¹RODRIGUES, Priscilla Carvalho

²SANTOS, Ana Maria Silva

                               

[email protected]

[email protected]

 

 

1.0- RESUMO:

 

O objetivo deste artigo é analisar a música Roda Viva quanto os seus sentidos e levando em conta também o processo histórico da época. Para a construção desse sentido percorreremos além da letra da música, o contexto histórico e os preceitos do livro Teoria da Semiótica do texto. Além de observar o que alguns autores dizem a respeito do escritor da música e da própria canção. Dessa forma, será construído o significado do texto e o que há de implícito no texto da música.

 

Palavras-chaves: Música, ditadura, significado.

 

 

Abstract:

 

The aim of this paper is to analyze the music “Roda Viva” as their senses and also taking into account the historical process of the time. To construct this direction we will travel beyond the lyrics, the history and precepts of the book Theory of Semiotics of the text. Besides looking at what some authors say about the written of the music, and the song itself. Thus it will be built the meaning of the text and what is implied in the text of the song.

 

Keywords: Music, dictatorship, meaning.

 

 

 

 

 

 

As letras de suas músicas recendem a poesia, esquadrinham a alma humana, pinçam Deus e o diabo nos detalhes, e subvertem a lógica e o sistema. (...) Na literatura (...) sua antimensagem é um convite ao mais profundo do nosso ser, lá onde o discurso se cala e a intuição passeia de mãos dadas com sua irmã gêmea – a inteligência. (...) Chico é todo ele palavra.

Frei Betto, Chico Buarque do Brasil

 

 

 

 

 

2.0- INTRODUÇÃO

 

O presente artigo visa observar contextos históricos e sociais de uma época em que o Brasil passou por um momento de transição que causou muitos problemas ao desenvolvimento econômico e social de uma nação em fase de crescimento. Este período ficou conhecido popularmente por Ditadura Militar.

Para que se tenha uma visão maior do assunto ir-se-á analisar a música “Roda Viva de Chico Buarque de Holanda”, no intuito de demonstrar os discursos intrínsecos que permeiam a canção de denúncia do cantor. Ele evidencia fatos que ocorriam naquela época com uma linguagem carregada de termos subentendidos.

A compreensão desta música só será possível se entendermos o que se passava naquele período. O golpe militar ocorreu devido os militares alegar que o país estava sendo ameaçado pelos comunistas e desse modo eles precisavam agir para que não ocorresse uma revolução. No entanto, isto eram especulações que não foram confirmadas. Este regime foi repressor e causou muitos danos à sociedade. Utilizou-se de torturas e censuras para calar a voz dos oprimidos e viam nestes como adoradores do comunismo mesmo que não tivessem tal relação.

O cantor Francisco Buarque de Holanda aprendeu desde muito cedo a lidar com as palavras por ser um amante das letras e sabe muito bem como usá-las a favor de um bem maior, a sociedade e com isso eternizou-se como um cantor que defendeu seus ideais, por meio de suas músicas e foram tantas que buscaram denunciar as injustiças cometidas por uma classe ímpar da sociedade, os militares, tentaram muitas vezes calá-lo, porém isso era impossível, pois ele sabia muito bem como usar a língua em favor de todos.

A história de muitas das músicas de Chico Buarque, durante o período do golpe militar de 1964, foram composições vetadas, pois faziam oposição ao sistema militar, com sua música Roda Viva, não foi diferente por apresentar metáforas e linguagens simbólicas que foram necessárias para camuflar a mensagem de protesto no período de censura.

Tanto as músicas quanto suas produções teatrais foram desenvolvidas a partir de temas polêmicos, a fim de revelar a história oficial e colocar em cena representações de acontecimentos característicos do Brasil no governo do regime militar, em que a tortura, traição, colonização, autoritarismo, estavam sempre presentes e por este motivo várias peças foram vítimas da arbitrariedade da Censura.

Coube a música popular o desafio de dominar e expressar a liberdade, mesmo com o preconceito e falta de apoio do governo.

A música Roda Viva escrita em 1967 é uma das canções em que Chico Buarque demonstra suas aflições a respeito de um governo que censurava, torturava e calava a quem não os obedecessem. Ela possui um enredo de denúncia a um momento que não deixava que o seu povo se expressasse e os silenciavam da forma mais dura que existia.

Este trabalho será feito para que se analise sob o ponto de vista da semiótica Greimasiana, visando assim desvendar os conteúdos fundamentais, narrativos e discursivos da música.

 

3.0-  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

Para que se possa analisar o corpus da música Roda Viva iremos nos basear nos conceitos do livro Teoria Semiótica do Texto de Diana Luz Pessoa de Barros. Observando os níveis fundamentais, narrativos e discursivos da letra tendo foco na semântica. De antemão ressalta-se que será uma analise superficial destes dados, que busca revelar o que há de implícito no texto de Chico Buarque.

