoas é necessário falar, falar, falar sem parar, numa ansiedade de que o outro respeite e pacientemente “agüente” o indivíduo expressando-se pelo tempo que acha necessário.

Para uma minoria, “poucas palavras bastam”.

Vejamos um exemplo bíblico, deixado por Jesus em Mateus 8:5 a 13 :

Estava Jesus na Galiléia, e passando por Cafarnaum (uma cidade da Galiléia), chegou junto a ele um homem, cuja função era centurião (oficial militar romano encarregado de comandar aproximadamente cem homens). Este informou a Jesus o estado de saúde em que se encontrava um criado seu.

Imediatamente o Mestre quis ir vê-lo, mas foi impedido pelo centurião, que declarou-se indigno de receber Jesus em sua casa.

Pediu então que o Senhor lhe desse uma palavra, que certamente seu criado seria curado.

Olha a fé do camarada!!!

E ainda justificou.Disse ele ao Filho de Deus: tenho homens sob minha autoridade, e quando lhes digo , vai, ele vai; e a outro vem, e este vem ou, faze isto e o faz.

Este homem maravilhou Jesus! Ele próprio disse nem mesmo em Israel achou fé coma a do oficial. Diga-se de passagem que o centurião era gentio, mas reconhecia o poder e autoridade de Cristo.

Imagine a cena: um homem provavelmente fardado, se aproximando de Jesus, informando-lhe o ocorrido com seu querido servo, impedindo Jesus de vê-lo, mas rogando-lhe apenas uma palavra. Jesus, embasbacado, ao final lhe disse: vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E o servo foi curado.

Jesus não precisou de um sermão, tampouco usou de meias-palavras. Não discursou horas acerca da profissão do centurião, ou do estado paralítico de seu servo.

Apenas disse: Vai-te. O restante apenas completa o verbo. Vai-te...

Quantas vezes o Senhor falou a seu coração: Vai-te, faz conforme a tua fé, e você duvidou?

Ainda assim nosso Deus teve misericórdia de você e continou e continuará fazendo e falando a seu coração.

Às vezes ficamos esperando que os milagres sejam manifestos através da boca dos profetas, ou dos ministros...buscamos na Bíblia textos que saciem nossa ansiedade...

Temos que aprender que uma palavra, às vezes vale mais do que mil, e o que temos que pedir não são tais “fonemas”, mas sabedoria para entendê-las e dar significado a elas.

O centurião recebeu aquilo que pediu. E você, vai continuar esperando alguém lhe dizer?

 

 

Cíntia Batista Santos Perez – 25/12/2008.