UMA ESCOLA PARA TODOS
Publicado em 05 de janeiro de 2010 por GISELE SCALISE DE CAMARGO VERDINASSE
UMA ESCOLA PARA TODOS
Falar de educação especial ou inclusiva, de certa maneira para nós educadores , comumente nos deixa ansiosos. Como educadora acredito na formação do sujeito despertando interesses diversos pois lidar com as diferenças, nos faz conhecer e despertar aprendizagens muitas vezes significativas para nós mesmos, afinal os alunos também tem muito a acrescentar. Mas em se tratando de educação especial não podemos deixar de lembrar da individualidade de cada um, de suas particularidades e de como lidar com isso. Todo educador preocupado em desempenhar suas funções tem que se preparar para lidar com essas situações e muitas vezes correr atrás mesmo de formação pois deve saber fomentar situações de aprendizagens que assegurem essa aprendizagem para todos. Muitas vezes a falta de preparo desse profissional torna-se esse compromisso fragmentado e não se consegue assim, desmontar esteriótipos e acabamos sem perceber, excluindo aqueles capacitados a aprender. Trabalhar a desmistificação das deficiências, lidar com a diferença, trabalhar a ansiedade dos professores e de alunos que tentam entender as limitações de cada ser e conquistar também a superação de limites que todos, de uma maneira ou de outra, enfrentam como seres aprendentes. Limitações não significa incapacidade de aprender. O termo inclusão talvez seja ainda mal explicado e entendido. Essas discussões são norteadas por incertezas, mas ela está aí, temos que lidar com a situação e essa situação não envolve só o professor e sim toda uma sociedade pensante e preocupada em realmente incluir e não excluir aqueles que como nós, precisam aprender e também tem o que ensinar. Essa educação desejada deve ser racional. Não podemos apenas aceitar esses alunos matriculados na escola para falarmos que trabalhamos numa escola inclusiva, não se trata de assistencialismo. O compromisso de todos numa escola inclusiva passa por processos de transformações. Nosso compromisso é o de "transformar", respeitando as limitações e dificuldades de todos numa instituição de ensino e levar mais tempo para aprender algo não significa impossibilidade de aprender e nem por isso o educador deixa de ser educador. Todos aprendem com as diferenças. Esse processo é lento, apesar de muitas mudanças já estarem acontecendo. Uma escola inclusiva onde todos aprendem e são respeitados é sim dizer que existe educação para todos.