Como já foi evidenciado a música em questão foi escrita em uma época de censura, por isso Chico Buarque faz uso de metáforas para expressar sua visão a respeito do que os governantes foram capazes de fazer neste período para que se possa ter mais concretude no relato  da ditadura contar-se-á com a passagem de Dallari,

Os fatos que vieram logo em seguida à deposição do Presidente constitucional João Goulart, que no dia 1º de Abril de 1964 teve de buscar refúgio fora do Brasil para não ser preso, deixaram evidente, mesmo para os mais ingênuos e menos informados, que se tinha implantado no Brasil, pura e simplesmente, uma ditadura, um poder arbitrário, com todo o cortejo de violências e corrupção que fazem parte de todos os sistemas dessa natureza. Apesar das cautelas adotadas pelos agentes da ditadura, pretendendo mascarar a verdadeira natureza do golpe de Estado chamando-o de “revolução redentora” ou “revolução de 31 de Março”, a realidade da ditadura ficou logo muito evidente, apesar da censura da imprensa e das tentativas de ocultar o que se passava nos quartéis e nos presídios políticos. (DALLARI, Dalmo A., A Ditadura Brasileira de 1964)

 

 

Esse relato deixa bem claro a visão dos governantes militares sobre a “Revolução redentora”, assim chamada por eles, mas a população como já é sabido passa por constantes interrogatórios e qualquer forma de discórdia ao governo era motivo de tortura.

Buscando compreender o que é Semiótica veremos uma passagem do livro de Diana Barros que diz,

Nos seus desenvolvimentos mais recentes, a semiótica tem caminhado nessa direção e procurado conciliar, com o mesmo aparato teórico-metodológico, as análises ditas “interna” e “externa” do texto. Para explicar “o que o texto diz” e “como o diz”, a semiótica trata, assim, de examinar os procedimentos da organização textual e, ao mesmo tempo, os mecanismos enunciativos de produção e de recepção do texto. (BARROS, Diana Luz Pessoa, Teoria da Semiótica do texto, pg.12)

 

Para que possamos entender o que a música “Roda viva” está relatando far-se-á uma análise baseada nos princípios da Semiótica Gremasiana para que fique mais claro esses princípios ressaltaremos o que Diana Barros diz,

 

Um texto define-se de duas formas que se complementam: pela organização ou estruturação que faz dele um “todo de sentido”, como objeto da comunicação que se estabelece entre um destinador e um destinatário. A primeira concepção de texto, entendido como objeto de significação, faz que seu estudo se confunda com o exame dos procedimentos e mecanismos que o estruturam, que o tecem como um “todo de sentido”. A esse tipo de descrição tem-se atribuído o nome de análise interna ou estrutural do texto. Diferentes teorias voltam-se para essa análise do texto, a partir de princípios e com métodos e técnicas diferentes. A semiótica é uma delas. A segunda caracterização de texto não mais o toma como objeto de significação, mas como objeto de comunicação entre dois sujeitos. Assim concebido, o texto encontra seu lugar entre os objetos culturais, inserido numa sociedade (de classes) e determinado por formações ideológicas específicas. Nesse caso, o texto precisa ser examinado em relação ao contexto sócio-histórico que o envolve e que, em última instância, lhe atribui sentido. Teorias diversas têm também procurado examinar o texto desse ponto de vista, cumprindo o que se costuma denominar análise externa do texto. (BARROS, Diana Luz Pessoa, Teoria da Semiótica do texto, pg.12)

 

Assim percorreremos por essa busca de sentido interno e externo do texto fazendo referência ao contexto social da época. A ditadura que ao mesmo tempo causou tantos males à sociedade, trouxe aos indivíduos um ganho artístico imenso com letras perfeitas e que nos remete a uma época histórica da nossa nação que mesmo com todos os malefícios ficam as construções perpétuas de um povo que tentou expressar a sua insatisfação.

 

 

4.0- PERCURSOS METODÓLOGICOS E O SUJEITO DESSE TEXTO.

 

O objeto de estudo constitui-se a partir da análise da música Roda Viva de Chico Buarque de Holanda com base na teoria semiótica Greimasiana que também é conhecida por Semiótica da Escola de Paris.

Por meio desta análise, procura-se observar no corpus, o contexto histórico e características das músicas referentes ao período militar, sendo estes, critérios essenciais para a análise na qual se busca compreender e explicar o que a música diz e a maneira de como ele diz.

A partir da década de 1960 a música, ganhou popularidade, como forma de protesto, levantando diversas questões como, por exemplo, discussões em favor da liberdade de expressão. Em 1964, no Brasil, a repressão e a censura instauradas pelo regime militar deram origem a movimentos musicais que viam na música uma forma de criticar o governo e de chamar a população para lutar contra a ditadura.

