Maria Eunice Costa Rodrigues[1]

Maria Fé da Silva Sousa[2]

Raimunda Guimarães Araújo[3]

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RESUMO

O presente trabalho é o resultado da investigaçãosobre os métodos de ensino da leitura oral na educaçao básica. O objetivo foi estudar o processo de ensino da leitura oral no ensino fundamental. Teve como finalidade contribuir com uma proposta de inclusão de novos métodos como recursos essenciais para o ensino de leitura oral nas séries iniciais do Ensino Fundamental e também oferecer suporte ao professor que atua nesta modalidade de ensino com estratégias diferenciadas para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Como aporte teórico optou-se por DOACK, KLEIMAN. MARCUSCHI e VIGOTSKY, tendo como princípios a contribuição desses autores no ensino da literatura na educação do Brasil e do mundo, e por tratarem da importância da oralidade e o significado do letramento na vida das pessoas. Utilizou-se o método exploratório e a pesquisa caracterizou-se como bibliográfica. As técnicas utilizadas para coleta de dados: leituras de livros, artigos de internet, revistas educativas.Os resultados desse estudo revelam que o ensino da leitura oral tem sido uma tarefa muito difícil para os professores e precisa ser investido na formação continuada de professores que trabalham nas séries iniciais para desenvolverem suas práticas pedagógicas com a utilização de novos métodos de ensino da leitura oral para que o aluno desse nível de aprendizagem possa desenvolveruma boa leitura,

Palavras-chave: Métodos. Leitura oral. Aprendizagem. Prática social. Desenvolvimento.

1 – INTRODUÇÃO

1.1 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

O ensino da leitura oral sempre foi um problema enfrentado por muitos educadores e escolas em geral. Geralmente as crianças tem dificuldades de se expressar corretamente por nao serem bem conduzidos durante sua alfabetizaçao. Ao iniciar o processo de leitura é preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura. Uma delas é a de que ler é simplesmente decodificar, ou seja, converter letras em sons Por causa deste equívoco a escola vem produzindo grande quantidade de "leitores" capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades para compreenderem o que tentam ler. Um dos maiores problemas é a falta de contato da criança com os livros e o hábito pela leitura.

Assim levantam-se vários questionamentos, dentre eles, o que é preciso a escola fazer para mudar as concepções errôneas de que a leitura é simplesmente decodificar as letras e converte-las em sons? Por que os professores tem dificuldades para ensinar as crianças a lerem com desenvolturae a interpretarem o que lêem?

1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Este trabalho visa compreender a temática envolvendo as Metodologias para o ensino da Leitura Oralna Educação Básica.

Este estudo se justifica pela necessidade de se entender por que muitos professores têm dificuldades para conduzir o ensino da leitura oral. E por que os alunos não se expressam bem na fala, uma vez que ocorre o ensino.Sabe-se que a falta de recursos materiais e o despreparo dos docentes para o ensino da leitura dificulta a aprendizagem,.

Viabilidade da Pesquisa

Em função dos objetivos propostos, esta pesquisa foi de grande importância. Pois a partir da percepção do problema houve a necessidade de pesquisar sobre o tem acima para que educadores e comunidade percebam que é preciso repensar o processo de ensino da leitura oral.Neste novo contexto educacional, os professores precisam atuar com competências e dinamismo utilizando-se de novos recursos existentes para o ensino da fala.

1. 3 PROCESSO METODOLÓGICO

O desenvolvimento do trabalho baseou-se na pesquisa exploratória e no método de estudo qualitativo, pois segundo (GIL, 2002, p. 42) "a pesquisa exploratória tem o objetivo de proporcionar maior familiaridade com problemas, com vista a torná-lo mais explicito ou constituir hipótese. (...) o aprimoramento das idéias ou a descoberta de intuições".

A técnica escolhida para coleta de dados foi estudos em fontes bibliográficas. Segundo (Gil, 1994. p 125), essa técnica possibilita ao pesquisador atingir grande número de informações, não só em livros, revistas, jornais, mas também em hipertextos disponíveis nainternet.

