UMA ELEGIA A FALTA DE BOM SENSO E AO BBB.

Senhoras e senhores. Um dos mais dantescos espetáculos via canal aberto está na sua 11ª edição, pelo menos é o que noticiam por ai.
Um ajuntamento de pessoas de comportamento estereotipado, transexuais, pessoas que declaradamente apresentam comportamentos diferenciados, em relação com os quais a maioria da população brasileira está acostumada a ver.

Um país onde o ENEN e as autoridades (Senhor Ministro e companhia) se perdem na logística de aplicação das provas, que prejudica uma gama enorme de estudantes, que mina o sonho de estudantes em ingressar em uma Faculdade, deixa escapar uma excelente oportunidade de fazer gestões junto a esta emissora de televisão que promovesse um outro tipo de reality show, onde a agressão gratuita à família brasileira fosse deixada de lado. Falaremos mais adiante a respeito desta oportunidade.

Somando o grau de conhecimento dos participantes do show particular do Pedro Bial, que atinge o clímax, o orgasmo mental e psicológico ao iniciar este triste espetáculo, não teria a mínima condição de induzi-los a fazer uma prova do ENEN, pois provavelmente confundiriam esta sigla com algum tipo de sacanagem ou leriam de trás para frente e entenderiam que estava ali para fazer NENE.

Peca a mídia brasileira ao estampar em manchetes diárias, as noticias e os bafons do dia a dia, destas pobres criaturas, que buscam a notoriedade ao serem ridicularizadas e humilhadas, por seus pares. Assim como os sites que dão cobertura em manchetes garrafais e negritadas. Parece um bando de sadomasoquistas. Agridem-se e se consolam. Rejeitam-se e se aceitam.

O Brasil necessita de um outro tipo de reality show. Nós precisamos confrontar os nossos problemas sociais, nossas precariedades, nossa falta de educação, de saúde, de segurança, de comida, de justiça.
Um reality show colocando os políticos confinados em seus estados por 90 a 120 dias, submetendo-se aos julgamentos públicos, aos questionamentos a respeito dos seus patrimônios, aos questionários do custo / benefício, relativo às somas enormes que gastaram nas suas campanhas políticas e em qual espaço de tempo irão recuperar tais somas, com o salário que recebem no Congresso, em um período de quatro anos.

O Brasil necessita de um outro tipo de show do Pedro Bial. O Brasil precisa de reality shows voltados para a educação, onde os estudantes de cada estado, previamente selecionados, participariam de um esquema de ganho de conhecimento e ao mesmo tempo seriam submetidos a testes para avaliar o grau de aprendizado.E a recompensa seria uma bolsa de estudo até o final da graduação escolhida.

Muitas famílias assistem a este besteirol por não terem opção melhor em relação às programações abertas, via televisão. Infelizmente a realidade é dura e cruel.

Eu pergunto a você. Desculpe a intimidade. Mas você deixaria a sua filha a participar de um BBB/PEDRO BIAL, para ser bolinada, abusada, induzida a fazer sexo de forma disfarçada, por debaixo dos cobertores e ser colocada a imagem da sua filha, na telinha da emissora que patrocina este BBB/PEDRO BIAL?


Qual é o saldo positivo de um programa do tipo BBB/PEDRO BIAL?
Na realidade o saldo positivo sem sombra de dúvida se consubstancia pelo número de ligações e mensagens que são realizadas e enviadas à central de atendimento do programa. São milhões e milhões de comunicações a serem realizadas pelos que assistem este tipo de programação, pelo período no qual o programa estará no ar. Se a emissora arrecadar R$0,10 por comunicação entrante, sem sombra de dúvida é uma receita sem concorrentes. Acrescentem-se ainda os patrocinadores.

Vamos deixar de lado o item financeiro.
E perguntamos: O que este lixo cultural BBB/PEDRO BIAL acresce a cultura brasileira, aos bons costumes, às famílias brasileiras?
Como pode um país que por um nefasto período de tempo, foi dirigido por uma autoridade que se vangloriava de não ter diploma de nível médio e nem superior, esperar algo diferente?
De fato este espetáculo constrangedor iniciou no governo do FHC e continuou no governo do metalúrgico.
Qual a co-relação entre governantes que saíram e o BBB/PEDRO BIAL? Na realidade vergonhosa. Se estivessem imbuídos seriamente em governar este Brasil, teriam solicitado aos diretores da empresa de televisão que o veiculasse em um horário próximo às 24 horas. Horário este em que a maioria dos jovens provavelmente estaria dormindo. Mas não. No horário nobre, é que se veicula este reprovável programa.

Quem tem algo contra lésbicas? Gays? Transexuais? Sadomasoquistas? Heterossexuais? Acredito que todos eles são iguais perante a Constituição e aos Direitos Humanos.
Defendo e admiro pessoas que assumem o seu perfil e a sua escolha sexual.
Todos eles são nossos irmãos, são pessoas filhas do mesmo DEUS, são humanos como todos nós somos.
Só que no contexto BBB/PEDRO BIAL, estas pessoas estão sendo usadas como massa de manobra, exploradas na sua intimidade, na sua intelectualidade, a sua personalidade esta sendo deformada, expostos de forma, quase que cruel e não se respeita sequer momentos mais íntimos de higiene e necessidades fisiológicas, que são expostas na televisão.

Na realidade este é programa que busca arrebanhar uma fatia de mercado, de pessoas que gostam de serem exibidas e se exibir. E isto é um direito delas. Mas o que não pode ser levado adiante é a malandragem desta emissora de televisão em faturar milhões de reais, neste viés no qual as pessoas estão buscando uma recompensa financeira.

E qual é até então o resultado positivo disto tudo? A maioria das pessoas que se sujeitaram a participar e sofrer e que arrebataram a premiação em dinheiro, hoje se encontram em condições iguais as que estavam antes de participarem do programa, outras frutadas e assim por diante. Existiram casos de sucessos? Provavelmente sim. Em especial as mulheres bem dotadas fisicamente, que posaram nuas e a sua participação no BBB/PEDRO BIAL, foi um trampolim para alguns efêmeros momentos de mídia e nada mais restou a não ser a frustração e o fracasso.

Meus caros. O Brasil necessita de programas televisivos que transfiram algo mais honesto, mais real, mais condizente com o momento pelo qual estamos passando.
O telespectador não merece este tipo de lixo televisivo.