Os grandes nomes desse período foram Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Vandré, Gonzaguinha, Raul Seixas, Milton Nascimento, entre outros. Utilizando em suas letras metáforas e ambiguidades em títulos como: É Proibido Proibir, Que as Crianças Cantem Livres e Para Não Dizer que Não Falei das Flores e Cálice. Fizeram sucesso na época e até hoje ainda fazem. Foram diversas as canções que falavam da maneira insana que o regime controlava e tratava a população.

Esta análise inicia-se pela noção de percurso gerativo para construir o sentido do texto, sendo que este apresenta três níveis: Fundamental, Discursivo e o Narrativo.

  • O percurso gerativo do sentido vai do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto;
  • São estabelecidas três etapas no percurso, podendo cada uma delas ser descrita e explicada por uma gramática autônoma, muito embora o sentido do texto dependa da relação entre os níveis;
  • A primeira etapa do percurso, a mais simples e abstrata, recebe o nome de nível fundamental ou das estruturas fundamentais e nele surge a significação como uma oposição semântica mínima;
  • No segundo patamar, denominado nível narrativo ou das estruturas narrativas, organiza-se a narrativa, do ponto de vista de um sujeito;
  • O terceiro nível é o do discurso ou das estruturas discursivas em que a narrativa é assumida pelo sujeito da enunciação.

Essas são as etapas que a análise do texto percorrerá até que se consiga obter um significado para a música. Porém deve-se entender que o significado aqui construído faz parte de uma análise pessoal, sendo assim a qualquer momento poder-se-á ocorrer uma nova construção de sentido do texto, pois cada indivíduo possui sua percepção.

Em se tratando dos sujeitos desta análise, logo se percebe que a música faz referência a uma população sem liberdade, sendo que o sujeito roda viva, refere-se aos ditadores do período e transformam qualquer tentativa de liberdade em vão.

 

5.0- CONSTRUINDO UM SENTIDO, PARA A MÚSICA RODA VIVA.

Roda Viva de Chico Buarque.

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

Como já foi abordado acima o texto da música trata de um tema histórico e vem como meio de denúncia as injustiças que ocorriam entre a década de 60 a 80. Num sentido mais retido Chico Buarque relata esse período com trechos que se mistura ao encantamento do mundo das crianças e palavras de peso que deixa claro aos mais esclarecidos o que ele está abordando. O autor faz uma tentativa de expressar sua insatisfação nesta música, assim como em tantas outras. Para que se entenda a real intenção do autor fixaremos a fragmentos da canção que deixa mais claro o seu intuito de insinuação.

Partindo do princípio da música como reflexo da sociedade, a análise do corpus busca identificar, por meio da música Roda Viva escrita em 1967, as mensagens embutidas na canção de protesto de um com­positor específico, ícone na luta contra a ditadura, Chico Buarque.

Tendo em vista o texto como objeto de significação, o compositor utiliza-se de uma linguagem poética, versos e rimas.

Como objeto de comunicação, nota-se o contexto histórico social, em que a música objetiva mostrar uma realidade, mas expressa implicitamente por meio de uma linguagem poética, em que a partir da interpretação da mensagem que a música passa não será sempre as mesmas, mas irá depender da percepção de cada indivíduo.

Assim temos abaixo a análise da letra da música.

A primeira estrofe remete a uma população censurada, um período em que não há democracia e nem liberdade de expressão. A palavra estancou ganha grande significado, pois se tem a idéia de que a população foi abortada na capacidade de decidir o próprio destino e de adquirir autonomia e isso nos faz lembrar imediatamente de sangue e consequentemente de sofrimento. Pode-se atestar isso em, “Tem dias que a gente se sente/ Como quem partiu ou morreu/ A gente estancou de repente / Ou foi o mundo então que cresceu...”

Assim partimos a estruturação fundamental da música Roda Viva e isso é visto a partir do momento em que determina-se os sujeitos opostos quando vê-se a população reprimida e a roda viva simbolizando os ditadores que calam e torturam. Isso é manifestado no trecho que se segue: “A gente quer ter voz ativa/ No nosso destino mandar/ Mas eis que chega a roda viva/ E carrega o destino prá lá...”

Ainda referindo-se a construção de sentido, observa-se no trecho,“Roda mundo, roda gigante/ Roda moinho, roda pião/...”, o quanto estas transformações eram rápidas e causavam destruição deixando marcas na população que era o alvo em questão.

Seguindo para o nível narrativo observa-se que o sujeito em questão poderá permanecer na sociedade, mas deverá manter-se persuadido pelo regime militar, que é a roda viva que transforma a vida de todos. Para que a sociedade consiga sobreviver neste novo contexto ela é obrigada a se calar diante das dificuldades, pois é assim imposto por um governo que diz ter o propósito de proteger sua nação. Vê-se isso no fragmento adiante, “A gente quer ter voz ativa.../Mas eis que chega a roda viva/ E carrega o destino prá lá...”