O método de tratamento dos dados é a análise do conteúdo estudado, pois possibilita ao pesquisador utilizar-se de vários procedimentos para alcançar o significado das respostas e das implicações que podem estar no discurso do(s) sujeito(s) que fazem parte do objeto de estudo. Chizotti, 1991,p. 77) afirma que este tipo de técnica "procura reduzir o volume amplo de informações contidas em uma comunicação a algumas características particulares ou categorias conceituais, que permitam passar dos elementos descritivos às interpretações ou investigar a compreensão dos atores sociais no contexto cultural" O processamento e análises dos dados obtidos foram interpretados através de analise de textos de vários autores como DOAKE,KLEIMAN. MARCUSCHI eVIGOTSKY.

1.4REFERENCIALTEÓRICO

O trabalho de pesquisa sobre "métodos de ensino da leitura oral da educaçao básica, tem como principios estudar o processo de construção do conhecimento através da língua falada e poder contribuir com propostas de inclusão de novos métodos de ensino da leitura oral, bem como preparar os profissionais da educação que irão atuar nas séries iniciais para dotá-los de estratégias diferenciadas para desenvolverem sua práticacom competências no ensino da leitura. Para tanto, é necessário se aprofundar em estudos e como aporte teórico para fundamentar a pesquisa será feito estudo em diversos autoresacima citados, dentre outros.

 Para (Vygotsky, 1988, p,81), uma pessoa participa ativamente de uma comunidade de leitores e escritores, e se ela lê e escreve regularmente e quando sua leitura e escrita é colocada em contato com outras pessoas ela tem uma chance de se tronar uma boa leitora e formar noções de gêneros de diversos estilos

A oralidade seria uma prática social interativa para fins comunicativos que se apresenta sob formas ou gêneros textuais fundados na realidade sonora: ela vai desde uma realização mais informal a mais formal nos mais variados contextos de uso. (Marcuschi, 2001).

Segundo Doake (1996): Numa revisão de estudos sobre leitores precoces, Ele concluiu que o fator proeminente que mais parece contribuir para o desenvolvimento acelerado de leitura das crianças era o fato de elas serem oriundas de famílias preocupadas com a escrita e terem sido expostas, de maneira intensiva, à leitura de estórias desde muito cedo.

O conteúdo foi organizado em quatro capítulos. No primeiro faz-se uma abordagem geral sobre a pesquisa, onde, quando e com quem será realizada.Aborda-se também neste capítulo o marco referencial e teórico. Nele destacam-se os principais teóricos acima citados que dão sustentabilidade e veracidade à pesquisa, dentre outros.

O segundo capítulo aborda sobre uma nova metodologia par ao ensino das criançasem fase de alfabetização e letramento eleitura oral na educação básica

O terceiro capitulo, trata dos diferentes métodos paraa leitura orale finalizando tem-se se as considerações finais.

2. UMA NOVA MÉTODOLOGIAPARA O ENSINO DA LEITURA ORAL

2.1 A ORALIDADE DA LEITURA NO ENSINO

O domínio da língua oral e escrita é fundamental para participação social efetiva, pois, é por meio dela que o homem se comunica e tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, é capaz deproduzir conhecimento e de construir uma visão de mundo. Vale ressaltar que, na fase inicial de letramento, segundo Kato (1993), é a escrita que representa parcialmente a fala, havendoposteriormente a inversão do processo.

Ao iniciar a abordagem sobre uma nova metodologia para o ensino da leitura na sala de aula, esclarecemos que, a aquisição da leitura não está relacionada somente ao contexto da sala de aula, mas a fatores externos como econômico, social e cultural. Segundo VYGOTSKY (1988):

Se uma pessoa participa ativamente de uma comunidade de leitores e escritores, e se ela lê e escreve regularmente e se sua leitura e escrita a colocam em contato com outras pessoas ela tem uma chance razoavelmente boa de formar noções de gêneros e estilos (...).(Vygotsky, 1988, p,81)

Neste contexto percebe-se claramente que a criança que vive em ambiente de letramento, embora não domine a escrita, fazem uso da língua oral sem nenhum embaraço.A exposição constante da criança à leitura de livros infantis expande seu conhecimento sobre estórias ou tópicos de estórias. Ouvir e discutir textos com os adultos letrados pode ajudar a criança a estabelecer relações entre a linguagem oral e as estruturas do texto escrito. "Os benefícios de um ambiente familiar rico em eventos de letramento resultam em maior sucesso no desenvolvimento inicial da leitura e, conseqüentemente, maior sucesso nas primeiras sériesescolares" (Clark, 1976: Wells, 1985, 1986).

