Uma breve história do mundo de Geoffrey Blainey
Publicado em 23 de janeiro de 2009 por Ronye Márcio Cruz de Santana
BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do mundo. 3ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2008.
O livro, Uma Breve História do Mundo, faz um relato de forma sucinta, porém é muito interessante as novas informações, em que nos traz à lume particularidades que foram ignoradas ou iniqüizadas pelos historiadores.
A obra de Bainey é de uma leitura simples e bastante elucidatória, na qual é descontraída e agrada aos leitores, inclusive eté aos mais relapsos; faz um resumo da História Mundial, por isso que o título é Uma Breve História do Mundo, porque os assuntos, os eventos, os temas, os sub-temas referem-se à passagem ou à evolução histórica humana na superfície terrestre.
Dividido em três temas gerais, o autor foi menos cansativo do que as versões didáticas, a que fazem uma progressividade na ordem da divisão cronológica e espaço-geográfico, já Geoffrey optou em separar os períodos históricos a partir de temas centrais.
O best-seller reporta-nos a uma breve viagem real, no entanto nos faz sonhar e liberar a imaginação por épocas jamais vistas por nós, a qual foi construída por desbravadores, conquistadores e saqueadores no processo histórico da nossa humanidade desde as primícias, a Era Glacial, aos dias atuais.
Blainey relata na sua obra acontecimentos marcantes na história, como o surgimento das civilizações e suas produções culturais e artísticas, a religiosidade, a fé, as crenças e o convívio social, desde as glorias, as mazelas do ser humano em sociedade.
As suas descrições curtas, mas importantíssimas, é um panorama global em que, também evidência as relações internacionais, contrapondo-se aos acontecimentos de guerrilha, de soberania, de caus, de miséria e principalmente a incessante combate entre o cristianismo e o islamismo, no qual é um massacrante conflito entre todas as civilizações, tais fatos contribuem para o esclarecimento de muitos leitores/historiadores, visto que o livro é direcionado àqueles que desejam uma informação mais sólida, porém sucinta. O leitor desatento, sequer sentirá falta do relato de um fato marcante na história atua que foi o ataque às torres gêmeas nos Estados Unidos, pois Blainey traz tanta novidade que o World Trade Center torna-se esquecido tonto pela ótica do autor quanto pelo leitor.
No processo histórico da nossa humanidade houve tanto episódio relevante, contudo Geoffey só fez menção a estes, no qual a meu ver ele deveria ter se aprofundado mais em alguns quesitos e menos extensivos em outros, é o caso do Feudalismo, em que há tantos pontos obscuros e outros obsoletos, pois ou a história suscitá-los para nos esclarecer ou o futuro desvendará hipoteticamente.
Outro período intrigante é o Renascimento que foi um movimento artístico, em que a igreja teve forte influência, principalmente quando ela humilhou e massacrou milhares de pessoas para defender seus dogmas a atacar e a destruir milhares de descobertas como invenções e teorias que surgiram na época, visto que foi um período em que a ciência ressurgiu das catacumbas para enfrentar o cristianismo doentio.
Por ser um ponto muito conflitante tanto para a igreja como para a sociedade de modo geral e mexia nas bases da cristandade, sendo assim, Geoffrey, simplesmente posicionou-se em contar de forma supérflua e breviária, no entanto dedicou várias páginas a explicar rotas marítimas, na qual favoreciam o mercado europeu com a exploração de produtos como especiarias, madeiras, tecidos e etc.
Outro ponto elencado na obra é a evolução dos hominídeos desde a decida das árvores a sua convivência em lugares remotos e inabitados; o escritor nos descreve sobre o sofrimento desses parentes longínquos sob uma perspectiva da falta de alimentos que os obrigaram a ser nômades e ainda comiam frutas e, às vezes plantas que eram venenosas e, por isso, que muitos vinham ao óbito.
Outro problema enfrentado foi a segurança, pois eles não tinham abrigos e para se proteger procuravam cavernas para se abrigar dos fenômenos naturais e manterem-se seguros dos animais selvagens e quando não encontravam cavernas não se sabe ao certo se usavam arbusto ou pedaços de galhos para se proteger de vento e da chuva, o que nos deixa claro é que o hominídeos sofreu para se adaptar-se as novas mudanças climáticas e a procura de alimentos para a sua subsistência.
Com base em experimento o historiador relata como o homem pré-histórico dominou as primeiras chamas, ele começa com o relato do fogo causado pelos relâmpagos e como produziram e dominavam-no com o atrito de gravetos e pedras que liberassem faíscas sobre palhas secas e gravetos finíssimos incendiando-os. E a partir daí surgiu a mais importante invenção tecnológica da história, em que realmente revolucionou o bem estar e a comodidde4 dos nossos antepassados.
De modo geral o autor foi feliz no que se propôs a escrever na sua obra, visto que é uma ótima maneira de fazer uma viagem na história humana de forma descontraída e, ainda fazendo-nos refletir sobre alguns aspectos que ficou imperceptível ou foi feito vistas grossas nos livros didáticos e pelos historiadores a tornar-se uma divertida e reflexiva leitura reforçando, assim a nossa mente a manter os aspectos históricos vivos em nossa memória.