Ainda referindo-se a narrativa percorro ao trecho que diz, “A roda da saia mulata/ Não quer mais rodar não senhor/Não posso fazer serenata/ A roda de samba acabou.../ A gente toma a iniciativa/ Viola na rua a cantar/ Mas eis que chega a roda viva/ E carrega a viola prá lá...” este remete a mulher e aos artistas no intuito de retirar a vontade de liberdade e construção de novos objetivos da sociedade, pois a mulher deve permanecer em sua casa e os artistas devem largar a viola e calar-se diante do militarismo que chega destruindo os sonhos de uma sociedade. Neste segmento menciona as manifestações artísticas, na qual a liberdade de expressão era censurada, a música, o teatro. Mostra o desejo artístico em que foi engolido pela força maior da roda viva.

Observando o texto sobre o ponto de vista das estruturas discursivas, nota-se que há neste contexto situações muito mais intrínsecas do que se imagina. O momento em questão era repressor, e dominador. A sociedade percebia aos poucos que este regime antes mesmo de querer um bem maior, que seria a proteção da nação, prendeu-se a reprimi-la e a questionar suas opiniões a respeito do governo. Acrescenta-se ainda que no governo anterior o de Juscelino Kubits­chek, o país passou por grandes modificações e a sociedade passou a atingir um crescimento social e econômico, mas mesmo assim a população rodeava este presidente de críticas e injurias que ele não foi capaz de responder. Mas, no entanto, na música a população remete a um período que deixou saudade, ou seja, o do governo de Juscelino. E seguindo a linha de raciocínio do que se passava na época eles não podiam expressar suas anciãs devido a repressão. Em que se percebe isso neste segmento, “No peito a saudade cativa/ Faz força pro tempo parar / Mas eis que chega a roda viva / E carrega a saudade prá lá...”.

Ainda remetendo as estruturas discursivas, observa-se o segmento em que a população fala de um passado em que eles tinham a liberdade para se expressar e de ir em busca de seus objetivos, fica claro isso no trecho em que é dito, “O samba, a viola, a roseira / Que um dia a fogueira queimou/ Foi tudo ilusão passageira / Que a brisa primeira levou..”. Deixa transparecer que este passado, ainda que não visto naquela época, era melhor do que o momento que eles viviam agora, porém a brisa já levou. E já nesta estrofe, o autor dá continuidade ao sentimento de repressão e saudade de uma época que não volta mais. “No peito a saudade cativa/ Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva / E carrega a saudade prá lá...”. E fica implícito que esta roda viva impede até que a esperança cresça, bloqueando uma visão de um futuro livre.

Dessa forma, olhando sobre o ponto de vista do percurso gerativo foi construída uma significação para a música sobre o contexto histórico, social e cultural. Nessa questão analisamos o texto segundo a semiótica francesa observando o percurso que se criou a partir dos fundamentos em consonância com o que está sendo dito na música.

Além disso, pode-se citar também o contexto sintático da música em que se observa o uso de figuras de linguagem como a metonímia em, “A gente vai conta a corrente” – quer dizer que vão contra os ideais das autoridades naquele momento até não poder resistir. E a figura de repetição que vem para intensificar esta roda, observado na parte em que diz: “Roda mundo, roda gigante/ Roda moinho, roda pião”.

 

6.0- CONSIDERAÇÕES PESSOAIS.

 

Como já foi informado acima a análise da música poderá ter compreensões diversas mesmo sendo explicitada pelos princípios do livro “Teoria da Semiótica do texto”. O indivíduo é capaz de construir seu próprio sentido, assim aborda-se o objeto de comunicação, em nossa análise vemos a canção sobre um foco que poderá ser mudado a partir do momento que outro indivíduo fizer a análise ou até mesmo nós em outro momento poderemos obter outra compreensão a respeito do conteúdo.

Por isso intitulamos esse tópico de considerações pessoais, pois neste momento não finalizamos as diversas perspectivas que poderá se absorver da música e sim atribuímos a ela algumas dos aspectos que se pode abordar.

O momento de deleite a esse período e a essa música foi de grande ganho científico, pois hoje pode-se dizer que temos conhecimento sobre essa época de ditadura.  E que desenvolveu- se esse tema com o intuito de acrescentar um tom explicativo a esse momento de dificuldade da nossa sociedade e como o povo foi capaz de procurar libertar-se dessas algemas invisíveis.

 

 

7.0- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

 

ALVES, Maria Bernadete M.; ARRUDA, Susana Margarete. Como Elaborar um artigo científico.

BARROS, Diana. L.P.de. Teoria Semiótica do Texto. São Paulo: Ática.2007.

DALLARI, Dalmo A., A Ditadura Brasileira de 1964, Artigo Científico.