2.1.1.OralidadeX Letramento

A oralidade seria uma prática social interativa para fins comunicativos que se apresenta sob formas ou gêneros textuais fundados na realidade sonora: ela vai desde uma realização mais informal a mais formal nos mais variados contextos de uso. (Marcuschi, 2001). Há uma necessidade de distinguir entre duas dimensõesde relações no tratamento daLíngua escrita e Língua falada. O letramentodiferencia da oralidade porque envolve as mais diversas formas de apropriação mínima de escrita. Um indivíduo que é analfabeto, mas letrado na medida em que identifica o valor do dinheiro, o ônibus que deve tomar etc., mas não escreve cartas, nem lê jornal. Letrado é aquele indivíduo que participa de forma significativa de eventos de letramento e não apenas aquele que faz um uso formal da escrita. Segundo Marcuschi (2001):

A fala seria uma forma de produção textual-discursiva para fins de comunicação na modalidadeoral (situa-se no plano da oralidade) portanto, sem necessidade de uma tecnologia além do aparato disponível pelo próprioser humano.

Caracteriza-se pelo uso da língua na sua forma de sons sistematicamente articulados e significativos, bem como os aspectos prosódicos, envolvendo, ainda, a uma série de recursos e expressivos de outra ordem, tal como a gestualidade, os movimentos do corpo e a mímica[4].

Ao iniciar o processo de leitura é preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura. Uma delas é a de que ler é simplesmente decodificar, ou seja, converter letras em sons,. (...) Por conta desta concepção equivocada a escola vem produzindogrande quantidade de "leitores" capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades para compreenderem o que tentam ler. (Pcn,1997 p.55)

2.1.2 Leitura como prática social

A leitura como prática social é sempre um meio, não um fim. Ninguém lê só para aprender, há uma necessidade pessoal. É sempre com um objetivo que se pratica o ato de ler. Isto não significa que uma prática de leitura seja uma repetição incansável de atividades escolares. Esta prática se caracteriza pela diversidade de objetivos, modalidades e textos. Para cada tipo de textos existemmodalidades diferentes para prática da leitura. Alguns podem ser lidos por partes, buscando informações necessárias, outros precisam ser lidos várias vezes, para buscar a compreensão. Há textosque podem ser lidos com rapidez e outros lentamente assim como há leitura que requerem um enorme esforço intelectual

A leitura torna o ser humano mais sociável e apto para entender melhor à qualidade real existente dentro de si.E, é necessário que o leitor entre em contato com diversos tipos de leitura, da poéticaa clássica, produzida por várias pessoas comdiversificada visão de mundo e opinião diferentes a fim de que,ele perceba com clareza que, leitura não apresenta verdades absolutas. O leitor que interfere na leitura e o impregna com sua visão de mundo, ésobre tudo um outro autor. Quanto maior sua habilidade em ler, mais condição terá de, com sua própria linguagem se autodescobrir.

A leitura é uma descoberta e um ato de transformação, e através dela, o leitor sente anecessidade de viver em sociedade, comunicar-se e descobrir informações, alimentar-see estimular o imaginário, documentar-se e interferir no mundo. Temos que manipular a leitura como: práticas, utilitárias, informativas literárias e extra verbais.

Um bom leitor sabe e tem domínio da língua padrão e é estimulado a ler mais ainda pelo conhecimento adquirido. Quem lêestá sempre em contato com quem escreveu, e com as idéias de uma ou de várias pessoas. Quanto maior for seu hábito de leitura maior será sua capacidade de se aprimorar. Ler é lazer, e faz a pessoa viajar pela imaginação em notórias descobertas conformeseu ego pessoal. E isto,não ocorre somente com textos literários, mas tudo que é escrito.

2.2 DIFICULDADES DA LEITURA OU DA LEITURA DA LITERATURA

Na linguagem de alguns escritores que escrevem para crianças, tem-se a impressão de que entendem o qualificativo de Literatura no sentido próprio: dotado de infantilidade, concretamente, sem sombra de metáfora. Evidentemente tudo é uma literatura só. A dificuldade está em delimitar o que se considera como especialmente do âmbito infantil.

A literatura não é copia do real, nem puro exercício de linguagem, tão pouco mera fantasia que se asilou dos sentimentos do mundo e da história dos homens. Se tomada como maneira particular de compor o conhecimento, é necessário reconhecer que sua relação com o real é indireta. Isso quer dizer que a realidade pode ser apropriada e transgredida pelo plano do imaginário como uma instância concretamente formulada pela mediação dos signos verbais.

A questão do ensino da literatura ou da leitura literária envolve, portanto, esse exercício de reconhecimento das singularidades e das propriedades compositivas que matizam um tipo particular de escrita. Com isso, é possível afastar uma série de equívoco que costumam estar presente na escola em relação aos textos, ou seja, tratá-los comoexpedientes para servir ao ensino das boas maneiras, dos hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, das receitas desgastadas do prazer do texto, etc. Postos de forma descontextualizada, tais procedimentos pouco ou nada contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias.

2.3. A IMPORTÂNCIA DAILUSTRAÇÃO NA LITERATURA INFANTIL

Você sabe muito sobre texto. Isso não se discute. Mas, sempre se pode saber mais, não é mesmo.Iremos começar pela literatura infantil e algumas características:

  • Definição do ponto de partida.
  • Conceituar ilustração.
  • Destacar a importância da ilustração e qual seu papel no livro de literatura infantil.
  • Comparar diferentes tipos de diálogo texto-ilustração.

As ilustrações servem para iluminar a página, são de variados tipos e provocam percepções diferentes, a ilustração do livro infantil deve ser a arte, não importa se a ilustração seja colorida ou preta e branco, deve ser bem feita,sugestiva e permitir a fantasia e a recriação. Enfatiza, esclarece ou explica fazê-la brilhar embeleza a página. A ilustração também é um texto: é resultado de uma interpretação do real ou do imaginário. Através da ilustração a criança cria e recria histórias.

Mesmo o livro sendo infantil deve apresentar a ilustração desse modo. Em geral, o livro para crianças menores devem ser bem ilustrado. O número de ilustração pode serdiminuído juntamente com o tamanho das letras, à medida que as crianças avançam nas séries com poucas e espaçadas ilustrações. Igualar o livro de adulto, inclusive no formato e no tipo e tamanho das letras não é adequado, pois a ilustração chama a atenção da criança. É importante dizer que a função da ilustração é fundamental para a criação de signos e para a descrição gráfica das cenas necessárias. Cada desenho, cada pintura contribui com uma nova imagem, acrescenta uma nova dimensão. Desenhos e cores dão alegria aos livros infantis, compartilhando responsabilidades com o texto. A palavra se vê assim, aclarada, enriquecida, ornamentada pela imagem. A ilustração como já vimos também é um texto e como tal pode ser lida, interpretada.

3 DIFERENTES MÉTODOSPARA LEITURA ORAL

Usar diferentes materiais e tipos de texto, verbais e não-verbais, motiva às leituras e as produções de texto de seus alunos. Use fotografias, quadrinhos, pinturas, objetos, folhas e frutos, brinquedos e outros materiais para que seus alunos a partir delas criem oralmente uma estória.

Conte estórias já conhecidas pela maioria como: Chapeuzinho Vermelho, O patinho feio, O gato de botas, O menino maluquinho, etc. Logo após, a criança começa a também contá-las para outras pessoas despertando assim para a oralidade. O professor ao desenvolver o hábito de contar e recontar histórias para as crianças estimula e desperta o gosto para ouvir. Como dizia Ângela Lago: "Devemos contar às crianças que ainda não sabem ler as mais belas histórias e deixar ao seu alcance os mais preciosos livros de imagens. Para que elas possam compreender por conta própria que livro e literatura são prazer".

Vários pesquisadores têm estudado os benefícios específicos da exposição da criança à leitura de estórias com afirma Doake (1996):

Numa revisão de estudos sobre leitores precoces, conclui que o fator proeminente que mais parecia contribuir para o desenvolvimento acelerado de leitura das crianças era o fato de elas serem oriundas de famílias preocupadas com a escrita e terem sido expostas, de maneira intensiva, à leitura de estórias desde muito cedo. (Doake, 1996).

3.1 – PRÁTICAS FAVORÁVEIS PARA O ATODA LEITURA

O trabalho com a leitura requer muitas habilidade por parte do professor para que a criança adquira competências. Há inúmeras possibilidades para isso. Devendo ser realizada através de formas diversificadas. Sendo em voz alta, silenciosa, escuta de alguém que lê. A leitura colaborativa é uma excelente estratégia didática para se formar leitores, porque leva o aluno a descobrir e atribuir o sentido do texto. As atividades seqüenciais de leituras são adequadas para a criança despertar o gosto para o ato de ler. Além disso, as leituras feitas em voz alta pelos professores podem servir de bons modelos de leitores.

3. 2 O PRAZER DE LER

O que fazer para que alguém sinta desejo de ler? Levantar hipóteses identificar-se com o livro e buscar seu espaço. O ser humano interage de diversas formas, falando, calando, pintando, poetando, etc. É o conhecimento explícito de tudo isso, que lhe confere a capacidade de um bom leitor. Assim Umberto Eco, afirma que existem dois tipos de leitores – o de primeiro nível, que faz uma leitura linear, ingênuo, e que lê por ler e, o de segundo nível que questiona, pressupõe, extrapola, se faz pergunta o tempo todo sobre o que leu.

3.3LEITURA JOVEM

Todo ponto de vista é à vista de um ponto. Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada pessoa lê com os olhos que tem e interpreta a partir de onde os pés pisam.

Já é uma leitura mais ampla, de descoberta, de análises. Ao professor cabe apresentar sugestões, estimular a leitura de muitos e variados livros de alta qualidade literária; deixar o aluno livre para escolher o seu tipo de leitura e não se preocupar com atividades sistemáticas de avaliação cognitiva. O melhor meio é a biblioteca de classe e atividades nela desenvolvidas. Ensinar ao aluno para não se preocupar em interromper a leitura a cada palavra desconhecida. Especialmente no texto literário, ele não sentirá sua beleza se procurar o significado de qualquer palavra.

A literatura constitui a modalidade mais privilegiada da leitura, onde o prazer e a liberdade são virtualmente ilimitados. O leitor infantil e juvenil que queremos formar é aquele que atribui significações ao texto e as imagens, segundo o sentido que o autor dá ao leitor, estabelecendo diálogo com sua própria vivência.Aqui gostaríamos de sugerir mais um bom aliado para despertar o interesse pela leitura: o uso de jornais e revistas na sala de aula.

É claro que os jornais e revistas não substituem os livros e a literatura clássica. Trata-se, porém, de excelentes recursos didáticos, facilitando, inclusive, um trabalho interdisciplinar, onde um mesmo texto pode ser usado em diferentes aulas e disciplinas. A linguagem jornalística, simples, direta e objetiva pode facilitar, por exemplo, a interpretação de textos, a análise sintática e a compreensão das formas de comunicação.

Antes de passarmos à leitura de uma notícia que tem em comum com o conto d depredação de trens é bom lembrarmos que a expressão "texto jornalista" abriga vários tipos de texto que, por sua vez, apresentam graus de complexidade e de apelo diferentes para o leitor (Chiappini, p.87. 2001).

Certamente não se pode ler um artigo de um editorial do mesmo modo em que lemos uma notícia. Alunos e professores que já realizaram essa experiência, com certeza, se surpreenderam com os resultados.

Mas como fazer um trabalho com jornais e revistas? È preciso muita atençãona escolha do material. Isso vai garantir uma diversidade de assunto. Quando o aluno se interage com o texto e fala sobre ele, é o momento de o professor descobrir com o próprio aluno, que tipo de atividade pode realizar com este conteúdo.

Novos rumos para o trabalho com a leitura oral mudando o método de ensino desenvolvido em sala de aula. O método mais eficiente é a praticidade constante de leitura, através de contos, poesias, reportagem etc. O importante é que o trabalho seja incorporado às práticas de sala de aula de forma a proporcionar ao aluno uma aprendizagem contínua, despertando o gosto pela leitura para o desenvolvimento pessoal do aluno.

4 CONSIDERAÇOES FINAIS

Esta pesquisa buscou estudar o processo de construção do ensino da leitura oral na educação básica com o objetivo de saber como estão sendo desenvolvido o ensino da leitura oral nas escolas. Este estudo se justifica pela necessidade de se entender por que muitos professores apresentam dificuldades de conduzir o ensino da leitura oral. E por que os alunos não se expressam bem na fala, uma vez que ocorre o ensino.,

Com a realização deste trabalho pode-se constatar que o objetivopropostofoi alcançado.Através dos estudos teóricos pode-se verificar que os professores tem dificuldades para conduzir o ensino da leitura oral por falta de metodologias específicas e a falta de recuros como livros, revista e contato com a propria literatura infantil e juvenil. Falta livros nas bilbotecas para atender a demanda. A falta de motivação para leitura de literturas.. Estamos acompanhando as mudanças ocorridas durante as últimas décadas e percebemos que no atual contexto em que vivemos de transformação em todos os campos, da ciência, da política e da cultura as criança e jovens precisam lê einteroretar bem para conviver numa sociedade emergente,a da comunicaçao e da informaçao.Assim como o mundo tem se transformado, o homem também precisa estar em constante mudança.. Oprofessor além de formador de opniões, mediador e articualdor da aprendizagem precisa estar ápito as lidar com todos os processos de ensino e fundamentalmente o da leitura oral para despertar e motivar as crianças e jovens a serem futuros leitores.

Bibliográfica

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BAQUERO, Ricardo. Vigotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

CASTILHO, AtalibaTeixeira de. A língua falada no ensino de português. 4ª ed. São Paulo.: Contexto. 2002.

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FERREIRO E. Cultura escrita e educação. Conversas de Emília Ferreiro com José Antonio Castorina, Daniel Goldin e Rosa Maria Tavares./Emília Ferreiro; trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed editora, 2001.

KLEIMAN. Ângela B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita/ Angela B. Kleiman (org.)Capinas, SP: Mercado de Letras, 1995. Coleção Letramento, Educação e Sociedade.

KOCH, Ingedore Grunfeld Vilaça. Luiz Carlos Travaglia. Texto e Coerência. 8ª ed. São Paulo:Cortez, 2002.

KOCK, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 5ª ed. São Paulo: Contexto, 2001.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a Escrita: atividades de retextualização. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

MICHELETTI, Guaraciaba. PERES. Letícia Paula de Freitas. GEBARA. Ana Elvira Luciano. Leitura e construção do real: o lugar da poesia e da ficção. 2º ed. São Paulo: Cortez, 2001.

Mundo Jovem. Um jornal de idéias. Ano XLI, nº 334. março, 2003.

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RevistaNova Escola. Ano XVIII. Edição 168. Dezembro, 2003.

VIGOTSKY, Lev Semonovich. A formação social da mente. O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1998.



[1]Maria Eunice Costa Rodrigues. Pedagoga pela Universidade do Estado do Tocantins - UNITINS, Especialista em Informática em Educação pela Universidade Federal de Lavras – MG. Professora da Faculdade Guaraí - FAG e Coordenadora pedagógica do Col. Est..Raimundo A. Leão.

[2] Maria Fé da Silva Sousa. Pedagoga pela Universidade do Estado do Tocantins – UNITINS, cursandoGestão

Educacional e Metodologia em Ensino da Educação Básica eGestora da Esc. Est. Jales Machado- Guaraí

[3] Raimunda Guimarães Araújo. Letras pela Universidade do Estado do Tocantins-UNITINS, Especialista em Orientação educacional e Literatura Brasileira e Secretária Geral da Escola est. Jales Machado em Guaraí.

[4] Mímica . Gestos utilizados para se identificar o que queremos falar. Geralmente sào utilizados por mudos.